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Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
NECESSIDADE DE OXIGENAÇÃO 
 
ANATOMIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
 
As vias aéreas, do nariz aos brônquios terminais, são um 
trajeto para o transporte a troca de oxigênio e dióxido 
de carbono. Elas de dividem em superior e inferior. 
A via aérea superior é composta pelo nariz, faringe, 
laringe e epiglote. Suas funções principais incluem 
aquecer, filtrar e umidificar o ar inspirado. Já, a via aérea 
inferior, conhecida como árvore traquebrônquica, inclui 
a traqueia, os brônquios principais esquerdo e direito, 
os brônquios segmentares e os bronquíolos terminais. 
Suas funções principais são a condução de ar, a 
depuração mucociliar e a produção de surfactante 
pulmonar. 
Além disso, as vias aéreas são revestidas de muco, que 
aprisiona células, partículas e resíduos infecciosos. Essa 
cobertura de muco também ajuda a proteger os tecidos 
subjacentes contra irritação e infecção. Os cílios, 
projeções microscópicas capilares, impulsionam o 
material preso e o muco acompanhante para as vias 
aéreas superiores, para que possam ser removidos pela 
tosse. A remoção é facilitada quando o muco tem 
consistência aquosa. Para tanto, a ingestão adequada 
de líquidos é fundamental. Ademais, o muco costuma 
 
 
estar presente no trato respiratório e ele é ainda 
necessário à ação ciliar. 
Os pulmões, principais órgãos da respiração, localizam-
se nos lados direito e esquerdo da cavidade torácica. 
Eles vão da base, no nível do diafragma, ao ápice 
(porção superior), que está acima da primeira costela. O 
coração localiza-se entre os dois pulmões. 
Cada pulmão divide-se em lobos. O direito tem três 
lobos e o esquerdo tem dois. Cada lobo é subdividido 
em segmentos ou lóbulos. O pulmão direito tem dez 
segmentos broncopulmonares e o esquerdo tem oito. O 
brônquio principal ramifica-se para cada pulmão a partir 
da traqueia. Imediatamente, subdivide-se em brônquios 
secundários, um em cada lobo. Os brônquios 
subdividem-se novamente e mais uma vez, ficando cada 
vez menores, quando chegam aos pulmões, em 
ramificações. Os menores ramos são os bronquíolos, 
terminando nos bronquíolos terminais. Os pulmões 
compõem-se de um tecido elástico capaz de tensionar e 
encolher. Normalmente, as fibras elásticas estão 
sempre parcialmente tensionadas, preenchendo assim 
em parte a cavidade torácica. 
Na porção final dos bronquíolos terminais, há um grupo 
de alvéolos, que pequenos sacos com ar. É ali que ocorre 
a troca de gases. A parede de cada alvéolo tem uma 
camada composta por uma só célula do epitélio 
escamoso. Essa parede fina possibilita a troca de gases 
com os capilares que cobrem os alvéolos. Vale destacar 
que, o adulto médio tem mais de 300 milhões de 
alvéolos. O surfactante, um fosfolipídio que lembra um 
detergente, reduz a tensão superficial entre as 
membranas úmidas dos alvéolos, evitando seu colapso. 
Quando a produção de surfactante é reduzida, o pulmão 
enrijece, e os alvéolos entram em colapso. 
Os pulmões e a cavidade torácica estão revestidos de 
uma membrana sérica, a pleura. A pleura visceral cobre 
os pulmões e a pleura parietal reveste a cavidade 
torácica. Essas duas membranas formam uma 
continuidade, criando uma saco fechado. Há o espaço 
pleural entre as duas camadas. O líquido pleural entra 
as membranas age como lubrificante e adesivo, 
mantendo os pulmões em posição expandida. Uns 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
poucos mililitros de líquido entre as superfícies pleurais 
possibilitam que os pulmões se movimentem com 
facilidade junto à parede torácica enquanto se 
expandem e contraem. Sem esse líquido, o enchimento 
e o esvaziamento dos pulmões fica dificultado. 
Por fim, a pressão no espaço pleural (pressão 
intrapleural) é sempre subatmosférica, ou seja, uma 
pressão negativa. Essa pressão intrapleural negativa 
constante junto com o líquido pleural, mantém os 
pulmões em uma posição expandida. 
COMPONENTES 
O sistema respiratório humano é constituído por um par 
de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para 
dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses 
órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, 
a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, 
os três últimos localizados nos pulmões. 
Fossas Nasais 
São duas cavidades paralelas que começam nas narinas 
e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra 
por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. 
Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que 
forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento 
dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, 
também presentes nas porções inferiores das vias 
aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos 
bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células 
sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as 
funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar. 
Faringe 
É um canal comum aos sistemas digestório e 
respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas 
nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa 
necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe. 
Laringe 
É um tubo sustentado por peças de cartilagem 
articuladas, situado na parte superior do pescoço, em 
continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que 
aparece no pescoço, faz parte de uma das peças 
cartilaginosas da laringe. 
A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe 
uma espécie de “lingueta” de cartilagem 
denominada epiglote, que funciona como válvula. 
Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada 
é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento 
ingerido penetre nas vias respiratórias. 
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, 
as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a 
passagem de ar. 
Traquéia 
É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 
10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são 
reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua 
região inferior, originando os brônquios, que penetram 
nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar 
adere partículas de poeira e bactérias presentes em 
suspensão no ar inalado, que são posteriormente 
varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e 
engolidas ou expelidas. 
Pulmões 
Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com 
aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo 
envolvidos por uma membrana serosa 
denominada pleura. Nos pulmões os brônquios 
ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada 
vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente 
ramificado de bronquíolos é a árvore 
brônquica ou árvore respiratória. 
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas 
por células epiteliais achatadas (tecido epitelial 
pavimentoso) recobertas por capilares sanguíneos, 
denominadas alvéolos pulmonares. 
Diafragma 
A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, um fino 
músculo que separa o tórax do abdômen (presente 
apenas em mamíferos) promovendo, juntamente com 
os músculos intercostais, os movimentos 
respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o 
nervo frênico controla os movimentos do diafragma 
(regulação respiratória). 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
 
 
 
