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ESTUDO RADIOGRÁFICO DO ABDÔMEN

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ESTUDO RADIOGRÁFICO DO ABDÔMEN 
 A visualização depende de diversos fatores, como 
 a diferença entre a opacidade entre os órgãos, 
 quantidade de gordura visceral (auxilia no 
 contraste do abdômen); 
 Conteúdo de gordura no mesentério e omento está 
 diretamente relacionado com a evidenciação dos órgãos 
 parenquimatosos; em um animal com pouca gordura, há 
 menor evidenciação das margens serosas; 
 Fatores que influenciam: a técnica utilizada, contenção 
 do animal (não tracionar os membros), projeções (LL/VD), 
 preparo; uso de contraste positivo (sulfato de bário ou 
 iodo) e negativo (ar), podendo também fazer duplo 
 contraste; 
 ESÔFAGO 
 Idealmente projetado nos planos LL e VD; 
 radiografia simples, sendo visível parcialmente; 
 necessita-se de um estudo contrastado com 
 sulfato de bário (3-5 mL/kg); 
 O esofagograma é indicado quando há sinais 
 como regurgitação e vômito persistente; e 
 contraindicado quando há suspeita de ruptura; 
 Principais alterações 
 DILATAÇÃO ESOFÁGICA: porção dilatada do 
 esogago (extensao depende da causa); geralmente 
 relacionadas a um processo obstrutivo mais 
 crônico, ou pela hipomotilidade (megaesôfago); 
 Causada por anomalias do anel vascular, estenoses, 
 megaesôfago, corpos estranhos e obstruções; 
 Sinais clínicos: regurgitação, tosse (pneumonia aspirativa) 
 e/ou subdesenvolvimento; 
 MEGAESÔFAGO: podendo ser congênito/primário, 
 caracterizado por uma alteração na inervação 
 vagal, acarretando uma hipomotilidade e dilatação 
 generalizada do esôfago; ou adquirido/secundario, 
 onde o esofago é dilatado por falta de 
 peristaltismo, comum em animais de meia-idade a 
 idosos; um achado associado bastante comum é a 
 pneumonia; 
 Alterações radiográficas: 
 no plano LL, é possível 
 visualizar o esôfago 
 dilatado com ar, líquido, 
 alimento ou mistura deles; 
 se a dilatação for extensa, observa-se a traqueia e coração 
 deslocados; 
 No exame contrastado, é possível observar a dimensão da 
 dilatação; 
 ANOMALIAS DO ANEL VASCULAR: geralmente 
 causado pela persistência do arco aórtico direito; 
 há uma dilatação esofágica cranial (a base do 
 coração) ao ponto de 
 obstrução (estenose); sinais 
 clínicos normalmente após o 
 desmame; 
 CORPO ESTRANHO ESOFÁGICO: corpos estranhos 
 intraluminais radiolucentes ou radiopacos (sendo 
 o mais comum no esôfago torácico (base do 
 coração); 
 Alterações radiográficas: se radiopacos, realiza-se 
 radiografia simples; visualiza-se o ar ou líquido 
 cranialmente quando há 
 obstrução completa; se 
 radiotransparente, realiza-se 
 esofagograma (delineado pelo 
 contraste); 
 ESTENOSE: diminuição no lúmen esofágico, por 
 compressão intrínseca, por refluxo ou lesão na 
 mucosa (processos cicatriciais); ou compressão 
 extrínseca, por massas no interior do pescoço e 
 tórax que causam pressão no esofago; 
 Alterações radiográficas: opacidade aumentada (massa), e 
 presença de ar cranial à compressão; 
 ESTÔMAGO 
 Bolhas gástricas são visíveis nos planos LLD/LLE, 
 no plano direito (dorsal) e esquerdo (ventral); os 
 estudos contrastados (sulfato de bário de 5-10 
 mL/kg) são bastante frequentes; 
 Principais alterações 
 CORPO ESTRANHO: podendo ser radiopaco ou 
 radiolucente; 
 Sinais clínicos: extremamente variável, podendo 
 ter ausência de sinais, ou causar obstrução do 
 escoamento gástrico, distensão e/ou dor 
 abdominal; 
 SÍNDROME DE DILATAÇÃO VÓLVULO GÁSTRICO : 
 aumento de volume gástrico (relacionado a 
 presença de gás no estômago (jejum prolongado); 
 onde o estômago distendido gira sobre seu eixo 
 (causando alterações sistêmicas); predisponentes 
 em animais grandes e gigantes; rápida ingestão de 
 alimento e exercício após a alimentação 
 (aerofagia); 
 Sinais clínicos: dor aguda e prostração súbita, 
 sinais de choque e som timpânico a percussão; 
 Alterações radiográficas: estômago repleto por gás, linha 
 de compartimentalização, esplenomegalia, deslocamento 
 caudal de alças, pneumoperitônio (ruptura); 
 NEOPLASIAS: são incomuns; podendo ser 
 primarias ou secundarias (massas adjacentes que 
 invadem a mucosa); presença de emese ou 
 hematêmese; 
 Alterações radiográficas: espessamento da parede 
