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PÂNCREAS O pâncreas é o órgão responsável pela produção do hormônio denominado insulina e glucagon. É a insulina que controla a glicemia no sangue. Produz muitas enzimas digestivas que quebram os alimentos (função exócrina) e hormônios (função endócrina) que regulam a glicose no sangue. O pâncreas é uma glândula endocrina retroperitoneal situado póstero inferior ao estômago (está localizado no abdome, abaixo do estômago), que realiza duas funções: Exócrinas: produz o suco pancreático, que contém enzimas digestivas. Endócrinas: produz vários hormônios importantes, como a insulina e o glucagon. O pâncreas endócrino é composto de aglomerações (clusters) de células especiais denominadas ilhotas de Langerhans. O “cansaço” crónico destas células leva ao aparecimento da diabetes no pâncreas. Hormônios As ilhotas de langerhans tem duas celulas a alfa que produz o glucagon e a beta que produz a insulina. A função desses hormonios é manter um nível de glicose constante. A insulina é o hormônio responsável pela redução da glicemia ao promover o ingresso de glicose nas células. É produzida e secretada pelas ilhotas de Langerhans, células do pâncreas endócrinas. A insulina é um hormônio protéico que contém 51 aminoácidos. Ela é necessária para quase todas as células do corpo, mas seus principais alvos são as células do fígado, células adiposas e células musculares. O glucagon é um hormônio polipeptídeo produzido nas células alfa das ilhotas de Langerhans do pâncreas. Palavra glucagon deriva de gluco, glucose (glicose) e agon, agonista, ou agonista para a glicose. Sua ação mais conhecida é aumentar a glicemia, contrapondo-se aos efeitos da insulina. O glucagon age na conversão do ATP (trifosfato de adenosina) a AMP-cíclico, composto importante na iniciação da glicogenólise, com imediata produção e liberação de glicose pelo fígado. Quando você come um alimento, a glicose é absorvida pelos intestinos e distribuída através da corrente sangüínea para todas as células do corpo. Seu corpo tenta manter um suprimento constante de glicose para as células, mantendo uma concentração constante de glicose no sangue, caso contrário, as células teriam mais glicose do que o necessário logo após a refeição e ficariam sem nada entre as refeições e durante a noite. Portanto, quando você tem um suprimento excessivo de glicose, o corpo armazena o excesso no fígado e nos músculos fabricando glicogênio, que é feito de cadeias longas de glicose. Quando as reservas de glicose estão baixas, seu corpo mobiliza a glicose armazenada como glicogênio e/ou estimula você a comer. O importante é manter um nível constante de glicose no sangue. Nessas células, a insulina faz o seguinte: Estimula as células do fígado e dos músculos a armazenar glicose em forma de glicogênio; estimula as células adiposas a formar gorduras a partir De ácidos graxos e glicerol; estimula as células do fígado e dos músculos a fazer proteínas a partir de aminoácidos; impede as células do fígado e Dos rins de fazer glicose a partir de compostos intermediários das vias metabólicas (gliconeogênese). Desse modo, a insulina armazena os nutrientes logo após uma refeição, diminuindo assim as concentrações de glicose, ácidos graxos e aminoácidos na corrente sangüínea. Glucagon Em concentrações muito altas, geralmente acima dos níveis máximos encontrados no corpo, o glucagon pode agir sobre as células adiposas degradando as gorduras em ácidos graxos e glicerol, liberando os ácidos graxos na corrente sangüínea. Contudo, isso é um efeito farmacológico e não fisiológico. Então, o que acontece quando você não come? Quando está em jejum, o pâncreas libera glucagon para que seu corpo possa produzir glicose. O glucagon age nas mesmas células que a insulina, mas tem efeitos opostos: Estimula o fígado e os músculos a quebrarem o glicogênio armazenado (glicogenólise) e liberar glicose Estimula a gliconeogênese no fígado e rins. Diferente da insulina, o glucagon mobiliza glicose das reservas de dentro do corpo e aumenta as concentrações de glicose na corrente sangüínea; caso contrário, a glicose do seu sangue cairia para níveis perigosamente baixos. Normalmente, os