 
FISIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
PROCESSO DE OXIGENAÇÃO 
Ventilação Pulmonar 
A ventilação pulmonar é o movimento de ar para dentro 
e para fora dos pulmões. Este processo tem duas fases: 
inspiração (inalação) e expiração (exalação). A 
inspiração é a fase ativa, envolve movimento dos 
músculos e do tórax para fazer com que o ar entre nos 
pulmões. Já, a expiração é a fase passiva, é o movimento 
de ar para fora dos pulmões. 
Imediatamente antes da respiração, a pressão de ar nos 
pulmões é igual à pressão atmosférica circundante. 
Ademais, de acordo com a Lei de Boyle, o volume de 
uma gás a uma temperatura constante varia 
inversamente a pressão. Isso significa que menos 
pressão nos pulmões facilita a movimentação de mais ar 
para dentro deles. A pressão dentro dos pulmões, ou 
seja, a pressão intrapulmonar diminui a medida que o 
volumedos pulmões aumenta. 
Durante a inspiração, ocorrem os seguintes eventos: o 
diafragma contrai-se e desce, alongando a cavidade 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
torácica; os músculos intercostais externos contraem-
se, levando as costelas para cima e para fora, e o esterno 
é empurrado para frente, aumentando o tórax da frente 
para trás. Essa combinação de volume pulmonar 
aumentado e pressão intrapulmonar diminuída permite 
que o ar atmosférico se movimente de uma área de 
maior pressão (ar externo) para uma de menor pressão 
(interior dos pulmões). O relaxamento, ou retração, 
dessas estruturas resulta, então, em expiração. O 
diafragma relaxa e se movimenta para cima, as costelas 
se movimentam para baixo e o esterno volta para sua 
posição. Isso causa menor volume nos pulmões e 
aumento da pressão intrapulmonar. Assim, o ar nos 
pulmões vai de uma área de pressão maior para uma de 
pressão menor e é expirado. 
Além disso, outros fatores físicos contribuem para o 
fluxo de ar que entra nos pulmões e sai deles. Incluem a 
condição da musculatura, a complacência do tecido 
muscular e a resistência das vias áreas. 
A condição da musculatura do corpo pode afetar o 
processo de respiração. Os músculos acessórios 
abdominais, do pescoço e das costas são usados para 
manter os movimentos respiratórios quando a 
respiração fica difícil. Esses músculos são usados para 
facilitar a respiração, o movimento recebe o nome de 
retração. As retrações mais comuns envolvem os 
músculos intercostal, escaleno, 
esternocleidomastóideo, trapézio e peitoral. 
A complacência pulmonar refere-se à facilidade com 
que podem ser inflado os pulmões. Ela influencia o 
volume pulmonar. A capacidade dos pulmões para, de 
forma adequada, encher-se de ar durante a inspiração é 
obtida pela elasticidade normal do tecido pulmonar, 
com auxílio da presença de surfactante. As várias 
mudanças na pressão pulmonar e na complacência 
pulmonar resultante podem ser comparadas a 
diferenças no ato de soprar um balão novo e não 
complacente versus um balão que já foi inflado. Um 
pulmão mais rígido e não complacente, como um balão 
novo, requer um esforço respiratório maior para ser 
inflado. Contudo, enfisema, uma condição pulmonar 
crônica, e as mudanças normais associadas ao 
envelhecimento, constituem exemplos de condições 
que resultam em elasticidade diminuída do tecido 
pulmonar, que, em contrapartida, diminuiu a 
complacência. 
Por fim, a resistência das vias áreas é consequência de 
algum impedimento ou obstrução que o ar encontra, na 
medida em que se movimenta pelas vias aéreas. 
Qualquer processo que modifica o diâmetro pulmonar 
ou sua largura causa resistência das vias aéreas. 
Obstrução em alguma parte das vias normais impede a 
respiração. Ademais, a obstrução pode ser causada por 
uma substância estranha, como pedaço de alimento, 
moeda ou brinquedo, ou por líquidos, como no caso das 
vítimas de afogamento. Pode resultar, também, de 
secreções (ex: secreções excessivas ou espessas) ou 
tecidos (ex: tumores ou edemas no trato respiratório). 
Uma diminuição no tamanho das passagens de ar, em 
consequência de constrição ou posição insatisfatória do 
pescoço também pode impedir a respiração. E, a 
compressão dos brônquios na asma é um exemplo de 
resistência das vias aéreas, relacionada a uma redução 
no tamanho dessas vias. 
Respiração 
A respiração ocorre, troca de gases, no sistema capilar 
alveolar terminal. Os gases são trocados entre o ar e o 
sangue, através da densa rede de capilares na porção 
respiratória dos pulmões e nas paredes alveolares finas. 
Essa troca ocorre via difusão, que é o movimento de 
gases ou partículas de áreas de pressão ou concentração 
maiores para áreas de pressão ou concentração mais 
baixas. Na respiração, difusão refere-se ao movimento 
do oxigênio e do dióxido de carbono entre o ar (nos 
alvéolos) e o sangue (nos capilares). Esses gases 
movimentam-se passivamente de uma área de maior 
concentração para outra de concentração mais baixa. A 
pressão maior do oxigênio nos alvéolos faz com que ele 
se movimente dos alvéolos para os capilares, onde há 
sangue venoso não oxigenado. Da mesma maneira, o 
dióxido de carbono no sangue venoso que retorna 
exerce pressão maior que o dióxido de carbono nos 
alvéolos. Assim, o dióxido de carbono espalha-se pelos 
capilares, chegando aos alvéolos, sendo, então, 
expirado. 
A difusão de gases no pulmão é influenciada por quatro 
fatores: mudança na área de superfície disponível, 
espessamento da membrana alveolar-capilar, pressão 
parcial e solubilidade e peso molecular do gás. 
Qualquer mudança na área de superfície disponível para 
a fusão impede que esta ocorra. Por exemplo, a 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
remoção de um pulmão ou a presença de alguma 
doença que destrua o tecido pulmonar pode reduzir a 
área superficial disponível, em última instância, 
afetando a troca de gases. Expansão pulmonar 
incompleta ou colapso alveolar, conhecido como 
atelectasia, previne as mudanças de pressão e a troca 
de gases por difusão nos pulmões. Áreas atelectásicas 
do pulmão não podem realizar a função respiratória. 
Exemplos de condições que predispõem o paciente a 
atelectasia são obstruções das vias aéreas por corpos 
estranhos, muco, constrição de vias aéreas, compressão 
externa por tumores ou vasos sanguíneos aumentados 
e imobilidade. 
Qualquer doença ou condição que resulte em 
espessamento da membrana alveolar-capilar, como na 
pneumonia ou no edema pulmonar, dificulta mais ainda 
a difusão. 
A pressão parcial, ou pressão que resulta de qualquer 
gás em um mistura, dependendo de sua concentração, 
também pode afetar a difusão. Se o oxigênio ambiental 
estiver reduzido, como em altitudes maiores ou na 
presença de fumaça tóxica, menos oxigênio está 
disponível para difusão. Quando o oxigênio é 
administrado, a quantidade aumentada disponível 
resulta em maior difusão através das membranas 
capilares. 
Por fim, a solubilidade e o peso molecular do gás são 
fatores na difusão. O dióxido de carbono tem maior 
solubilidade nas membranas respiratórias e difunde-se 
mais rápido do que o oxigênio, permitindo que seja 
liberado nos pulmões a cada expiração. 
Perfusão 
A perfusão é o processo pelo qual o sangue capilar 
oxigenado passa através dos tecidos do corpo. A 
quantidade de sangue que flui pelos pulmões é um fator 
na quantidade de oxigênio e de outros gases trocados. 
A quantidade de sangue presente em qualquer área do 
tecido pulmonar depende, em parte, de a pessoa estar 
sentada, em pé ou deitada. Vale destacar que, a 
perfusão é maior em áreas dependentes. A perfusão do 
tecido pulmonar também depende do nível de atividade 
da pessoa. Maior atividade resulta em necessidade 
aumentada de oxigênio células pelos tecidos corporais 
e, em posterior, aumento do débito cardíaco; 
consequentemente, em mais retorno de sangue para os 
pulmões. Além disso, a perfusão aos tecidos do corpo 
depende de um suprimento sanguíneo adequado e de 
funcionamento cardiovascular apropriado para 
transportar oxigênio e dióxido de carbono para os 
pulmões e a partir deles. 
MECANISMO DE REGULAÇÃO RESPIRATÓRIA 
O centro respiratório localiza-se na medula, no tronco 
cerebral, logo acima da medula espinhal. É estimulado 
por uma concentração aumentada de dióxido de 
carbono e íons de hidrogênio e, em menor grau, por 
uma quantidade diminuída de oxigênio no sangue 
arterial. Além disso, quimiorreceptores no arco aórtico 
e nos corpos carotídeos são sensíveis aos mesmos níveis 
de gases no sangue arterial, podendo ativar a medula. A 
propriocepção em músculos e articulações reage a 
movimentos do corpo, como exercícios, e causa um 
aumento na ventilação. 
A estimulação da medula aumenta a frequência e a 
profundidade ventilatórias (inspiração e expiração) para 
suprir o dióxido de carbono e o hidrogênio e aumentar 
os níveis de oxigênio (o paciente respira mais depressa 
e com maior profundidade). A medula envia um impulso 
descendente na medulaespinha até os músculos 
respiratórios, para estimular uma contração que leva à 
inalação. Ademais, se alguma condição causar mudança 
crônica nos níveis de oxigênio e dióxido de carbono, 
esses quimiorreceptores podem se dessensibilizar e não 
regular de forma adequada a ventilação. 
 
