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Apostila de Saude da criança e do adolescente

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1 
 
SUMÁRIO 
 
1 - Criança...................................................................................................................... ............................. 02 
1.1 – Aspectos do Crescimento e Desenvolvimento......................................................................................... 02 
2 - Adolescente................................................................................................................................................ 03 
2.1 Adolescência e Puberdade..................................................................................................... ..................... 
2.2 Hormônios e Comportamentos.................................................................................................................. 
2.3 Saúde sexual e reprodutiva........................................................................................................................ 
2.4 Definição de Saúde Reprodutiva e de Saúde Sexual............................................................................... 
2.5 Doenças Sexualmente Transmissíveis....................................................................................................... 
04
04
04
04
05 
 3- A Atenção Governamental Nas Diretrizes Para A Atenção À Saúde Da Criança E Do 
Adolescente............................................................................................................................................................... 
 3.1 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ....................................................................................... 
 3.2 – PAISC......................................................................................................................................................... 
 3.3 - PROSAD..................................................................................................................................................... 
05 
05
05
06
09 
4 - Os Agravos À Saúde Da Criança E Do Adolescente............................................................................. 
4.1 – Distúrbios Respiratórios......................................................................................................................... 
4.2 – Diarreia e Desidratação.......................................................................................................................... 
4.3 - Desnutrição Proteica Calórica........................................................................................... ..................... 
5 – Comportamentos de Riscos na Criança e no 
Adolencente............................................................................................................................................... 
5.1 – Dependência Química – Álcool e outras Drogas................................................................................. 
5.2 O Alcoolismo.............................................................................................................................................. 
5.3 Violência..................................................................................................................................................... 
5.4 Delinquência............................................................................................................................................... 
5.5 Gravidez na Adolescência......................................................................................................................... 
5.6 Trabalho Infantil....................................................................................................................................... 
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................................. 
ANEXOS........................................................................................................................................................... 
12
12
14
15
16
16
16
17
17
18
19
20
21
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução: 
 Para falar a respeito da atenção à saúde da 
criança e do adolescente no Brasil faz-se necessário 
um breve relato histórico, citando as transformações 
ocorridas nesse contexto. Desde as épocas mais 
remotas da História, a criança foi tratada com 
descaso, sendo considerado um ser humano inferior 
aos demais. Ao nascer, podia ser tanto desprezada, 
como morta. Em Roma, por exemplo, o pai era 
responsável pelo seu destino. Quando erguia os 
braços levantando a criança ao colo significava que 
ela deveria viver, caso contrário, ela era atirada aos 
leões. O infanticídio era praticado nas tribos 
primitivas por superstição, por questões econômicas, 
para manter igualado o número de meninos e 
meninas, dentre outros motivos igualmente bárbaros. 
Essa prática cruel foi utilizada pelos mais diferentes 
povos e nações — gregos, romanos, persas e árabes. 
Aos poucos, com o progresso das civilizações e com 
o advento do pensamento cristão, a criança passou a 
ser valorizada e entendida como alguém que precisa 
ser amparada e assistida. É importante ressaltar a 
maneira diferenciada no atendimento à criança das 
classes mais ricas em relação ao modo de tratá-la no 
seio das classes pobres. No Brasil, durante séculos, a 
assistência às crianças pobres ficou a cargo das 
instituições religiosas, que lhes ofereciam abrigo e 
alimentação e, em troca, recebiam dinheiro. Devido 
às condições precárias, a grande maioria das 
crianças recolhidas a esses internatos ali morria 
acometida de doenças. A implantação de uma 
política social que atendesse às necessidades da 
população, em particular das crianças e dos jovens, 
se fazia necessária. Era preciso promover condições 
para que crescessem e se desenvolvessem, 
recebendo também uma formação moral, filosófica e 
espiritual. Era necessário amparar e defender a 
criança — com direito à vida, saúde, lar e 
educação— como meio de assegurar o futuro da 
nação. Para tanto, a Legislação Brasileira tem 
estabelecido medidas de proteção à infância e 
adolescência, assegurando direitos que antes eram 
negligenciados ou lhes eram negados. .É importante 
ressaltar que a promoção da saúde não se faz apenas 
com medidas de controle das doenças, mas sim com 
atenção básica, educação em saúde e garantia de 
trabalho para que as famílias possam promover seu 
sustento. Assim, leis e programas já existentes 
precisam ser priorizados e estendidos a um maior 
número de crianças e adolescentes, que ainda se 
encontram expostos aos mais variados problemas 
sociais e sanitários. 
1. A CRIANÇA 
Uma criança é um ser humano no início de 
seu desenvolvimento. São chamados recém-
nascidos do nascimento até um mês de idade; bebê, 
entre o segundo e o décimo - oitavo mês, 
e criança quando têm entre dezoito meses até doze 
anos de idade. A infância é o período que vai desde 
o nascimento até aproximadamente o décimo - 
segundo ano de vida de uma pessoa. É um período 
de grande desenvolvimento físico, marcado pelo 
gradual crescimento da altura e do peso da criança - 
especialmente nos primeiros três anos de vida e 
durante a puberdade. Mais do que isto, é um período 
onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, 
envolvendo graduais mudanças 
no comportamento da pessoa e na aquisição das 
bases de sua personalidade. 
1.1 Aspectos do Crescimento e Desenvolvimento: 
a)Aspecto cognitivo: O aspecto cognitivo na 
criança desenvolve no decorrer das relações /trocas 
realizadas entre ela própria e os outros, suas atitudes 
são resultados da interação com o meio em que vive. 
b)Desenvolvimento físico: O desenvolvimento 
físico representa o crescimento em termos de 
tamanho, força e habilidades do corpo. 
A criança começa a desenvolver suas habilidades 
motoras desde os primeiros meses de vida, porém 
valelembrar que cada pessoa possui características 
próprias que influenciam no desenvolvimento de 
cada habilidade. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_sapiens
http://pt.wikipedia.org/wiki/Puberdade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade
3 
 
Quando falamos em desenvolvimento físico não é a 
idade o mais importante, mas sim a etapa do 
desenvolvimento e do crescimento em que a criança 
se encontra. 
Os movimentos mais amplos e simples, como esticar 
os braços em direção à alguém são realizados pela 
criança antes mesmo dela ser capaz de concretizar 
seqüências de movimentos mais complicados como 
manejar um garfo, correr, pular, etc. 
Os movimentos podem ser classificados em dois 
grupos: 
* movimentos que controlam o corpo: correr, pular, 
andar, etc. 
* movimentos que controlam objetos: segurar, jogar, 
pegar , etc 
 
c)Desenvolvimento social: De certa forma os bebês 
vem ao mundo prontos para desenvolver relações 
sociais às quais no principio se limitam à mãe , pai e 
pessoas do convívio. 
O desenvolvimento social refere-se ao convívio da 
criança com outras pessoas e a participação dela em 
atividades coletivas, ou seja aprender a conviver 
com os outros em situações diversas. 
A criança manifesta seu comportamento social na 
escola espelhando se no comportamento dos pais em 
casa. As crianças costumam brincar de papai e 
mamãe e de faz de conta, por meio destas 
brincadeiras as crianças transmitem a imagem dos 
pais não por meio de palavras, mas por gestos. 
2. A ADOLESCÊNCIA 
Define-se o adolescente como “o indivíduo que 
vivencia uma fase evolutiva, única e exclusiva da 
espécie humana, em que acontecem intensas e 
profundas transformações físicas, mentais e sociais, 
que, inexoravelmente, o conduzirão a exibir 
características de homem ou de mulher adultos”. 
Essas transformações, em ritmos diferentes, 
conforme uma série de fatores tornam os 
adolescentes vulneráreis a uma série de situações. 
As transformações físicas, durante o processo 
pubertário, levarão a criança à função biológica de 
reprodução. Sua evolução psíquica, com todos os 
sinais e sintomas apresentados, mostra pólos de 
comportamento tais como: ora ri, ora chora; 
introvertido e extrovertido; detesta a família e adora 
a família; esconde o que pensa e fala o que não deve; 
altruísta e egoísta quer aprender e detesta estudar; 
sono tranqüilo e sono agitado; quer ser ele mesmo e 
imita os outros; acha-se lindo e acha-se feio; 
antecipa o que é de seu interesse e posterga o que 
não é. 
 
a)Aspectos físicos: O termo puberdade é utilizado 
para designar especificamente as transformações 
corporais decorrentes da ação dos hormônios do eixo 
hipotálamo-hipófise-gonadal. A adolescência tem 
início com a eclosão pubertária, com intensas 
modificações biológicas, sendo os seus primeiros 
eventos, o aparecimento do broto mamário nas 
meninas (telarca) e o aumento do volume testicular 
nos meninos. O seu início acontece entre os 08 e os 
13 anos para o sexo feminino e entre 09 e 14 anos, 
para o sexo masculino. 
b) Aspectos psicológicos: Autores procuraram 
estabelecer características psicológicas comuns à 
adolescência, destacando-se especialmente a 
reestruturação ou busca de uma nova identidade. 
Ressalta-se que o adolescente, ao perder a condição 
de criança, busca uma nova identidade que é 
construída, consciente e inconscientemente, em um 
processo lento e doloroso de elaboração do luto pela 
perda do corpo de criança, da identidade infantil e da 
relação com os pais da infância mediante a evolução 
psíquica que se processa, descreve a “Síndrome da 
Adolescência Normal”, um conjunto de itens 
apresentados pelos adolescentes durante o processo 
em questão, itens considerados normais e 
característicos dessa faixa etária. 
c)Aspectos sociais: Os adolescentes enfrentam 
dificuldades relacionadas à condição 
socioeconômica, ao desemprego, desamparo familiar 
e social, violência doméstica e externa, uso e/ou 
abuso de substâncias lícitas e ilícitas, exploração 
4 
 
sexual, risco de DST/Aids, gravidez precoce não 
planejada, problemas escolares e evasão escolar, 
depressão, suicídio, acidentes (incluindo os de 
trânsito), a exploração do trabalho adolescente entre 
outras situações de risco. 
 
