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radiologia do TGI

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Clínica Complementar ao Diagnóstico 2 Camilla Teotonio Pereira 
RADIOLOGIA DA CAVIDADE ABDOMINAL E SISTEMA DIGESTÓRIO 
Exame fácil de ser executado. 
Interpretação necessita qualidade técnica e grande 
conhecimento. 
Avaliação de abdômen necessita de USG. 
Radiologia importante complemento. 
Rx: gás. 
USG: líquido / sem gás (reverbera – cortina branca). 
 
SITUAÇÕES FAVORAVEIS 
Avaliação panorâmica da cavidade abdominal.Ex: 
contagem de fetos. 
Imagens evidenciadas pela presença de gases. 
SITUAÇÕES DESFAVORAVEIS 
 Animais caquéticos e filhotes não tem gordura no 
abdomên. 
Predomínio de líquidos em lúmen intesinal 
(radiopacidade água) – bom para USG. 
Presença de líquido livre em cavidade (ascite – 
radiopacidade água) – bom para USG. 
Radiopacidade gordura é cinza ecura que realça as 
estruturas pela diferença de radiopacides água e 
gordura. Outras radiopacidades como água (cinza claro), 
ar (preto) e osso (branco). 
 
Animal caquético e filhote não tiveram tempo de 
armazenar gordura no abdomêm. 
 
Animal senil (bico de papagaio) com ascite. 
 
 
Pneumoperitoneo é evidência da parede das alças 
intestinais contém conteúdo gasoso dentro das alças 
intestinais e cavidade abdominal. 
Causas: trauma com ruptura de órgãos ocos (estômago e 
alças intestinais), pós operatório (laparoscopia) e 
exposição de órgão para meio externo. 
Péssimo para exame USG. 
Descrição: presença de conteúdo gasoso no abdômen. 
EXAME CONTRASTADO 
Estudo gastrointestinal superior do transito 
gastrointestinal e caiu em desuso devido o USG. 
Preparo 
 
Avaliar o tempo de esvaziamento gástrico 
 
ESTÔMAGO 
TOPOGRAFIA 
Gato mais laterizado a esquerda. 
Cão dividido mais para esquerda e pouca na parte 
medial e laterizado para direita. 
 
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS NORMAIS 
Presença de gás sempre seja pouco ou muito sempre 
fica localizado para cima independentemente da 
posição do animal. 
 
 
A posição do animal ajuda a relocar o conteúdo 
gasoso para realçar as estruturas desejadas. 
 
Projeção LLD o estômago realça as estruturas de 
corpo e fundo na forma alongado. 
Projeção LLE o estômago realça as estruturas de 
antro e piloro na forma de redondo. 
CORPO ESTRANHO 
Objetos radiopacos (branco) fácil visualização. 
 
Presença de CE gástrico localizado na região de antro 
e piloro. 
Alguns CE após um tempo em contato com suco 
gástrico ficam duros e parede do objeto fica mais 
radiopaco. 
 
CE gástrico – pedra. 
 
Projeção VD presença de CE delgado. 
No hemitórax esquerdo observa presença de 
conteúdo alimentar (gás e estrutura heterógena) e não 
indicado a endoscopia, pois não consegue diferenciar 
o conteúdo alimentar do CE. 
Conduta esperar um dia para realizar e radiografar 
novamente para localizar o CE. Se estiver no 
estômago pode fazer endoscopia, caso ao contrário 
localizado nas alças intestinais pode esperar sair 
naturalmente ou cirurgia. 
 
Bulldog característico hemivertebra 
Conduta cirúrgica. 
 
CE pontiagudo pode romper estruturas e causar 
pneumoperitoneo. Neste casos não ocorreu. 
Normalmente acompanhado por CE linear (linha) e 
pode causar obstrução intestinal – mais grave. 
Conduta cirurgia ou esperar sair normal. 
DILATAÇÃO / TORÇÃO GÁSTRICA 
Dilatação gástrica dilatação anormal por ingesta, 
fluido ou gás. 
Torção gástrica distensão de estômago por ar ou 
líquido com alteração na topografia do piloro e região 
fundo. Também, contém linha de 
compartimentalização e esplenomegalia por 
congestão e a torção concomitante. Caso de urgência. 
 
Dilatação gástrica. 
 