FUNÇÕES DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
A principal função do sistema respiratório é a realização 
de trocas gasosas, pela transferência cíclica de ar para 
dentro e para fora dos pulmões, a fim de que as 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
concentrações dos gases oxigênio e dióxido de carbono 
do sangue que deixam os pulmões estejam em níveis 
compatíveis com as necessidades metabólicas do 
indivíduo. 
É importante destacar que, os órgãos do sistema 
respiratório estão intimamente envolvidos na produção 
da fala, no balanço ácido-base, no metabolismo do 
tecido pulmonar, no gerenciamento de materiais 
bioativos que venham adentrar as vias aéreas e na 
filtragem química do sangue, por alterações na dinâmica 
de coagulação. Os pulmões, ainda, possuem a 
capacidade de atuar como reservatório de sangue, de 
forma que, caso necessário, a quantidade de sangue 
enviada ao átrio esquerdo (e então para a circulação 
sistêmica) possa ser ajustada rapidamente. Além das 
diversas funções citadas, recentemente evidências de 
que os pulmões participam da hematopoese foram 
comprovadas. Na ocasião, estimou-se que os pulmões 
seriam responsáveis pela produção de cerca de 50% das 
plaquetas sanguíneas. 
ÍNDICE V/Q: 
RELAÇÃO VENTILAÇÃO – PERFUSÃO 
A relação ventilação – perfusão (V/Q) é a razão existente 
entre a quantidade de ventilação e a quantidade de 
sangue que chega a essa pulmão, tendo como valores 
normais em torno de 0,8. Para que ocorra uma troca 
gasosa ideal é necessário que o volume de ar que entra 
no alvéolo (V) seja próximo ao volume de sangue (Q) 
que passa através do pulmão. Portanto, Essa relação 
entre o ar alveolar e o débito cardíaco, é chamada de 
relação ventilação – perfusão (Índice V/Q). No pulmão 
normal essa relação deve estar abaixo de um, já que o 
pulmão não é todo ventilado a cada inspiração. As 
alterações de relação ventilação – perfusão são notadas 
dependentes da complacência e permeabilidade das 
vias aéreas. O fluxo sanguíneo não se distribui 
homogeneamente e depende da pressão hidrostática 
capilar, diferença de pressão entre o ar alveolar e as 
arteríolas pulmonares, e outros fatores. Ademais, a 
relação ventilação – perfusão está comprometida em 
três situações: 
• Índice V/Q Alto: A ventilação é alta e o fluxo 
sanguíneo é baixo, isso produz aumento de um 
espaço morto, produzindo hipoxemia e 
hipercapnia; 
• Índice V/Q Baixo: A ventilação é baixa e o fluxo 
sanguíneo é alto, pode ser chamado de shunt 
intrapulmonar e pode produzir uma hipoxemia 
com ou sem hipercapnia. 
• Índice V/Q Nulo: Não há nem ventilação e nem 
perfusão sanguínea. 
FATORES QUE PODEM AFETAR O 
FUNCIONAMENTO RESPIRATÓRIO 
Existem quatro fatores que afetam a oxigenação, ou 
seja, que afetam a adequação da circulação, ventilação, 
perfusão e transporte de gases respiratórios para os 
tecidos. Estes são fatores fisiológicos, de 
desenvolvimento, de estilo de vida e ambientais. 
FATORES FISIOLÓGICOS I 
Os fatores fisiológicos são qualquer condição que afete 
o funcionamento cardiopulmonar afetando 
diretamente a capacidade do corpo para atender às 
demandas de oxigênios. As disfunções respiratórias 
incluem hiperventilação, hipoventilação e hipoxia. As 
cardiopatias incluem distúrbios da condução, função 
valvular prejudicada, hipoxia do miocárdio, condições 
de cardiomiopatia e hipoxia tecidual periférica. Outros 
processos fisiológicos que afetam a oxigenação de um 
paciente incluem alterações que afetam a capacidade 
de transporte de oxigênio do sangue, a diminuição da 
concentração de oxigênio inspirado, o aumento na 
demanda metabólica do corpo e alterações que afetam 
o movimento da parede torácica causadas por 
anormalidades musculoesqueléticas ou alterações 
neuromusculares. 
Capacidade Reduzida de Transportar Oxigênio 
A hemoglobina transporta a maior parte do oxigênio 
para os tecidos. A anemia e a inalação de substâncias 
tóxicas diminuem a capacidade de transporte de 
oxigênio do sangue, reduzindo a quantidade de 
hemoglobina disponível para transportar oxigênio. A 
anemia é resultado da diminuição da produção de 
hemoglobina, do aumento da destruição de hemácias 
sanguíneas e/ou da perda de sangue. Os pacientes têm 
fadiga, diminuição da tolerância à atividades, aumento 
da falta de ar, aumento da frequência cardíaca e palidez 
(especialmente na conjuntiva ocular). A oxigenação 
diminui como medida de um efeito secundário da 
anemia. A resposta fisiológica a hipoxemia crônica é o 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
desenvolvimento de hemácias aumentadas 
(policitemia). Esta é a resposta adaptativa do corpo para 
aumentar a quantidade de hemoglobina e a 
disponibilidade dos locais de ligação com oxigênio 
disponíveis. Ademais, o monóxido de carbono é o 
inalante tóxico mais comum que diminui a capacidade 
de transporte de oxigênio do sangue. Na toxidade do 
monóxido de carbono, a hemoglobina liga-se 
fortemente com uma nota de carbono, criando uma 
anemia funcional. Devido à resistência da ligação, o 
monóxido de carbono não se dissocia facilmente da 
hemoglobina, tornando indisponível a hemoglobina 
para o transporte de oxigênio. 
Hipovolemia 
Condições como o choque e grave desidratação causam 
perda de líquido extracelular e volume reduzido de 
sangue circulante, ou hipovolemia. A diminuição no 
volume sanguíneo circulante resulta na hipoxia dos 
tecidos corporais. Com a perda significativa de líquido, 
o corpo tenta adaptar-se por meio de uma 
vasoconstrição periférica e aumentando a frequência 
cardíaca para aumentar o volume de sangue que 
retorna ao coração, aumentando assim o débito 
cardíaco. 
Concentração Reduzida de Oxigênio Inspirado 
Com o declínio da concentração de oxigênio inspirado, 
a capacidade de transporte de oxigênio do sangue 
diminui. A redução na fração da concentração de 
oxigênio expirado (FIO2) é causada pela obstrução das 
vias respiratórias superiores ou inferiores, que limita o 
fornecimento de oxigênio inspirado para os alvéolos; 
diminuição de oxigênio ambiental (em altitudes 
elevadas) ou hipoventilação (ocorre em overdose de 
drogas). 
Aumento da Taxa Metabólica 
O aumento da atividade metabólica aumenta a 
demanda de oxigênio. O nível de oxigenação diminui 
quando os sistemas corporais são incapazes de atender 
a essa demanda. Uma taxa metabólica aumentadas é 
normal na gravidez, na cicatrização de feridas e no 
exercício, pois o organismo está utilizando a energia 
para produzir tecidos. A maioria das pessoas é capaz de 
atender a uma maior demanda de oxigênio e não 
mostrar sinais de privação de oxigênio. Na febre, 
aumenta a necessidade de oxigênio pelos tecidos, 
resultando no aumento na produção de dióxido de 
carbono. Quando a febre persiste, a taxa metabólica 
permanece elevada, e o corpo começa a decompor 
estoques de proteína. Isto faz com que haja a perda 
muscular e diminuição da massa muscular, incluindo os 
músculos respiratórios como o diafragma e os músculos 
intercostais. Portanto, o corpo tenta adaptar-se aos 
níveis de dióxido de carbono aumentados, aumentando 
a taxa e a profundidade da respiração. O trabalho da 
respiração do paciente aumenta, e, eventualmente, ele 
exibe sinais ou sintomas de hipoxemia. Os pacientes 
com doenças pulmonares estão em maior risco de 
hipoxemia. 
FATORES FISIOLÓGICOS II 
Existe, também, em relação aos fatores fisiológicos, 
condições que afetam o movimento da caixa torácica. 
Qualquer condição de redução do movimento da 
parede torácica resulta na diminuição da ventilação. Se 
o diafragma não descer totalmente com a respiração, o 
volume de ar inspirado diminui, fornecendo menos 
oxigênio para os alvéolos de tecidos. 
 
Gravidez 
Conforme o feto crescedurante a gravidez, ou útero 
amplia-se empurra ao conteúdo abdominal para cima, 
contra o diafragma. No último trimestre da gravidez, o 
volume de ar inspirado diminui, fornecendo menos 
oxigênio para os alvéolos e tecidos. 
Obesidade 
Os pacientes que são obesos mórbidos têm volumes 
pulmonares reduzidos provenientes do tórax inferior e 
abdômen pesados, particularmente quando nas 
posições deitada e supina. Muitos pacientes obesos 
mórbido sofrem de apnéia obstrutiva do sono. Os 
pacientes com obesidade mórbida têm uma redução na 
complacência no pulmão e da caixa torácica, como 
resultado da invasão do abdômen para o peito, do 
aumento do trabalho da respiração e da diminuição dos 
volumes pulmonares. 
Anormalidades Musculoesqueléticas 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
Os comprometimentos musculoesqueléticos na região 
torácica reduzem oxigenação. Esses comprometimento 
são resultantes de configurações estruturais anormais, 
trauma, doenças musculares e doenças do sistema 
nervoso central. Configurações estruturais anormais 
prejudicam oxigenação e incluem aquelas que afetam a 
caixa torácica, tais como o peito escavado, e da coluna 
vertebral, como cifose, lordose ou escoliose. 
Trauma 
Um tórax instável é uma condição na qual múltiplas 
fraturas causam instabilidade em parte da parede 
torácica. A parede do tórax instável possibilita que o 
pulmão estenda-se por baixo da área lesada para 
contrair-se na inspiração e abaular-se na expiração, 
resultando em hipoxia. Além disso, os pacientes com 
incisões cirúrgicas torácicas o abdominal superior usam 
respirações superficiais para evitar a dor, o que também 
diminui o movimento da parede torácica. os opióides 
utilizados para tratar a dor deprimem o centro 
respiratório, diminuindo ainda mais a frequência 
respiratória e a expansão da caixa torácica. 
Doenças Neuromusculares 
As doenças neuromusculares prejudicam a oxigenação 
dos tecidos, diminuindo a capacidade do paciente para 
expandir e contrair a parede torácica. A ventilação é 
prejudicada, resultando em atelectasia, hipercapnia 
hipoxemia. 
Alterações do Sistema Nervoso Central 
Doenças ou traumas envolvendo a medula espinhal 
e/ou oblonga resultam insuficiência respiratória. 
Quando a medula espinhal é afetada, a regulação neural 
da respiração está prejudicada, e desenvolvem-se 
padrões respiratórios anormais. Trauma cervical em C3 
a C5 geralmente resulta em paralisia do nervo frênico. 
Quando esse nervo é danificado, o diafragma não desce 
adequadamente, reduzindo os volumes pulmonares na 
inspiração e causando hipoxemia. Ainda, o trauma na 
medula espinhal abaixo da vértebra C5 geralmente 
deixa o nervo frênico intacto, mas danifica os nervos 
que inervam os músculos intercostais, impedindo a 
expansão do tórax anteroposterior. 
FATORES FISIOLÓGICOS III 
Ainda, também, em relação aos fatores fisiológicos, 
existem as influências de doenças crônicas. Neste caso, 
oxigenação diminui como consequência direta da 
doença pulmonar crônica. Mudanças no diâmetro 
anteroposterior da parede torácica (tórax barril) 
ocorrem por causa do uso excessivo de músculos 
acessórios de aprisionamento aéreo no enfisema. O 
diafragma é achatado, e os campos pulmonares ficam 
distendidos, o que resulta em diferentes graus de 
hipoxemia e/ou hipercapnia. 
FATORES DE DESENVOLVIMENTO 
Em relação, ao fatores de desenvolvimento, a fase de 
desenvolvimento de um paciente e o processo normal 
de envelhecimento afetam a oxigenação dos tecidos. 
Lactantes e Crianças Pequenas 
Lactantes e crianças pequenas estão em risco de 
infecções do trato respiratório superior como resultado 
da exposição frequente a outras crianças, um sistema 
imunológico imaturo e exposição ao tabagismo passivo. 
Além disso, durante o processo de dentição algumas 
crianças desenvolvem congestionamento nasal, o qual 
estimula o crescimento de bactérias e aumenta o 
potencial de infecção do trato respiratório. as infecções 
do trato respiratório superior geralmente não são 
perigosas e, os lactantes ou crianças pequenas se 
recuperam com facilidade. 
 
