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Caroline Lima Pires GENÉTICA – REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA (RESUMO PARA PROVA) 1. INTRODUÇÃO: O aumento ou a diminuição da expressão gênica; Sempre que se referir à expressão gênica, fala-se em RNAm e proteína; Ativar ou inativar genes para evitar sintomatologia de determinadas doenças; Existem mecanismos de regulação da expressão gênica para ativação e inativação de genes específicos, muitas vezes, entretanto, esses mecanismos falham e tem-se a importâncias de adentrar com os fármacos para tratamento. 2. REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA EM EUCARIOTOS: Nos eucariotos os eventos de transcrição e tradução são separados espacialmente (transcrição no núcleo e tradução no citoplasma). Nas bactérias esses processos ocorrem simultaneamente e no mesmo compartimento; Eucariotos possuem proteínas regulatórias maiores e mais complexas, quando comparadas aos procariotos; O acesso aos promotores (regiões próximas ao gene) é restrito pela estrutura da cromatina (devido à complexidade); Promotores de eucariotos são intrinsecamente inativos: não ocorre início de transcrição na ausência de proteínas acessórias. Só se ativam se acordo com a necessidade. Em qualquer uma das etapas de produção de RNA e de produção de proteína, tem-se a possibilidade de fazer essas interferências. Regulação espacial: Diferentes tipos celulares em um mesmo organismo. É uma regulação que depende do local/espaço que a célula ocupa dentro de um organismo. Regulação temporal: Genes diferentes expressos em tempos diferentes em resposta a sinais biológicos ou estímulos ambientais. É uma regulação que depende da necessidade/momento em que a célula se encontra. 3. PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO: A proteína ativadora do gene liga-se a cromatina – complexo de remodelagem da cromatina – Remodelagem da cromatina – enzimas modificadoras de histonas – Modificação covalente de histonas – outras proteínas ativadoras – Proteínas ativadoras adicionais ligam-se a região regulatória do gene – fatores gerais de transcrição do RNA polimerase – Montagem do complexo de pré-iniciação no promotor – outras proteínas ativadoras/rearranjo das proteínas no complexo de pré-iniciação – Inicio da transcrição. Histonas: São proteínas que enovelam o material genético. Elas vão ser modificadas de maneira covalente através de mecanismos de acetilação (adição de um grupo acetil) e metilação (adição de um grupo metil). Após isso, irá haver uma mudança nas histonas de forma covalente, o que irá permitir o desenovelamento do DNA ao redor dela. Normalmente as histonas estão desacetiladas. Nem todo o material genético é desenovelado, porque a transcrição ocorre em genes e momentos específicos. Desnaturar é quebrar a dupla fita e, nesse caso, só fez desenrolar a fita, então, não é desnaturação ainda que ocorre. Nem toda região de DNA é codificante. 4. PROMOTOR GÊNICO: Região que serve para ancoragem e recrutamento dos fatores transcricionais. Ocorre um posterior processo de transcrição Essa região apresenta uma sequência consensual (sequência que se repete para todos os genes) de nucleotídeos que facilita a chegada dos fatores transcricionais e da própria enzima. Caroline Lima Pires 5. FATORES DE TRANSCRIÇÃO: São moléculas protéicas que vão ajudar a polimerase (nesse caso a RNA polimerase) para executar o processo transcricional; São fundamentais em todos os promotores para que a transcrição seja iniciada; São importantes no posicionamento correto da RNA polimerase II sobre os promotores; Atuam na separação das fitas de DNA; Liberação da RNA polimerase II da região promotora. 6. COMPLEXO PRÉ-TRANSCRICIONAL: Há um reconhecimento da região TATA box pela proteína TBP. Ao reconhecer ela se liga induzindo uma mudança conformacional (curvatura) na estrutura do DNA, e aí terá o recrutamento de outros fatores transcricionais. A modificação na estrutura do DNA, RNA, morfologicamente falando, é fundamental para que se tenha uma aproximação das proteínas regulatórias. 7. ATIVAÇÃO DA TRANSCRIÇÃO EM EUCARIOTOS: Enhancers, acenturadores ou intensificadores: São regiões não codificantes (regiões intronicas com importante papel regulatório). Elas podem aumentar ou diminuir a expressão gênica. Vão regular positivamente esse processo. Os ativadores se ligam aos intensificadores e juntos vão potencializar a expressão do gene. 8. LIGAÇÃO COMPETITIVA AO DNA: A competição vai ser pelo sitio de ativação, entre a molécula ativadora e a inibidora. 9. SUPERFÍCIE DE ATIVAÇÃO OCLUÍDA: Ativação de uma proteína “ativadora”. Essa proteína tem alguns domínios específicos, um deles é o domínio catalítico; quando ele é bloqueado pela proteína repressora, o processo de aumento da transcrição do gene é interrompido, essas proteínas, no caso da imagem, não competiram pela ligação ao DNA, mas a superfície de ativação foi bloqueada pela proteína repressora. Mesmo se ligando ao DNA, a proteína ativadora não vai conseguir induzir o processo transcricional, porque sua superfície catalíca está bloqueada. 10. INTERAÇÃO DIRETA COM FATORES TRANSCRICIONAIS: Com a dobra do DNA, vai haver uma aproximação da região promotora e dos fatores de transcrição, que irão se ligar. Isso vai bloquear o processo transcricional, pois ela é uma proteína repressora/inibitória. 11. REGULAÇÃO DOS GENES HEAT-SHOCK EM DROSOPHILA: Existem outras formas de se fazer expressão da regulação gênica. Por exemplo, com estímulos ambientais e biológicos. Os genes heat-shock são aqueles que se ativam em resposta a uma modificação muito drástica da temperatura. Alguns genes (ex.: hsp70 gene), quando há essa mudança brusca na temperatura, são super expressos. A primeira coisa que a célula faz, ao passar por uma mudança brusca de temperatura, é produzir chaperonas (que fazem o enovelamento da proteína para que ela fique funcional), pois com as chaperonas produzidas, ela pode começar a sintetizar outras proteínas que vão poder ser enoveladas. 12. REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA POR HORMÔNIOS ESTEROIDES: Estrogênio, progesterona, testosterona e glicocorticoides; Caroline Lima Pires São hormônios que conseguem atravessar a bicamada lipídica, porque são lipofílicos e possuem receptor intracelular – eles se ligam a esses receptores e são translocados para o núcleo da célula. 13. REPRESSÃO DA TRANSCRIÇÃO EM EUCARIOTOS: Acontece na tradução, onde consegue bloquear a ação dos ribossomos e a parada da síntese de proteínas; Forma mais comum: ligação de repressores de tradução ao RNAm. Ex: Síntese de hemoglobina nos eritrócitos. 14. REGULAÇÃO MEDIADA POR PEQUENOS RNAS: Atuam bloqueando a expressão gênica e acabam sendo guia de estudo para algumas patologias, quando se quer reduzir a expressão de determinado gene; Para evitar o gasto energético pode-se degradar o RNA, e percebeu-se que esse mecanismo de degradação do RNA é um mecanismo natural induzido pelos micro RNAs e RNAs de interferência (miRNAs (micro) ou siRNAs (pequenos); Mecanismo de regulação pós-transcricional (RNAm). Funciona como a união da sequência que se quer bloquear com um desses RNAs regulatórios.
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