Torção gástrica visualização da linha de 
compartimentalização. 
Quando gera compressão de grandes vasos, gera 
radicais livres presos nos vasos. Na descompressão 
do estômago os radicais livres são liberados na 
corrente sanguínea, ou seja, quando mais tempo 
permanece torcido mais radicais livres são produzidos 
e na descompressão há liberação e pior prognóstico. 
Comum colocar cateter no estômago para liberar o 
gás depois da radiografia para diagnosticar quando 
está no hospital. 
Na cirurgia faz gastropexia para fixar o estômago à 
parede abdominal. 
NEOPLASIA GÁSTRICA 
Espessamento da parede gástrica numa área focal. 
USG: perda da diferenciação das camadas. 
 
Observa-se aumento no estômago descolando outras 
estruturas abdominais dorsocaudal. 
 
Exame contrastado observa-se falha de 
preenchimento na região fundo e corpo gástrico. 
INTESTINO DELGADO 
 
ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS 
Alteração de topografia ou de distribuição normal 
distribuição de forma homogenia em todo abdômen. 
Dilatação luminal (diâmetro não uniforme) ≠ entre 
os diâmetros das alças intestinais. Normal 0,5cm e 
tolerável até 0,45 e 0,55cm. 
Alterações de radiopacidade e Deslocamentos 
(hérnias). 
DOENÇAS OBSTRUTIVAS 
≠ significativa entre tamanho dos diâmetros anteriores 
e posteriores indica dilatação luminal. 
 
 
CORPOS ESTRANHOS 
Radiopacos ou transparentes, lineares ou não lineares. 
 
Dilatação luminal causada por CE radiopaco não 
linear. 
 
Aparentemente não tem sinal de obstrução. 
Técnica de compressão abdominal uso de objeto 
radiotransparente (colher de pau, bandagem, 
prancheta) clareia a imagem e tem deslocamento das 
alças intestinais. 
CE linear normalmente fica preso no freio da língua e 
caracterizado pelo plissamento de alça intestinal 
(corrugada) e gera processo obstrutivo. Se estiver 
preso na alça intestinal não puxar, pois pode romper a 
alça e extravasar conteúdo intestinal para cavidade 
abdominal. Diagnóstico definitivo é USG. 
 
Exame contrastado deixou se ser utilizado. 
 
CE linear pelo plissamento das alças intestinais. 
 
Alteração de distribuição com aglomerado de alças 
intestinais. 
Faz pensar em CE linear para diagnóstico definitivo 
USG. Outras causas são aderências. 
 
INTUSSUSCEPÇÃO 
Englobamento de alça intestinal em outra. 
Causas: aumento do peristaltismo (diarreia intensa por 
parvovirose) ou processo obstrutivo. 
O animal anestesiado acontece relaxamento muscular 
que pode desfazer a intussuscepção. 
Diagnóstico definitivo USG. 
 
 
Exame contrastado caiu em desuso. 
 
USG segmento intestinal com aspecto multicamadas. 
 
 
CE forma sombra acústica que causou 
intussuscepção. 
 
HÉRNIA (ENCARCERAMENTO INTESTINAL) 
Hérnia umbilical (+ comum), inguinal ou incisional 
(secundário à cirurgia). 
Estrangulamento do anel hernial causa processo 
obstrutivo das alças intestinais (incomum). 
Sintoma de êmese fecaloide indica estrangulamento. 
Quanto maior o anel hernial menor chance de 
obstrução. 
 
Presença de passagem do colón com conteúdo fecal. 
 
NEOPLASIAS 
USG 
 
Espessamento de parede e consegue identificar as 
camadas indica processo inflamatório. 
 
 
 
 
 
INTESTINO GROSSO 
Exame simples nas projeções LL e VD. 
Exame contrastados 
 
O diâmetro 3x maior comparado ID. 
 
Colón ascendente, transverso, descendente e reto. 
CORPOS ESTRANHOS 
 
CE linear no colón. Tomar cuidado na hora de não 
espetar e normalmente acompanhado com linha. 
FECALOMA (RETENSÃO FECAL) 
Conteúdo fecal de alta radiopacidade. 
Pode ter fecaloma sem megacólon. 
Quanto mais tempo o conteúdo fecal ficar no cólon 
mais líquido vai ser absorvido, deixando o conteúdo 
fecal mais duro. 
 
Megacólon dilatação cólon causado por fecaloma. 
Imagem 2: fratura de coxal causa estreitamento de 
pelve gerando dor. Animal retém as fezes causando 
fecaloma e posteriormente megacólon. 
Ex: animal com problema de coluna, displasicos ou 
neoplasia retal faz retenção fecal, pois não faz posição 
de defecar e causa fecaloma e depois megacólon.

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