Escolares e Adolescentes 
Crianças em idade escolar e adolescentes estão 
expostos a infecções respiratórias e fatores de riscos 
respiratórios, Taís como tabagismo ou fumo passivo. 
Uma criança saudável geralmente não tem defeitos 
adversos pulmonares de infecções respiratórias. É 
Importante ressaltar que, uma pessoa que começa a 
fumar na adolescência e continua a fumar na meia-
idade tem um risco aumentado para a doença 
cardiopulmonar e câncer de pulmão. 
Adultos Jovens e de Meia-Idade 
Adultos jovens e de meia idade estão expostos há vários 
fatores de risco cardiopulmonares: uma dieta pouco 
saudável, falta de exercício, estresse, uso de 
medicamentos sem prescrição e usados de forma 
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diferente da recomendada, substâncias ilegais e 
tabagismo. A redução desses fatores modificáveis é 
capaz de diminuir o risco de um paciente para doenças 
cardíacas ou pulmonares. 
Idosos 
Os sistemas cardíaco e respiratório sofrem alterações ao 
longo do processo de envelhecimento. as alterações 
estão associadas com a calcificação das válvulas do 
coração, nó sino atrial e cartilagens costais. O sistema 
arterial desenvolve placas ateroscleróticas. Ademais, a 
osteoporoses conduz a mudanças na forma e no 
tamanho do tórax. A traqueia e os brônquios aumentam 
e se expande a partir da calcificação das vias 
respiratórias. Os alvéolos aumentam, diminuindo a área 
de superfície disponível para a troca de gases. O número 
de cílios funcional é reduzido, causando uma diminuição 
na eficácia do mecanismo de tosse e colocando o idoso 
em risco aumentado de infecções respiratórias. 
FATORES DE ESTILO DE VIDA 
Em relação aos fatores de estilo de vida, as modificações 
de estilo de vida são difíceis para os pacientes, porque 
eles, muitas vezes, têm de mudar um hábito que 
consideram agradável como o cigarro ou comer certos 
alimentos. A modificação de um fator de risco é 
importante e inclui a cessação do tabagismo, redução de 
peso, uma dieta baixa em colesterol e com baixo teor de 
sódio, controle da hipertensão e exercício moderado. 
Embora seja difícil mudar um comportamento adquirido 
há muito tempo, ajudar os pacientes a adquirirem 
comportamentos saudáveis reduz o risco para ou 
retarda ou impede a progressão de doenças 
cardiopulmonares. 
Nutrição 
A nutrição afeta a função cardiopulmonar de várias 
maneiras. A obesidade grave diminui a expansão 
pulmonar, e o aumento do peso corporal aumenta as 
demandas de oxigênio dos tecidos. O paciente 
desnutrido é enfrenta enfraquecimento dos músculos 
respiratórios, resultando em diminuição da força 
muscular e excursão respiratória. A eficiência da tosse é 
reduzida secundariamente a fraqueza dos músculos 
respiratórios, e isto coloca os pacientes em risco de 
retenção de secreções pulmonares. Além disso, os 
pacientes que são obesos mórbidos e/ou desnutridos 
estão em risco de anemia. As dietas ricas em 
carboidratos desempenham um papel no aumento da 
carga de dióxido de carbono para os pacientes com 
retenção de dióxido de carbono. À medida que os 
carboidratos são metabolizados, Uma carga de dióxido 
de carbono aumentado é criada e excretada através dos 
pulmões. Também, as práticas alimentares também 
influenciam a prevalência de doenças cardiovasculares. 
Exercício 
O exercício aumenta a atividade metabólica e a 
demanda de oxigênio do corpo. A frequência e a 
profundidade de respiração aumentam, tornando 
possível que a pessoa inale mais oxigênio e exale o 
dióxido de carbono em excesso. Um programa de 
exercícios físicos tem muitos benefícios. Pessoas que se 
exercitam por 30 a 60 minutos por dia têm menores 
frequência de pulso e pressão arterial, diminuição do 
nível de colesterol, aumento do fluxo sanguíneo e maior 
extração de oxigênio pelo esforço muscular. Contudo, 
pessoas totalmente condicionadas aumentam o 
consumo de oxigênio em 10% a 20% por causa do 
aumento do débitocardíaco e aumento da eficiência do 
músculo do miocárdio. 
Tabagismo 
O tabagismo e o fumo passivo estão associados com 
uma série de doenças, incluindo doença cardíaca, DPOC, 
e câncer do pulmão. O tabagismo piora doença vascular 
periférica e das artérias coronárias. A nicotina inalada 
provoca vaso constrição dos vasos sanguíneos 
periféricos e coronarianos, aumentando a Pressão 
Arterial e diminuindo o fluxo sanguíneo para os vasos 
periféricos. Também, as mulheres que tomam pílulas 
anticoncepcionais de fumam têm um risco aumentado 
de tromboflebite e embolia pulmonar. Fumar durante a 
gravidez pode resultar em baixo peso dos bebês, partos 
prematuros e bebês com função pulmonar reduzida. 
Mesmo a exposição ao fumo passivo pode ser um risco 
para o baixo peso dos bebês, além de parto prematuro 
e abortos. Além disso, o risco de câncer de pulmão é 10 
vezes maior para uma pessoa que fuma do que para um 
fumante. Existe o risco, também, para câncer de laringe, 
boca, faringe, bexiga e esófago. Fumar, também, tem 
sido associado ao desenvolvimento de outros tipos de 
câncer, incluindo de cérvix, rim e leucemia. Adesivos, 
goma de mascar pastilhas de nicotina estão disponíveis 
para venda sem receita, e spray nasal de nicotina é 
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inaladores podem ser obtidos com prescrição médica. 
Medicamentos, como a bupropiona e vereniclina, 
também estão disponíveis para ajudar as pessoas a 
parar de fumar. Por fim, a exposição ao fumo ambiental 
do tabaco (fumo passivo) aumenta o risco de câncer de 
pulmão e doenças cardiovasculares não fumantes. 
Crianças com o pais fumantes têm maior incidência de 
infecções, asma e pneumonia. Os bebês expostos ao 
fumo passivo correm risco de síndrome de morte súbita 
infantil. 
Uso Abusivo de Substâncias 
O uso excessivo de álcool é de outras drogas prejudica a 
oxigenação dos tecidos de duas maneiras. 
Primeiramente, a pessoa que abusa cronicamente de 
substâncias muitas vezes têm um consumo nutricional 
pobre. Com a diminuição resultante da ingestão de 
alimentos ricos em ferro, há declínio da produção de 
hemoglobina. Em segundo lugar, o uso excessivo de 
álcool de drogas deprime o centro respiratório, 
reduzindo a frequência e profundidade da respiração e 
a quantidade de oxigênio inalado. O uso abusivo de 
drogas pelo ato de fumar ou inalar substâncias como o 
crack ou vapores de latas de tinta ou cola causa de lesão 
direta ao tecido pulmonar que leva a danos pulmonares 
permanentes. O relatório sobre uso abusivo de 
inalantes por adolescentes para obter um efeito 
eufórico inclui o uso de uma grande variedade de 
substâncias, tais como solvente de tinta, removedores 
de unha, cola, tinta em spray, óxido nitroso e outros 
produtos domésticos comuns. A morte súbita pode 
ocorrer a partir de arritmias cardíacas; ou o uso abusivo 
crônico pode causar danos ao coração, pulmões e rins. 
Estresse 
Um Estado contínuo de estresse ou ansiedade severa 
aumenta a taxa metabólica e a demanda de oxigênio do 
corpo. O corpo responde ansiedade e a outros estresses 
com um aumento da frequência é profundidade da 
respiração. A maioria das pessoas se adapta, mas 
algumas, especialmente aquelas com doenças crônicas 
ou agudas, podem ter doenças fatais, como um infarto, 
e não conseguem tolerar a demanda de oxigênio 
associada com ansiedade. 
FATORES AMBIENTAIS 
Em relação aos fatores ambientais, o ambiente também 
influencia a oxigenação. A incidência de doenças 
pulmonares é maior em áreas urbanas do que em áreas 
rurais. Além disso, o local de trabalho de um paciente, 
por vezes, aumenta o risco de doença pulmonar. Os 
poluentes ocupacionais incluem o amianto, pó de talco, 
poeira e fibras do ar. 
ALTERAÇÕES NO FUNCIONAMENTO 
RESPIRATÓRIO 
Ademais, existem várias alterações no funcionamento 
respiratório. Doenças e condições que afetam a 
ventilação ou alterações no transporte de oxigênio 
afetam o funcionamento respiratório. As três alterações 
principais são a hipoventilação, a hiperventilação e a 
hipoxia. 
HIPOVENTILAÇÃO 
A Hipoventilação ocorre quando há ventilação ao violar 
é insuficiente para atender a demanda de oxigênio do 
corpo ou eliminar dióxido de carbono suficiente. À 
medida que a ventilação alveolar diminui, o corpo retém 
o dióxido de carbono. Por exemplo, atelectasia, um 
colapso dos alvéolos, impede a troca normal de oxigênio 
idiota de carbono. À medida que há mais colapso 
alveolar, menos o pulmão é ventilado e ocorre 
hipoventilação. É importante ressaltar que, sinais de 
sintomas da hipoventilação incluem alterações do 
estado mental, arritmias e parada cardíaca em 
potencial. Se não for tratada, o estado do paciente 
declina rapidamente, levando a convulsões, 
inconsciência é morte. 
HIPERVENTILAÇÃO 
A hiperventilação é um estado de ventilação em que os 
pulmões removem no dióxido de carbono mais 
rapidamente do que é produzido pelo metabolismo 
celular. Ansiedade severa, infecção, drogas, ou um 
desequilíbrio ácido-básico induzem a hiperventilação. A 
ansiedade aguda leva a hiperventilação e a exalação de 
quantidades excessivas de dióxido de carbono. O 
aumento da temperatura corporal (febre) aumenta a 
taxa metabólica, o que aumenta a produção de dióxido 
de carbono. O nível de dióxido de carbono aumentado 
estimula um aumento da frequência respiratória do 
paciente da profundidade da respiração, causando a 
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hiperventilação. Ademais, a hiperventilação por vezes 
pode ser induzida quimicamente. O envenenamento 
por salicilato (aspirina) e anfetaminas resulta na 
produção em excesso de dióxido de carbono, 
estimulando o centro respiratório para compensar, 
aumentando a frequência é a profundidade da 
respiração. também ocorre quando o corpo tenta 
compensar acidose metabólica. Por fim, os sinais de 
sintomas da hiperventilação incluem respiração rápida, 
respirações suspirando, dormência e formigamento das 
mãos e pés, tontura e perda de consciência. 
HIPOXIA 
A hipoxia é a oxigenação tecidual inadequada ao nível 
celular. É o resultado de uma deficiência na liberação de 
oxigênio ou da sua baixa utilização ao nível celular. É 
uma condição potencialmente fatal. Se não tratada, 
produz possivelmente arritmias cardíacas fatais. As 
causas de hipoxia incluem um nível de hemoglobina 
diminuído e uma reduzida capacidade de transporte de 
oxigênio no sangue; uma diminuição da concentração 
de oxigênio inspirado, o que ocorre em altas altitudes; a 
incapacidade dos tecidos para extrair oxigênio do 
sangue, tal como envenenamento por cianeto; a 
diminuição da difusão de oxigênio a partir dos alvéolos 
para o sangue, como na pneumonia; a fraca perfusão 
dos tecidos com sangue oxigenado, tal como no choque; 
e a ventilação diminuída, como múltiplas faturas de 
costela e trauma torácico. Os sinais de sintomas clínicos 
da hipoxia incluem agitação, apreensão, incapacidade 
de concentração, diminuição do nível de consciência, 
tontura e alterações comportamentais. As mudanças 
dos sinais vitais incluem um aumento da frequência de 
pulso e da frequência e profundidade da respiração. 
Durante os estágios iniciais da hipoxia, a pressão se 
eleva, a não ser que seja causada por um choque. À 
medida que a hipoxia piora, a frequência respiratória 
diminuir como resultado da fadiga dos músculos 
respiratórios. Ademais, a cianose, coloração azul da pele 
das mucosas causada pela presença de hemoglobina 
dessaturada em capilares, é um sinal tardio de hipoxia. 
Vale ressaltar que, a presença ou ausência de cianose 
não é uma medida confiável do estado de oxigênio. 
 