2.1 Adolescência e puberdade: 
Muitas pessoas confundem adolescência 
com puberdade. A puberdade é a fase inicial da 
adolescência, caracterizada pelas transformações 
físicas e biológicas no corpo dos meninos e meninas. 
É durante a puberdade (entre 10 e 13 anos entre as 
meninas e 12 e 14 entre os meninos) que ocorre o 
desenvolvimento dos órgãos sexuais. Estes ficam 
preparados para a reprodução. 
Durante a puberdade, os meninos passam 
pelas seguintes mudanças corporais e biológicas: 
aparecimento de pêlos pubianos, crescimento do 
pênis e testículos, engrossamento da voz, 
crescimento corporal, surgimento do pomo-de-adão 
e primeira ejaculação. 
Entre as meninas, as mudanças mais 
importantes são: começo da menstruação (a primeira 
é chamada de menarca), desenvolvimento das 
glândulas mamárias, aparecimento de pêlos na 
região pubiana e axilas e crescimento da região da 
bacia. 
2.2 Hormônios e comportamento: 
Durante a adolescência ocorrem 
significativas mudanças hormonais no corpo. Além 
de favorecer o aparecimento de acnes, estes 
hormônios acabam influenciando diretamente no 
comportamento dos adolescentes. Nesta fase, os 
adolescentes podem variar muito e rapidamente em 
relação ao humor e comportamento. Agressividade, 
tristeza, felicidade, agitação, preguiça são comuns 
entre muitos adolescentes neste período. 
Por se tratar de uma fase difícil para os 
adolescentes, é importante que haja compreensão 
por parte de pais, professores e outros adultos. O 
acompanhamento e o diálogo neste período são 
fundamentais. Em casos de mudanças severas 
(comportamentais ou biológicas) é importante o 
acompanhamento de um médico ou psicólogo. 
2.3 Saúde sexual e reprodutiva: 
Os termos saúde sexual e reprodutiva vem 
sendo compreendidos de forma diferente ao longo 
dos últimos anos. Os movimentos de mulheres 
tiveram um papel fundamental nas modificações e 
no avanço dessas concepções, substituindo, por 
exemplo, o termo saúde reprodutiva e consagrando 
as noções de direitos reprodutivos, saúde sexual e 
direitos sexuais. Essas modificações foram 
negociadas e é importante ressaltar-se o papel 
fundamental desempenhado pelas organizações 
femininas, principalmente nas Conferências de Cairo 
(Conferência Internacional de População e 
Desenvolvimento, 1994) e na IV Conferência 
Mundial sobre a Mulher em Pequim, 1995(Correa, 
1999). 
O documento da OMS/OPS, sobre 
"Promoção da Saúde Sexual – Recomendações para 
ação", em colaboração com a Associação Mundial 
de Sexologia, constituiu-se como um avanço pois 
reconheceu os direitos sexuais como direitos 
humanos. Esse documento definiu como saúde 
sexual a experiência do processo de obtenção de 
bem estar físico, psicológico e sociocultural 
relacionado com a sexualidade. Afirma ainda “que a 
saúde sexual acontece nas expressões livres e 
responsáveis das capacidades sexuais que observem 
um bem estar harmonioso, pessoal e social”. Não se 
trata simplesmente da ausência de disfunção ou 
enfermidade ou de ambas. Para que possa ocorrer a 
saúde sexual é necessário que sejam reconhecidos e 
garantidos os direitos sexuais de todos. 
2.4 Definição de Saúde Reprodutiva e de Saúde 
Sexual: 
A Organização Mundial de Saúde definiu 
Saúde Reprodutiva como sendo: 
http://www.suapesquisa.com/profissoes/medico.htm
http://www.suapesquisa.com/profissoes/psicologo.htm
5 
 
“Um estado de completo bem-estar físico, 
mental e social em todas as questões relacionadas 
com o sistema reprodutivo, e não apenas a ausência 
de doença ou enfermidade. A saúde reprodutiva 
implica, assim, que as pessoassão capazes de ter 
uma vida sexual segura e satisfatória e que possuem 
a capacidade de se reproduzir e a liberdade para 
decidir se, quando e com que frequência devem 
fazê-lo. 
Implícito nesta última condição está o 
direito de homens e mulheres à informação 
e ao acesso aos métodos de contracepção e 
 planejamento familiar eficazes, seguros e 
financeiramente compatíveis com a sua condição, 
assim como a outros métodos de regulação da 
fertilidade que estejam dentro do quadro legal. 
A saúde reprodutiva implica ainda "ter o 
direito a aceder a serviços e cuidados de saúde 
adequados que garantam à mulher condições de 
segurança durante a gravidez e o parto, 
proporcionando aos pais maiores possibilidades de 
terem filhos saudáveis." 
Sobre Saúde Sexual, a IPPF - Federação 
Internacional para o Planeamento Familiar - partilha 
da definição da ONU ao reforçar que a saúde sexual 
pressupõe uma "abordagem positiva à sexualidade 
humana", não se restringindo apenas à prevenção 
das infecções sexualmente transmissíveis. 
2.5 Doenças sexualmente transmissíveis 
As doenças sexualmente transmissíveis 
(DST) constituem o principal risco de saúde para 
todos os adolescentes sexualmente ativos (Brabin et 
al, 2001). Assim a população de adolescentes é 
prioritária no estudo das DST uma vez que constitui 
a população mais atingida por elas. As estatísticas 
dos países desenvolvidos mostram isso (Lappa et al, 
1998). E, mesmo no Brasil, dados isolados apontam 
nesta direção (Araújo, 2001; Fioravante, 2003). A 
explicação é de natureza biológica e psicossocial. 
No caso das mulheres, as condições do colo uterino, 
nos primeiros anos pós-menarca facilita a infecção 
pelos germes mais freqüentes nesta população: 
clamídia, gonorréia e HPV. Quanto aos aspectos 
psicossociais, os adolescentes devido às suas 
características são mais suscetíveis aos chamados 
comportamentos de risco: iniciação sexual precoce, 
troca rápida de parceiro, uso inconstante do 
preservativo, uso de drogas legais e ilegais, que 
facilitam a transmissão das DST (Braverman, 2000). 
Alguns estudos, realizados no município de Goiânia 
mostraram a presença desses comportamentos. 
Dados de pesquisa recente realizada em um distrito 
sanitário do município de Goiânia sobre o uso do 
preservativo masculino relatado por adolescentes do 
sexo feminino mostrou que apenas 20,5% das 
adolescentes referiram o uso do preservativo em 
todas as relações sexuais. Essa pesquisa mostrou 
ainda vários outros comportamentos sexuais de risco 
(Vieira, 2004). Outra pesquisa, realizada no 
município de Goiânia, em escolas de rede pública, 
em 1998, mostrou resultados similares: apenas 19% 
dos escolares do sexo masculino e feminino 
relataram o uso do preservativo em todas as relações 
sexuais (Monteiro, 1999). 
Há uns 5 anos, um grupo de 
pesquisadores da Universidade Federal de Goiás: 
Faculdade de Medicina e Instituto de Patologia 
Tropical e Saúde Pública iniciou uma linha de 
pesquisa sobre DST em adolescentes. Os resultados 
de algumas delas mostram uma prevalência elevada 
de infecção por clamídia, gonorréia e HPV tanto em 
adolescentes do sexo feminino, como do sexo 
masculino (Fioravante, 2003; Alves e Guimarães. 
2004). 
3. A ATENÇÃO GOVERNAMENTAL 
NAS DIRETRIZES PARA A 
ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA E 
DO ADOLESCENTE: 
3.1 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): 
http://www.apf.pt/?area=001&mid=002&sid=005
http://www.apf.pt/?area=001&mid=002
http://www.ippf.org/en
http://www.ippf.org/en
http://www.ippf.org/en
http://www.apf.pt/?area=001&mid=007
6 
 
 O Estatuto da criança e do adolescente 
foi legalizado em 1990, pela Lei Federal nº 8.069. 
Ao prestar sua assistência, os técnicos e os auxiliares 
de enfermagem, assim como os demais profissionais 
da saúde, deverão considerar os direitos prescritos 
por esse Estatuto, sob pena de serem acionados 
judicialmente. No Brasil, com relação à saúde, as 
crianças e os adolescentes têm os seguintes direitos: 
Art.7º. A criança e o adolescente têm direito à 
proteção, à vida e a saúde, mediante a efetivação de 
políticas sociais públicas que permitam o 
nascimento e o desenvolvimento sadio e 
harmonioso, em condições dignas de existência. 
Art. 8º. É assegurado à gestante, através do SUS, o 
atendimento pré e perinatal. 
Art 9º. O Poder público, as instituições e os 
empregadores propiciarão condições adequadas ao 
aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães 
submetidas a medida privativa de liberdade. 
Art 10º. Os hospitais e demais estabelecimentos de 
atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, 
são obrigados a: 
I- manter registro das atividades desenvolvidas 
pelo prazo de 18 anos; 
II- Identificar o recém-nascido; 
III- Proceder a exames visando ao diagnóstico e 
terapêutico de anormalidades no metabolismo do 
recém-nascido, bem como, a orientação aos pais; 
IV- Fornecer declaração de nascimento onde 
constem as intercorrências do parto e do 
desenvolvimento de neonato. 
Art 11º. È assegurado atendimento médico à 
criança e ao adolescente, através do SUS, 
garantindo o acesso universal e igualitário às 
ações e serviços para a promoção, proteção e 
recuperação da saúde. 
Art 12º. Os estabelecimentos de atendimentos á 
saúde deverão proporcionar condições para a 
permanência em tempo integral de um dos pais ou 
responsável, nos casos de internação de criança ou 
adolescente. 
Art 13º. Os casos de suspeita ou maus tratos contra 
criança ou adolescente serão obrigatoriamente 
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva 
localidade. 
Art 14º. O SUS promoverá programas de assistência 
médica e odontológica para a prevenção das 
enfermidades que ordinariamente afetam a 
população infantil, e campanhas de educação 
sanitária para pais, educadores e alunos. 
Parágrafo único: É obrigatória a vacinação das 
crianças nos casos recomendados pelas autoridades 
sanitárias. (MS, 2001) 
 
