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Conceitos Básicos de Farmacologia

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[FARMACOLOGIA]
CONCEITOS BÁSICOS DE FARMACOLOGIA
REMÉDIO:Éaquilo que promove alívio ao desconforto, nem todos são comprovados
cientificamente.Não éprescrito pelo médico. Ex: massagem, chá, dar beijo no machucado, etc.
MEDICAMENTO: substância química utilizada para melhorar determinada condição, tem
comprovação cientifica. Éprescrito pelo médico, possuindo as funções de profilaxia, tratamento,
etc. Substância química disponível no mercado para comercialização.
• Medicamento de referência:®, possui patente. Inovador, resultado de anos de pesquisa, o tempo
de patente depende de quão inovador o medicamento ée do quanto foi gasto durante seu
desenvolvimento.
• Medicamento genérico: G, fabricado por outro laboratório que não o que o desenvolveu após a
queda da patente, portanto possui o mesmo principio ativo e o mesmo efeito, no entanto émais
barato pois não precisa compensar pelo o que foi gasto durante a pesquisa.
• Medicamento similiar: não éobrigado a fazer os mesmos teste que os medicamentos de
referência e o genérico. Sua comercialização seráproibida a partir de 2015.
DROGA: substância química que pode ser subdividida em duas categorias, lícita (prescrita como
medicamento) e ilícita (comercialização éproibida), essa substância possui atuação no organismo
conhecida e comprovada cientificamente.
FÁRMACO: substância química cujo papel e emprego como medicamento estáem estudo.
Os termos fármaco e droga podem ser usados como sinônimos.
ORIGEM DOS MEDICAMENTOS:
• Animal - retirados de glândulas ou órgãos de animais. Ex: insulina
• Vegetal - papoula, beladona
• Químicos - sintetizados em laboratório. Ex: AAS
• Mineral - retirados de fontes minerais. Ex: ferro, iodo, cálcio
USO GERAL DOS MEDICAMENTOS
• Reposição - fornecimento de elementos carentes no organismo;
• Profilaxia - prevenção de doença ou infecção;
• Quimioterápicos - combate a infecções e tumores malignos, atuando no organismo invasor;
• Bloqueio temporário de alguma função;
• Correção de uma função orgânica desregulada;
• Agentes auxiliares em diagnóstico;
Ao agir sobre o organismo a droga pode produzir dois efeitos: benéfico ou prejudicial.
FORMAS FARMACÊUTICAS - estado físico no qual o medicamento se apresenta. Essas formas
tem como objetivo facilitar: fracionamento, posologia, conservação, absorção e administração.O
que trás como vantagem: administrar quantidades exatas, adotar medidas de proteção, mascarar
odor-sabor, facilitar a produção e a administração e ajustar o tempo de ação.
DOSE: representa a quantidade de medicamento no local de ação (biofase) necessária para
produzir o efeito desejado. Dose=180mg.
POSOLOGIA: descreve a quantidade de um medicamento que deve ser administrada de uma
sóvez ou de modo fracionado em um determinado intervalo de tempo para que a dose seja
alcançada. Posologia=180mg uma vez ao dia por 15 dias.
MANDAMENTOS PARA O USO E ADMINISTRAÇÃO ADEQUADO DAS DROGAS:
diagnóstico correto, droga certa, dose certa, via de administração certa e horário certo.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
FATORES QUE ORIENTAM A ESCOLHA: propriedades físicas e químicas da droga, local de
ação (local ou generalizado, acessível ou não acessível), velocidade e extensão da absorção da
droga, efeito dos sucos digestivos, efeito de primeira passagem, tempo de resposta, exatidão da
dose (melhores intravenosa e inalatória) e estado do paciente.
ENTERAL (recebe a substância via trato gastrointestinal - sistêmica): oral, bucal, sublingual, retal,
dental, intracanal, etc.
PARENTERAL (sistêmica): intravenosa, intra-arterial, inalatória, intramuscular, subcutânea,
cutânea, intraperitoneal, etc.
TÓPICA (local): inalatória, epidérmica, colírio, gotas otológicas, intranasal, enema, etc.
1. Intravenosa
2. Intradérmica - absorção intermediária
3. Subcutânea - absorção lenta
4. Oral
Quanto maior o tempo de absorção menor a concentração plasmática máxima.
FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA
FARMACOCINÉTICA: trajeto que a droga percorre no organismo atéalcançar o local de ação.
FARMACODINÂMICA: como a droga atua no
organismo.
BIODISPONIBILIDADE
Éa quantidade de droga presente na corrente sanguínea, leva em consideração tanto a absorção
quanto a metabolização.
A distribuição da droga na corrente sanguínea pode ocorrer de duas formas:
1. Livre
2. Ligada a proteína plasmática - quanto maior a afinidade mais difícil a liberação
A biodisponibilidade pode ser classificada como relativa ou absoluta. A biodisponibilidade
absoluta se refere àdroga que étransportada na corrente sanguínea livre. A biodisponibilidade
relativa se refere àdroga que étransportada na corrente sanguínea ligada a proteína plasmática.
Nesse caso o efeito farmacológico depende da força de interação entre a droga e a proteína, uma
vez que quanto mais forte a ligação menor a concentração da droga na corrente sanguínea, logo
mais difícil seráa possibilidade da droga de interagir com o receptor. A força de ligação entre a
droga e a proteína plasmática depende: afinidade, concentração de droga e concentração de
proteína.
As drogas também podem se ligar a proteínas tissulares de modo variado.
ABSORÇÃO
Passagem da droga para a corrente sanguínea.
1ªLEI DE FICK
Define a absorção;
Fatores que interferem na absorção:
V - fluxo de moléculas por unidade de tempo
K - coeficiente de bipartição O/A (lipossolubilidade)
D - coeficiente de difusão (tamanho do princípio ativo)
S - área da membrana (quanto maior a área maior a absorção)
C1 - concentração alta
C2 - concentração baixa
e - espessura da membrana
EQUAÇÃO DE HENDERSON-HASSELBALCH
Relaciona a absorção da droga com a carga
eletrostática da molécula.
ácido fraco base fraca
pH ácido forma não ionizada forma ionizada
pH básico forma ionizada forma não ionizada
"Essa equação se aplica a fármacos tanto ácidos quanto alcalinos. Quanto mais baixo o pH
em relação ao pKa maior seráa fração do fármaco na forma protonada. Como a forma sem
carga éa mais lipossolúvel, a maior parte de um ácido fraco estarána forma lipossolúvel em
pH ácido, ao passo que a maior parte de uma base fraca estarána forma lipossolúvel em pH
alcalino." A forma não ionizada da molécula éa mais lipossolúvel, uma vez que a forma
não ionizada tende a interagir com as moléculas do meio o que dificulta a absorção.
INTERAÇÃO DROGA/RECEPTOR
• D + R - complexo droga-receptor - efeito
• D + R - complexo droga-receptor - molécula efetora - efeito
• D + R - complexo droga-receptor - ativação de molécula de aclopamento - molécula efetora -
efeito
• Inibição do metabolismo de ativador endógeno - ação aumentada do ativador sobre a molécula
efetora - efeito aumentado
A interação entre receptor e droga érealizada por meio de ligações químicas (covalente,
eletrostática e hidrofóbica). Drogas que interagem com seus receptores por meio de ligações fracas
são mais seletivos que drogas que interagem ligações fortes. Quando mais forte a ligação maior a
possibilidade do receptor ser eliminado junto com a droga.
D - R: Complexo droga receptor inativo
D - R*: Complexo droga receptor ativo
a) AFINIDADE - dificuldade ou facilidade que a droga possui para interagir com o receptor e
formar o complexo D-R, ou seja, éa tendência da droga de se ligar ao receptor e, portanto, refere-se
àforça da ligação química. A afinidade se relaciona com o tempo necessário para a droga fazer
efeito e a velocidade com que a interação érealizada. Não pode ser analisada nos gráficos
concentração X efeito, pois nem sempre a resposta farmacológica éproporcional a ocupação dos
receptores.
b) EFICÁCIA - capacidade do complexo D-R após formado de ativar o sistema a que
estáassociado. Esse parâmetro descreve a força do complexo D-R de promover uma resposta.
DROGA AGONISTA
Droga que liga-se ao receptor e o ativa produzindo um efeito direto ou indireto.
• TOTAL - drogas agonistas que quando administrados em concentrações suficientes são capazes
de saturar todos os receptores do sistema, fornecendo resposta farmacológica máxima.
