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EXAME FISICO ABDOMINAL PDF

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LAÍZA BRINDO ENFERMAGEM-USF 7ºSEMESTRE 
Exame físico 
Anamnese: 
 
→ Avaliar: 
- Apetite, hábitos alimentares, intolerância a 
alimentos, digestão, pirose (azia), eructações 
(arroto), disfagia, náuseas, dor abdominal, 
hematêmese, singulto (soluço). 
- Hábitos intestinais, aspecto das fezes, sangue 
nas fezes, melena, flatulências, constipações, 
diarreia, tenesmo. 
- Hemorroidas, icterícia ou pruridos 
 
Quadrantes e regiões 
abdominais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parte superior: delimitado pelo rebordo costal. A 
cúpula diafragmática que separa do tórax. 
Parte inferior: crista ilíaca e arcadas inguinais. 
 
Exame: 
1. Paciente relaxado em decúbito dorsal e 
os braços ao lado do corpo. 
2. Exposição plena do abdômen com a 
genitália coberta. 
3. Mão aquecida do examinador e 
ambiente com boa iluminação. 
 
Manobras básicas: inspeção, percussão e 
palpação. 
 
A ausculta deve ser realizada ANTES da 
percussão e da palpação, para evitar a alteração 
dos sons intestinais pela estimulação na região 
abdominal. 
 
INSPEÇÃO: 
Estática: 
• Forma: normal, escavado, protuberante, 
em avental. 
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• Pele: hidratação, coloração, estrias, 
cicatrizes, manchas, circulação venosa 
(circulação colateral). 
• Hérnias. 
• Cicatriz umbilical: plana, retraída, 
protusa. 
• Abaulamentos e retrações. 
 
Dinâmica: 
• Movimentos peristálticos visíveis. 
• Movimentos respiratórios. 
• Pulsações. 
 
Achados: 
- Ondas peristálticas- obstrução intestinal no 
adulto ou estenose pilórica na criança. 
- Pigmentação incomum, estrias, flacidez: 
gravidez ou ganho de peso. 
- Cicatrizes: cirurgias anteriores 
- Hérnias 
- Circulação lateral visível: obstrução hepática e 
portal ou ascite. Normal em bebes e crianças. 
 
 
 
AUSCULTA: 
Devem ser feitas em sentido horário. 
 
Quadrantes: QID, QSD, QSE, QIE. 
 
Regiões: umbilical, supra púbica, inguinal D, 
flanco D, hipocôndrio D, epigástrica, 
hipocôndrio E, flanco E, inguinal E. 
 
Sons auscultados: RHA (ruídos hidroaéreos) 
Normal: 5 á 34/35 ruídos/min ou 1 ruído para 
cada 2 movimentos respiratórios. 
Alterações: RHA aumentados (hiperativos) ou 
RHA diminuídos (hipoativos). 
 
Anormalidades: 
 
Peristaltismo aumentado: ruídos de alta 
tonalidade: diarreia, GECA, hemorragias 
intestinais). 
Diminuição ou ausência de ruídos: obstrução 
tardio, íleo paralitico, peritonite. 
Cirurgias abdominais: ausculta diminuída pela 
baixa atividade intestinal. 
Doenças da aorta, femoral ou renal: sopros 
(sibilos) na região do epigástrio. 
Cirros avançada: sopro na parte superior do 
epigástrio, acima do fígado. 
Doenças do fígado, baço e vesícula biliar: sons 
de atrito- semelhante a fricção de duas lixas 
(audível na respiração profunda). 
LAÍZA BRINDO ENFERMAGEM-USF 7ºSEMESTRE 
 
 
PERCUSSÃO: 
 
Técnica: dedo médio sobre a pele do paciente e 
mão exposta para produzir os sons. 
 
Verificar a densidade dos órgãos, presença de 
ar, líquidos ou tecidos sólidos. 
Sons: 
 
Timpânico: som predominante pela presença 
de gases no trato gastrointestinal. 
- Meteorismo, obstrução intestinal. 
- Cavidades ocas (intestino vazio). 
- Alças intestinais cheias de ar (parte superior 
do abdômen). 
 
Macicez: estruturas sólidas (fígado, baço, útero 
gravídico, ascite). 
- Som surdo e baixo: bexiga distendida, intestino 
cheio, massa tumoral, superposição de vísceras 
maciças sobre alça intestinal. 
 