3.2 PAISC – Programa de Atenção Integral à Saúde 
da Criança com enfoque nas ações básicas de saúde 
de alto custo-efetividade – acompanhamento do 
crescimento e desenvolvimento, aleitamento 
materno e orientação para o desmame, controle de 
doenças diarréicas, de infecções respiratórias agudas 
e de doenças que se podem prevenir por imunização. 
Ações e Projetos Desenvolvidos: 
 PROAME - Programa de Incentivo ao 
Aleitamento Materno Exclusivo: 
Atendimento ambulatorial por equipe 
multidisciplinar para acompanhamento do 
crescimento e desenvolvimento de crianças 
com orientações e incentivo às mães para 
que amamentem seus filhos 
exclusivamente até os 06 meses de vida. 
 
 Acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento infantil – C.D: O 
seguimento da criança tem a potência de 
estreitar e manter o vínculo da criança e da 
família com os serviços de saúde, 
propiciando oportunidades de abordagem 
para a promoção de hábitos de vida 
saudáveis, vacinação, prevenção de 
problemas e agravos e provendo o cuidado 
em tempo oportuno. 
7 
 
O acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento faz parte da avaliação 
integral à saúde da criança. Toda criança 
deve receber a “Caderneta de Saúde da 
Criança” (CSC - MS), de preferência ainda 
na maternidade. Implantada desde 2005, é o 
documento onde são registrados os dados 
de identificação da criança, da história 
obstétrica e neonatal, da alimentação, do 
crescimento e desenvolvimento, da saúde 
bucal, auditiva e visual, as vacinações, além 
do registro das intercorrências clínicas. 
Contém ainda orientações para a promoção 
da saúde e prevenção de agravos como 
acidentes e violência doméstica. Entregue 
às famílias na maternidade, deve 
acompanhar a criança sempre que esta for 
levada a qualquer serviço de saúde. O 
registro correto e completo das informações 
é requisito básico para vigilância e 
promoção da saúde infantil, além do 
diálogo com a família sobre asanotações 
realizadas possibilitar apropriação do 
sentido da puericultura, favorecendo sua 
maior adesão e co-responsabilização pelas 
ações de vigilância à saúde. 
Para organizar o acompanhamento do 
crescimento e desenvolvimento, o 
Ministério da Saúde propõe um calendário 
mínimo de atendimentos à criança: 
 
 
 
 Triagem Neonatal: É uma ação preventiva 
que permite fazer o diagnóstico de diversas 
doenças congênitas ou infecciosas, 
assintomáticas no período neonatal, a 
tempo de se interferir no curso da doença, 
permitindo, desta forma, a instituição do 
tratamento precoce específico e a 
diminuição ou eliminação das seqüelas 
associadas à cada doença. 
 
 Teste do Pezinho => Faz o diagnóstico de 
Hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, 
hemoglobinopatias e fibrose cística. O 
momento para a coleta da amostra de 
sangue no pezinho do bebê, 
preferencialmente, não deve ser inferior a 
48 horas de alimentação protéica 
(amamentação) e nunca superior a 30 dias, 
sendo o ideal entre o 3º e o 7º dia de vida. 
As gestantes devem ser orientadas, ao final 
de sua gestação, sobre a importância do 
teste do pezinho. 
 Teste da Orelhinha => É um programa de 
avaliação da audição em recém nascidos, 
indicada por instituições do mundo todo 
para diagnóstico precoce de perda auditiva, 
uma vez que sua incidência, na população 
geral, é de 1 a 2 por 1000 nascidos vivos. A 
técnica utilizada é a de Emissões 
Otoacústicas Evocadas (EOAs). O exame é 
indolor, com a colocação de um pequeno 
fone na parte externa do ouvido, com a 
duração por um tempo médio de 3 a 5 
minutos. 
 Teste do Reflexo Vermelho (Teste do 
Olhinho) => É baseado no mesmo 
fenômeno que se observa quando se 
fotografa alguma pessoa, e a pupila fica 
vermelha e para o exame se utiliza um 
equipamento chamado oftalmoscópio 
direto. Este aparelho permite ao médico que 
realiza o exame observar um reflexo 
avermelhado na pupila que quando ocorre, 
significa que o exame está normal. Ou seja, 
não existe nenhum obstáculo a luz que 
penetra no olho: os meios estão 
transparentes. Entretanto, na presença de 
8 
 
doenças oculares, como catarata, 
opacidades de córnea, retinoblastoma entre 
outras, este reflexo estará diminuído ou 
abolido. É um teste indolor pois cada olho é 
observado individualmente com o auxílio 
do oftalmoscópio direto a uma distância 
aproximada de 30-45 cm. 
 
 Vigilância Alimentar e 
Nutricional: Contempla atividades 
continuadas e rotineiras 
de observação, coleta e análise de dados e 
informações que podem descrever as 
condições alimentares e nutricionais da 
população. Objetiva fornecer subsídios para 
as decisões políticas, auxiliar no 
planejamento, no monitoramento e no 
gerenciamento de programas relacionados 
com a melhoria dos padrões de consumo 
alimentar e do estado nutricional da 
população. 
 Alimentação Saudável e Prevenção do 
Sobrepeso e Obesidade: A introdução de 
novos alimentos, aos 6 meses de idade para 
as crianças que estavam em aleitamento 
exclusivo, demanda observação dos hábitos 
alimentares da família e orientação 
cuidadosa baseada na nutrição saudável. A 
equipe de saúde deve destacar a 
importância dos hábitos alimentares, como 
um meio eficiente de promoção da saúde, 
controle dos desvios alimentares e 
nutricionais e prevenção de várias doenças, 
como as deficiências nutricionais, as 
doenças crônicas, sobrepeso e obesidade. 
 Programa Saúde de Ferro: O Ferro é um 
nutriente essencial para a vida e atua 
principalmente na síntese (fabricação) das 
células vermelhas do sangue e no transporte 
do Oxigênio para todas as células do corpo. 
É importante por reduzir o nascimento de 
bebês prematuros e com baixo peso; reduzir 
o risco de morte materna no parto e no pós-
parto imediato; melhorar a capacidade de 
aprendizagem da criança; melhorar a 
resistência às infecções; é fundamental para 
o crescimento saudável. A deficiência de 
ferro pode apresentar-se em graus variáveis 
sendo que a Anemia Ferro priva representa, 
provavelmente, o problema nutricional 
mais importante da população brasileira, 
com severas consequências econômicas e 
sociais. As causas da Anemia por 
Deficiência de Ferro, tanto em crianças 
como em gestantes, são basicamente o 
consumo insuficiente de alimentos fontes 
de ferro e/ou com baixa biodisponibilidade. 
Em crianças a anemia está associada ao 
retardo do crescimento, comprometimento 
da capacidade de aprendizagem 
(desenvolvimento cognitivo), da 
coordenação motora e da linguagem, 
efeitos comportamentais como a falta de 
atenção, fadiga, redução da atividade física 
e da afetividade, assim como uma baixa 
resistência a infecções. O Programa 
Nacional de Suplementação de Ferro 
implantado em todos os municípios tem o 
objetivo de promover a suplementação 
universal de ferro para crianças de 6 a 18 
meses, gestantes a partir da 20ª semana e 
mulheres no pós-parto. 
 Ações de controle das Doenças Diarréicas 
e Respiratórias na infância: As doenças 
diarréicas e respiratórias persistem como 
graves problemas para a saúde da criança e 
quando associadas à desnutrição colocam 
em risco a sua vida. As doenças 
respiratórias são o primeiro motivo de 
consulta em ambulatórios e serviços de 
urgência, o controle destas patologias pode 
evitar a internação hospitalar desnecessária 
9 
 