 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
HISTÓRIA DE ENFERMAGEM 
Inicialmente, a história de saúde do paciente é um 
componente essencial para a investigação do 
funcionamento respiratório. A história de enfermagem, 
ferramenta clínica importante nas etapas iniciais do 
processo de enfermagem, sempre inclui um 
componente respiratório. As informações obtidas 
fornecem dados sobre por que o paciente precise de 
cuidados de enfermageme sobre o tipo de atendimento 
necessário para manter uma ingestão suficiente de ar. 
As perguntas na entrevista ajudam a identificar os 
desvios de saúde atuais ou potenciais, as ações do 
paciente para satisfazer as necessidades respiratórias e 
os efeitos dessas ações, os fatores contribuintes, o uso 
de auxiliares para melhorar a ingestão de ar e os efeitos 
no estilo de vida e nas relações do paciente com os 
outros. Antes de começar a entrevista, deve se 
confirmar se o paciente não está em sofrimento. Se 
houver algum sofrimento respiratório, ações 
apropriadas devem ser iniciadas imediatamente para 
ajudar a aliviar os sintomas. Então, deve-se solicitar 
ajuda de membros da família ou de outras pessoas para 
responder as perguntas. Quando o paciente puder fazer 
isso, deve entrevista-lo de modo a ampliar essa base de 
dados iniciais. Se não houver necessidade de alguma 
intervenção de emergência para a sua condição clínica, 
deve-se neste momento obter a história completa. 
EXAME FÍSICO 
Após a coleta de dados, vem o exame físico. Neste 
momento, o profissional de saúde deve sempre agir de 
maneira bem organizada, por meio de uma sequência 
de inspeção, palpação, percussão e auscultação. 
Inspeção 
Inspecionar o contorno e a forma do peito. 
Normalmente, no adulto, se eu contorno é levemente 
convexo, sem depressão do esterno. O diâmetro 
anteroposterior deve ser bem menor do que o diâmetro 
transverso. A parede torácica de um bebê é tão fina e 
tem tão pouca musculatura que as costelas, o externo e 
o processo xifoide pode ser vistos com facilidade. Os 
bebês tem a parede do tórax arredondada, onde o 
diâmetro anteroposterior (a medida que vai dar frente 
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até as costas do tórax) iguala o diâmetro transverso. Nas 
crianças pré-escolares e em idade escolar, um pouco de 
gordura subcutânea está depositado na parede torácica, 
deixando-os marcos menos salientes que nos bebês. O 
desenvolvimento muscular também fica mais visível. A 
proporção do diâmetro transverso em relação ao 
anteroposterior atinge a configuração adulta 1:2 aos 
seis anos de idade. Os marcos ósseos ficam salientes 
devido à perda de gordura subcutânea. A cifose 
(curvatura da coluna) contribui para a aparência da 
pessoa idosa, que se inclina para a frente. Ainda, a 
deformidade do peito em barril pode resultar em 
aumento do diâmetro anteroposterior. 
Deve-se descrever ou desenhar quaisquer 
anormalidades e na estrutura torácica. Também, deve-
se observar o contorno dos espaços intercostais, que 
deve estar plano ou deprimido, além da movimentação 
do tórax, que deve ser simétrica. Deve-se examinar a 
pele sobre o tórax em relação a temperatura e cor. Ele 
deve estar quente e seco, com uma cor parelha, sem 
cianose ou palidez, o que seria indício de oxigenação 
menos que ótima. Observar se há cicatrizes, cuja origem 
deve ser registrada no item sobre cirurgia prévia ou 
acidentes. Ademais, deve-se observar a frequência e o 
ritmo respiratório durante um minuto. Em geral, as 
inspirações são calmas, sem esforço. Observar qualquer 
dilatação das narinas, retração muscular, taquipneia 
(respiração rápida) ou bradipneia (respiração lenta), 
que sugere um desvio de saúde que demanda mais 
avaliação. Deve-se sempre estar alerta para a 
manifestações clínicas comuns que possam indicar uma 
emergência das vias aéreas. 
Palpação 
Palpar a traqueia, que deve estar equidistante de cada 
clavícula. A temperatura da pele nessa área costuma ser 
a mesma do resto do corpo. Medir a excursão torácica, 
colocando as mãos sobre o tórax posterior do paciente, 
na décima costela, com os dois polegares quase tocando 
as vértebras. Pedir ao paciente que faça algumas 
respirações profundas enquanto observa-se o 
movimento das mãos. Comumente, os polegares 
movimentam-se de 5 a 8 cm, simetricamente na 
inspiração máxima. Também, deve-se investigar o 
frêmito tátil (capacidade de sentir o som na parede 
torácica), colocando a palma da mão na parede torácica 
do paciente, evitando áreas ósseas. Pedir que o paciente 
repita palavras polissilábicas enquanto sente há 
vibração. Normalmente, as liberações são iguais em 
ambos os lados, em áreas diferentes da parede torácica. 
A intensidade maior é observada na base anterior e 
posterior do pescoço e ao longo da traqueia e dos 
grandes brônquios. Frêmito aumentado ocorre em 
pacientes com pneumonia, porque o tecido sólido 
conduz bem o som. Diferentemente, pacientes com 
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) tem 
frêmito diminuído, porque o ar não conduz bem o som. 
Por fim, observar a presença ou ausência de grânulos, 
edema ou sensibilidade ao palpar. 
Percussão 
A percussão é usada para investigar a posição dos 
pulmões, a densidade do tecido pulmonar e para 
identificar mudanças titulares. Essa habilidade de 
investigar não é usada com frequência. Quando usada, 
costuma ser parte dos exames feitos por enfermeiros de 
prática avançada e por outros profissionais 
especializados. 
Auscultação 
Com o diafragma do estetoscópio, o enfermeiro vai do 
ápice à base dos pulmões, comparando um lado com um 
outro ao mesmo tempo em que escuta um círculo 
respiratório completo , a inspiração e expiração. Os sons 
respiratórios normais incluem o tipo vesicular (tom 
baixo, som suave ouvido sobre os Campos pulmonares 
periféricos), bronquial (estou um alto e mais longo, 
ouvido, basicamente sobre a traqueia e a laringe) e 
broncovesicular (tom e som médios de sibilo, escutado 
sobre os principais brônquios). Auscultar ao mesmo 
tempo em que o paciente respira lentamente, com a 
boca aberta. Respirar pelo nariz pode produzir sons 
respiratórios falsamente anormais. Respirar rápido 
demais, como na hiperventilação, pode causar síncope 
e sofrimento ao paciente. Se alguns som respiratório 
anormal foi detectado, instruir o paciente a tossir e ao 
escutar novamente durante pelo menos dois ciclos 
respiratórios completos. Registrar a localização, 
mudança no som se respiratórios após tossir e fase de 
respiração em que o som é auscultado. Ademais, sons 
respiratórios de estranhos ou sons pulmonares 
anormais são categorizados como descontínuos ou 
contínuos. As crepitações frequentemente escutadas na 
inspiração, são sons de estouro descontínuos suaves e 
de tonalidade alta (intermitentes). São produzidos por 
líquido nas vias aéreas ou nos alvéolos e por atraso na 
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reabertura de alvéolos que entram em colapso. 
Ocorrem devido a inflamação ou congestão e estão 
associados a pneumonia, insuficiência cardíaca 
congestiva, bronquite e DPOC. As crepitações podem 
ser classificadas em ainda mais suaves ou roucas. As 
script ações suaves são somos breves, similares aos sons 
dos cabelos esfregando os dedos. as crepitações roucas 
são um pouco mais altas, úmidas, lembrando sonhos 
bolhosos. As crepitações suaves ocasionais, no final da 
inspiração profunda, escutadas na altura do peito do 
bebê, são normais. Os chiados são sons contínuos é 
musicais, produzidos enquanto o ar passa por vias 