• PARCIAL - drogas agonistas que quando administrando não geram resposta farmacológicamáxima, mesmo que saturem todos os receptores.
• INVERSO - drogas que se ligam ao complexo D-R* e o transforma em complexo D-R, ou seja, a
droga atua sobre um complexo ativo inativando-o. Ex: antihistamínicos, ação profilática.
• MISTO - pode atuar como antagonista dependendo do receptor a que se liga.
Os agonistas parciais inibem de forma competitiva as respostas produzidas pelos agonistas totais.
DROGA ANTAGONISTA
Droga que liga-se ao receptor e deixa-o no estado inativo, competindo e impedindo a ligação de
outras moléculas.
• ANTAGONISTA COMPETITIVO REVERSÍVEL - o grau de inibição depende da
concentração do antagonista e o resposta farmacológica depende da concentração do agonista.
Épreciso que haja antagonista na forma livre para que o efeito possa ser mantido.
• ANTAGONISTA COMPETITIVO IRREVERSÍVEL - a ligação entre o receptor émuito
forte, com isso a ação promovida não depende da velocidade de eliminação do antagonista mas
depende da velocidade de reposição dos receptores. Como o complexo D-R émantido por um
período de tempo considerável, não épreciso que haja antagonista na forma livre para que o efeito
possa ser mantido.
• ANTAGONISTA QUÍMICO - o fármaco interage diretamente com a molécula, impedindo que
ela se ligue aos seus alvos.
• ANTAGONISTA FISIOLÓGICO - fármacos diferentes que ligam-se a receptores distintos e
produzem respostas opostas. Ex: um promove o aumento da PA e o outro, a diminuição.
• ANTAGONISMO
FARMACOCINÉTICO - redução de
modo efetivo da concentração do fármaco
ativo em seu sítio de ação, o que pode
ocorrer de várias maneiras: aumento da
velocidade de degradação, diminuição da
velocidade de absorção e aumento da
velocidade de excreção.
(A) antagonismo competitivo reversível
(B) antagonismo competitivo irreversível
MODULADORES ALOSTÉRICOS -
substâncias químicas que alteram a atividade de um
receptor sem interferir na ligação destes com os
agonistas, aumentando ou diminuindo o efeito
desses. Os modulares se ligam a sítios diferentes
aos dos agonistas.
Eficâcia:
E = 0: não háativação - antagonista
0 > E > 1: háativação parcial - agonista parcial
E = 1: háativação total - agonista total
E < 0: inativação dos complexos ativos - agonista
inverso
Nem sempre a resposta farmacológica máxima énecessária
Agonista total Agonista parcial Antagonista
Afinidade > 1 >1 >1
Eficiência 1 0 < E < 1 0
CURVA DOSE RESPOSTA QUANTAL:
POTÊNCIA: capacidade da droga de atingir 50%
da resposta farmacológica, tem maior potência a
droga que com menor concentração leva a 50% da
resposta.
A "curva dose resposta quantal" éútil para drogas
que possuem efeito tudo ou nada.
Chega a um ponto que mesmo aumentando a dose
a resposta farmacológica não altera. Isso se deve
ao fato de que todos os receptores estão ocupados.
Os fármacos com alta potência geralmente apresentam alta afinidade pelos receptores e,
consequentemente, ocupam uma porcentagem significativa de receptores, mesmo em baixas
concentrações.
AÇÃO FARMACOLÓGICA
O efeito de uma droga depende:
1. Concentração do princípio ativo
2. Formação do complexo D-R*
3. Capacidade da droga em ativar o mecanismo de transdução de sinal e desencadear o efeito.
Efeito: atravessar a membrana plasmática, transporte pelos líquidos corporais, resistir àdegradação
metabólica, penetrar em concentração adequado no local e interagir com o alvo.
TOLERÂNCIA - efetividade terapêutica progressivamente reduzida devido a aumento de seu
próprio metabolismo, o que éconsequência da administração continua do fármaco.
SELETIVIDADE - os fármacos são apenas seletivos, ou seja, ligam-se a um receptor com maior
afinidade do que em outro. A seletividade pode ser mensurada pela comparação das ED50.
CONCENTRAÇÃO MÍNIMA EFETIVA - concentração mínima do fármaco que deve existir na
corrente sanguínea para que se consiga observar o efeito desejado.
MEIA VIDA - tempo gasto para que a concentração plasmática diminua em 50%. Fatores que
interferem na meia vida de uma droga: clearance (fígado e rim), volume de distribuição, individual.
A partir da 5ºmeia vida a droga épraticamente totalmente eliminada do plasma.
DOSE EFETIVA MEDIANA (ED50) - dose na qual 50% dos indivíduos exibem o efeito quantal
específico.
TOXICIDADE - depende da capacidade do fármaco de produzir efeitos tóxicos, o que depende da
natureza química do fármaco. A toxicidade não depende da potência.
DOSE LETAL MEDIANA (LD50) - dose necessária para que o efeito tóxico em 50% dos
indivíduos seja a morte.
DOSE TÓXICA MEDIANA (TD50) - dose necessária àprodução de um efeito tóxico em 50% dos
indivíduos.
ÍNDICE TERAPÊUTICO (LD50/ED50) - correlaciona a dose de um fármaco necessária
àprodução de um efeito desejado com aquela que produz um efeito indesejado.
GRÁFICOS:
Permite avaliar a variabilidade potencial da
capacidade de resposta entre indivíduos.
Margem de segurança = ED50 - LD50
Via oral
Parte ascendente - absorção
Pico - concentração plasmática máxima, igualdade entres as taxas de absorção e excreção
Parte descendente - metabolização e excreção
Área abaixo do gráfico fornece a biodisponibilidade absoluta = área da via oral/ área da via
endovenosa
Eficácia máxima
Tempo de meia vida
Concentração mínima eficaz/Nível plasmático efetivo
Tempo de efeito da droga
Caso a via fosse a endovenosa no gráfico teria caráter
descendente a partir do pico de concentração plasmática máxima, ou seja, não estaria representada
a absorção. Na via endovenosa a dose administrada corresponde ao pico de concentração
plasmática máxima.
DISTRIBUIÇÃO
A distribuição da droga pode ser avaliada pelo volume de distribuição. Vd = dose/ [].
Vd - volume de líquido necessário para abrigar a massa de determinada droga, irácorrelacionar a
massa da droga com a concentração no sangue ou plasma, dependendo do fluído medido.
Éa fração livre no interstício que iráproduzir os efeitos farmacológicos.
Quanto maior Vd maior a quantidade de droga no tecido --- maior efeito --- maior a chance
de toxicidade.
Volume de plasma écerca de 0,05L por quilo corporal.
Volume extracelular écerca de 0,2L por quilo corporal.
Ex:
a) via endovenosa, dose = 40mg, [] sérica = 10mg/L --- Vd = 4L
b) via endovenosa, dose = 40mg, []sérica = 0,1mg/L --- Vd = 400L
Na situação b) Vd extrapolou o compartimento líquido e, portanto, tem maior
probabilidade de ter efeito toxicológico.
BIOTRANSFORMAÇÃO ou METABOLIZAÇÃO
Conjunto de reações bioquímicas que a droga sofre no organismo, geralmente abolindo a sua
atividade.
DROGA FÍGADO
ativa* inativa
ativa mesma atividade
ativa menor atividade
ativa maior atividade
inativa** ativa
*EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM: a inativação da droga ocorre em sua primeira passagem
pelo fígado, podendo ser total (toda a quantidade da droga que chega ao fígado éinativada) ou
parcial (parte da quantidade da droga que chega ao fígado éinativada, enquanto a outra parte
permanece ativa). O efeito de primeira passagem reduz a quantidade de droga no sítio de ação.
**PRÓ-DROGA: inicialmente a droga se encontra inativa sendo ativada no interior do organismo
PRÉ-PRÓ-DROGA: a ativação da droga sóocorre no tecido alvo, mas sua metabolização pode
iniciar mesmo antes de ser absorvida.
A metabolização ocorre por meio dos sistemas enzimáticos:
• citocromo P450
• ferro
• NAD
• favoproteínas
• oxigênio
Reações de biotransformação:
• FASE I
*oxidação
*redução
*hidrólise
• FASE II
*conjugação
As reações de fase I normalmente introduzem na molécula do fármaco um grupo reativo que serve
de ponto de ataque para que o sistema de conjugação ligue um substituinte, o que explica as
reações de fase I precederem na maioria das vezes as reações de fase II.