e finalmente a morte por esse motivo. 
 Estratégia AIDPI: Atenção Integral às 
Doenças Prevalentes da Infância => É 
uma importante ferramenta para a 
identificação de sinais de risco e 
qualificação do manejo dos casos de 
doenças prevalentes e acompanhamento da 
rotina da saúde infantil. 
 Imunização: A erradicação da febre 
amarela urbana, da varíola, da poliomielite 
e eliminação da circulação autóctone do 
vírus do sarampo são avanços alcançados 
no controle das doenças imunopreveníveis, 
mas muito ainda deve ser feito para se 
atingir a meta de vacinar com o esquema 
básico no mínimo 95% das crianças que 
nascem a cada ano, para garantir a 
interrupção da circulação dos agentes 
etiológicos das doenças imunopreveníveis. 
Assim, é prioridade na atenção à saúde da 
criança e da mulher: 
 Vacinar mulheres em idade fértil com a 
dupla adulto e tríplice viral; 
 Vacinação contra hepatite B até 24 anos; 
 Gestantes sem esquema vacinal ou com 
esquema vacinal incompleto ou completado 
há mais de 5 anos devem receber a vacina 
dupla adulto. Completar esquema com 
dupla adulto e tríplice viral no pós-parto e 
pós-aborto, se o esquema vacinal não 
estiver completo; 
 O esquema de vacinação contra hepatite B 
inicia-se nas primeiras 12 horas de vida do 
recém-nascido. Quando a mãe é portadora 
do vírus da Hepatite B, é necessária 
aplicação de imunoglobulina anti-hepatite 
B nos recém-nascidos também nas 
primeiras 12 horas de vida; 
 BCG intra-dérmico deve ser feito de 
preferência na maternidade, ou na primeira 
semana de vida com o objetivo de atingir 
cobertura de 90% das crianças; 
 Completar o esquema básico de vacinação 
da criança menor de 1 ano com a vacina 
contra a poliomielite (Sabin), contra o 
tétano, coqueluche, difteria e hemófilo B 
(tetravalente) e hepatite B; contra rotavírus, 
contra pneumococos, meningococos, 
contra a rubéola, caxumba e sarampo 
(tríplice viral); 
 Em área endêmica, vacinar 100% da 
população menor de 1 ano contra febre 
amarela. 
3.3 PROSAD – Programa de Atenção à Saúde do 
Adolescente, fundamentado em áreas prioritárias 
como o acompanhamento do crescimento e do 
desenvolvimento, a sexualidade, a saúde bucal, a 
saúde mental, a saúde reprodutiva, a saúde do 
escolar adolescente, a prevenção de acidentes, o 
trabalho cultural, o lazer e o esporte. 
Ações e Projetos Desenvolvidos: 
 Acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento: A adolescência é uma 
fase dinâmica e complexa merecedora de 
atenção especial no sistema de saúde,uma 
vez que esta etapa do desenvolvimento 
define padrões biológicos e de 
comportamentos que irão se manifestar 
durante o resto da vida do indivíduo. O 
crescimento e desenvolvimento são eventos 
geneticamente programados, da concepção 
ao amadurecimento completo, porém 
fatores inerentes ao próprio indivíduo e 
outros representados por circunstâncias 
ambientais podem induzir modificações 
nesse processo. Devido à grande 
variabilidade quanto ao início, duração e 
progressão das mudanças puberais, a idade 
cronológica nem sempre está de acordo 
com a idade biológica. Essa última reflete 
melhor o progresso do organismo em 
10 
 
direção à maturidade. Por isso, diversos 
parâmetros do crescimento e 
desenvolvimento são analisados através de 
medidas de peso, altura, idade óssea, entre 
outras. Para avaliar qualquer adolescente a 
respeito de seu crescimento e 
desenvolvimento puberal é necessário 
saber, com precisão a altura, o peso e a 
maturação sexual. O crescimento pode ser 
avaliado a partir dos gráficos da Caderneta 
de Saúde do adolescente. 
 Sexualidade, saúde sexual e 
reprodutiva: A sexualidade humana nasce 
com o indivíduo e transforma-se 
constantemente ao longo de toda a sua 
evolução. A sexualidade na adolescência 
caracteriza-se por: aparecimento do prazer 
erótico-genital, início da função reprodutiva 
e consciência da orientação afetivo-sexual; 
intenso interesse e preocupação com as 
mudanças do corpo (pêlos, acne, mamas, 
estatura, aspecto dos genitais, etc.); 
mudanças hormonais desencadeando o 
início da puberdade e da capacidade 
reprodutiva - menstruação e ejaculação o 
Interesse consciente pelo sexo - 
masturbação, relação sexual, virgindade, 
métodos anticoncepcionais, sexo seguro; 
aprendizado das relações afetivas 
interpessoais (ficar, namorar, transar, 
romper, separar); expectativas, fantasias e 
ansiedades sobre a iniciação sexual e 
consciência da orientação afetivo-sexual 
(homo/hetero/bissexualidade). Na saúde 
sexual e reprodutiva deve-se promover a 
conscientização sobre as questões 
relacionadas aos direitos sexuais e 
reprodutivos e à violência de gênero entre 
os adolescentes e aumentar o acesso aos 
métodos contraceptivos, bem como aos 
serviços de saúde sexual e reprodutiva. 
 Vigilância Alimentar e 
Nutricional: Contempla atividades 
continuadas e rotineiras de observação, 
coleta e análise de dados e informações que 
podem descrever as condições alimentares 
e nutricionais da população. Objetiva 
fornecer subsídios para as decisões 
políticas, auxiliar no planejamento, no 
monitoramento e no gerenciamento de 
programas relacionados com a melhoria dos 
padrões de consumo alimentar e do estado 
nutricional da população. 
 
 Prevenção de violências e promoção da 
cultura da paz: É fundamental identificar 
e notificar os casos de violência e maus-
tratos, comunicar e referenciar todos os 
casos suspeitos ou confirmados, de acordo 
com fluxo local, além de proceder ao 
acolhimento, assistência, tratamento e 
encaminhamentos necessários utilizando a 
rede de apoio existente. 
 Assistência ao pré-natal, ginecologia e 
planejamento familiar: A maioria das 
gestações na adolescência não são 
planejadas, isto é, acontecem sem intenção, 
causada por diferentes fatores individuais 
ou sociais. Nunca foi tão divulgado os 
meios para evitar a gravidez como nos dias 
atuais, e mesmo assim, o número de 
adolescentes grávidas á cada vez maior. 
Porém, são muitos os motivos que tornam 
uma adolescente mais vulnerável a uma 
gravidez, mas o principal deles, é a falta de 
um projeto de vida, a falta de perspectiva 
futura. Não podemos dizer que toda 
gravidez na adolescência é indesejada, 
somente as que acontecem por abuso sexual 
ou por falha de métodos anticoncepcionais 
podem ser indesejadas. A assistência pré-
natal deve ser iniciada assim que é 
11 
 
confirmada a gestação e a avaliação de 
risco direcionará o atendimento desta 
gestante. A orientação quanto ao 
planejamento familiar e prevenção de 
doenças sexualmente transmissíveis, com o 
envolvimento do parceiro, é fundamental a 
partir do início da vida sexual dos 
adolescentes. 
 Prevenção do uso e abuso de substâncias 
lícitas e ilícitas: O uso de drogas na 
adolescência é um tema que preocupa 
famílias, educadores e profissionais da 
saúde. O uso de drogas é um tipo de 
alteração de comportamento bastante visto 
na adolescência. A dependência de drogas, 
que é o transtorno mais grave desse grupo, 
manifesta-se pelo uso da substância 
associado a uma necessidade intensa de ter 
a droga, ausência de prazer nas atividades 
sem a droga e busca incessante da droga, 
muitas vezes envolvendo-se em situações 
ilegais ou de risco para se conseguir a 
mesma. Diante da suspeita de que o 
adolescente enfrenta este problema deve ser 
orientada a procura pelo serviço de 
urgência de saúde mental co CAIS 
Aterrado ou CAPS-AD de acordo com a 
gravidade do caso. Os programas de 
prevenção devem ter como meta a 
promoção do bem-estar e da competência 
dos adolescentes para lidar com situações 
de risco, incluir a participação de pais e 
educadores no processo e considerar as 
influências das preocupações e dos temores 
por parte dos adultos. Para atingir tal 
objetivo, é de fundamental importância o 
envolvimento da família e dos grupos de 
amigos, por serem eles os principais meios 
sociais nos quais convivem os jovens, em 
uma ampla perspectiva de qualidade de 
vida, que privilegie ações de bem-estar 
físico, psicológico e social. 
 Programa Saúde na Escola: O Programa 
Saúde na Escola (PSE), instituído por 
decreto presidencial Nº. 6.286, de 5 de 
dezembro de 2007, resulta do trabalho 
integrado entre o Ministério da Saúde e o 
Ministério da Educação, na perspectiva de 
ampliar as ações específicas de saúde aos 
alunos e alunas da Rede Pública de Ensino: 
Ensino Fundamental, Ensino Médio, Rede 
federal de educação profissional e 
tecnológica, Educação de Jovens e Adultos 
(EJA). 
 Prevenção de doenças através da 
imunização básica e imunoespeciais: Para 
reduzir as taxas de morbimortalidade das 
doenças imunopreveníveis no adolescente, 
é importante a imunização, contra a 
hepatite B, sarampo, rubéola, caxumba, 
tétano, coqueluche, entre outras A Unidade 
de Saúde deve garantir o funcionamento 
contínuo da sala de vacina, para não se 
perder a oportunidade de vacinar toda a 
população. As equipes de saúde 
acompanham a cobertura vacinal dos 
adolescentes de sua área, realizando o 
controle e a busca ativa de faltosos pelo 
contra-arquivo de vacinação. Os 
imunoespeciais são disponibilizados de 
acordo com o protocolo dos Centros de 
Referência em Imunobiológicos 
Especiais/CRIES com prescrição médica. 
 Atenção ao Portador de Anemia 
Falciforme: A anemia falciforme é a 
doença hereditária mais comum no mundo 
e no nosso país. Quando descoberta a 
doença, a pessoa deve ter um 
acompanhamento médico adequado 
baseado num programa de atenção integral 
ao doente com anemia falciforme. As 
12 
 