aéreas comprimidas por edema, estreitamento, 
secreções ou tumores. Podem ser ainda classificados 
como chiados sibilantes ou chiados sonoros. Os 
sibilantes originam-se em vias aéreas menores têm 
tonalidade alta e lembram assobio, ao passo que o 
chiado sonoros podem ser escutados acima das vias 
aéreas maiores, lembrando o ronco. Costumam ser 
ouvidos em pacientes com asma, tumores ou acúmulo 
de secreções. Por fim, o atrito pleural é um som 
contínuo, seco irritante. A fricção pleural é causada por 
inflamação das superfícies da pleura e por perda de 
líquido pleural lubrificante. Assemelha se ao som feito 
pelo ato de esfregar uma superfície de couro na outra. 
EXAMES DIAGNÓSTICOS COMUNS 
Além da história de enfermagem e do exame físico, os 
testes laboratoriais e radiológicos fornecem mais dados 
investigativos que podem ajudar na formação dos 
diagnósticos de enfermagem. 
Análise do pH de Gases do Sangue Arterial 
Este é usado para determinara pressão exercida pelo 
oxigénio e pelo dióxido de carbono no sangue e no pH 
do sangue. Este teste mede a adequação da oxigenação, 
da ventilação e da perfusão. Os resultados normais são: 
pH (7,35 – 7,45), PCO2 (35 – 45 mmHg), PO2 (80 – 100 
mmHg) e HCO3 (22 – 26 mEq/L), e excesso ou déficit de 
base (-2 a +2 mmol/L). 
Estudo Citológico 
Envolve um exame microscópico do catarro e das células 
que ele contém. É feito principalmente para detectar as 
células que podem ser malignas, determinar organismos 
causadores de infecção identificar sangue ou pus no 
escarro. 
Estudo Endoscópico 
Envolve a visualização direta de uma cavidade corporal. 
Um broncoscópio é usado para examinar a laringe, os 
brônquios e a traqueia. A broncoscopia permite 
visualizar lesões, obter uma biópsia, melhorar a 
drenagem, remover substâncias estranhas e drenar 
abcessos. 
Testes Cutâneos 
Determinam reações antígeno-anticorpo. Nos teste 
intradérmicos, os antígenos (os quais o paciente pode 
ter sido exposto anteriormente) são injetados na 
camada superficial da pele, com agulhas seringa, para 
avaliar a resposta imune. 
Radiografia 
É um exame radiológico dos pulmões e da cavidade 
torácica. Exames radiográficos dos pulmões são feitos 
para ajudar a diagnosticar doenças pulmonares e 
determinar o progresso ou desenvolvimento de alguma 
doença. 
Cintilografia Pulmonar 
É o registro, em placa fotográfica, das emissões de 
ondas radioativas a partir de uma substância injetada 
em uma veia, à medida que ela circula pelo pulmão. A 
cintilografia de perfusão (cintilografia Q) media 
integridade dos vasos sanguíneos pulmonares e avalia 
anormalidades do fluxo sanguíneo (ex: embolia 
pulmonar). A cintilografia de ventilação (cintilografia V) 
detecta anormalidades ventilatórias, especialmente em 
pacientes com enfisema. As duas cintilografias usadas 
juntas fornecem informação diagnóstica maior e mais 
precisa do que apenas um dos testes sozinhos. 
OUTROS EXAMES 
Além disso, existem exames que não são específicos 
para determinada doença, mas refletem como está 
funcionando o sistema respiratório. 
Estudos da Função Pulmonar 
Os estudos da função pulmonar compreendem um 
grupo de exames usados para avaliar pacientes com 
distúrbios respiratórios, sendo feitos rotineiramente 
para avaliar o estado pulmonar e detectar 
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anormalidades. Avaliam disfunção pulmonar, 
diagnosticam doenças, verifica uma gravidade de uma 
doença, auxiliam no controle de doenças e avaliam 
intervenções respiratórias. A maior parte dos exames é 
administrada por terapeuta respiratório, técnico, 
enfermeiros com treinamento especial ou por médicos. 
Existem vários exames que costumam ser encontrados. 
Os exames mais especializados e suas finalidades 
incluem: diluição inerte de gás, eliminação de nitrogênio 
e pletismografia do corpo medem volumes pulmonares; 
capacidade de fusão calcula a capacidade do paciente 
para absorver gases alveolares e determinar se há 
algum problema de troca de gases; o preço em 
respiratórias máximas ajudam a avaliar as causas 
neuromusculares disfunção respiratória; e testes de 
exercícios ajudam a avaliar a dispneia de esforço. 
Espirometria 
 A espirometria mede o volume de água em litros, 
isolado ou inalado pelo paciente por certo tempo. Avalia 
a função pulmonar e a obstrução das vias aéreas via por 
meio da mecânica da respiração. A espirometria pode 
ser usada para medir o grau de obstrução das vias 
aéreas e para avaliar a reação à medicamentos inalados. 
O paciente inspira profundamente e expira 
forçadamente em um espirômetro, um instrumento que 
mede volumes pulmonares de fluxo de ar. 
Taxa de Pico de Fluxo Expiratório 
Essa taxa refere-se ao ponto do fluxo mais alto durante 
a expiração forçada. A taxa de pico expiratório reflete 
mudanças no tamanho das vias aéreas pulmonares, 
sendo medida com letro para fluxo de pico. Costuma ser 
usada para pacientes com asma moderada a severa para 
medir agradável essa e o grau de controle. Com o 
paciente de pé ou sentado, com as costas retas possível, 
solicita-se que ele respire profundamente uma vez, só 
do pai na casa do mediador do fluxo de pico na boca, 
com os lábios bem fechados ao redor do bocal. Com 
vigor, o paciente expira no medidor, onde um indicador 
atinge determinado número. Solicita-se ao paciente que 
faça isso três vezes sendo registrado o número mais 
elevado. É produzida uma medida em litros, quem 
indica a frequência máxima de fluxo durante uma 
expiração forcada. Valores normais são estabelecidos 
em relação à altura, idade e gênero além dos valores de 
partida do paciente doente. Os pacientes normalmente 
medem a taxa de pico expiratório em casa para 
monitorar o fluxo de ar. Os resultados são os dados para 
acompanhamento da progressão da doença e para 
regular o tratamento pelo paciente pelo médico. 
Oximetria de Pulso 
A oximetria de pulso é uma técnica não invasiva que 
mede a saturação de oxi-hemoglobina arterial (SaO2 ou 
SpO2) do sangue arterial. É útil para monitorar 
pacientes em oxigenoterapia, para titular 
oxigenoterapia, para monitorar pacientes com risco de 
hipoxia e os em pós-operatório. Ela indica anormalidade 
na troca de gases, embora não substitua alise de gases 
no sangue arterial. O enfermeiro deve estar atento ao 
nível de hemoglobina do paciente antes de avaliar a 
saturação de oxigênio, porque o teste mede apenas a 
porcentagem de oxigênio levado pela hemoglobina 
disponível. Assim, mesmo um paciente com 
hemoglobina baixa pode parecer ter SpO2 normal, 
porque a maior parte desta hemoglobina está saturada. 
O paciente, entretanto, pode não ter oxigênio suficiente 
para atender as necessidades corporais. Uma variação 
de 95 a 100% é considerada uma SpO2 normal; valores 
menores ou igual à 90% indicam que a oxigenação para 
os tecidos está inadequada, devendo ser examinada 
quanto a hipoxia ou erro técnico. 
Toracocentese 
É o procedimento de perfuração da parede torácica e 
aspiração de líquido pleural. a cavidade pleural é uma 
cavidade potencial, porque, normalmente, não se 
distende com um líquido ou ar. O médico pode fazer 
uma toracocentese junto ao leito do paciente, com 
auxílio do enfermeiro. Pede-se ao paciente que assine 
uma permissão para esse procedimento. A 
toracocentese pode ser realizada para obter uma 
amostra para fins de diagnóstico ou para remover 
líquido acumulado na cavidade pleural, causador de 
dificuldade respiratória e desconforto. Como a cavidade 
que está sendo penetrada é estéreo, é requerida 
assepsia cirúrgica. E, precauções-padrão também são 
utilizadas. 
 