Existem drogas que não passam por nenhum tipo de reação, sendo eliminadas da mesma com a
forma que foram absorvidas. Isso épossível devido ao fato de essa drogas não possuírem sítio de
atuação para as enzimas metabolizadoras.
CITOCROMO P450
O citocromo P450 éuma hemoproteína que na forma reduzida reage com monóxido de carbono e
adquire coloração azul ao absorver a luz na faixa de 450nm (UV). As enzimas docitocromo P450
se diferenciam entre si pela sequência de aminoácidos, sensibilidade a inibidores e indutores e na
especificidade das reações que catalisam.
CYP450:
• Metabolização de drogas ativas endógenas e xenobióticas
• Explica efeitos tóxicos decorrentes de interação entre drogas
• Fonte de variabilidade inter-individual no metabolismo das drogas
• Inibidores: competitivos e os que se ligam ao grupo heme
• A indução enzimática pode aumentar a toxicidade e a capacidade cancerígenas de um
determinado fármaco, pois diversos metabólitos de fase I são tóxicos ou cancerígenos. Indutores:
aumento da transcrição do gene CYP, estabilização do RNAm ou da proteína P450.
Ex:
CYP1A
CYP1B
CYP1A inibe CYP1B
Ao administrar as drogas A e B juntas, ocorre a ativação do CYP1A e do CYP1B. Como o
primeiro inibe a atividade do segundo ocorre diminuição da metabolização da droga B, o
que aumenta a concentração plasmática dessa droga, aumentando o seu efeito. Logo, ao se
administrar as duas drogas juntas deve-se diminuir a dose de B.
EXCREÇÃO
As principais vias pelas quais os fármacos deixam o organismo são: rim, fígado e pulmão. O
principal mecanismo de excreção éo renal, em que atuam os mesmos mecanismos da formação da
urina.
Três processos fundamentais são responsáveis pela eliminação renal dos fármacos:
*Filtração glomerular
*Secreção tubular ativa
*Difusão passiva através do epitélio tubular
A excreção pode ser altera em pacientes com problemas hepático, uma vez que a eliminação de
uma droga muitas vezes depende que ela tenha sido metabolizada previamente pelo fígado.
DEPURAÇÃO/CLEARANCE - éo volume de plasma que contém a quantidade de substância
removida pelos rins em determinado período de tempo. A depuração total de um fármaco
éparâmetro fundamental que descreve a sua eliminação, a velocidade de eliminação éigual ao
clearance multiplicado pela concentração plasmática da substância.
MECANISMO MOLECULAR DE AÇÃO
ALVO DE AÇÃO:
• RECEPTORES
*IONOTRÓPICO - resposta farmacológica éa alteração da concentração iônica e,
portanto, estão acoplados a canais iônicos.
*METABOTRÓPICOS - resposta farmacológica estáassociada a ativação direta de
segundo mensageiro, promovendo a ativação da cascata de sinalização.
*Podem ser intra ou extracelulares.
*Algunsuns receptores podem ter afinidade por enantiômetros, o que pode causar
problemas. A solução para isso éa enantio seletividade.
*Receptores ionotróficos dão respostas muito mais rápidas, pois estão associados ao
potencial de ação, jáas respostas dos receptores metabotróficos são ditas intermediárias,
uma vez que dependem de alterações metabólicas intracelulares.
*Regulação a curto prazo - dessensibilização.
*Regulação a longo prazo - aumento ou diminuição da expressão de receptores.
• CANAIS IÔNICOS
*Receptores ionotrópicos
*Controlado por ligante ou por voltagem
*A interação com o fármaco pode ser indireta, envolvendo proteína G e outros mecanismos
intermediários, ou direta, onde o próprio fármaco se liga a proteína do canal e altera a sua
conformação
• ENZIMA
*Substrato falso - redução da formação de um produto a partir de uma enzima que estácom
a atividade exacerbada, o fármaco se liga àenzima no sítio de ligação do substrato
*Pró-droga - ativa a enzima em locais que normalmente estaria inativa em determinado
local
*Inibidor - o fármaco age como um substrato análogo competindo pelo sítio de ligação
• TRANSPORTADOR
*Antagonismo
*Competição
*Ativação
(1) receptor
intracelular; (2)
proteína
transmembrana com
atividade enzimática;
(3) receptor ligado
àtirosinocinase; (4)
canal iônico; (5)
receptor acoplado
àproteína G
RECEPTOR INTRACELULAR:
Receptores nucleares - regulam a transcrição gênica.
Hormônios esteroides e tireoidianos, ácido retinóico e vitamnina D.
Droga com grande lipossolubilidade --- atravessa a membrana plasmática --- liga-se ao receptor
citoplasmático --- complexo D-R migra para o núcleo --- estimula ou suprime a expressão gênica.
1. Os efeitos sósão observados após um período de defasagem de 30 minutos, tempo necessário
para que a síntese protéica aconteça.
2. Os efeitos podem persistir por horas ou dias após a utilização dos agonistas, pois a rotatividade
das enzimas e proteínas érelativamente lenta, podendo permanecer ativadas na célula por horas
ou dias após serem sintetizadas.
Muitos desses receptores atuam como sensores de lipídios e estão intimamente envolvidos na
regulação do metabolismo lipídico dentro da célula.
RECEPTOR LIGADO ÀTIROSINOCINASE E A GUANILATO QUINASE:
Insulina, fator de crescimento epidérmico, fator de crescimento derivado de plaquetas, peptídeo
natriurético atrial, fator de transformação de crescimento beta, etc.
Esses receptores são polipeptídeos,
consistindo em um domínio
extracelular de ligação de hormônio e
de um domínio citoplasmático, que
pode ser uma tirosinocinase, uma
serinocinase ou guaniliciclase.
Ligação da droga no domínio
extracelular --- alteração da
conformação do receptor causa a ligação de duas moléculas receptoras uma àoutra (dimerização)
--- união dos domínios tirosinocinase, que se tornam enzimaticamente ativos --- fosforilação dos
domínios tirosinocinase e das proteínas de sinalização ligadas a eles ---- cascata de quinases
(Ras-Raf) --- alteração da transcrição gênica.
Regulação para baixo - a ligação do ligante induz a endocitose acelerada de receptores de
superfície celular, seguida da degradação desses receptores e de seus ligantes. Quando esse
processo ocorre em velocidade mais rápida que a síntese de novos receptores, o número total de
receptores na superfície éreduzido e, com isso, a capacidade de resposta da célula ao ligante
também édiminuída.
Receptores de citocinas - usam um mecanismo
semelhante ao dos receptores de
tirocinocinases. Ao invés da proteína
tirocinocinase háuma proteína tirocinocinase
separada, pertencente a família Janus-cinase
(JAK).
Citocinas liga-se ao receptor --- formação de
dímeros --- ativação das JAKs --- fosforilação
dos resíduos de tirosina no receptor --- resíduos
de tirosina forforilados ligam-se as STATs
(transdutoras de sinal e ativadoras de
transcrição) --- dimerização das STATs ---
dímero STAT/STAT dissocia-se do receptor e
migra para o núcleo --- regulação da transcrição gênica.
CANAIS IÔNICOS REGULADOS POR LIGANTES:
Acetilcolina, serotonina, GABA e glutamato (neurotransmissores)
A interação do ligante com o
receptor promove alteração na
conformação da estrutura do
canal, o que aumenta a
condutância transmembrana do
íon relevante e, assim, alterando
o potencial elétrico da
membrana. O tempo decorrido entre a ligação do agonista e a resposta celular émensurado em
milissegundos, o que éfundamental para a transmissão momento a momento por meio de sinapses.
a) Canal fechado - antagonista
b) Canal aberto e ativo - agonista
Canais iônicos regulados por voltagem - são controlados pelo potencial de membrana.
RECEPTOR ACOPLADO ÀPROTEÍNA G:
Muitos ligantes extracelulares atuam aumentando as
concentrações intracelulares de segundos mensageiros,
como: monofosfato cíclico de adenosina 3 (AMPc),
íon cálcio ou fosfoinositídeos.
Ligante extracelular édetectado por um receptor da
superfície celular --- ativação de uma proteína G,
localizada na face citoplasmática da membrana ---
alteração da atividade de um elemento efetor,
geralmente uma enzima ou uma canal iônico ---
modificação da concentração do segundo mensageiro intracelular.
As proteínas G utilizam um mecanismo molecular
que envolve a ligação e a hidrólise de GTP. Esse
mecanismo permite que o sinal traduzido seja
amplificado, o que explica a sinalização por proteína
G produzir o fenômeno dos receptores de reserva.