pessoas com anemia falciforme têm 
sintomas muito variados. Eles podem não 
ter quase nenhum sintoma e com excelente 
qualidade de vida. Mas existem algumas 
pessoas que, mesmo com acompanhamento 
médico adequado, têm crises muito graves 
da doença, com sintomas de dores ósseas, 
na barriga, infecções de repetição às vezes 
muito graves, podendo levar à morte. 
Alguns doentes podem ter crises de anemia 
mais rápidas, necessitando de várias 
transfusões de sangue com urgência. As 
crises variam de gravidade e de tipo 
conforme a idade da pessoa. Os bebês têm 
mais infecções e dores com inchaço nas 
mãos e nos pés. Nas crianças maiores, as 
dores estão mais localizadas nas pernas, nos 
braços e na barriga. Alguns doentes podem 
ter até mesmo derrames cerebrais, com 
lesões graves e definitivas. No dia-a-dia, as 
criançascom anemia falciforme são 
diagnosticadas com palidez e muitas vezes 
apresentam o branco dos olhos amarelado, 
como na hepatite, sintoma que chamamos 
de icterícia. Nos adultos, as crises mais 
freqüentes também são de dores nos ossos e 
complicações devido a danos ocorridos ao 
longo de sua vida, aos órgãos mais 
importantes, tais como o fígado, os 
pulmões, o coração e os rins. Na idade 
adulta também é comum o aparecimento de 
úlceras (feridas) nas pernas, que são 
machucados graves de difícil cicatrização. 
 Atenção à Saúde Bucal: Os tratamentos 
preventivos e curativos, quando realizados 
em intervalos regulares de tempo, garantem 
uma saúde bucal sem complicações. As 
equipes de saúde bucal vêm desenvolvendo 
estas ações nos serviços de atenção básica e 
emergência. 
 Atenção à Saúde Mental: As equipes de 
saúde são habilitadas a intervir nos casos 
em que se caracteriza a necessidade de uma 
abordagem mais específica e conhecer a 
rede e o fluxo de assistência para o 
acolhimento de adolescentes e para sua 
avaliação e tratamento psicoterapêutico. 
Nos casos em que há sintomas indicativos 
de autismo, psicose, ou neuroses mais 
severas em crianças é oferecido tratamento 
no CAPSi. 
4. OS AGRAVOS À SAÚDE DA 
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: 
4.1 Distúrbios Respiratórios: 
São as doenças mais frequentes durante a 
infância, acometendo um número elevado de 
crianças, de todos os níveis sócio-econômicos e por 
diversas vezes. Nas classes sociais mais pobres, as 
infecções respiratórias agudas ainda se constituem 
como importante causa de morte de crianças 
pequenas, principalmente menores de 1 ano de 
idade. Os fatores de risco para morbidade e 
mortalidade são baixa idade, precárias condições 
sócio-econômicas, desnutrição, déficit no nível de 
escolaridade dos pais, poluição ambiental e 
assistência de saúde de má qualidade (SIGAUD, 
1996). 
A enfermagem precisa estar atenta e 
orientar a família da criança sobre alguns fatores: 
 Preparar os alimentos sob a forma pastosa 
ou líquida, oferecendo em menores 
quantidades e em intervalos mais curtos, 
respeitando a falta de apetite e não forçando 
a alimentação; 
 Aumentar a oferta de líquidos: água, chás e 
suco de frutas, levando em consideração a 
preferência da criança; 
 Manter a criança em ambiente ventilado, 
tranqüilo e agasalhada, se estiver frio; 
13 
 
 Fluidificar e remover secreções e muco das 
vias aéreas superiores freqüentemente; 
 Evitar contato com outras crianças; 
 Havendo febre: até 38,4ºc dar banho, de 
preferência de imersão, morno (por 15 
minutos); aplicar compressa com água 
morna e álcool nas regiões inguinal e 
axilar; retirar excessos de roupa. Se 
ultrapassar este valor oferecer antitérmico 
recomendado pelo pediatra. 
a) Resfriado 
Inflamação catarral da mucosa 
rinofaríngea e formações linfóides anexas. Possui 
como causas predisponentes: convívio ou contágio 
ocasional com pessoas infectadas, desnutrição, clima 
frio ou úmido, condições da habitação e dormitório 
da criança, quedas bruscas e acentuadas da 
temperatura atmosférica, susceptibilidade individual, 
relacionada à capacidade imunológica 
(ALCÂNTARA, 1994). 
Principais sinais e sintomas: 
 Febre de intensidade variável, corrimento 
nasal mucoso e fluido (coriza); 
 Obstrução parcial da respiração nasal 
tornando-se ruidosa (trazendo irritação, 
principalmente ao lactente que tem sua 
alimentação dificultada); 
 Tosse (não obrigatória); 
 Falta de apetite, alteração das fezes e 
vômitos (quando a criança é forçada a 
comer). 
Não existindo contra-indicações 
recomenda-se a realização de exercícios 
respiratórios, tapotagem e deambulação. Se o estado 
for muito grave, sugerindo risco de vida para a 
criança se ela continuar em seu domicílio 
recomenda-se a hospitalização. 
b) Pneumonia 
Inflamação das paredes da árvore 
respiratória causando aumento das secreções 
mucosas, respiração rápida ou difícil, dificuldade em 
ingerir alimentos sólidos ou líquidos; piora do estado 
geral, tosse, aumento da frequência respiratória 
(maior ou igual a 60 batimentos por minuto); 
tiragem (retração subcostal persistente), estridor, 
sibilância, gemido, períodos de apnéia ou guinchos 
(tosse da coqueluche), cianose, batimentos de asa de 
nariz, distensão abdominal, e febre ou hipotermia 
(podendo indicar infecção). 
c) Amigdalites 
Muito freqüente na infância, 
principalmente na faixa etária de 3 a 6 anos 
(ALCÂNTARA, 1994). Seu quadro clínico 
assemelha-se a um resfriado comum. Principais 
sinais e sintomas: febre, mal estar, prostração ou 
agitação, anorexia em função da dificuldade de 
deglutição, presença de gânglios palpáveis, mau 
hálito, presença ou não de tosse seca, dor e presença 
de pus na amígdala. Às orientações de enfermagem 
acrescentar-se-ia estimular a família a ofertar à 
criança uma alimentação mais semi-líquida, a base 
de sopas, papas, etc. 
 
d) Otite 
Caracterizada por dor, febre, choro 
freqüente, dificuldade para sugar e alimentar-se e 
irritabilidade, sendo o diagnóstico confirmado pelo 
otoscópio. 
Possui como fatores predisponentes: 
 Alimentação em posição horizontal, pois 
propicia refluxo alimentar pela tuba, que é 
mais curta e horizontal na criança, levando 
à otite média; 
 Crianças que vivem em ambiente úmido ou 
filhos de pais fumantes; 
 Diminuição da umidade relativa do ar; 
http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/febre.htm
14 
 
 Limpeza inadequada, com cotonetes, 
grampos e outros, prejudicando a saída 
permanente da cera pela formação de rolhas 
obstrutivas, ou retirando a proteção e 
facilitando a evolução de otites micóticas 
ou bacterianas, além de poder provocar 
acidentes. 
Orientar sobre a limpeza que deve ser feita apenas 
com água, sabonete, toalha e dedo. 
e) Sinusite 
Desencadeada pela obstrução dos óstios 
de drenagem dos seios da face, favorecendo a 
retenção de secreção e a infecção bacteriana 
secundária" (LEÃO, 1989). Caracteriza-se por tosse 
noturna, secreção nasal e com presença ou não de 
febre, sendo que raramente há cefaléia na infância 
(SAMPAIO, 1994). Casos recidivantes são 
geralmente causados por alergia respiratória. Possui 
como fatores predisponentes: 
 Episódios muito freqüentes de resfriado; 
 Crianças que vivem em ambiente úmido ou 
flhas de pais fumantes; 
 Diminuição da umidade relativa do ar. 
f) Rinite 
Apresenta como manifestações clínicas a 
obstrução nasal ou coriza, prurido e espirros em 
salva; a face apresenta "olheiras"; dupla prega 
infraorbitária; e sulco transversal no nariz, sugerindo 
prurido intenso. Pode ser causada por alergia 
respiratória, neste caso faz-se necessário afastar as 
substâncias que possam causar alergia. 
g) Bronquite 
Inflamação nos brônquios, caracterizada 
por tosse e aumento da secreção mucosa dos 
brônquios, acompanhada ou não de febre, 
predominando em idades menores. Quando 
apresentam grande quantidade de secreção pode-se 
perceber ruído respiratório ("chiado" ou "ronqueira") 
(RIBEIRO, 1994). 
Propicia que as crianças portadoras 
tenham infecções com maior frequência do que 
outras. Pode se tornar crônica, levando a anorexia a 
uma perda da progressão de peso e estatura 
(RIBEIRO, 1994). Recomenda-se afastar 
substâncias que possam causar alergias. 
h) Asma 
Doença crônica do trato respiratório, 
sendo uma infecção muito frequente na infância. A 
crise é causada por uma obstrução, devido a 
contração da musculatura lisa, edema da parede 
brônquica e infiltração de leucócitos 
polimorfonucleares, eosinófilos e linfócitos 
(GRUMACH, 1994). 
Manifesta-se através de crises de broncoespasmo, 
com dispnéia, acessos de tosse e sibilos presentes à 
ausculta pulmonar. São episódios auto-limitados 
podendo ser controlados por medicamentos com 
retorno normal das funções na maioria das crianças. 
Em metade dos casos, os primeiros sintomas da 
doençasurgem até o terceiro ano de vida e, em 
muitos pacientes, desaparecem com a puberdade. 
Porém a persistência na idade adulta leva a um 
agravo da doença. 
Fatores desencadeantes: alérgenos (irritantes 
alimentares), infecções, agentes irritantes, poluentes 
atmosféricos e mudanças climáticas, fatores 
emocionais, exercícios e algumas drogas (Ácido 
Acetil Salicílico e similares). 
É importante que haja: 
 Estabelecimento de vínculo entre paciente/ 
família e equipe de saúde; 
 Controle ambiental, procurando afastar 
elementos alergênicos; 
 Higiene alimentar; 
 Suspensão de alimentos só deverá ocorrer 
quando existir uma nítida relação com a 
sintomatologia apresentada; 
 Fisioterapia respiratória a fim de melhorar a 
dinâmica respiratória, corrigir 
15 
 