De maneira geral, existem vários fatores que devem ser 
investigados, sendo eles: padrões usuais de respiração, 
medicamentos, história de saúde, mudanças recentes, 
estilo de vida e ambiente, tosse, catarro, dor no peito, 
dispneia, febre e fadiga. Ademais, avaliação clínica 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
prévia a ser feita deve constituir uma série de fatores: 
presença ou não de problemas respiratórios; 
classificação/gravidade dos sinais e sintomas relatados; 
início e duração; avaliação da frequência respiratória; 
avaliação dos sinais vitais do paciente; presença ou não 
de dor torácica; presença de muco ou não; regularidade 
dos sinais de sintomas; dificuldade ou não de respirar; 
análise de antecedentes pessoais (como tabagismo, 
fatores de risco, predisposições, etc). 
 
OXIGENOTERAPIA 
DEFINÇÃO 
A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio 
numa concentração de pressão superior à encontrado 
na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar 
deficiência de oxigênio ou hipóxia, aplicada tanto em 
situações clínicas agudas quanto crônicas. A razão mais 
comum para a utilização da oxigenoterapia é 
insuficiência respiratória aguda, em que há 
impossibilidade do sistema respiratório manter os 
valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da 
pressão arterial de gás carbônico (PaCO2). 
A American Association for Respiratory Care cita, comoprincipais indicações de oxigenoterapia, pacientes com 
PaO2 < 60 mmHg ou saturação periférica de oxigênio 
(SpO2) < 90% em ar ambiente, e/ou SpO2 < 88% durante 
exercício ou sono em portadores de doenças 
cardiorrespiratórias. 
Ainda, a impossibilidade do sistema respiratório em 
manter os valores adequados dos gases no sangue é 
devido a dois fatores: primeiramente, a hipoventilação, 
ou seja, quando ocorre a oxigenação inadequada dos 
pulmões, por algum motivo; e, em segundo, a 
incapacidade dos tecidos em utilizar o oxigênio, seja por 
uma doença pulmonar, que provoque alteração nas 
trocas gasosas, diminuindo os níveis de oxigênio nos 
alvéolos e consequentemente, na corrente sanguínea, 
ou, seja por uma doença cardíaca, que afete o 
transporte de oxigênio aos tecidos. 
OBJETIVOS 
O principal objetivo da oxigenoterapia é aumentar a 
quantidade de oxigênio carreado no sangue pelas 
hemoglobinas até o tecido, ou seja, visa-se reverter o 
quadro de hipóxia tecidual, que se caracteriza pela 
diminuição dos níveis de oxigênio existentes nos tecidos 
e órgão, não havendo oxigênio o suficiente para a 
realização das funções metabólicas normais, 
ocasionando a morte celular. Além disso, o uso de 
suporte de oxigênio visa: aumento da sobrevida e da 
tolerância ao exercício, diminuição do tempo de 
hospitalização, diminuição da dispneia, diminuição da 
pressão da artéria pulmonar e resistência vascular 
pulmonar, melhora do desempenho psicomotor e 
melhora da qualidade de vida. 
INDICAÇÕES 
A oxigenoterapia é indicada sempre em situação de 
hipoxemia, ou seja quando a pressão arterial de 
oxigênio estiver menor que 60mmHg, quando a 
saturação periférica de oxigênio estiver menor que 90%, 
em ar ambiente e repouso, e/ou quando há saturação 
de oxigênio estiver menor que 88% durante exercícios 
ou sono em cardiopatas ou pneumopatas. Além disso, o 
suporte de oxigênio é indicado em casos de: Parada 
Cardiorrespiratória (através do manejo do ressuscitador 
manual); Infarto Agudo do Miocárdio (como forma de 
diminuir a sobrecarga cardíaca); Intoxicação por gases 
(principalmente o monóxido de carbono); 
Traumatismos graves; Angina instável; Recuperação 
pós-anestésica; Insuficiência respiratória aguda ou 
crônica agudizada; Insuficiência cardíaca congestiva e 
Apneia obstrutiva do sono. 
VANTAGENS 
Sabe-se que o uso da oxigenoterapia acarreta diversos 
efeitos positivos, dentre eles: melhora da troca gasosa 
pulmonar; melhora do débito cardíaco; vasoconstrição 
sistêmica; vasodilatação arterial pulmonar; diminuição 
da pressão arterial pulmonar; diminuição da resistência 
arterial pulmonar e diminuição do trabalho da 
musculatura cardíaca. 
DESVANTAGENS 
Além dos efeitos positivos, a oxigenoterapia pode 
ocasionar diversos efeitos deletérios, sendo por isso, 
considerado um medicamento. Dependendo do tempo 
e da concentração de oxigênio inadequados, que o 
paciente ficará exposto, poderá acarretar alterações no 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
Sistema Nervoso Central, Respiratório e Cardiovascular. 
Os principais efeitos deletérios ocasionados pelo uso 
inadequado da oxigenoterapia são: 
• Toxicidade pulmonar: estudos revelam que um 
paciente exposto a uma FiO2 > 60% por mais de 48 
horas ou uma FiO2 de 100% por 12 horas ou mais 
apresentam sinais de toxicidade pulmonar; 
• Depressão do sistema respiratório: principalmente 
em pacientes com hipercapnia (DPOC), apresentam 
rebaixamento do sistema respiratório com a 
presença de altas quantidades de O2 circulantes no 
sangue, o que promove uma diminuição da 
frequência respiratória e consequentemente 
aumento da hipercapnia; 
• Atelectasias por absorção: altas quantidades 
inaladas de O2 promovem uma diminuição da 
quantidade de outros gases dentro do alvéolo, 
principalmente do nitrogênio, que é um dos 
responsáveis por manter o alvéolo aberto. A 
ausência desse gás no interior do alvéolo promove o 
seu colabamento e com isso aumento das áreas de 
atelectasia; 
• Aumento do efeito shunt e diminuição da relação 
V/Q: com aumento das áreas atelectasiadas, 
ocorrerá uma diminuição da relação 
ventilação/perfusão; 
• Diminuição do surfactante pulmonar: altas 
concentrações de oxigênio inaladas interferem 
diretamente na produção de surfactantes pelos 
pneumócitos tipo II, gerando aumento das áreas 
com atelectasias. 
Ademais, de acordo com David et al (2004), um 
indivíduo exposto a uma FiO2 de 100% por 12 a 24 
horas, apresenta sinais de traqueobronquite, tosse seca, 
dor torácica subesternal, diminuição da clearence 
mucociliar e da capacidade vital; por 24 a 30 horas, as 
respostas fisiológicas seria parestesias, náuseas, 
vômitos, alteração da síntese proteica nas células 
endoteliais e alteração na função celular; por 30 a 48 
horas, ocorre diminuição da complacência pulmonar e 
da capacidade de difusão e aumento da diferença 
artério-alveolar de oxigênio; por 48 a 60 horas, 
inativação do surfactante devido a um edema alveolar 
por aumento da permeabilidade da membrana alvéolo-
capilar e; por mais de 60 horas, paciente evolui com 
Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo com 
elevado risco de óbito. 
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO 
Os sistemas de fornecimento de oxigênio podem ser 
classificados de acordo com a concentração a ser 
liberada, em sistema de baixo e alto fluxo. Entretanto, 
estas concentrações dependerão da profundidade 
inspiratória de cada paciente. Quanto mais profunda a 
inspiração do paciente, maior a diluição do oxigênio 
fornecido e menor a fração inspiratória de oxigênio 
(FiO2). Desse modo, um sistema que forneça somente 
uma parte do gás inspirado sempre irá produzir uma 
FiO2 variável. Podemos obter uma FiO2 fixa, se 
utilizarmos um sistema de alto fluxo ou um sistema com 
reservatório, daí a necessidade de eleger-se um sistema 
adequado. 
 
Sistema de Baixo Fluxo 
Os Sistemas de Baixo Fluxo fornecem oxigênio 
suplementar às vias aéreas diretamente com fluxos de 8 
l/min. ou menos. Como o fluxo inspiratório de um 
indivíduo adulto é superior a este valor, o oxigênio 
fornecido por este dispositivo de baixo fluxo será diluído 
com o ar, resultando numa FiO2 baixa e variável. 
Cânula Nasal 
A cânula nasal é o dispositivo mais utilizado para 
administração de oxigênio. Trata-se de um aparato 
plástico, descartável, com pontas que se projetam para 
a inserção nas narinas. A cânula é conectada à uma 
fonte de oxigênio com um medidor de fluxo e, muitas 
vezes, com um umidificador. Ademais, a cânula não 
impede comer ou falar, sendo utilizada com facilidade 
em casa. As desvantagens desse sistema seu que ele 
pode deslocar-se facilmente e causar ressecamento da 
mucosa nasal. 
 
Cateter Nasal 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
O cateter nasal é outro meio eficaz para administrar 
oxigênio, embora de uso pouco frequente, por ser 
desconfortável para o paciente e poder causar trauma 
às mucosas respiratórias. Este inserido no nariz, através 
de uma narina, com a extremidade do cateter apoiada 
na orofaringe. O cateter deve ser retirado para limpeza 
e trocado para outra narina a cada 12 a 24 horas. 
Costuma ocorrer distensão gástrica, por que o fluxo de 
gás pode ser mal direcionado para dentro do estômago. 
 
Máscara de Oxigênio Simples 
A máscara facial simples conecta-se a sonda de oxigênio, 
a um umidificador e há um medidor de fluxo, do mesmo 
modo que a cânula nasal. Possui orifícios laterais que 
permitem que o ar ambiente saia em muitos locais, 
desse modo diluindo a fonte de oxigênio. Os orifícios de 
saída permitem ainda a saída do dióxido de carbono 
expirado. É comum uma máscara simples ser utilizada 
quando a necessidade de aumento de administração de 
oxigênio por curtos períodos (ex: menos do que 12 
horas). A máscara deve encaixar bem no rosto para que 
seja oferecida essa concentração mais alta de oxigênio 
de modo eficiente. Os pacientes podem ter dificuldade 
para mantê-la na posição, acima do nariz da boca, e, por 
causa desta pressão e da presença de umidade, rupturas 
na pelesão uma possibilidade. Devido ao risco de 
retenção de dióxido de carbono, jamais deve-se aplicar 
uma máscara facial simples com uma taxa de fluxo de 
administração inferior a 5L/minuto. 
 