Características do receptor:
• Sete domínios transmembrana.
• 3ºalça pode variar entre os receptores --- mediadora da interação do receptor com a proteína G.
• A sequências de aminoácidos das terminações Nterminal e COOHterminal podem variar entre os
receptores.
• São capazes de funcionar como monômeros.
Proteína G:
• Três subunidades: alfa, beta e gama.
• Beta e gama estãoligadas àmembrana e ao receptor.
• Alfa éintracelular e no estado de repouso estáligada ao GTP.
• A proteína G pode ter ação em dois alvos intracelulares.
• Várias famílias funcionalmente diversas, cada uma da qual medeia efeitos de um conjunto
particular de receptores para um grupo distinto de efetores.
• Alvos: adenilato ciclase, fosfolipase C, canais iônicos e RhoA/Rho quinase
• Tipos:
*Gs - estimula a enzima adenilato ciclase, aumentando a concentração de AMPc
*Gi - inibe a enzima adenilato ciclase, diminuindo a concentração de AMPc
*Gq - estimula a fosfolipase C, aumentando o IP3, Diacilglicerol e Cálcio intracelular
Toxina colérica - age sobre a proteína Gs e causa ativação persistente.
Toxina da coqueluche - age sobre a proteína Gi e impede a dissociação do trineto da proteína.
"Dessensibilização" - as respostas a fármacos
e agonistas hormonais mediadas por proteína G
com frequência se atenuam com o tempo, pois
após alcançar um alto nível inicial, a resposta
diminui ao longo de segundos ou minutos,
mesmo na presença do agonista. O que costuma
ser rapidamente reversível com uma segunda
exposição ao agonista, se feita poucos minutos
depois do termino da primeira exposição.
Motivo: muitos receptores acoplados àproteína
G são regulados por fosforilação. A alteração
de conformação do receptor induzida pelo
agonista faz com que ele se ligue, ative e sirva de substrato para uma família de cinases receptoras
específicas, chamadas de cinases acopladas àproteína G (GRK).
GRK ativada --- fosforilação de resíduos de serina na cauda terminal carboxila do receptor --- a
presença de fosfosserina aumenta a afinidade do receptor para se ligar a beta-arrestina --- ligação
da beta-arrestina a alça citoplasmática do receptor --- diminui a capacidade de interação entre
receptor e proteína G --- redução da resposta do agonista. Com a remoção do agonista, termina a
ativação do GRK e o processo de dessensibilização pode ser revertido por fosfatasses celulares.
A ligação do receptor com a beta-arrestina também acelera a endocitose dos receptores:
1. Promove a desfosforilação por uma fosfatase receptora presente nas membranas dos endossomos
--- retorno do receptor para a membrana plasmática --- retorno da capacidade de responder a
sinalização após dessensibilização induzida por agonista.
2. Receptores ligados àbeta-arrestina --- seguem para os lisossomos --- degradação --- atenuação
efetiva da capacidade de resposta celular
A dessensibilização pode ser homóloga, quando a perda de capacidade de resposta refere-se
exclusivamente dos receptores expostos àativação repetida ou mantida do agonista, ou heteróloga,
quando o processo de dessensibilização de um receptor por seus agonistas também resulta em
dessensibilização de outro receptor que não tenha sido ativado diretamente pelo agonista em
questão.
Monofosfato cíclico de adenosina (AMPc)
Medeia respostas hormonais como: mobilização da energia
armazenada, conservação de água pelo rim, homeostase do
cálcio, aumento da freqüência e força contrátil do músculo,
regula a produção de esteroides suprarrenais e sexuais,
relaxamento do músculo liso, etc.
A formação do AMPc a partir da desfosforilação do ATP
promove a fosforilação para proteínas de substrato
apropriadas, geralmente enzimas.
A especificidade dos efeitos do AMPc reside nos substratos protéicos distintos de cinases,
expressos em células diferentes.
Adenilato ciclase síntese de AMPc a partir de ATP.
Fosfodiesterases de nucleotídeo cíclicas degradação de AMPc em 5'-AMP.
Fosfoinositídeos e cálcio
Receptores acoplados àproteína G ou a tirocinocinases
receptoras.
Estimulação hormonal da hidrólise de fosfoinositídeos.
Etapa crucial: estimulação de uma enzima de membrana
fosfolipase C (PLC) --- degradação de um fosfolipídio
menor de membrana plasmática, bifosfato de
fosfatidilinositol-4,5 (PIP2) --- formação de dois
segundos mensageiros: diacilglicerol (DAG) e trifosfato
de ionositol 1,4,5 (IP3 ou InsP3).
DAG: éconfinado àmembrana plasmática onde ativa a proteinocinase C, sensível a lipídios e
cálcio.
IP3: éhidrossolúvel e se difunde para o citoplasma onde promove a abertura de canais de cálcio
relutados por ligantes, presente nas membranas das vesículas de armazenamento internas, o que
promove o aumento da concentração de cálcio citoplasmático, favorecendo a ligação de cálcio
com a calmodulina, que regula a atividade de outras enzimas, como a proteinocinase C.
A inativação do IP3 ocorre por desfosforilação. Jáa do DAG pode ser por fosforilação a ácido
fosfatídico, por conversão de volta a fosfolipídios ou perda da didáctila para gerar ácido
arquidônico. O cálcio éremovido do citoplasma ativamente por bombas de cálcio.
Monofosfato de guanosina (GMPc)
Mucosa intestinal e músculo liso vascular.
Peptídeo natriurético (receptor transmembrana ligado àguanilato ciclase) e NO (guanilato ciclase
citoplasmática) --- relaxamento do músculo liso por desfosforilação das cadeias leves de miosina.
Mecanismo: ligantes detectados por receptores de superfície celular estimulam a guanilato ciclase
ligada àmembrana a produzir GMPc, o GMPc estimula as proteinocinases dependentes de GMPc.
As ações do GMPc são terminadas por degradação enzimática do nucleotídeo cíclico e por
desfosforilação dos substratos de cinase.
PRESCRIÇÃO MÉDICA
Prescrição ou receita médica:
Regida por uma lei vista na portaria 344/98
O que é? Conjunto de medidas não cirúrgicas determinadas pelo médico para o tratamento de um
doente; dietas, medicamentos, comportamentos, etc.
Ordem escrita expressa e formal, que vale como um documento.
Um ato de escolha que o médico faz para o paciente.
Deve ser racional, ética.
Contém aquilo o que se recomenda praticar, seja medida farmacológica ou não farmacológica;
indicação exata.
Receita médica = ato médico, sendo a orientação escrita do tratamento.
Higieno terapia - alteração dos maus hábitos, condicionar o comportamento.
Remédios não se restringem a medicamentos e, portanto, incluem medidas não medicamentosas.
Deve conter todas as informações e condutas que o médico quer que o paciente siga.
Símbolo: Olho de Hórus, que significa saúde e felicidade.
PXRX - símbolo que adverte o farmacêutico para tomar cuidado ao manipular a medicação.
BOA PRESCRIÇÃO:
- A prescrição de remédios se constitui no corolário de uma boa consulta, anamnese e exame
físico.
- Depende do diagnóstico correto.
- Alem do diagnóstico, deve atender ao paciente, logo depende do nível intelectual e do grau de
atenção do doente às suas orientações
- Colocar os medicamentos na sequência de importância e como cada droga seráusada.
- O que estáescrito tem menos chance de erro e pode permitir ao doente, caso ele não se lembre de
como deve fazer, que outras pessoas possam orientá-lo.
PRESCREVER O QUE?
- Droga - substância ou matéria-prima que tem finalidade medicamentosa ou sanitária.
- Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
- Entorpecentes - substância que pode determinar dependência física ou psíquica.
- Psicotrópico -
MEDICAMENTOS
- Isentos de prescrição médica.
- Tarja vermelha - venda sob prescrição médica.
- Venda sob retenção da receita - receita branca em duas vias (dupla carbonada), tarja vermelha.
- Receituário azul -
- Receitário amarelo -
- Referência: 1°a ser lançado no mercado (patente)
- Genérico: mesma formulação, submetido a teste de bioequivalência.
- Similar: mesma formulação, não foi submetido a teste de bioequivalência.
A troca de receita da marca (de referência) pelo genérico éautorizada pela RDC 135/03
da ANVISA e vale também para as receitas controladas. O oposto não pode ser feito,
ou seja, não se pode trocar o genérico pelo de referência.
