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As relações humanas e sua direta ligação com o sucesso organizacional das instituições Para a saúde organizacional de uma empresa, faz-se absolutamente indispensável entender que o que são os grupos, como eles se comportam coletivamente e o que isso reflete em um dado problema profissional. Deste modo, precisamos entender que, para que uma equipe de comporte e se comprometa como tal, é necessário a compreensão de alguns requisitos, segundo Albuquerque e Palácios (2004): (a) quanto menor for o número de seus membros; (b) quanto maior for a interação entre os seus membros; (c) quanto maior for a sua história; (d) quanto mais a perspectiva de um futuro partilhado seja percebida pelos seus membros. No case apresentado, João é um indivíduo que pensa de forma singular, tem uma ambição não saudável, acreditando que o seu sucesso profissional anda de forma totalmente isolada aos demais membros da equipe, mostrando autoritarismo, e por vezes, falta de ética em sua conduta profissional para com os seus colegas e gerencia. O fato é que João é extremamente competente no domínio técnico dos produtos, emprega ótima gestão nos dados projetos oferecidos aos clientes da empresa e excelente capacidade analítica referente a redução de consumo de energia e tempo. Por mais que João apresentasse qualidades enriquecedoras no gerenciamento dos projetos, a forma anti ética a qual ele de comportava, a médio e longo prazo, trariam verdadeiros estragos à instituição, dado que João exigiu a diretoria da empresa que lhe desse a promoção, mesmo que isso acarretasse a demissão de Simplício, seu gerente, deixando Jorge, o diretor em uma situação constrangedora e desnecessária. O fato é que João é um excelente funcionário, tem alta performance em seus projetos e deixa claro que quer ser reconhecido por isso, e seria um desastre para a empresa perde-lo, mesmo que sua personalidade seja agressiva e seus valores um tanto quanto abusivos, sua competência é intrínseca. Como gestora da empresa, aplicaria metodologias para que a permeassem o sucesso da equipe, algo que parece não ser tangível para João, que pensa e age individualmente. A relação do problema está diretamente ligada à união da equipe que não age como tal, podendo ser pelas próprias vivencias pessoais dessas pessoas, especialmente quando: não há nenhum grau de especialização, frente uma situação-problema, grupos apresentam melhores julgamentos do que a média dos indivíduos, agindo de forma isolada; frente a problemas complexos, a solução, em grupo, pode ser manejada através da divisão do compartilhamento da informação, e rateio de tarefas entre os membros do grupo, em geral, os indivíduos, tendem a ter mais sucesso; o risco é aceitável, mesmo havendo forte tendência de as decisões serem extremadas, os grupos dão suporte criativo, inventivo e inovador na consecução das tarefas necessárias para tanto (GRILLETTI, 2017). É interessante observar que, por um lado, a divisão do trabalho evita o “superpoder” de um único funcionário; por outro, assegura a especialização. Por meio da divisão do trabalho, as empresas conseguem definir bem as particularidades de seus processos, funções, tarefas etc., com a intenção de se obter um excelente funcionamento, alcançando maior eficiência e eficácia no desempenho das atividades. Ainda que cada membro possa ter metas específicas que devam ser atingidas, haverá um objetivo global, da equipe, que é a razão pela qual foi criada e que é compartilhado por todos. A metodologia MASP seria a mais indicada para a crise na equipe, o objetivo desta ferramenta de qualidade é resolver problemas complexos relacionados a serviços, produtos ou processos dentro da empresa. Ela consiste em 8 etapas para o sucesso do grupo: Identificação do problema A primeira etapa consiste em identificar o problema e elaborar o escopo do projeto. Para isso, poderá ser utilizado um histórico de acontecimentos, entendendo seus riscos e perdas, bem como as oportunidades de melhoria para corrigir, prevenir ou mesmo melhorar o desempenho. 2)Observação A coleta de dados é a ação mais importante desta etapa. Após a identificação do problema (ou problemas), os responsáveis pela execução da metodologia devem buscar o máximo de informações sobre ele. Isso inclui a observação do problema sob diversos pontos de vista (variando o local de ocorrência do problema, o indivíduo ou equipe e até a periodicidade). 3)Análise Depois de coletados e validados os dados, é indicado realizar a análise com o uso de outras ferramentas científicas como: Diagrama de Pareto, Diagrama de Dispersão, Histograma e outras. 4)Plano de ação Nesta fase é desenvolvido o plano de ação – a estratégia a ser seguida – para eliminar as causas fundamentais do problema. O documento (plano de ação) a ser elaborado deve conter as soluções, metas a serem atingidas e quais são os índices de controle. Para isso, podem ser utilizadas ferramentas de qualidade como: brainstorming, FMEA, Diagrama de Pareto, Matriz de Custos e outras. 5)Ação É hora de colocar em prática o plano de ação. O primeiro passo é envolver as pessoas que irão executá-lo, por meio de uma comunicação formal. Em seguida, deve-se capacitar os executores responsáveis por cada tarefa proposta e garantir que seguirão conforme o planejado. Por último, deve-se acompanhar as ações em execução para verificar se foram realizadas de forma correta. 6) Verificação de resultados Para a etapa de avaliação da aplicação do plano de ação será preciso comparar o resultado alcançado com o esperado pelas soluções implementadas, verificando quantitativa e qualitativamente a eficácia das ações e seu impacto nos resultados. Isso quer dizer que devem ser comparados o antes e o depois da aplicação do plano, além de listados os efeitos positivos e negativos. Caso alguma das tarefas do plano de ação não tenha atingido o resultado desejado, será preciso avaliar quais foram os motivos para resolver este impedimento. 7)Padronização Todas as ações que foram eficazes na etapa anterior devem se tornar novos métodos de trabalho. Para isso, deve ser feita a padronização da solução ou do processo, a fim de registrar as medidas efetivas. A nova sistemática deve ser transmitida para todas as áreas e equipes envolvidas e a sua utilização acompanhada por sistemas de medição. 8) Conclusão Esta etapa final prevê a revisão do método empregado e o planejamento dos trabalhos futuros aplicando as lições aprendidas. Para isso, será necessária uma última reunião, onde todos os responsáveis na resolução do problema estejam presentes para debater sobre as práticas mais sustentáveis de aplicação da metodologia de resolução de problemas para a melhoria contínua dos processos. Dessa forma, alguns objetivos são destacados para atingir o sucesso da equipe e consequentemente da organização na busca por resultados sustentáveis: O grau de LEALDADE entre osmembros e com o líder da equipe. O nível de CONFIANÇA entre os membros e com o líder da equipe. A quantidade de HABILIDADE empregada pelos membros no alcance de objetivos globais. A forma de COMUNICAÇÃO entre os membros. O estilo de TOMADA DE DECISÕES da equipe. O nível de CONVERGÊNCIA de valores e necessidades de cada membro em relação aos da equipe. A diferença entre o nível de RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL e o nível de RESPONSABILIDADE COLETIVA. Contudo, podemos concluir que a chave do sucesso de uma equipe, seja ela em maior ou menos escala se dá pela capacidade dos membros permearem consonância estratégica, construírem alto grau de entendimento e compreensão das atividades compartilhadas entre eles. JULIANA QUEIROZ GALATE MBA: GESTÃO ESTRATÉGICA DE VENDAS 2/2021
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