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IMUNOLOGIA_Ativação de Linfócitos B, Respostas Imune Adaptativa Humoral (Primária e Secundária), Infecção pelo HIV e técnica ELISA

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IMUNOLOGIA: Ativação de Linfócitos B, Respostas Imune Adaptativa Humoral (Primária e 
Secundária), Infecção pelo HIV e técnica ELISA. 
 
1| Descreva as etapas mais importantes que ocorrem durante a ativação de uma célula B virgem no 
tecido linfoide secundário até a sua diferenciação em plasmócitos e em células de memória. 
 
Resposta: No processo de ativação do linfócito B há a transdução de sinal mediada por receptor Ig 
ligado a sua membrana, destacando-se as imunoglobulinas IgM e IgD, que requer a ligação cruzada 
com duas ou mais moléculas do antígeno ou a repetição dos epítopos ligam-se às imunoglobulinas do 
linfócito. O destaque nesse processo é a capacidade dos componentes polissacarídeos e lipídicos dos 
antígenos de apresentarem epítopos, regiões que o anticorpo reconhece, que se ligarem a diversos 
receptores Ig ao mesmo tempo, o que no caso dos componentes proteicos necessita-se do linfócito T 
auxiliador. Há participação das proteínas Ig-alfa e Ig-beta que formam o complexo receptor da célula 
B (BCR) que apresentam imunorreceptores formados por tirosina. A ligação cruzada promove 
fenômenos de fosforilação como das tirosinas, promovendo segundos sinais e fatores de transcrição 
necessários para as próximas etapas da ativação. 
 
Após a sua ativação ocorre a expansão clonal, uma proliferação célula antígeno-específica, além de 
também poderem produzir uma maior quantidade de anticorpos IgM para secreção, constituindo a 
fase inicial da resposta imune humoral. Segue-se a diferenciação celular em plasmócito capazes de 
secretarem anticorpos. 
 
No caso dos antígenos T-dependentes, ou seja, os antígenos proteicos que não são capazes de ativar 
diversos receptores ao mesmo tempo, há a fagocitose dos antígenos ligados aos receptores, digestão 
intracelular e exibição dos peptídeos de forma que são reconhecidos por células T auxiliares. Há um 
endereçamento bioquímico por meio de quimiocinas específicas que viabilizam o encontro entre os 
linfócitos T e B na periferia do folículo linfoide para apresentação seguida de ativação dos linfócitos 
B. 
2| Explique as diferenças entre uma resposta humoral primária e uma resposta humoral secundária. 
 
Resposta: Na resposta humoral primária os linfócitos B virgens são ativados no tecido linfoide 
secundário, proliferando-se e diferenciando-se em plasmócitos e células de memória. Já na resposta 
humoral secundária há ativação das células de memória de maneira que ela produz uma grande 
quantidade de anticorpos com a frequente troca de classe da cadeia pesada e uma grande 
maturação da sua afinidade, o que é característico das respostas dos anticorpos dependentes de T 
ativadas por antígenos proteicos, já que os linfócitos T auxiliares que viabilizam essa troca de cadeias 
no linfócito B. 
Podemos, portanto, compara aspectos característicos de uma resposta e outra: a primeira pode 
apresentar um atraso de 5 a 10 após a imunização, enquanto na secundária esse período 
corresponde de 1 a 3 dias mesmo, apresentando essa primeira uma menor resposta de pico, onde 
predomina as imunoglobulinas da família M (igM) enquanto na secundária registrar-se um aumento 
relativo de igG e em certas situações IgA e IgE pela troca isotípica da cadeia pesada, sendo essa uma 
resposta com maior maturação da afinidade dos anticorpos do que a primária. 
 
 
3| Explique o mecanismo de infecção pelo HIV, dando ênfase aos tipos de células que são infectadas 
e nas moléculas que participam desta infecção. 
 
Resposta: O vírus do HIV é capaz de infectar as células devida a sua glicoproteína de envelopamento 
(gp) 120 que se liga ao CD4 e a quimiocinas de direcionamento específicas para anatomia dos 
linfócitos T. Após o contato específico, há a fusão da membrana viral com a membrana celular e o 
vírus. O RNA viral é liberado sendo responsável e com o auxílio da enzima transcriptase reversa 
produz moléculas de DNA específico que se integram ao DNA da célula hospedeira assumindo o 
controle do processo de síntese proteica. 
A nível sintomatológico, o quadro de HIV é característico pela sua latência clínica, período 
usualmente assintomático, período importante para imunologia, pois registra-se uma perda 
progressiva da arquitetura das células T CD4+ que são as auxiliadoras ao processo de ativação das 
células B. Apesar de não serem o alvo principal do vírus, os linfócitos T CD8+ citotóxicos apresentam 
uma deficiência em sua resposta diante da necessidade das CD4+ para a eficiência de sua atividade, 
não conseguindo eliminar o vírus. 
 
