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Contato para venda de resumos: (21) 99391-8195 @medvet.desiree ou desiree.medvet@gmail.com Genética e Melhoramento Animal Modos de Ação Gênica Os alelos de mesmo locus ou de locus diferentes interagem para formar as características. Existem diversas formas de interação. Cada característica é proveniente de interações gênicas. Caracteres Qualitativos Os caracteres qualitativos não podem ser medidos, só observados. Por exemplo, a cor da pelagem. São controlados por poucos pares de genes e sofre pouca ou nenhuma influência do ambiente. As principais características qualitativas são de tipos. Os poucos genes envolvidos possuem uma interação gênica forte entre elas, para que a característica seja expressa. O boi Angus possui 1 par de genes para a cor da pelagem e 2 fenótipos definidos. Preto (AA, Aa) ou vermelha (aa). Caracteres Quantitativos Podem ser medidas e são determinadas por vários pares de genes (poligênica). É muito influenciada pelo ambiente. Geralmente são características reprodutivas, como o leite, prolificidade, entre outros. Além disso, é quantitativa porque possui vários genes responsáveis por uma característica. Cada gene envolvido tem um envolvimento ambiental que, somados, se expressam. Touro mocho e o boi angus são exemplos da fórmula fenótipo = genótipo, pois não apresentam influência do ambiente. No entanto, muitas características nos animais apresentam a fórmula fenótipo = genótipo + ambiente, pois possuem a influência do meio. Ação Gênica A interação gênica pode ocorrer apenas entre os alelos, com cromossomos homólogos, ou entre Contato para venda de resumos: (21) 99391-8195 @medvet.desiree ou desiree.medvet@gmail.com não-alelos. A ação gênica também pode estar ligada a herança genética. A ação do conjunto de genes sobre o fenótipo é o que chamamos de ação gênica. Os efeitos dos genes para formar os fenótipos dependem de sua ação e de sua interação, que podem ocorrer entre alelos e entre não-alelos. Dividimos em 2: Ação gênica aditiva: é quando não há dominância de um gene com o outro, por exemplo, um Ab não interfere na expressão um do outro, eles se cooperam. Cada gene que constitui o genótipo de um animal acrescenta no valor fenotípico do indivíduo, independente de outros genes presentes. O exemplo é a produção de leite. É uma característica econômica ligada a bovinocultura, e é uma característica poligênica, ou seja, vários genes envolvidos. Cada gene tem uma interação aditiva. A produção normal começa com 2 mil kgs de leite. A cada gene A ou B adicionado no genótipo, acrescenta-se 100kg a mais de leite. O efeito de cada gene é adicionado com o efeito dos demais, resultando num efeito médio para a característica ser expressa. A pele humana, por exemplo, é herança de 2 pares de genes A e B, que afetam a produção de melanina. Os genes a e b não determinam a cor da pele, mas dão a base para a cor. Então um indivíduo aabb é branco, e um AABB, negro. A cada adição de um alelo, aumenta-se a produção de melanina, ou seja, cada combinação de genes, mais variações de tom de pele terá. Nenhum dos genes atua como dominante ou recessivo. A quantidade de pigmento será o efeito acumulativo dos genes ligados ao pigmento. O acasalamento de indivíduos fenotipicamente superiores produz descendência também superior. Ação gênica não aditiva: há dominância completa ou incompleta e interferência na ação do outro. As características podem ser monogênicas por poligênicas. Pode ocorrer também a Contato para venda de resumos: (21) 99391-8195 @medvet.desiree ou desiree.medvet@gmail.com sobredominância, codominância e epistasia. A dominância completa ocorre quando um gene mascara o efeito do seu alelo, por exemplo, um Aa, quem se manifesta é o A. A dominância dificulta a escolha dos genótipos superiores, apresentando uma dificuldade em diferenciar homozigoto AA de heterozigoto Aa, pois ambos expressam o mesmo fenótipo. A dominância incompleta ocorre quando um fenótipo no heterozigoto que não é igual ao homozigoto dominante. Os indivíduos heterozigotos apresentam um fenótipo diferente dos homozigotos. Nesse caso, o indivíduo apresenta um fenótipo intermediário, por exemplo, uma flor rosa que é o intermédio entre uma flor vermelha e uma flor branca. A sobredominância é quando o heterizogoto se situa fora desse intervalo, está acima do homozigoto, ou seja, a prole apresenta um fenótipo superior aos pais homozigotos. A codominância é quando dois alelos diferentes se manifestam integralmente. A epistasia ocorre quando um gene inibe a ação de outro, que pode ou não estar no mesmo cromossomo, ou seja, um gene mascara a ação do outro. Um gene epistático é um gene que inibe a ação de outro gene, enquanto um gene hipostático é o gene que a expressão é inibida pelo gene epistático. Alelos Múltiplos Herança constituída de três ou mais alelos, pertencentes a um mesmo gene, que condicionam uma só característica. Cada indivíduo tem, no genótipo, apenas dois alelos: um de origem paterna e um de origem Contato para venda de resumos: (21) 99391-8195 @medvet.desiree ou desiree.medvet@gmail.com materna. Os alelos múltiplos ocorrem em uma população, e não em um indivíduo. Diferentemente do cruzamento mendeliano, na polialelia, os caracteres podem ser definidos por mais de dois