deformidades torácicas e vícios posturais, 
aumentando a resistência física. 
4.2 Diarréia e Desidratação 
A diarréia é uma doença que pode ser 
causada por micróbios, presentes nas fezes, que 
contaminam a água, o solo e os alimentos. 
A diarréia acontece com mais freqüência quando: 
• As condições de saneamento básico são precárias. 
• As pessoas não têm o hábito de lavar bem as 
mãos antes de preparar os alimentos, depois de usar 
o banheiro, e antes e depois de lidar com o bebê. 
• O bebê é alimentado por mamadeira. 
A diarréia é doença grave principalmente 
para as crianças pequenas e para as desnutridas. Elas 
ficam rapidamente desidratadas e podem morrer se 
não forem atendidas a tempo. 
Atenção: 
• Crianças que sofrem seguidamente de diarréia 
ganham pouco peso, podem ficar desnutridas e 
ter seu desenvolvimento prejudicado. 
• Criança com diarréia precisa de mais alimentação 
para não ficar desnutrida e soro reidratante para 
prevenir a desidratação. 
• Para fazer o soro caseiro é preciso: um copo de 200 
ml com água limpa; 1 colher-medida; sal e açúcar. 
Como prevenir a desidratação? 
A criança com diarréia perde muita água e sais 
minerais do corpo. A criança precisa ser 
levada ao serviço de saúde quando: 
• Vomita todas as vezes em que toma o soro 
oral ou mama. 
• Aparece sangue nas fezes. 
• Mesmo tomando soro oral, está com os 
olhos fundos, pele seca, pouca lágrima e saliva, 
e faz pouco xixi. 
Para repor a água e os sais minerais e prevenir a 
desidratação, é preciso continuar a: 
• Dar de mamar ou alimentar o bebê mais vezes 
ao dia. 
• Dar soro reidratante cada vez que a criança 
fizer cocô ou vomitar 
Bebê com diarréia precisa mamar ou se 
alimentar mais vezes e tomar soro de 
reidratação oral. 
 
4.3 Desnutrição Protéico Calórica: 
Desnutrição corresponde a uma série de 
condições patológicas, leiam-se doenças, que 
aparecem por deficiência de aporte, transporte e 
utilização dos nutrientes pelas células do organismo, 
sustenta esta visão. A desnutrição faz seu maior 
número de vítimas entre lactentes (crianças que 
ainda mamam no peito) e crianças em idade pré-
escolar. Fonte: Sawaya, 1997 e Caderno de Estudos 
Avançados, USP, 2003 A desnutrição é 
dividida em três estágios: leve, moderada e grave. 
Como conceito, a subnutrição é o estágio 
denominado leve da desnutrição. Pelo fato da 
subnutrição ser a forma mais amena da conseqüência 
da fome, tende a ser sub estimada, já que seus 
efeitos são menos severos, como, por exemplo, 
(maior susceptibilidade às doenças infecciosas, 
levando ao agravamento da desnutrição e suas 
consequências). Isto é um grande erro, pois a 
subnutrição constitui-se num sinal de alerta para que 
se evite conseqüências piores para uma vida. 
A desnutrição energético-protéica é uma 
síndrome que compreende uma série de doenças, 
cada uma das quais tem uma causa específica 
relacionada com um ou mais nutrientes (por 
exemplo, proteínas, iodo ou cálcio) e se caracteriza 
pela existência de um desequilíbrio celular entre o 
fornecimento de nutrientes e energia por um lado, e 
por outro, a demanda corporal para assegurar o 
crescimento, manutenção e funções específicas. 
Ocorre mais facilmente em crianças em fase de 
amamentação, e menores de 5 anos. 
Além da deficiência de proteína e energia 
na alimentação, as crianças desnutridas sofrem 
também da deficiência de várias vitaminas e 
minerais, relacionados na seguinte ordem de 
importância: deficiência de ferro, deficiência de 
16 
 
vitamina A, deficiência de iodo, deficiência de 
zinco, deficiência de vitamina D. 
Destacaremos aqui as de maior 
importância: 
 Deficiência de Ferro: A carência de ferro 
leva a criança a desenvolver anemia 
ferropriva. Existem outros tipos de anemia 
causados pela deficiência de ácido fólico, 
vitamina A, riboflavina, e diversos minerais 
também podem contribuir para a anemia. A 
anemia afeta o sistema imunológico e reduz 
a capacidade física e mental das populações 
afetadas: 
 Em bebês e em crianças pequenas, pode 
comprometer o desenvolvimento 
intelectual; 
 Em mulheres grávidas, constitui uma causa 
importante de mortalidade materna, 
aumentando o risco de hemorragia e de 
infecção generalizada durante o parto; 
 Bebês nascidos de mulheres anêmicas 
podem nascer anêmicos e apresentar baixo 
peso ao nascer. 
 Deficiência de Vitamina A: A deficiência 
de vitamina A provoca cegueira noturna, 
porque as células dos olhos não conseguem 
mais produzir a rodopsina, que é um 
pigmento fundamental para se enxergar no 
escuro. Em formas mais graves, ocorrem 
lesões na conjuntiva e na córnea que, caso 
não sejam tratadas, podem provocar danos 
irreversíveis, inclusive cegueira parcial ou 
total. Entre os sintomas da deficiência de 
vitamina A, encontram-se: 
 Perda de apetite; 
 Inibição do crescimento; 
 Anormalidades ósseas; 
 Perda do paladar. 
 
5. COMPORTAMENTOS DE RISCO NA 
CRIANÇA E NO ADOLESCENTE: 
5.1 Dependência Química – Álcool e outras 
Drogas: 
As drogas são substâncias químicas, 
naturais ou sintéticas, que provocam alterações 
psíquicas e físicas a quem as consome e levam à 
dependência física e psicológica. Seu uso 
sistemático traz sérias conseqüências físicas, 
psicológicas e sociais, podendo levar à morte em 
casos extremos, em geral por problemas 
circulatórios ou respiratórios. É o que se chama 
overdose. Além das drogas tradicionais, os 
especialistas também incluem na lista o cigarro e o 
álcool. 
Os adolescentes estão entre os principais 
usuários de drogas. Calcula-se que 13% dos jovens 
brasileiros entre 16 e 18 anos consomem maconha. 
Cada vez mais, cresce o uso de crack e drogas 
sintéticas, como o ecstasy. Os consumidores de 
cocaína são os que mais procuram tratamento para 
se livrar da dependência, o qual é feito por meio de 
psicoterapias que promovem a abstinência às drogas 
e do uso de antidepressivos em 60% dos casos. 
Atualmente, cerca de 5% dos brasileiros são 
dependentes químicos de alguma droga. 
Tipos de Droga: 
As drogas são classificadas de acordo 
com a ação que exercem sobre o sistema nervoso 
central. Elas podem ser depressoras, estimulantes, 
perturbadoras ou, ainda, combinar mais de um 
efeito. 
 Depressoras - Substâncias que diminuem a 
atividade cerebral, deixando os estímulos nervosos 
mais lentos. Fazem parte desse grupo o álcool, os 
tranquilizantes, o ópio (extraído da planta Papoula 
somniferum) e seus derivados, como a morfina e a 
heroína. 
Estimulantes - Aumentam a atividade cerebral, 
deixando os estímulos nervosos mais rápidos. 
Excitam especialmente as áreas sensorial e motora. 
17 
 
Nesse grupo estão as anfetaminas, a cocaína 
(produzida das folhas da planta da coca, 
Erytroxylum coca) e seus derivados, como o crack. 
Perturbadoras - São substâncias que fazem o 
cérebro funcionar de uma maneira diferente, muitas 
vezes com efeito alucinógeno. Não alteram a 
velocidade dos estímulos cerebrais, mas causam 
perturbações na mente do usuário. Incluem a 
maconha, o haxixe (produzidos da planta Cannabis 
sativa), os solventesorgânicos (como a cola de 
sapateiro) e o LSD (ácido lisérgico). 
Drogas com efeito misto - Combinam dois ou mais 
efeitos. A droga mais conhecida desse grupo é o 
ecstasy, metileno dioxi-metanfetamina (MDMA), 
que produz uma sensação ao mesmo tempo 
estimulante e alucinógena. 
Drogas e Doenças Infecciosas: 
O uso comum de seringas para a injeção 
de drogas é um dos principais meios de transmissão 
do HIV e do vírus da hepatite B e C. 
Prevenção e Tratamento da Drogadição: 
Os especialistas afirmam que o melhor 
modo de combater as drogas é a prevenção. 
Informação, educação e diálogo são apontados como 
o melhor caminho para impedir que adolescentes se 
viciem. Para usuários que ainda não estão viciados, 
o tratamento recomendado são a psicoterapia e a 
participação em grupos de apoio. Para combater o 
vício, além das terapias são usados medicamentos 
que reduzem os sintomas da abstinência ou que 
bloqueiam os efeitos das drogas. 
5.2 O Alcoolismo: 
Consequências do Álcool no Corpo Humano: 
CÉREBRO – Eleva o risco de derrames. 
CORAÇÃO – Provoca dilatação e enfraquecimento 
resultando em insuficiência cardíaca e aumento da 
pressão arterial. 
ESTÔMAGO- Desenvolve inflamação crônica 
(gastrite). 
FÍGADO – Aumento da presença de gorduras no 
interior das células do fígado, futuramente causando 
hepatite alcoólica aguda. 
PÂNCREAS – A digestão se torna deficiente e 
parte dos alimentos não é absorvida, abrindo 
caminho para a desnutrição crônica. 
TESTÍCULOS – Diminuição da capacidade 
reprodutora. 
 