 gástrica, presença de massa intraluminal, bolha gástrica é 
 vista parcialmente e falha no preenchimento do estômago 
 pelo contraste; 
 INTESTINO DELGADO 
 Não é possível avaliar o lúmen sem contraste; 
 observa-se o conteúdo e a distribuição das alças; 
 Contraste: trânsito gastrointestinal (2 a 4 horas), utiliza-se 
 sulfato de bário de 6-12 ml/kg (cao) e 12-16 ml/kg (gato), 
 realizando radiografias seriadas a cada 30 minutos; 
 Principais alterações 
 OBSTRUÇÃO: pode ser congênita, hérnias, corpos 
 estranhos, pos-operatorio ou neoplasias; 
 obstrução por corpos estranhos podem ser 
 radiolucentes ou radiopacos; 
 Sinais clínicos: diarréia, anorexia, dor e distensão 
 abdominal; 
 Atenção a conformidade do corpo estranho, podendo ser: 
 linear (plissamento de alças), perfurantes (peritonite) ou 
 não perfurantes (gás); 
 Alterações radiográficas: distensão notável preenchida 
 por líquido ou gás; alças 
 intestinais distendidas e paralelas 
 umas as outras; pode ser uma 
 obstrução total ou parcial; 
 INTUSSUSCEPÇÃO: mais predisponente na junção 
 íleo-cólica; invaginação de uma porção do 
 intestino (intussuscepto) para o interior do 
 segmento de alça distal a ele (intossuscepiente); 
 Normalmente o que leva a este quadro, é a 
 hipermotilidade intestinal, com pacientes com 
 quadros de enterite, parasitismo, intolerância 
 alimentar; sinais clínicos, como a massa palpável, 
 dor abdominal e vômito; 
 Alterações radiológicas: 
 Simples: alças intestinais distendidas por gás cranial a 
 obstrução; presença de massa radiopaca; 
 Contrastada : falha na progressão do contraste (sinal de 
 fio); falha de preenchimento (delimitação de alça dentro da 
 outra); aparência em mole/espira (bário no interior das 
 pregas do intussuscepiente); 
 Quando a suspeita de intussuscepção, podemos realizar o 
 enema baritado (20-30 ml/kg); 
 ENTERITE: pode estar relacionado ao parasitismo, 
 intolerância alimentar, medicamentos ,anej 
 inadequado, infecções; 
 Radiografia simples: gases (não há dilatação das alças); 
 Radiografia contrastada: hipermotilidade, mucosas 
 espessas e irregulares; 
 NEOPLASIA: entre as mais comuns no órgão, estão 
 o adenocarcinoma e linfoma, advindos com um 
 quadro inespecífico de perda de peso, anorexia, 
 ascite, hematoquezia, emese e diarréia; 
 Alterações radiológicas: obstrução, irregularidade de 
 mucosas, falhas no preenchimento e massas radiodensas; 
 INTESTINO GROSSO 
 Possui fezes e gás em seu interior, permitindo uma 
 maior visualização; lumen maior que o delgado; 
 Principais alterações 
 MEGACÓLON: pode ser congênito ou adquirido 
 (obstrução prolongada), caracterizado pela 
 dilatação do cólon; o cólon normal é inferior a 
 extensão da 7ª vértebra lombar; 
 Fecaloma pode estar relacionado, sendo a presença de 
 fezes ressecadas e radiopacas; 
 COLITE: inflamação aguda ou crônica 
 do cólon; relacionada ao tenesmo, 
 hematoquezia e fezes com muco; há 
 ausência de dilatação; 
 Alterações radiológicas: aspecto serrilhado e irregular, 
 enama baritado; nem sempre visivel; 
 FÍGADO 
 Em contatocom o estômago, rim direito e 
 duodeno; o estômago é indicador de lesões 
 hepáticas (deslocamento caudal); o figado 
 normalmente não ultrapassa o rebordo costal; 
 HEPATOMEGALIA: relacionado a lipidose, ICC, 
 neoplasias e hepatite; principal alteração visível 
 ao raio X; é observado o aumento generalizado 
 com arredondamento da 
 margem caudoventral 
 além do arco costal, com o 
 deslocamento de 
 estruturas relacionadas; 
 BAÇO 
 Visualizado pelo plano LL, observamos o abdome 
 ventral, e por VD o abdome cranial esquerdo; seu 
 tamanho é variável; 
 ESPLENOMEGALIA: relacionadas a neoplasias, 
 hematoma, abscesso, parasitismo, toxemia, torção 
 ou linfoma; 
 CAVIDADE PERITONEAL 
 ASCITE: líquido livre na cavidade abdominal; 
 Alterações radiológicas: aumento 
 de radiopacidade da cavidade; 
 perda de detalhe do órgão, 
 aparência de “fundo de piscina"; 
 alças intestinais (ID) flutuando com 
 gás; 
 PERITONITE: inflamação do peritônio, podendo 
 ser localizada ou generalizada; causada por 
 ruptura de órgão abdominal, trauma, ferida 
 penetrante, secundária a pancreatite; 
 Alterações radiológicas: aumento da radiopacidade, perda 
 dos detalhes dos órgãos abdominais e aparência turva do 
 abdome;

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