Indústria Teuto - nacional, medicamentos não confiáveis.
RECEITUÁRIOS:
- Preencher com letra legível.
- Caneta azul ou preta.
- Ser o mais claro possível nas orientações de uso.
- Não prescrever medicamentos os quais não esteja familiarizado, procurando em bulários (comoo DEF) o nome correto, apresentações, etc.
- Branco
*receituário comum, usado para a grande maioria dos medicamentos;
*SUS: carbonada, nome genérico com o nome comercial entre parênteses;
- Azul
- Hospitalar
- Amarelo
- Vias de administração: uso externo ou parenteral (para drogas injetáveis), uso interno (para
drogas ingeridas), uso tópico (para pomadas, supositórios, supositórios, colírios, gotas
auriculares, nasais, etc)
- Dosagem -
- Posologia - como tomar a medicação (quantas vezes ao dia e por quantos dias)
- Datada e assinada
RECEITUÁRIO
Nome do paciente
Via de administração:
Nome do remédio. Representação e quantidade
Local e data,
Médico
CRM
assinatura, carimbo.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO - SNA: FISIOLOGIA X FARMACOLOGIA
O sistema nervoso autônomo ésubdividido em SIMPÁTICO e PARASSIMPÁTICO, os quais na
maioria das vezes possuem efeitos opostos, exceto no caso do sistema gênito-urinário. As respostas
desses sistemas são de estimulação, mas como atuam em estruturas distintas dáa impressão que um
inibe e o outro estimula. Eles trabalham um compensando a atividade do outro, tentando manter um
equilíbrio das atividades, antagonismo funcional.
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO
Agonistas endógenos: noradrenalina, adrenalina, dopamina (catecolaminas).
Essas substâncias se ligam aos receptores adrenérgicos (alfa -1 e 2 - e beta - 1, 2 e 3) e
dopaminérgicos. O que muda em relação às suas ações éa afinidade com que cada substância se
liga ao receptor.
Simpático éativado pelas catecolaminas que são formadas a partir da felinalanina que éconvertida
em tirosina por ação da hidroxilase, a tirosina éconvertida em dopa pela ação de outra hidroxilase,
a dopa pode ser convertida em dopamina pela descarboxilase, a dopamina éconvertida em
noradrenalina pela dopamina beta-oxidase, a noradrenalina éconvertida em adrenalina.
O metabolismo das catecolaminas éfeito pelo sistema das MAO (monoaminaoxidase) e COMT
(catecol-o-metil transferase), que estão presentes nos neurônios prée pós-sinápticos, TGI e, em
menor quantidade, na fenda sináptica.
Término das ações de NHA: captação, conversão a metabólicos inativos e excreção renal dos
metabólicos.
Armazenamento e
liberação:
Término das ações de NA: captação, conversão a metabólicos inativos e excreção renal dos
metabólicos
ADRENALINA: atuando sobre o receptor beta1 aumenta a freqüência cardíaca e da pressão arterial
e atuando sobre o receptor beta2 aumenta a frequência cardíaca e diminui a pressão arterial, logo o
efeito éde aumento da frequência cardíaca e manutenção da pressão arterial estável, o que leva ao
aumento da irrigação dos tecidos.
ADRENALINA X NORADRENALINA - noradrenalina por via intramuscular e subcutânea ela
promove vasocontrição devido a alta afinidade ao receptores alfa, o que reduz a irrigação tecidual.
Os efeitos da adrenalina não são tão intensos quanto os da noradrenalina e, portanto, éa mais
indicada para essa vias de administração.
A ação da DOPAMINA émaior que as das demais catecolaminas porque além dos receptores
dopaminérgicos também se liga aos receptores alfa e beta.
Localização dos receptores e efeitos produzidos:
• neurônio pré-sináptico: receptor nicotínico e neurotransmissor acetilcolina
• neurônio pós-sináptico: receptor adrenérgico e neurotransmissor noradrenalina
• medula da adrenal: receptor nicotínico e neurotransmissor acetilcolina
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO
Agonistas endógenos: acetilcolina.
Eles atuam sobre os receptores colinergicos (nicotínicos - 1 e 2 - e muscarinos - 1, 2, 3 e 4).
O metabolismo da acetilcolina éfeito pelo sistema das colinesterases, principalmente a
acetilcolinesterase, as outras possuem uma ação muito pequena. A biossíntese da acetilcolina
épartir da glicólise em associação com a colina. A degradação desse neurotransmissor ocorre pela
hidrólise promovida pela acetilcolinesterase.
A acetilcolina volta para o neurônio pré-sináptico como ácido acético.
TOXINA BOTULÍNICA: bloqueia a liberação da acetilcolina no neurônio pré-ganglionar, por
meio da remoção enzimática de dois aminoácidos de uma ou mais das proteínas de fusão.
Localização dos receptores e
efeitos produzidos:
• neurônio pré-sinpático: receptor nicotínico e neurotransmissor éacetilcolina
• neurônio pós-sinpático: receptor muscarino e neutransmissor éacetilcolina
M1 - gânglios (SNS e SNP), célula parietal e SNC.
M2 - coração (exceto ventrículos) e SNC.
M3 - músculo liso, endotélio vascular e glândulas secretoras
M3 ligada a proteína G, causando aumento do cálcio intracelular, o que leva saída de potássio,
hiperpolarizando a membrana plasmática.
Locais onde não atua: músculo radial da íris, na secreção renal, músculos pilo eretores, glândulas
sudoríparas, capsula esplênica, medula supra renal, metabolismo hepático, na secreção de insulina
e nos adipócitos.
Como não atua sobre as glândulas sudoríparas, se houver estímulo, o SNS vai atura e o centro
termorregulador hipotalâmico também.
Efeito cardiovascular direto: bradicardia
Efeito cardiovascular indireto: aumento da resistência vascular periférica, vasoconstrição.
Efeito respiratório: broncoconstrição, aumento da secreção das glândulas brônquicas e reação
asmatiformica em pacientes sensíveis.
-Tabagismo: irritação, que gera um processo inflamatório --- broncoespasmo, aumento da
secreção brônquica e diminuição do movimento ciliar; edema --- reduz os espaço das vias
aéreas, podendo gerar broncoespasmo. Esse quadro favorece a broncoconstrição sem que os
receptores sejam estimulados.
Efeito gastrointestinal: aumento do peristaltismo e da secreção, o que dificulta o controle dos
esfíncteres anal e urinário.
Efeito geniturinário: promove a micção.
Olho: miose, contração do músculo ciliar, abertura da rede trabecular.
SNC: M1 aumento da plasticidade neuronal, M3 inibe o centro da fome,
FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Ela se subdivide em:
• Farmacologia do SNS/ Farmacologia andrenérgicas (simpaticomiméticas) e anti-adrenérgicas
(simpaticolíticas)
• Farmacologia do SNP/ Farmacologia colinérgicas (parassinpaticomiméticas) e anti-colinérgicas
(parassimpaticolíticas)
1. FARMACOLOGIA ADRENÉRGICA
AGONISTAS DO SNS/ SIMPATICOMIMÉTICOS:
A. AGONISTA DE AÇÃO DIRETA: são as drogas que se ligam aos receptores adrenérgicos e
conseguem ativá-los, atuando, portanto, sobre alfa e beta, podendo ser seletiva (alfa - 1 ou 2 -
ou beta -1 ou 2) ou não-seletiva (atua em alfa e beta). Ex: Dobutamina, salbutamol, NA,
isoproterenol, adrenalina;
ADRENALINA (A)
• Tem maior afinidade pelos receptores beta;
• alfa 1= alfa 2 e beta > alfa;
• Efeito cromobatmo (automatismo e excitabilidade cardíaco) dromo-ionotrópico (condução e
contrabilidade) positivo;
• Nos vasos:
beta 2 - músculo liso - vasodilatação, redução da resistência vascular periférica e
broncodilatação.
alfa 1 - demais vasos, fluxo renal - vasoconstição, aumento da resistência vascular
periférica.
• No coração:
beta 1 - aumenta o débito cardíaco, devido o aumento da força de contração e frequência
cardíaca.
• PA = DC X RVP
beta 1 aumenta DC
alfa 1 aumenta RVP
beta 2 diminui RVP
A adrenalina não tem influência significante no aumento da pressão arterial e resistência
periférica total.
• No pulmão:
beta2 - broncodilatação.
• Na glicemia:
beta 2 - aumento da glicogenólise.
beta - estimulação da insulina.
alfa2 - inibe a insulina.
