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Potencial de ação Introdução: • Toda membrana plasmática tem uma diferença entre os meios extracelular e intracelular • As células possuem características comuns como: contratilidade (promover movimentos), irritabilidade (percepção de estímulos) e excitabilidade elétrica • Impulso elétrico nos neurônios, chamamos de impulso nervoso que é sinônimo de potencial de ação • Potencial de ação surge a partir do distúrbio do potencial de repouso da membrana, gerando uma diferença de carga elétricas nos meios intracelular e extracelular, quando o limiar é ultrapassado e gerasse um impulso nervoso, esse impulso não será mais contido ele se propaga. • Para gerar um impulso nervoso canais iônicos são abertos permitindo a entrada e saída de íons de fora para dentro e vice e versa, levando a uma inversão de carga elétrica entre os meios resultando no potencial de ação. • Potencial de ação = impulso nervoso Organização da membrana plasmática: • Formada por uma bicamada fosfolipídica, onde os fosfolipídios possuem duas regiões: uma cabeça polar (hidrofílico) e uma cauda apolar (hidrofóbico) • Os glicocálix sempre estão na parte da membrana voltada para o meio extracelular • Tem uma estrutura de mosaico fluido com uma permeabilidade seletiva (formando uma barreira) • As estruturas que não atravessam livremente precisam dos canais iônicos ou proteicos: sódio, cloreto, potássio, magnésio entre outros, que passam por meio de difusão facilitada Importante: • O potencial de repouso quando perturbado é degradado o potencial de ação, que nada mais é que a diferença do efluxo e influxo de íons por meio da abertura de canais, o principal é o de sódio e potássio. • Toda vez que temos a geração de uma corrente elétrica, ou seja, a diferença de potencial temos uma voltagem • Meio intracelular geralmente é negativo, pois temos a presença de ânions como o ácido ribonucleico, aminoácidos que em meio aquoso se dissociam deixando o meio mais negativo • Meio extracelular é positivo • Toda vez que temos uma diferença de carga, temos uma diferença de potencial gerando uma corrente elétrica • Temos diferentes potenciais de repouso: - 65mV, -50mV e -70mV – o mais fácil de despolarizar (tornar a membrana positiva internamente) é o menos negativo -50mV • Para gerar um potencial de ação nos canais tenho que atingir um determinado liminar que fica em torno -50 a -55mV – “tudo ou nada” No geral a maior parte dos neurônios se encontram com um potencial de repouso, igual a -65mV Nos neurônios devido a neuroplasticidade, ao gerar estímulos aumentamos a quantidade de detritos e espiculas – aumentando a geração de memória Canais iônicos: • Sódio (Na+) tem uma tendencia natural em querer entrar na membrana e a do potássio (K) é sair devido a diferença de concentração (+ → -), por isso temos canais iônicos que ficam abertos e permitem o influxo (extra para o intra) de sódio e o efluxo (intra para o extra) de potássio • Temos outros canais (de sódio) que ficam fechados e precisam de um estímulo para abrir, sendo voltagem dependente (limiar de abertura em torno de -50mV e -55mV) ou ligante dependente (tem um domínio extracelular que interage com o ligante como: proteína G ou neurotransmissores) Fatores que determinam o potencial de ação: 1. Cargas elétricas entre os meios intracelular e extracelular 2. Gradiente de concentração química Como o potencial de repouso é mantido? Bomba de sódio e potássio • Como temos mais cargas negativas dentro (k+) e positivas fora (Na+) precisamos ter um canal aberto para sódio e outro para potássio, assim com o tempo teremos uma inversão de cargas entre os meios gerando um potencial de ação que se propaga, após a propagação a membrana tende a voltar para seu potencial de repouso devido a bomba de sódio e potássio que coloca 3 sódio (Na+) para fora e 2 potássio(K) para dentro que funciona incansavelmente necessitando de ATP para manter o potencial de repouso Obs: temos outros íons participando, como o cloreto em uma hiperpolarização. Propriedades do potencial de ação (PA) • Potencial de ação: inversão rápida da atividade elétrica da membrana – ele não se altera ao longo de sua transmissão Exemplo: o potencial de ação foi deflagrado devido a um estímulo mecânico e ao pressionar mais o dorso da mão por exemplo, o potencial não aumenta sua amplitude (“pico”) e sim ocorre a geração de novos potenciais, então aumentamos a frequência (eventos por minutos) de disparo – maneira pela qual o SN determina a intensidade da dor sódio potássio Perfil de voltagem da membrana plasmática de um neurônio Resumo do gráfico: a membrana estava em seu potencial de repouso, tivemos um estímulo que gerou a abertura de canais Na+ levando a despolarização devido ao influxo de sódio atingindo um pico positivo de + 30mV e ocorre o fechamento desses canais que demoram abrir novamente, caracterizando o período refratário (abertura lenta dos canais). Após o pico de +30 e fechamento dos canais de Na+ (sódio) temos a abertura dos canais de potássio acarretando a repolarização, esse canal permanece aberto por mais tempo permitindo que a célula se torne negativa de novo ultrapassando o potencial de repouso e ficando muito negativa levando a ação da bomba de sódio e potássio para restabelecer a carga negativa do potencial de repouso. Potenciais de ação (PA) são potenciais elétricos do tipo tudo ou nada, que não diminuem em amplitude, e que permitem que um sinal elétrico viaje longas distâncias (um metro ou mais), para desencadear a liberação do neurotransmissor pelo acoplamento elétrico (excitação-secreção) Fase da Despolarização: Canal de Na+ voltagem- dependente (abre rapidamente e mantém aberto por tempo curto, sendo responsável pela despolarização. Depois fica refratário/inativo até a membrana voltar à voltagem do repouso – período refratário) Fase de Repolarização: Canal de K+ voltagem- dependente (abertura mais lenta em relação ao canal de Na+ e fica mais tempo aberto, responsável pela repolarização) Obs: quanto maior for a área da despolarização mais rápido o potencial de ação se propaga Potencial graduado Tivemos um estímulo que não atingiu o limiar daquele canal, então temos que aumentar a intensidade do estímulo (corrente injetada) e canais serão abertos, gerando uma quantidade de potenciais de acordo com a intensidade do estímulo – quanto maior a frequência maior foi o estímulo aplicado naquele neurônio PPSE (Potencial Pós-Sináptica Excitatório): Capaz de despolarizar a membrana pós-sináptica (excita) a geração do Potencial de Ação- “PEPS” PPSI (Potencial Pós-Sináptica Inibitório): hiperpolariza a membrana pós-sináptica (inibe) a geração do Potencial de Ação - “PIPS BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: Desvendando o sistema nervoso. 4ª ed. • Cap. 3 – A membrana Neuronal no Repouso • Cap. 4 – O potencial de ação
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