níveis de insulina e glucagon são equilibrados na corrente sangüínea. Por exemplo, logo após comer uma refeição seu corpo está pronto para receber a glicose, ácidos graxos e aminoácidos absorvidos da comida. A presença dessas substâncias no intestino estimula as células beta do pâncreas a liberarem insulina no sangue e impedir as células pancreáticas alfa de secretarem glucagon. Os níveis de insulina no sangue começam a subir e agem sobre as células (particularmente do fígado, adiposas e musculares) para que absorvam as moléculas de glicose, ácidos graxos e aminoácidos que estão entrando. Essa ação da insulina impede que a concentração de glicose no sangue (assim como as concentrações de ácidos graxos e de aminoácidos) aumentem substancialmente na corrente sangüínea. Desse modo, seu corpo mantém uma concentração constante de glicose sangüínea em particular. Por outro lado, quando você está entre as refeições ou dormindo, seu corpo fica essencialmente em inanição. Suas células precisam de suprimentos de glicose do sangue para continuar funcionando. Durante esses períodos, pequenas quedas nos níveis de açúcar do sangue estimulam a secreção de glucagon pelas células alfa pancreáticas e inibem a secreção de insulina das células beta. Os níveis de glucagon no sangue aumentam. Ele age sobre os tecidos do fígado, músculos e rins para mobilizar glicose a partir de glicogênio ou para fazer glicose que seja liberada no sangue. Essa ação impede que a concentração de glicose no sangue caia drasticamente. Como você pode ver, o intercâmbio entre a secreção de insulina e de glucagon ao longo do dia ajuda a manter a concentração de glicose do seu sangue constante, ficando em cerca de 90 mg por 100 ml de sangue (5 milimolares). Diabetes Tipo 1, também chamado de diabete juvenil ou diabete insulino-dependente, é causado por uma falta de insulina. Esse tipo é encontrado em 5% a 10% dos diabéticos e geralmente ocorre em crianças e adolescentes. Os diabéticos tipo 1 têm um teste de tolerância à glicose positivo e glicemia de jejum elevados. Nos diabéticos tipo 1, as células beta das ilhotas pancreáticas são destruídas, possivelmente pelo próprio sistema imunológico do indivíduo ou por fatores genéticos ou ambientais. Tipo 2, também chamado de diabetes do adulto ou diabetes não dependente de insulina, ocorre quando o corpo não responde à sua própria insulina (resistência à insulina). O tipo 2 ocorre em 90 a 95% dos diabéticos e geralmente em adultos acima dos 40 anos, mais freqüentemente entre os 50 e 60 anos de idade. Os diabéticos tipo 2 têm um teste de tolerância à glicose positivo e glicemias de jejum elevadas. Nos diabéticos tipo 2 a resistência à insulina está vinculada à obesidade, provavelmente por uma alteração da sensibilidade e do número de receptores de insulina. Alguns estudos sugerem que o número de receptores de insulina nas células do fígado, adiposas e musculares está reduzido, enquanto que outros sugerem que as vias intracelulares ativadas pela insulina nessas células estão alteradas. Diabetes gestacional pode ocorrer em algumas mulheres grávidas e é similar a diabetes tipo 2. As diabéticas gestacionais têm um teste de tolerância à glicose positivo e glicemia de jejum. Durante a gravidez, vários hormônios bloqueiam parcialmente as ações da insulina, deixando assim a mulher menos sensível à sua própria insulina. Ela desenvolve uma diabetes que pode ser tratada com uma dieta especial e/ou injeções suplementares de insulina. Geralmente, o problema desaparece depois que nasce o bebê. Independentedo tipo da diabetes, os diabéticos exibem vários, mas não necessariamente todos dos sintomas a seguir: Sede excessiva (polidipsia) urina freqüente (poliúria) fome extrema (polifagia) perda de peso inexplicável presença de glicose na urina (glicosúria) Cansaço ou fadiga alterações na visão dormência ou formigamento nas extremidades (mãos e pés) demora para cicatrizar feridas e machucados Freqüência de infecções mais alta do que a normal Esses sintomas podem ser compreendidos quando observamos como a deficiência de insulina ou a resistência à insulina afetam a fisiologia do corpo.
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