ORDEM DA PERCUSSÃO: 
1. Percutir todo o abdômen (mesmo 
sentido da ausculta). 
2. Percutir fígado- 5º EICD á 10º costela) 2º 
cm abaixo do rebordo costal) na linha 
hemiclavicular- som maciço. 
3. Percutir baço- 9º EICE- espaço de 
Traube – som timpânico. Se o baço 
estiver aumentado – Som maciço. 
O baço não é percutível, todo baço que se 
mostra percutível está aumentado de volume, o 
que nem sempre se identifica pela palpação. 
Portanto, nem todo baço percutível é palpável, 
porém todo baço palpável é percutível. 
4. Punho percussão do rim- ângulo renal- 
entre a T12 a L3/L4. Se dor- Giordano 
positivo. 
Na percussão do rim o paciente pode 
apresentar uma hipersensibilidade, dor a 
percussão, sinal de Giordano positivo, indicativo 
de infecção renal. 
Giordano positivo: 
O sinal de Giordano é utilizado na pesquisa de 
pielonefrite ou litíase renal. Para ser detectado, 
deve ser realizado uma percussão com a mão 
em forma de punho no dorso do paciente no 
nível da 11° e 12° costela, com uma mão 
realizando o amortecimento. Caso o paciente 
apresente uma infecção renal, ao ser realizado 
o teste, ele irá rapidamente se deslocar para 
frente sentindo muita dor. 
Sinal de Murphy: 
O sinal de Murphy acontece quando o paciente 
reage em sua respiração de forma rápida à 
palpação profunda da vesícula biliar. Dessa 
forma, palpa-se o ponto biliar ou ponto cístico, 
no hipocôndrio direito e pede-se para o paciente 
inspirar profundamente. Ao inspirar, o 
diafragma faz com que o fígado desça e assim 
a vesícula biliar possa ser palpada pela mão. Se 
houver a presença de colecistite o paciente ao 
inspirar sente muita dor e acaba expirando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAÍZA BRINDO ENFERMAGEM-USF 7ºSEMESTRE 
Sinal de Murphy 
 
Teste de Giordano Positivo 
 
PALPAÇÃO: 
Ordem da palpação: 
1. Palpação superficial de todos os 
quadrantes ou regiões (mesma ordem 
da ausculta). 
2. Palpação profunda: fígado, baço, rins, 
intestino (ceco e sigmoide). 
 
Na palpação superficial avaliar: 
• Tônus muscular, hipersensibilidade, 
distensão, tamanho dos órgãos, pulsações 
e massa tumoral. 
• Abdômen sadio: maleável e flexível. 
• Abdômen distendido: resistente, rigidez 
involuntária ou espasmos musculares, 
podendo ser causado por inflamação 
peritoneal. 
Palpação profunda: aumento dos órgãos, 
massas tumorais e sensibilidade. 
• Fígado, baço, rins, intestino (ceco e 
sigmoide). 
• Volume e forma: em tumores malignos é 
forma é irregular. Em tumores benignos 
apresentam-se regulares. 
• Consistência: dura nos tumores 
malignos. 
• Pulsatilidade: em aneurisma de aorta ou 
sistema porta. 
• Mobilidade: em tumores malignos 
apresentam-se fixos. Os benignos 
móveis. 
Lembrando: NÃO PALPAR em suspeita de 
apendicite e abdômen rígido, em casos de 
pancreatite ou gravidez ectópica podendo 
causar lesões serias nos órgãos. 
 
Palpação de fígado: 
Características normais do fígado: 
Macio, superfície lisa e borda fina, indolor a 
palpação. 
 
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Palpação do baço: 
 
O baço em condições normais não é percutido 
nem palpável. 
 
Características: tamanho, forma, consistência, 
sensibilidade, superfície e mobilidade. 
Características normais: consistência mole, 
contorno liso, triangular e acompanha a 
concavidade do diafragma. 
 
Palpação de rim: 
Normalmente não são palpáveis, mas podem 
ser em condições patológicas, como na 
hidronefrose, rim policístico e tumores. 
O rim direito é mais baixo que o rim esquerdo 
fisiologicamente. 
Características normais: consistência firme e 
superfície lisa. 
 
 
 
Palpação dos intestinos: 
Somente o ceco e o sigmoide são palpáveis, por 
se localizarem sobre o musculo psoas. 
• Palpação de fossa ilíaca direita (FID): 
órgão palpável nessa região é o ceco 
para pesquisas de apendicite. 
Obs: o apêndice vermiforme não é palpável, pois 
está fusionado a base do ceco. 
• Manobra: DB + em FID: descompressão 
brusca positiva em FID- paciente sendo 
dor na descompressão. 
• Blumberg +: manobra é a mesma, porém 
não precisa descrever o local, pois já é 
especifico para apendicite. 
• Palpação de fossa ilíaca E (FIE): órgão 
palpável é o sigmoide: presença de 
massa palpável (fecaloma ou tumor).

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