5.3 Violência: 
A violência é, mundialmente, uma 
experiência devastadora para muitas crianças e lhes 
traz consequências prejudiciais ao desenvolvimento, 
mas ainda não se sabe a real extensão do problema. 
A violência vem sendo cultuada pelos povos como 
método de conquista e manutenção de poder, de 
forma generalizada, abrangendo um grupo de 
indivíduos, uma classe social ou religiosa ou até 
mesmo um país. 
a) Violência doméstica: 
A violência doméstica caracteriza-se por 
toda ação ou omissão por parte do adulto ou 
adolescente mais velho que, na qualidade de 
responsável permanente ou temporário, possa 
resultar em prejuízo ao desenvolvimento físico ou 
psicossocial da criança ou do adolescente. Sua 
ocorrência é um problema de enorme proporção, que 
atinge todos os países e estão presente em todas as 
culturas, classes, níveis de escolaridade, renda 
familiar e origens étnicas. 
Deve ser considerada como fonte de todas 
as formas de violência, pois o indivíduo é 
desrespeitado em seus valores mínimos, muitas 
vezes até mesmo antes de nascer, o que pode levá-lo 
a reproduzi-la sob qualquer forma, direta (por meio 
de agressões) ou indireta (por meio do uso do 
poder). 
b) Violência física: 
Caracteriza-se como o uso da força física 
de forma intencional, por parte dos pais, 
responsáveis ou adolescente mais velho, com o 
18 
 
objetivo de manutenção ou demonstração de poder 
do mais forte sobre o mais fraco a qualquer custo, 
podendo ferir, provocar danos ou mesmo levar à 
morte da criança ou do adolescente, deixando ou não 
marcas evidentes. 
c) Violência sexual: 
É a forma de violência doméstica mais 
difícil de ser conceituada e diagnosticada, pois 
muitas vezes resultam do despreparo dos pais para a 
educação de seus filhos, valendo-se de ameaças, 
humilhações ou desrespeito como formas 
culturalmente aprendidas de educar. 
Consiste na submissão da criança ou 
adolescente, por parte dos pais ou responsáveis, 
definitivos ou temporários, a ações verbais ou 
atitudes que visem à humilhação, desqualificação, 
tratamento como de “minus valia”, culpabilização, 
indiferença, rejeição, ameaça e outros que possam 
levar a danos, muitas vezes irreversíveis a seu 
desenvolvimento, tanto na área psíquica como na 
afetiva, emocional, moral e social. 
d) Violência extrafamiliar: 
É a violência a que estão sujeitas todas as 
pessoas, inclusive crianças e adolescentes, praticada 
fora de suas moradias, mais frequentemente, no caso 
da infância e da juventude, por parentes próximos ou 
pessoas de sua convivência, mas também por 
pessoas que detêm sua guarda temporária e por 
estranhos, podendo ser subdividida em institucional, 
social e urbana. 
 Recomendações para atuação frente às 
causas da violência: 
A complexidade para o entendimento sobre as 
diferentes causas da violência quer política, 
econômica, cultural, religiosa, étnica, de gênero ou 
faixa etária, dentre outras, torna o seu enfrentamento 
um grande desafio, exigindo como parte do processo 
esforços para melhor compreensão e explicação do 
problema em situações concretas. Nesse contexto, o 
relatório da Assembléia Geral das Nações Unidas 
de 2006, sobre a violência contra a criança, pontua 
recomendações apresentadas abaixo para o 
enfrentamento dessas questões, que merecem ser 
destacadas, compreendidas, divulgadas e aplicadas, 
intentando fazer a diferença no futuro de nossas 
crianças e adolescentes. 
 Recomendações da Assembléia Geral das 
Nações Unidas: 
 Devem ser fortalecidos os compromissos e 
medidas nacionais e locais contra a 
violência; 
 Devem ser proibidas todas as formas de 
violência contra crianças; 
 A prevenção deve ser priorizada; 
 Devem ser promovidos valores não 
violentos e a conscientização da população; 
 Deve ser fortalecida a capacidade de todas 
as pessoas que trabalham com e para 
crianças, e prestados os serviços de 
reabilitação e reintegração social; 
 A participação das crianças deve ser 
garantida; 
 Devem ser criados sistemas e serviços de 
denúncias; 
 A responsabilização deve ser garantida e a 
impunidade eliminada; 
 A dimensão de gênero da violência contra 
crianças deve ser abordada; 
 Mecanismos nacionais sistemáticos de 
coleta de dados e pesquisas devem ser 
desenvolvidos e implementados; 
 Compromissos internacionais devem ser 
fortalecidos. 
 
5.4 Delinquência: 
A delinqüência é um problema 
comportamental caracterizado por realizações de 
atos criminosos em indivíduos de menoridade penal. 
São várias as causas que levam um menor a praticar 
atos criminosos como problemas socioeconômicos, 
relacionamento com os pais e familiares, problemas 
19 
 
escolares e ainda disposição a problemas 
psicopatológicos (o que seria classificado como um 
transtorno de conduta). A principal causa de 
delinqüência no ponto de vista psicológico é o 
distanciamento dos pais que não conhecem o dia-a-
dia de seus filhos e nem mesmo os próprios. Já para 
o sociológico, a delinqüência é fruto da exclusão e 
da errônea privação de bens e serviços e riquezas e 
benefícios. 
Do ponto de vista sociológico, 
educacional, psicológico e religioso, os delinquentes 
rejeitam os valores morais, deturpam a “liberdade de 
expressão”, agem conforme suas próprias vontades, 
não se preocupam com o próximo, vivem de forma 
extravagante (libertinagem), se apegam aos vícios, 
se satisfazem com a violência e ainda a pratica de 
forma explícita, etc. 
O estado de pobreza extrema de uma 
família faz como que um menor se coloque em risco 
para buscar levantar dinheiro para ajudar seus pais 
na manutenção de casa. Com ou sem maioridade 
penal, os delinqüentes deveriam ser submetidos a 
programas sócio-educativos que os colocaria, por 
exemplo, para reparar o dano causado por seu ato 
criminoso, trabalhar gratuitamente para 
comunidades, ter liberdade assistida e outras formas 
que ao contrário de privar qualquer contato como os 
restabelecimentos morais e éticos, estariam 
aprendendo meios de como trabalhar e viver em 
sociedade de maneira digna e remunerada. 
 
5.5 Gravidez na Adolescência: 
Este é um assunto muito polêmico que 
envolve muitos fatores de causas e consequências, 
a gravidez indesejada na adolescência pode ser 
considerada como um problema que se reflete para o 
resto da vida, um fruto, uma nova vida, uma pessoaque está sendo gerada e que fará parte de você a 
partir da fertilização. Vários fatores são 
considerados como causas de precocidade em 
relações íntimas. Muitos afirmam que a melhor fase 
da vida é a adolescência por ser um momento de 
descobertas e aventuras, porém é necessário ter 
alguns cuidados para que as consequências de um 
erro não possam afetar no futuro. 
 Gravidez na adolescência causas e 
consequências para a mãe: 
Umas das possíveis consequências das 
relações íntimas sem orientação para a prevenção é a 
contração das temidas DSTs. Entre as causas da 
gravidez precoce que envolvem a mulher 
particularmente, sublinhamos o pouco entendimento 
do funcionamento do organismo feminino e de como 
o uso de métodos contraceptivos é fundamental para 
aqueles que apresentam uma vida sexual ativa. 
Entre as consequências para 
mães adolescentes, a interrupção dos estudos e os 
traumas de ordem psicológicas e oriundos do 
eixo sócio-familiar estão entre os mais comuns. 
Muitas vezes a relação entre os pais adolescentes 
não é estável e a geração de uma criança cujos pais 
não mantém um relacionamento saudável pode 
tornar-se ainda mais dificultosa. Para a redução de 
tais consequências é fundamental que o período 
tenha acompanhamento psicológico e familiar e que 
instituições como escola e comunidade estejam 
equilibradas para receber as mães adolescentes e 
seus filhos. 
 Gravidez na adolescência causas e 
consequências para o bebê: 
O bebê que acaba sendo gerado e nasce 
em um eixo familiar pouco estruturado pode receber 
diretamente essas e outras consequências da 
gravidez na adolescência. 
A rejeição após o parto apresenta ainda 
mais chances de ocorrer entre as mães adolescentes, 
que acabam por projetar no bebê as frustrações da 
maternidade sem nenhuma experiência, de fases 
interrompidas, oportunidades perdidas, mudanças 
no corpo, anos de estudo prejudicados. 
É preciso que haja bastante comunicação e apoio à 
mãe e seu bebê para que tais consequências e 
http://www.blogbrasil.com.br/sobre/causas/
http://www.blogbrasil.com.br/sobre/gravidez/
http://www.blogbrasil.com.br/gravidez-na-adolescencia-causas-e-consequencias/
http://www.blogbrasil.com.br/gravidez-na-adolescencia-causas-e-consequencias/
http://www.blogbrasil.com.br/gravidez-na-adolescencia-causas-e-consequencias/
http://www.blogbrasil.com.br/gravidez-na-adolescencia-causas-e-consequencias/
20 
 
problemas que se estendam por toda a relação mãe e 
filho sejam reduzidos. 
Na adolescência é que deve sempre 
estar informado pela família sobre as causas e 
consequências de uma gravidez não planejada e 
sobre o uso de métodos contraceptivos. As escolas 
na maioria das vezes oferecem palestras e 
depoimentos de jovens que estão ou já passaram por 
isso, ter consciência e responsabilidade é saber 
investir no futuro. 
 