alelos diversos que ocupam o mesmo cromossomo e, por isso, são chamados de alelos múltiplos. A polialelia ocorre quando o gene passa por várias mutações, dando origem a vários genes. A cor da pelagem dos coelhos é o exemplo mais comum de polialelia, pois há diferentes genótipos para determinar a cor do pelo. De modo geral, a polialelia resulta de mutações sucessivas ocorridas nos genes de um determinado locus. Cada gene mutante que surge estabelece condições para o aparecimento de mais uma nova expressão fenotípica daquele caráter, naquela espécie. No caso dos coelhos, existem quatro fenótipos distintos para determinar a cor do pelo. selvagem (cinza-escuro, quase negro), chinchila (cinza-claro homogêneo), himalaia (branco, com focinho, orelhas e extremidades das patas e da cauda negras) e albino (inteiramente branco). Esses quatro fenótipos originam-se a existência de quatro alelos distintos de um mesmo lócus. O gene C determina a manifestação selvagem e é dominante sobre todos os outros alelos. O gene cch condiciona o fenótipo chinchila e é recessivo para selvagem, mesmo sendo dominante para os outros. O gene ch é determinante da manifestação da pelagem Himalaia, sendo dominante apenas sobre o albino. O gene c produz o fenótipo albino e é recessivo para todos os demais alelos. Nem todas as características são controladas por um único gene. Um grande número de características é controlado por dois ou mais genes, e sua ação depende, além da ação e interação entre os alelos, da ação combinada dos diferentes genes, o que chamamos de interação gênica. Pleietropia Herança em que um único par de genes é responsável por condicionar várias características simultaneamente. É o conjunto de múltiplos efeitos de um gene. Acontece quando um único gene controla diversas características do https://www.infoescola.com/biologia/mutacao/ https://www.infoescola.com/animais/chinchila/ Contato para venda de resumos: (21) 99391-8195 @medvet.desiree ou desiree.medvet@gmail.com fenótipo que muitas vezes não estão relacionadas. É um caso de herença autossômica, ou seja, os genes que vão ser passados para os descendentes se encontram nos cromossomos autossômicos. Um exemplo são alguns ratos que nascem com costelas espessadas, traqueia estreitada, pulmõescom elasticidade diminuída e narinas bloqueadas, o que fatalmente os levará à morte. Todas essas características são devidas à ação de apenas um par de genes. Outro exemplo é a Síndrome de Lawrence-Moon, que causa obesidade, oligofrenia, polidactilia e hipogonadismo. A Síndrome de Marfan causa defeitos cardíacos, problemas visuais e aracnodactilia. A Fenilcetonuria causa deficiência mental, convulsões, icterícia, queda de cabelo e urina muito concentrada. Alelo Letal É um formado por um gene que sofreu uma mutação e seu aparecimento inviabiliza o embrião. É um dos tipos de variação das leis básicas da genética. Ao invés de resultar em proporção fenotípica de 3:1, ao ser cruzado dois indivíduos heterozigotos, como esperado para a 1º Lei de Mendel, a frequência fenotípica de uma característica que possua alelo letal é de 2:1, em um claro sinal de desvio da 1º Lei Mendeliana. Alelos letais, quando em homozigose, levam à morte do indivíduo. Herança Relacionada ao Sexo Os cromossomos podem ser autossomos, que são herdados igualmente, independente do sexo; sexuais ou alossomos, que determinam o sexo e a hereditariedade relacionada ao sexo. Nos mamíferos, temos 4 tipos de heranças relacionadas ao sexo: Herança Ligada ao Sexo: é causada por genes ligados ao cromossomo X, na região não- homóloga ao Y. Em humanos, pode-se citar o daltonismo, que é uma característica não transmitida por igual pelo pai e pela mãe, ou seja, vai atingir filhos e filhas com frequências diferentes. Nos machos, basta um alelo recessivo para condicionar o caráter. Em fêmeas, são necessários dois Contato para venda de resumos: (21) 99391-8195 @medvet.desiree ou desiree.medvet@gmail.com alelos. O nanismo em galinha também é outro exemplo. Herança Restrita ao Sexo: é ligada ao cromossomo Y, ou seja, só é transmitido pelo pai. Nunca aparece no sexo feminino e os genes são chamados de holândricos. A presença de longos pelos nas orelhas é um exemplo. Herança Influenciada pelo Sexo: é a herança dos genes localizados na região homóloga dos cromossomos X e Y. Nessa herança, o efeito do gene é afetado pelas características hormonais e fisiológicas do sexo em que se encontra. Um gene será dominante num sexo e recessivo no outro. Essa influência é detectada em indivíduos heterozigotos. Um exemplo são os chifres em ovinos, que apresentam um gene incompletamente dominante, não se mostrando propriamente dominantes. O gene H1 apresenta chifres e o gene H2 é mocho. Nos machos, o H1 domina o H2, logo terá chifres. Nas fêmeas, o H2 domina o H1, logo, será mocha. H1H1 resulta em machos e fêmeas com chifres, H2H2 resulta em machos e fêmeas mochos; H1H2 resulta em machos com chifres e fêmeas mochas. Herança Limitada ao Sexo: caracteriza-se pela ação de genes autossômicos que se manifestam em apenas um sexo, muitas vezes em função da presença de alguns hormônios. Dão os caracteres do dimorfismo sexual, como por exemplo, produção de leite, produção de ovos e circunferência escrotal.
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