Sistema de Alto Fluxo 
Os Sistemas de Alto Fluxo fornecem uma determinada 
concentração de oxigênio em fluxos iguais ou superiores 
ao fluxo inspiratório máximo do paciente, assim 
asseguram uma FiO2 conhecida. 
Máscara de Reinalação Parcial 
A máscara de reinalação parcial é similar a máscara 
simples, embora equipada com uma bolsa-reservatório 
para a coleta da primeira parte do ar expirado pelo 
paciente. O ar expirado restante sai através dos 
respiradores. O ar no reservatório é misturado com 
100% de oxigênio para a próxima inalação. Assim, o 
paciente reinala cerca de 1/3 do ar expirado da bolsa-
reservatório. Esse tipo de máscara permite a 
conservação de oxigênio. Uma vantagem adicional é 
que o paciente pode inalar o ar ambiental pelos orifícios 
da máscara se o suprimento de oxigênio foi brevemente 
interrompido. As desvantagens são as de qualquer 
máscara: comer e falar são difíceis, há necessidade de 
um lacre firme e há potencial para a ruptura da pele. É 
importante monitorar com cuidado a bolsa-
reservatório, que deve desinflar um pouco com a 
inspiração. Se desinflar completamente, a taxa de fluxo 
deve ser aumentado até que apenas uma leve deflação 
seja observada. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
 
Máscara de Não-Reinalação 
A máscara de não reina laçam fornece a mais alta 
concentração de oxigênio com máscara para paciente 
que respira de forma espontânea. É similar à de 
reinalação parcial, exceto por duas válvulas de uma via 
que impedem que o paciente reinale o ar expirado. A 
bolsa-reservatório enche como oxigénio que entra na 
máscara na inspiração. O ar expirado sai pelos orifícios 
laterais. Um defeito na bolsa pode causar acúmulo de 
dióxido de carbono e sufocamento. Essa máscara pode 
ainda ser utilizada para administrar outros gases, como 
o heliox. Este é uma mistura de hélio e oxigênio, usada 
para reduzir o trabalho respiratório, oferecer aerossóis 
e reduzir o medo e ansiedade em pacientes com 
sofrimento respiratório. O hélio tem densidade muito 
baixa, permitindo que flua com facilidade para o interior 
de vias aéreas estreitas ou com desvios, oferecendo 
medicamentos nebulizadores para as vias aéreas 
inferiores. Além disso, o dióxido de carbono espalha-se 
pelo ambiente, levando-o a sair mais facilmente e 
rapidamente do organismo. 
 
Máscara de Venturi 
A máscara de Venturi tem seu nome a partir do efeito 
Venturi, que lhe permite liberar concentrações mais 
exatas de oxigênio. Essa máscara tem umas sonda 
grande, com uma entrada para o oxigênio. A sonda vai 
ficando estreita e a pressão cai, fazendo o ar ser sugado 
pelos orifícios laterais. Eles são ajustados conforme a 
prescrição da concentração de oxigênio. Certificar-se de 
que estes estão sempre abertos. Se bloqueados pela 
roupa de cama, pelo vestuário ou pelo paciente sobre a 
máscara, o oxigênio administrado pode estar em 
concentração insegura (alta ou baixa demais). 
 
TRAQUEOSTOMIA 
 
DEFINIÇÃO 
A traqueostomia é um procedimento invasivo de acesso 
das vias aéreas pela traqueia com colocação de prótese 
ventilatória (cânula) para ventilação pulmonar. 
Uma traqueostomia é um orifício artificial na traqueia, 
normalmente no nível do segundo ou terceiro anel 
cartilaginoso. Uma cânula curva, a cânula de 
traqueostomia, é inserida através do orifício. Isso se dá 
na sala cirúrgica ou em unidade de terapia intensiva, sob 
condições estéreis, com uso de anestesia local, podendo 
ser temporária ou permanente. Além disso, a cânula é 
de plástico semiflexível (poliuretano ou silicone), 
plástico rígido ou metal e está disponível em tamanhos 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
diversos, com ângulos variados. A condição e as 
necessidades do paciente determinam a escolha de uma 
cânula de traqueostomia de metal ou plástico. 
OBJETIVOS 
Para a realização de uma traqueostomia, faz-se 
necessário a colocação de uma cânula. Esta pode ser 
inserida por várias razões. Então, pode ser usada para 
substituir um tubo endotraqueal, para oferecer um 
método de ventilação mecânica ao paciente, para 
desviar de obstrução de via aérea superior ou para 
remover secreções traqueobrônquicas. 
INDICAÇÕES 
As principais indicações da traqueostomia são: 
obstrução de vias aéreas superiores; intubação 
orotraqueal prolongada, para reduzir risco de estenose 
subglótica; edema devido a queimaduras, infecções ou 
anafilaxia; tempo prévio ou complementar a outras 
cirurgias bucofaringolaringológicas; facilitar a aspiração 
de secreções de vias respiratórias baixas; reduzir o 
espaço morto durante a ventilação para facilitar o 
desmame de ventilador; e SAHOS (Síndrome de Apneia 
e Hipopneia Obstrutiva do Sono). 
VANTAGENS 
• Redução de espaço morto; 
• Diminuição da resistência de vias aéreas; 
• Melhor higiene brônquica; 
• Menor trauma da laringe; 
• Maior conforto para o paciente; 
• Menor tempo de sedação; 
• Melhor mobilidade do paciente; 
• Menor tempo de ventilação mecânica; 
• Facilidade em trocar a cânula; 
• Facilidade para o paciente em se comunicar 
verbalmente e não verbalmente; 
• Possibilidade de dieta oral; 
• Possibilidade de medicação oral. 
DESVANTAGENS 
• Complicações relacionadas ao cuff; 
• Infecção e sangramento pelo estoma; 
• Possibilidade de estenose na traquéia; 
• Possível formacao de fístula arterial; 
• Complicações que podem levar a morte, como 
hipoxia, infecção, dano ao tecido traqueal, arritmias 
e atelectasias. 
CUIDADOS 
Os pacientes com traqueostomia costumam ter 
mecanismo de tosse ineficaz e muitas secreções que 
precisam de aspiração traqueal para a sua remoção. A 
aspiração traqueal causa desconforto, para ser dito o 
mínimo, e pode ser muito dolorosa e/ou causar 
sofrimento ao paciente. Assim, deve-se antecipar a 
avaliação da necessidade de administração de 
analgésico antes da aspiração. No entanto, deve-se 
realizar aspiração somente quando for uma necessidade 
clínica devido aos inúmeros riscos potenciais. Esses 
riscos incluem hipoxia, infecção, dano ao tecido 
traqueal, arritmias e atelectasias. 
Além disso, deve-se avaliar atentamente o paciente 
antes do procedimento, durante a após, para limitar os 
efeitos negativos. Para prevenir hipoxia, deve-se 
hiperoxigenar o paciente antes e depois da aspiração 
imitar a aplicação da aspiração para 10 a 20 segundos. 
Também, deve-se monitorar com frequência ao pulso 
do paciente para detectar os efeitos potenciais da 
hipoxia e a estimulação do nervo vago. Com pressão 
apropriada para aspirar (80-120 mmHg), tem-se uma 
ajuda para evitar e atelectasia relacionada ao uso de 
pressão negativa elevada. Ademais, existem pesquisas 
que sugerem que a inserção do cateter de aspiração 
deve ser limitada para um comprimento pré 
determinado (não mais que 1 cm além do cumprimento 
da cânula traqueal ou endotraqueal) para evitar danos à 
mucosa da traqueia, inclusive desnudamento, perda de 
cílios, edema e fibrose. É válido ressaltar que, para 
paciente com cânula de traqueostomia e em ventilação 
mecânica contínua, pode ser usado um sistema fechado 
de aspiração de via aérea, para manter desde obstruída 
havia e reduzir o risco de hipoxemia ou infecção. 
Além de aspirar a traqueostomia, o enfermeiro é 
responsável pela limpeza da cânula interna não 
descartável e pela substituição da descartável. A cânula 
interna exigir limpeza ou substituição para evitar 
acumulo de secreções que podem interferir na 
respiração e ocluir a via aérea. Como curativo sujos de 
será que ostomia colocam um paciente em risco de 
desenvolver fissuras infecção na pele, deve-se trocar 
regularmente curativos de tiras. Também, deve-se usar 
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curativos de gases sem algodão para prevenir aspiração 
de corpos estranhos para o interior da traqueia. Limpar 
a pele em torno da traqueostomia para evitar o acúmulode secreções ressecadas e fissuras na pele. Ter cuidado 
durante a troca das tiras da traqueostomia para evitar 
descanulação acidental o expulsão da cânula. É 
fundamental ter um assistente segurando a cânula no 
local durante a troca, ou conservar a tira suja no local, 
até que a limpa esteja presa com firmeza. As rotinas 
institucionais e a condição do paciente determinam 
procedimentos e agendas específicos; contudo, uma 
traqueostomia recém inserida pode exigir atenção a 
cada 1 a 2 horas.

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