Buscar

AVALIAÇÃO CLÍNICA E COMPLEMENTAR DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AVALIAÇÃO CLÍNICA E COMPLEMENTAR DA HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 Avaliação clínica e complementar 
 Os principais objetivos da avaliação clínica e laboratorial são: confirmar o diagnóstico de HÁ por 
medição da PA, identificação dos FRCV, pesquisa de LOAS (sejam elas subclínicas ou clinicamente 
manifestas), pesquisa da presença de outras doenças associadas, estratificação de risco CV global e avaliação 
de indícios para a suspeita de HÁ secundária. Atingir essas metas permite o diagnóstico correto da HÁ e seu 
prognóstico, possibilitando a escolha da melhor terapêutica para o paciente. 
➔ Anamnese: deve-se obter a história clínica completa com perguntas sobre o tempo de diagnóstico, 
evolução e tratamento prévio. As informações sobre a história familiar são fundamentais para aumentar a 
certeza do diagnóstico de HÁ primária. O paciente deve ser interrogado sobre fatores de riscos (FR) 
específicos para DCV, comorbidades, aspectos socioeconômicos e estilo de vida, além do uso prévio e 
atual de medicamentos ou outras substâncias que possam interferir na medição da PA e/ou no tratamento 
da HÁ. Da mesma forma, devem ser pesquisados indícios que sugiram uma causa secundária para a HÁ. 
➔ Exame físico: PA deve ser medida com a técnica adequada. Dados antropométricos, como peso, altura 
(para cálculo do IMC), circunferência abdominal (CA) e frequência cardíaca (FC), devem ser registrados. 
A avaliação deve englobar palpação e ausculta do coração, carótidas e pulsos, medida do índice 
tornozelobraquial (ITB) e realização da fundoscopia. Para o cálculo do ITB, utiliza-se a medição da PAS 
no braço e no tornozelo, em ambos os lados. Define-se como normal uma relação PAS braço/PAS 
tornozelo acima de 0,90, definindo-se a presença de DAP como: leve, se a relação é 0,71 – 0,90; moderada, 
0,41- 0,70; e grave 0,00 – 0,40. 
 
➔ Investigação laboratorial básica, avaliação de lesões subclínicas e clínicas em órgãos-alvo: a avaliação 
complementar tem como objetivo detectar lesões subclínicas ou clínicas em órgãos-alvo, no sentido de 
melhorar a estratificação de risco CV. Para a estratificação do risco CV global, deverão ser levados em 
conta os FR clássicos, assim como novos FR que foram identificados. Entre os novos FR destacam-se a 
glicemia de jejum entre 100mg/dl e 125mg/dl, hemoglobina glicada anormal, obesidade abdominal 
(síndrome metabólica), PP (PAS-PAD) maior que 65mmHg em idosos, história de pré-eclâmpsia e história 
familiar de HÁ (em pacientes hipertensos limítrofes). A avaliação laboratorial deve fazer parte da rotina 
inicial de todo paciente hipertenso, utilizando o cálculo da depuração de creatinina e do ritmo de filtração 
glomerular estimado (RFG-e). 
 
Estratificação de risco cardiovascular 
 O risco CV global deve ser avaliado em cada indivíduo hipertenso, pois auxilia na decisão terapêutica 
e permite uma análise prognóstica. A identificação dos indivíduos hipertensos que estão mais predispostos às 
complicações CV, especialmente infarto do miocárdio e AVE, é fundamental para uma orientação terapêutica 
mais agressiva. Diversos algoritmos e escores de risco baseados em estudos populacionais foram criados nas 
últimas décadas, mas, considerando a ausência de dados brasileiros para uma avaliação mais precisa do risco 
CV na nossa população, deve-se evitar o uso de um único escore de risco para basear as decisões terapêuticas. 
Modelos multifatoriais de estratificação de risco podem ser utilizados para uma classificação de risco 
individual mais precisa. Informar ao paciente os seus FR pode melhorar a eficiência das medidas 
farmacológicas e não-farmacológicas para redução do risco global. Estimar indicadores e utilizar termos 
relacionados ao envelhecimento, como “idade vascular” ou “idade cardiometabólica”, também podem auxiliar 
na estratégia para modificação dos FR. Na prática clínica, a estratificação do risco CV no paciente hipertenso 
pode ser baseada em duas estratégias diferentes. Na primeira, o objetivo da avaliação é determinar o risco 
global diretamente relacionado à hipertensão. Nesse caso, a classificação do risco depende dos níveis da PA, 
dos fatores de risco associados, das LOAS e da presença de DCV ou doença renal. Na segunda estratégia, o 
objetivo é determinar o risco de um indivíduo desenvolver DCV em geral nos próximos 10 anos, já que a HÁ 
é o principal FRCV. 
 
 A estratificação do risco cardiovascular global é baseada em três etapas: 
➔ Identificação da presença de doença aterosclerótica: clinicamente evidente ou na forma subclínica, ou de 
seus equivalentes como DM e DRC. Se positiva, o indivíduo é imediatamente classificado como de alto 
risco, pois a chance de apresentar um primeiro ou um novo evento CV em 10 anos é superior a 20%. 
➔ Análise do escore de risco global: quando o indivíduo não se enquadra em nenhuma das condições da 
etapa 1, a próxima fase deve ser estimativa do Escore de Risco Global (ERG). Esse algoritmo estima o 
risco de o indivíduo apresentar um evento CV (DAC, AVE, DAP, IC) em 10 anos. A distribuição dos 
pontos e percentual de risco é diferenciada para mulheres e homens. Quando o ERG fica abaixo de 5%, o 
paciente é classificado como baixo risco, exceto aqueles com história familiar de doença CV prematura, 
sendo reclassificado para risco intermediário. Homens com ERG entre 5 e 20% e mulheres com ERG entre 
5 e 10% também são inicialmente considerados de risco intermediário. São considerados de alto risco os 
homens com ERG > 20% e as mulheres com ERG > 10%. 
➔ Reclassificação do risco conforme presença de fatores agravantes: pacientes de risco intermediário que 
apresentam quaisquer fatores agravantes são reclassificados para alto risco. Os critérios utilizados no 
diagnóstico de SM são importantes.

Outros materiais