Estimulação da insulina eaumento da glicogenólise.
• Vias de administração:
Via parenteral, pois hásistema de metabolização no trato gastrointestinal, MAO e
COMIT.
Via subcutânea, pois não da um pico plasmático rápido e como causa vasoconstrição reduz
a absorção e a possibilidade de efeitos no coração. O mesmo vale para a via intramuscular.
• Passa pela barreira hematocefálica;
Noradrenalina(NA)
• Tem maior afinidade por alfa1;
• alfa1 >alfa2 e beta1>>beta2;
• Efeito cardiovascular:
Aumento da pressão arterial.
Aumento do débito cardíaco e da resistência vascular periférica.
• Na glicemia:
beta 2 - aumento da glicogenólise
beta - estimulação da insulina
alfa2 - inibe a insulina
Aumento da glicogenólisee inibição da insulina
• Padrão inicial para tratamento de paciente com parada, principalmente quando se desconhece a
história do paciente;
• Vias de administração:
Via parenteral, pois hásistema de metabolização no trato gastrointestinal, MAO e COMIT.
Devido o alto potencial de vasoconstrição por alfa1 a via subcutânea e intramuscular não
são indicadas, pois não iráter absorção, além disso ocorre o comprometimento da
irrigação local.
Em resposta a curta meia-vida da NA e da adrenalina e a ausência de seletividade para os
receptores adrenérgicos, houve o desenvolvimento de medicamentos com estrutura química
semelhante e seletividade maior.
SALBUTAMOL
• Agonista direto;
• Seletividade para receptor beta, principalmente beta2;
DOBUTAMINA
• Utilizada por pacientes cardiopatas;
• Beta 1, alfa1 e alfa2;
• Éuma catecolamina sintética;
• Aumenta a contratibilidade do miocárdio e promove vasodilatação coronariana e sistêmica.
Essas ações provocam aumento da frequência cardíaca e do trabalho miocárdico, bem como
revelam áreas de isquemia no miocárdio detectadas pro ecocardiograma ou técnicas de medicina
nuclear;
ISOPROTERENOL
• Seletividade para receptor beta, principalmente beta2;
• Tem potência maior que o salbutamol;
• Em excesso pode causar hipertrofia cardíaca e, por isso, sua utilização ébem menor;
• Utilizada no tratamento da asma, devido a broncodilatação de beta2;
• Vias de administração: inalatória e intravenosa;
Dobutamina e isoprterenol são aminas sintéticas, resistentes aos sistemas metabólico do trato
intestinal. A primeira éusada para pacientes cardiopatas, agindo mais sobre beta1, mas pode agir
nos demais receptores adrenérgicos, e a segunda em pacientes, agindo beta2, mas pode agir nos
demais receptores adrenérgicos.
B. AGONISTA DE AÇÃO INDIRETA: são as drogas que promovem o aumento dos níveis de
noradrenalina, atuando como um precursor direto, estimulando a medula adrenal ou inibindo a
captação/metabolização. Ex: anfetaminas, tiramina;
As drogas de ação indiretas são subdivididas em: aumento da liberação de NA (efedrina,
anfetaminas e tiramina), inibição da MAO e COMIT (iproniazida e fenelzina) e inibição da
recaptação de NA (cocaína e antidepressivos).
COCAÍNA
• Ação inibitória sobre o neurônio pré-sináptico, ou seja, inibe a receptação;
• Não tem ação antidepressiva, pelo contrário ela altera os níveis de outros neurotransmissores,
gerando quadro depressivo;
• Ela melhora atividade adrenérgica central;
• Gera tolerância muito rápido, capaz de alterar os níveis de outros neutransmissores causando
depressão;
• Na dependência psíquica nem sempre alterar o principio ativo éo suficiente, pois o paciente
precisa manter a estimulação do centro do prazer promovida pela droga;
• Na dependência física consegue-se trocar a droga;
TIRAMINA
• Aumenta a liberação de NA;
• Estápresente em vários alimentos, pode por vias alternativas gerar NA, queijo, vinho;
• Tiramina--- TGI MAO ---- metabolização ---metabólitos inativos;
• Tiramina --- inibidores da MAO (ex:antidepressivos) --- altos níveis de tiramina periférica no
sangue --- enzimas conversoras --- altos níveis de NA periférica no sangue e no SNC;
• Altos níveis de NA periférica --- aumento da resposta cardiovascular;
ANFETAMINAS
• Ex: metilfenidato;
• Aumenta a liberação de NA;
• Efeito periférico: vasocontrição, sobrecarga cardiovascular, devido ao aumento da frequência
cardíaca;
• Efeito central: redução da fome (inibição do centro da fome), o que leva ao estado alerta, sem
sono, irritação, pois retira um dos prazeres rudimentares do homem, comer;
• Para ficar acordado, alerta;
• Estimula a atividade mental;
• Drogas emagrecedoras promovendo a redução da fome por inibição do centro da fome, que
associada ao estado de alerta promove irritabilidade. Nesse caso deve ser usada junto com drogas
para dormir;
• Usada no tratamento de transtornos de
déficit de atenção e hiperatividade;
C. AGONISTAS DE AÇÃO MISTA: são drogas que se ligam aos receptores adrenérgicos e, ao
mesmo tempo, estimulam o aumento dos níveis de noradrenalina. Ex: efedrina, possui ação dez
vezes maior que a adrenalina, dopamina;
EFEDRINA
• Liberação muito intensa de NA, discutiu-se por muito tempo a possibilidade de também impedir
a recaptação;
• Pode interagir com o receptor alfa e beta e estimula-o.
• A ideia como droga surgiu como resposta para um paciente com problemas respiratórios, usada
como anti-gripal, ela gera constrição dos vasos faciais por ação em alfa1 e broncodilatação por
ação em beta2;
• Ela éum estimulante do SNC, melhorando a condição do paciente;
• Usada como rebite por caminhoneiros;
• Tem uma capacidade muito grande de interagir com o receptor e gerar resposta que chega a ser 10
vezes maior que a adrenalina;
• Resistente a ação da MAO e, portanto, pode ser administrada por via oral;
• A meia vida plasmática mais longa que das catecolaminas;
• Causam taquifilaxia (depleção nos estoques de NA),
• Ações farmacológicas - cardiovasculares semelhantes as da adrenalina (ação direta sobre alfa e
beta, liberação de NA e beta2 por ação direta), aumenta a pressão diastólica e sistólica, aumenta
a frequência cardíaca (10 vezes mais que a adrenalina), beta 2 leva a broncodilatação (importante
na terapia da asma brônquica);
• Duração de efeito longa;
• Não émais utilizada mais no mercado devido aos efeitos cardíacos;
• Hoje usa-se pseudo-efedrinas - FENILPROPANOLAMINA, descongestionante das vias aéreas
superiores;
• VASOCONSTRITOR NASAL - agem nos receptores alfa1, devem agir principalmente nos dos
vasos do seio da face, mas eles agem em outras regiões, e beta2, broncodilatação. Também
possui ação sobre beta1, aumentando o débito cardíaco. Droga sintomática descongestionante das
vias superiores. Pode ter efeito sistêmico e, com isso, causar dependência, devido a ação da
droga no SNC (absorção central e atravessa a barreira hematocefálica). Efeito periférico: picos
pressóricos.
METARAMINOL
• Fraco agonista de beta2;
• Suas ações são semelhantes as da NA;
• O seu efeito hipertensor dura cerca de 90 minutos com dose IM 5mg
ANTI-GRIPAL - vasoconstrição dos vasos dos seios da face, o que diminui o edema, desentope o
nariz, pois desincha a concha nasalo que permite a passagem de ar (uso tópico - agonista alfa 1).
VASOCONSTRITOR OSMÓTICO - retira a água do meio intravascular, diminuindo o calibre do
vaso, e fluidifica a secreção presente nos seios da face, o que diminui a manutenção da infecção e
alivia a sintomatologia.
AGONISTAS DO SNS/ SIMPATICOLÍTICAS:
A. BLOQUEADORES ALFA
Aplicação: feocromocitoma,emergências hipertensivas, hipertensão crônica, doença vascular
periférica, obstrução urinária,disfunção erétil.
B. BLOQUEADORES BETA
Não seletivos - propanolol, nadolol, pindolol, sotalol e oxprenolol.
Seletivos - metoprolol, atenolol, esmolol e acebutolol.
Os beta-antagosnistas são distribuídos rapidamente e tem grandes volumes de distribuição,
reduzem competitivamente a ocupação dos receptores por catecolaminas
Efeitos:
SCV:
- redução de PA.