5.6 Trabalho Infantil: 
O trabalho infantil no Brasil ainda é um 
grande problema social. Milhares de crianças ainda 
deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, 
e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, 
campo, fábrica ou casas de família, muitos deles sem 
receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno 
de 4,8 milhões de crianças de adolescentes entre 5 e 
17 anos estão trabalhando no Brasil, segundo PNAD 
2007. Desse total, 1,2 milhão estão na faixa entre 5 e 
13 anos. 
Apesar de no Brasil, o trabalho infantil ser 
considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 
5 e 13 anos, a realidade continua sendo outra. Para 
adolescentes entre 14 e 15 anos, o trabalho é legal 
desde que na condição de aprendiz. 
O Peti (Programa de Erradicação ao 
Trabalho Infantil) vem trabalhando arduamente para 
erradicar o trabalho infantil. Infelizmente mesmo 
com todo o seu empenho, a previsão é de poder 
atender com seus projetos, cerca de 1,1 milhão de 
crianças e adolescentes trabalhadores, segundo 
acompanhamento do Inesc (Instituto de Estudos 
Socioeconômicos). Do total de crianças e 
adolescentes atendidos, 3,7 milhões estarão de fora. 
 
Ao abandonarem a escola, ou terem que dividir o 
tempo entre a escola e o trabalho, o rendimento 
escolar dessas crianças é muito ruim, e serão sérias 
candidatas ao abandono escolar e consequentemente 
ao despreparo para o mercado de trabalho, tendo que 
aceitar sub-empregos e assim continuarem 
alimentando o ciclo de pobreza no Brasil. 
 
 Perfil do trabalho infantil no Brasil: 
O trabalho infantil ainda é 
predominantemente agrícola. Cerca de 36,5% das 
crianças estão em granjas, sítios e fazendas, 24,5% 
em lojas e fábricas. No Nordeste, 46,5% aparecem 
trabalhando em fazendas e sítios. 
A Constituição Brasileira é clara: menores 
de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto como 
aprendizes e somente a partir dos 14. Não é o que 
vemos na televisão. Há dois pesos e duas medidas. 
Achamos um absurdo ver a exploração de crianças 
trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias, 
quebrando pedras, deixando sequelas nessas vítimas 
indefesas, mas costumamos aplaudir crianças e 
bebês que se tornam estrelas mirins em novelas, 
apresentações e comerciais. 
A UNICEF declarou no Dia Mundial 
Contra o Trabalho Infantil (12 de junho) que os 
esforços para acabar com o trabalho infantil não 
serão bem sucedidos sem um trabalho conjunto para 
combater o tráfico de crianças e mulheres no interior 
dos países e entre fronteiras. No Dia Mundial contra 
o Trabalho Infantil, a UNICEF disse/referiu com 
base em estimativas que o tráfico de Seres humanos 
começa a aproximar-se do tráfico ilícito de armas e 
drogas. 
Longe de casa ou num país estrangeiro, as 
crianças traficadas – desorientadas, sem documentos 
e excluídas de um ambiente que as proteja 
minimamente – podem ser obrigadas a entrar na 
prostituição, na servidão doméstica, no casamento 
precoce e contra a sua vontade, ou em trabalhos 
perigosos. Embora não haja dados precisos sobre o 
tráfico de crianças, estima-se que haverá cerca de 
1.2 milhões de crianças traficadas por ano. 
 
ANOTAÇÕES: 
http://www.blogbrasil.com.br/gravidez-na-adolescencia-causas-e-consequencias/
http://br.guiainfantil.com/aprendizagem/68-como-ajudar-a-crianca-que-sente-medo-de-ir-a-escola-.html
http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/peti
http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/peti
http://br.guiainfantil.com/adaptacao-escolar/79-adaptacao-de-criancas-de-3-a-5-anos.html
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BIBLIOGRAFIA: 
 COLE Michael; COLE, Sheila. O desenvolvimento da criança e do adolescente. Porto 
Alegre: Artmed, 2004. 
 SHIMITZ, Edilza Maria; et al. A enfermagem em pediatria e puericultura. Rio de Janeiro: 
Atheneu, 2005 Janeiro: Elsevier, 2006. 
 TIBA, I. Adolescência: o despertar do sexo – um guia para entender o desenvolvimento 
sexual e afetivo nas novas gerações. São Paulo: Gente, 1994. 
 SIGAUD, C.H.S.; VERÍSSIMO, M.de La O.R. (org) Enfermagem pediátrica: o cuidado de 
enfermagem à criança e ao adolescente. São Paulo: EPU, 1996. 
 NUNES, C.; SILVA, E. A educação sexual da criança: subsídios teóricos e propostas 
práticas para uma abordagem da sexualidade para além da transversalidade. Campinas: 
Autores Associados, 2000. 
 BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa de Assistência Integral a Saúde da 
Criança. 
 BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Lei LDB – nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 
 BRASIL. Lei nº 8069 de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
22 
 
ANEXOS: 
Calendário básico de vacinação infantil(recém-nascidos aos 10 anos de idade) 
IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS PREVENIDAS 
Ao Nascer Vacina BCG Dose única Tuberculose 
Hepatite B 1ª dose Hepatite B 
2 Meses Pentavalente (DTP + Hib + HB) 1ª dose Difteria, tétano, coqueluche e infecções* causada pelo Haemophilus influenzae tipo B e hepatite B. 
Poliomielite inativada 1ª dose Poliomielite (paralisia infantil) 
Rotavírus humano oral 1ª dose Gastroenterites por rotavírus 
Pneumocócica 10 1ª dose Alguns tipos de meningite, pneumonia, otite média aguda, sinusite, bacteremia e sepse. 
3 Meses Meningocócica C 1ª dose Meningite tipo C 
4 Meses Pentavalente (DTP + Hib + HB) 2ª dose Difteria, tétano, coqueluche e infecções* causada pelo Haemophilus influenzae tipo B e hepatite B. 
Poliomielite inativada 2ª dose Poliomielite (paralisia infantil) 
Rotavírus humano oral 2ª dose Gastroenterites por rotavírus 
Pneumocócica 10 2ª dose Alguns tipos de meningite, pneumonia, otite média aguda, sinusite, bacteremia e sepse. 
5 Meses Meningocócica C 2ª dose Meningite tipo C 
6 Meses Pentavalente (DTP + Hib + HB) 3ª dose Difteria, tétano, coqueluche e infecções* causada pelo Haemophilus influenzae tipo B e hepatite B. 
Poliomielite inativada 3ª dose Poliomielite (paralisia infantil) 
23 
 
Pneumocócica 10 3ª dose Alguns tipos de meningite, pneumonia, otite média aguda, sinusite, bacteremia e sepse. 
9 Meses Febre amarela Dose inicial Febre amarela 
12 meses Tríplice viral 1ª dose Sarampo, rubéola e caxumba 
Pneumocócica 10 Reforço Alguns tipos de meningite, pneumonia, otite média aguda, sinusite, bacteremia e sepse 
15 meses Tríplice bacteriana 1º Reforço Difteria, tétano e coqueluche 
Poliomielite oral Reforço Poliomielite (paralisia infantil) 
Meningocócica C Reforço Meningite tipo C 
4 anos Tríplice bacteriana 2º Reforço Difteria, tétano e coqueluche 
Tríplice viral 2ª dose Sarampo, rubéola e caxumba 
10 anos Febre amarela Uma dose a cada 
10 anos 
Febre amarela 
CAMPANHAS NACIONAIS DE VACINAÇÃO INFANTIL 
Menores de 5 anos Vacina oral de poliomielite 
De 6 meses a menores de 2 anos Vacina influenza (gripe) 
 
 
 
 
24 
 
Calendário de vacinação (De 11 aos 19 anos de idade) 
IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS 
De 11 a 19 anos (na primeira visita ao serviço de saúde) Hepatite B 1ª dose Contra Hepatite B 
dT (Dupla tipo adulto) Reforço Contra Difteria eTétano 
Febre amarela Reforço Contra Febre Amarela 
SRC (Tríplice viral) Dose única Contra Sarampo, Caxumba e Rubéola 
1 mês após a 1ª dose contra Hepatite B Hepatite B 2ª dose Contra Hepatite B 
6 meses após a 1ª dose contra Hepatite B Hepatite B 3ª dose Contra Hepatite B 
2 meses após a 1ª dose contra Difteria e Tétano dT (Dupla tipo adulto) 2ª dose Contra Difteria eTétano 
4 meses após a 1ª dose contra Difteria e Tétano dT (Dupla tipo adulto) 3ª dose Contra Difteria eTétano 
a cada 10 anos, por toda a vida dT (Dupla tipoadulto) Reforço Contra Difteria eTétano 
Febre amarela Reforço 
 
OBSERVAÇÕES: 
1. A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se 
constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose. 
2. É possível administrar a primeira dose da vacina oral de rotavírus humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias de idade (6 a 14 semanas de vida). 
3. É possível administrar a segunda dose da vacina oral de rotavírus humano a partir de 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas de vida). 
O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas. 
25 
 
4. A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 9 meses de idade, que residam ou que irão viajar para área endêmica (estados: AP, 
TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco 
potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra febre amarela 10 (dez) dias antes da viagem. 
5. Adolescente que não tiver comprovação de vacina anterior, seguir este esquema. Se apresentar documentação com esquema incompleto, completar o 
esquema já iniciado. 
6. Adolescente que já recebeu anteriormente 03 (três) doses ou mais das vacinas DTP, DT ou dT, aplicar uma dose de reforço. É necessário doses de reforço da 
vacina a cada 10 anos. Em caso de ferimentos graves, antecipar a dose de reforço para 5 anos após a última dose. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 
dias. 
7. Adolescente que resida ou que for viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns 
municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Em viagem para essas áreas, 
vacinar 10 (dez) dias antes da viagem. 
8. Adolescente que tiver duas doses da vacina tríplice Viral (SCR) devidamente comprovada no cartão de vacinação, não precisa receber esta dose. 
9. Adolescente grávida, que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 5 (cinco) anos, precisa receber uma dose de reforço. A dose 
deve ser aplicada no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose de reforço deve ser antecipada para cinco anos 
após a última dose.

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