4| Explique como funciona a resposta imune adaptativa ao HIV e porque ela não consegue mais 
eliminar o vírus com o passar do tempo de infecção. 
 
Resposta: Após a infecção, o vírus consegue se disseminar por diversas células do organismo, entre 
elas as próprias células do sistema imune. A localização anatômica intracelular os protege da 
atividade da resposta imune adaptativa. Segue-se o decaimento geral do recrutamento dos linfócitos 
T, e o vírus consegue se disseminar novamente pelos fluídos corporais, criando ciclos repetitivos de 
infecção, o que geral um enfraquecimento progressivo do organismo. 
O vírus apresenta processos de comprometimento que evitam a própria erradicação. Entre as 
moléculas comprometidas pelo processo de infecção estão os Complexo Principal de 
Histocompatibilidade de classe I (MHC I) que tem sua expressão inibida, dificultando o processo de 
eliminação das células infectadas. Partículas do vírus podem ligar-se aos receptores Fc presente nos 
macrófagos e células dendríticas criando nelas reservatórios adicionais de infecção. Além do próprio 
processo fagocítico dos macrófagos em relação as células infectadas destruídas resultam em um 
maior processo de disseminação do vírus. 
 
5| Quanto à anafilaxia sistêmica: 
 
a) Que tipo de hipersensibilidade ela se enquadra? Por quê? 
 
Resposta: A anafilaxia sistêmica enquadra-se nas hipersensibilidades imediatas, a hipersensibilidade 
tipo I, sendo a fase mais severa desse tipo de reação, caracterizada pela queda da pressão devido a 
dilatação vascular, resultando no chamado choque anafilático ou colapso cardiovascular, a presença 
de edemas em diversos tecidos, resultando em obstrução das vias aéreas, constituindo a falta de 
oxigenação. 
 
b) Explique como a anafilaxia sistêmica ocorre (não esqueça de mencionar o local de entrada do 
alérgeno, a principal substância liberada e seus efeitos). 
Resposta: A anafilaxia pode ser induzida por picadas de abelhas, medicamentos como antibióticos e 
consumo de alimentos como mariscos. Ocorre a degranulação dos mastócitos, liberando para os 
tecidos histamina e leucotrienos, além da participação de linfócitos que liberam interleucinas, 
resultando no aumenta de muco, a peristalse/contração do músculo liso, resulta em febre e 
broncoconstrição prolongada devido a afinidade entre os músculos lisos e os produtos de 
leucotrienos; os eosinófilos nesse tipo de hipersensibilidade aumentam e acumulam-se com o muco 
tornando o músculo liso dos brônquios hipertrofiado e hipersensível. 
 
c) Como ela pode ser controlada 
 
Resposta: O tratamento da anafilaxia passa por evitar a degranulação dos mastócitos, causando um 
efeito anti-histaminico, diminuindo a febre e causando o relaxamento dos músculos, utilizando a 
epinefrina. Pode ser utilizado também os corticosteroides para inibir a inflamação. 
6| Sobre a técnica de ELISA: 
 
a) Descreva a técnica de ELISA de captura de anticorpos para detecção de HIV, explicando as 
diferentes etapas. 
Resposta: O ensaio imune enzimático é baseado na especificidade da ligação antígeno-anticorpo, 
utiliza-se o soro de pacientes possivelmente contaminados que tenha gerado anticorpos específicos. 
Utilizando placas com orifícios de microtitulação contendo antígenos de interesse, adiciona-se nelas 
uma quantidade determinada do soro diluído do paciente por meio do uso demicropipeta, caso 
existam anticorpos há a formação da ligação. 
 
Segue-se a etapa de lavagem, retirando os anticorpos que não reagiram, e adiciona-se os anticorpos 
conjugados, reagindo com o anticorpo do paciente testado, e uma enzima, usualmente a peroxidase, 
que ao adicionar um substrato específico, gera uma reação colorida. 
Por meio da espectrofotometria da reação colorida, analisando a intensidade da cor mensura-se a 
quantidade de anticorpos presentes no soro coletado. Uma grande quantidade significa que naquele 
momento presente do teste o organismo do paciente está realizando a sua resposta imunológica 
humoral. Já com uma menor quantidade, simboliza uma menor atividade imune. 
 
b) O que seria necessário alterar nesse exame para a detecção de anticorpos contra Sars-Cov 2 
Resposta: O uso de antígenos ou epítopos de Sars-Cov-2 e o desenvolvimento de anticorpos 
reagentes com os anticorpos anti-Sars, assim como os substratos adequados que serão empregados 
para a efetiva reação com as enzimas conjugadas.

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