- efeito ionotrópico e ceonotrópico negativos.
- bloqueio da dilatação de beta2.
- elevação da RVP, devido àação de alfa sem oposição de beta.
SR:
- bloqueio da broncodilatação.
Olho:
- redução da produção de humor aquoso.
Endócrino:
- inibe a estimulação da lipólise.
- inibição da glicogenólise hepática.
Toxicidade: bradicardia, sedação leve,sonhos vívidos, depressão, piora da asma preexistente,
obstrução das vias respiratórias;
PROPANOLOL
• Bloqueador beta não seletivo, agindo em beta1 e beta2;
• Diminui os níveis de renina;
• Favorece a broncoconstrição, por isso écontra indicado para asmáticos, devido a sua ação em
beta2;
• Usado para parar de tremer, devido a sua ação em bloqueadores sobre beta1 no SNC
LABETALOL
• Bloqueador alfa e beta
ALCALÓIDE DE ERGOT
• ERGOTAMINA, Ergotoxina
• Bloqueadores dos receptores alfa de forma não seletiva;
• Aumentam os níveis de serotonina e dopamina;
• Promove analgesia, pois a serotonina inibe o centro da dor;
• Impedem a vasoconstrição, causandorelaxamento;
• Dor de cabeça - vasodilatação, pressão do fluxo intenso;
• Muito utilizada para
tratamento de enxaqueca;
OBS:
- Serotonina nos núcleos
centrais inibem a dor.
- Ácido lisérgico (LSD) - melhora da aprendizagem humana, devido a atuação em alguns centros
adrenérgicos nervosos do SNC, éo único que tem um papel tão intenso no raciocínio e criação.
Dádependência física e psiquica, além de ter alta toxicidade.
- Ritalina éum tipo de alcaloide de ergot.
- A utilização de drogas simpaticomimeticas trazem sobrecarga cardíaca que muitas vezes não
écompatível.
- Não a como mexer com um neurotransmissor sem alterar a ação de outros.
- No deficit de atenção o que acontece éa falta de NA em determinados locais, o que promove
uma dificuldade de focar sua atenção em algo, o raciocínio não éalterado.
2. FARMACOLOGIA COLINÉRGICAS
Receptores muscarinícos
• Todos acoplados a proteína G, 1,2,3,4,5;
• M1 gânglios p e s célula parietal e SNC;
• M2 todo o coração menos nos ventrículos, SNC;
• M3 musculatura lisa, endotélio vascular, glândulas secretoras;
Receptores nicotínicos
• Todos são ionotróficos, gânglios e placa motora (N2);
• Ações dos agentes químicos em uma sinapse colinérgicas;
• Receptores nicotinicos ganglionares (N1) são simpáticos e parassimpáticos, por isso nem sempre
os sintomas permitem identificar a classe que causou a intoxicação;
• Possui dois sítios de ligação de agonista;
AGONISTA DO SNP/PARASSIMPATICOSMIMÉTICOS
Não hádrogas de ação mista.
As drogas colinérgicas podem atuar em receptores
nicotínicos e muscarínicos.
A. COLINÉRGICOS DIRETOS
Podem ser seletivos entre nicotínicos e muscarinícos e
seletivos entre os subtipos de cada um dos receptores.
Não hádrogas com seletividade entre M4 e M5.
São administrados por via oral.
Ação periférica e central, caso consigam atravessar a barreira hematocefálica.
Ésteres - apenas efeitos periféricos - a partir da Ach: metacolina e carbacol.
Alcalóides - podem ter efeitos centrais - muscarina, pilocarpina, nicotina.
NICOTINA
• Atua principalmente no gânglio e, portanto, édenominada droga estimulante ganglionar;
• Intoxicação:
- Efeito periférico - vômito, N2 contração do músculo esquelético que depois relaxa
(despolarização flácida) ou mantém o músculo paralisado (tensa), hipertensão e arritmia.
- Efeito central - convulsões, coma e parada respiratória.
• Reações adversas:
- Os sintomas são resultantes da estimulação dos receptores colinérgicos de tipo nicotínico:
vômito, convulsão, coma, parada respiratória, despolarização da placa motora com bloqueio e
paralisia respiratória, hipertensão e arritmias cardíacas. Tratamento: atropina, diazepam e
respiração assistida.
METACOLINA
• Não seletiva para N e M;
CARBACOL
• Menor ação sobre N e maior sobre M, mas não éseletivo;
• Maior meia-vida em relação as colinesterases;
MUSCARINA
• Derivada de um cogumelo;
• Seletiva para M, potência 100 vezes maior que da Ach;
• Intoxicação:
Olho:
- Miose - contração do músculo circular da íris M3
- Lacrimejamento - contração do músculo liso e estimulação das glândulas secretoras M3
Corpo
- Sudorese - contração do músculo liso e Estimulação das glândulas secretoras M3
- Vermelhidão - relaxamento do endotélio vascular M3
SCV
- Bradicardia - M2, muitas vezes émascarada pela taquicardia reflexa do simpático
- redução da PA - Relaxamento do endotélio vascular M3, associada àbradicardia o paciente
tende a entrar em choque, utiliza-se a NA para tratamento
SR
- Dispneia - contração do músculo liso e estimulação das glândulas secretoras M3, aumento de
muco e menor frequência respiratória.
- broncoconstrição
- Ruídos.
TGI
- diarreia - motilidade do intestino devido a contração do músculo liso M3
- incontinência urinária - contração do músculo liso M3
- cólica aumento do peristaltismo intestinal M3
- salivação, saliva mais fluída - contração do músculo liso e estimulação das glândulas
secretoras M3
- náusea e vômito - motilidade do estômago M3
- asia - estímulo das células G, liberação de HCl, M1
SNC
- M1 e M2
- alucinação (locais no córtex em que a hiperestimulação de alguns neurônios)
- agitação (pode haver somação com a resposta reflexa do simpático, nem sempre precisa estar
associada a movimento, pode ser apenas excesso de atividade central, como intenso fluxo de
pensamentos)
- náusea e vômito (zona quimiorreceptora)
- ataxia
- convulsão
- perda de consciência - coma
- quando isolados esses sintomas podem ser tratados com benzodiazebidicos.
• Como lidar com intoxicação por muscarina:
- Carvão ativado - adssorve, liga-se a molécula e não deixa que ela fique livre para interagir.
- Antagonista colinérgico - atropina.
- Noradrenalina e adrenalina.
• Reações adversas:
- Podem ser observadas após o uso de doses excessivas ou pela ingestação de cogumelos que
contenham muscarina.
- Os sintomas são resultantes da estimulação dos receptores colinérgicos do tipo muscarínico,
aparecem de 30 a 60 minutos após a ingestão e incluem: depressão cardíaca, náuseas, vômito,
diarreia, urgência em urinar, salivação, suores, vasodilatação cutânea, broncoconstrição.
Tratamento: bloqueador, agindo por ação competitiva, como a atropina.
EFEITO ADVERSO - São efeitos que o medicamento causou e não era o objetivo, mas que
éintrínseco da droga, ou seja, éa ativação de receptores que não no local que se deseja. Logo, a
intensidade da reação depende da sensibilidade do paciente. Pode ocorre com a superdosagem ou
com a dosagem usual. Éo efeito tóxico.
EFEITO COLATERAL OU INESPERADO - São efeitos que não são esperados ao se administrar
uma droga, estáassociado a individualidade de cada paciente, muitas vezes são efeitos paradoxais.
Dose alta X Dose baixa: Doses elevadas estimulam mais intensamente os receptores, com isso um
dos sinal seráum aumenta da motilidade gástrica intensamente, o que causa vômito, isso reduz a
absorção e, portanto, a chance de sobrevivência da paciente émaior
B. COLINÉRGICOS INDIRETOS - aumentam os níveis de Ach, por inibição das enzimas
colinesterases (acetilcolinesterase, butirilcolinesterase). A inibição pode ser reversível ou
irreversível.
Na inibição irreversível a uma
• Ação mais ampla (não háespecificidade quanto a localização) e mais duradoura, o que pode
levar o paciente mais facilmente ao óbito, pois a produção de acetilcolinesterase demora certa de
3 a 4 semanas.
• O exemplo de drogas que realizam esse tipo de inibição são os inseticidas organofosforados, cuja
intoxicação leva a sintomatologia semelhante a da muscarina.
• Como a Achase estáem baixos níveis a medida que o tempo passa a condição do paciente piora,
uma vez que os altos níveis de Ach estimula uma resposta simpática reflexa, causando desgaste
no paciente, que pode levar a óbito. Situação oposta da intoxicação por muscarina em que a
Achase estáfuncionando normalmente.
• Não hámedicamento com Achase.
• Organofosforado --- ligação covalente com a Achase --- não reconhecimento da enzima pela
sistema de metabolização --- Achase éeliminada com o organofosforado.
• Oxima, quando administrada a tempo, atua como um antídoto, promovendo a quebra da ligação
entre o organofosforado e a Achase. Esse tempo éde cerca de 2 horas após a realização da
ligação e estárelacionado com o tempo que leva para ocorrer a alteração da estrutura do
complexo organofosforado-Achase, em que a ligação não estámais exposta. Nesta configuração
o complexo édenominado complexo envelhecido.
Na inibição reversível
• Ocorre a interação com o sítio alostérico da Achase.
• Começa a ser usados com doses baixas e vê-se o efeito. Vai gerar efeitos adversos, mas o
benefício compensa.
• Usada na doença em que háuma redução da atividade do parassimpático, por exemplo na
miastenia grave, em que háprodução de anticorpo contra os receptores de Ach.
• Glaucoma, contração do músculo ciliar, o que promove a abertura da rede trabecular, e redução
da produção de humor aquoso.
ANTAGONISTAS DO SNP/ANTI-COLINÉRGICAS
O principal anti-colinérgico éde origem vegetal: ATROPINA (atropa beladono).
A. BLOQUEIO DEMUSCARÍNICOS:
ATROPINA
• A atropina éusada na oftalmologia e, de maneira geral, nas intoxicações com
parassimpaticomimético.
• Ela éuma droga inespecífica, mas age com maior intensidade nos receptores M.
• Ela age por competição com a Ach pelo receptor;
• Atravessa a barreira hematocefálica e, portanto, tem efeitos periféricos e centrais;
• Possui uma meia-vida de ~4 horas;
• No exame de fundo de olha utiliza-se um colírio a base de atropina ou outra droga da mesma
classe, causando os seguintes efeitos:
- dilatação da pupila.
- ciclopegia (enfraquecimento do músculo ciliar, resultando na perda da capacidade de
acomodação - incapacidade de focar de perto, e a não contração da pupila em resposta a
estímulo luminoso).
• Nem sempre o antagonista fornece um efeito muito evidente;
• Intoxicação:
Olho:
- midríase.
- enfraquecimento da contração do músculo ciliar - cicloplegia.
- redução da secreção lacrimal.
SNC:
- tremor e rigidez parkinsonianos.
- simpático se sobrepõe ao parassimpático, devido àinibição do SNP
hiperatividade,
agitação,
desorientação,
convulsão,
delírio,
SCV:
- taquicardia.
- bloqueio da lentificação vagal M1.
- bloqueia a vasodilatação M3.
SR:
- broncodilatação.
- redução da secreção.
- acúmulo de muco no pulmão,
TGU:
- micção lenta,
TGI:
- aumento da temperatura devido da inibição da sudorese - febre da atropina,
- boca seca,
- o aumento da temperatura, além da convulsão, promove a vasodilatação, o que leva a uma
queda da pressão,
• O reflexo broncoconstritor neural hiperativo presente na maioria das pessoas com asmaéMediado
pelo vago, atuando sobre M3 nas células lisas dos brônquios;
• Tratamento da urgência urinária, diarreia;
• Efeitos adversos: alucinações, boça seca, midríase, taquicardia, pele quente e ruborizada,
agitação e delírio.
• Usada no tratamento de excesso muscariníco;
B. BLOQUEIO DE NICOTÍNICOS:
Pode atuar sobre o gânglio ou sobre a placa motora;
BLOQUEADORES GANGLIONARES
• Atuam sobre N1, bloqueando tanto o SNS quanto o SNP, ou seja, háum bloqueio do sistema
nervoso autônomo como um todo;
• São derivados de amônio quaternário, possuem grupo amina secundária ou terciária;
• Antagonistas competitivos não despolarizastes;
• Os pacientes que utilizam bloqueadores ganglionares são totalmente responsivo a fármacos
autonômicos que atuam nos receptores muscarínicos, alfa e beta, porque esses receptores de
células efetoras não estão bloqueados;
• Metacomilamina, tetraetilmônio, hexametônio, mecamilamina, decametônio;
• Efeitos:
Olho:
- ciclopegia (enfraquecimento do músculo ciliar, resultando na perda da capacidade de
acomodação - incapacidade de focar de perto, e a não contração da pupila em resposta a
estímulo luminoso).
SCV:
- diminuição acentuada do tônus arteríolar e venomotor.
- diminuição da resistência periférica vascular.
- diminuição do retorno venoso.
- queda de PA.
- hipotensão ortostática ou postural.
- diminuição da contratilidade cardíaca.
- taquicardia moderada.
SNC:
- sedação.
- tremores.
- movimentos coreiformes
- aberrações mentais.
TGI:
- inibição da motilidade.
- constipação acentuada.
- redução da secreção.
Corpo:
- retenção urinária.
- sudorese termorreguladora reduzida.
TOXINA BOTULÍNICA
• Na face atua bloqueando o SNP agindo sobre a placa motora, impedindo a liberação de Ach pelo
neurônio pré-sináptico;
• Na axila atua bloqueando o SNP reduzindo a sudorese exagerada, com o tempo começa a
diminuir a função dos receptores. No caso da cirurgia em que ser corta o nervo, a pessoa começa
a suar nas costas e abdome para manter a temperatura estável;
FARMACOLOGIA DA DOR E INFLAMAÇÃO
DOR
Conceito: éuma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano tecidual presente
ou potencial, ou descrita em termos de tais danos. (IASP)
Pacientes com dor crônica tendem a ter transtornos de humor, ansiedade, transtornos de sono e
depressão. A tendência édenominar as alterações como transtornos de humor.
relembrar fisiologia da dor.
Circuito da dor:
A dor éo 5°sentido primitivo e éfundamental para a sobrevivência.
O estímulo doloroso inicia na periferia e éinterpretado no SNC, que, além da percepção da dor,
promove reaçãoàela. Logo, quando se pensa na resposta a dor deve-se considerar a percepção e a
reação.
No tratamento da dor deve-se considerar dois fatores: a dor periférica e a dor central.
1. ANALGESIA PERIFÉRICA
Analgésico não esterioidal.
Sensibilização periférica: lesão tecidual --- inflamação --- liberação de substâncias algogênicas
(sopa de sensibilização) --- nociceptores de alto limiar ou baixo limiar
Para ter inflamação épreciso tem MP, devido a presença dos fosfolipídeos, os quais são precursores
das prostaglandinas. Portanto, a inflamação pode ocorrer em qualquer tecido. A lesão tecidual
estimula a fosfolipase 2 e, com isso, a intensificação da produção das prostaglandinas. O excesso
de prostaglandinas causa a hiperalgesia (quadro em que substâncias que antes não causavam dor
passam a causar), o que favorece o aparecimento de dor, rubor, calor e edema, os quais se não
forem controlados pode causar perda de função. Além da resposta inflamatória, o sistema imune
também éestimulado pela lesão e pode atuar de duas formas: 1- ele estimula a lipooxigenase5, ela
leva a produção de leucotrieno, que estimula a produção de prostaglandinas; 2- ele estimula a
produção a ciclooxigenase (COX), ela estimula diretamente a resposta inflamatória através da
produção de prostaglandinas.
COX - quebra o ácido araquidônico.
COX1 - constitutiva, estando presente em todos os tecidos.
COX2 - constitutiva, estando presente em apenas alguns tecidos, como rins (controla a homeostase,
pelo controle da excreção de sódio, potássio e, consequentemente de líquidos), cérebro e fígado. A
COX2 éinduzida pelo processo inflamatório e, com isso, pode estar presente em todos os tecidos
nessa situação.
COX3 - SNC, pouca informação disponível.
A maioria dos pacientes apresentam dor periférica, cuja principal causa éa inflamação. Logo, os
anti-inflamatórios são utilizados no tratamento da dor.
Tratamento da dor periférica:
- Anti-inflamatórios esteroidais ou hormonais = CORTICOIDES
- Anti-inflamatórios e analgésicos não esteroidais ou não hormonais = AINES
Ação: analgésica, anti-inflamatória e anti-térmica ou anti-pirética;
Eles atuam inibindo a COX, atuando como um bloqueador ligado-se ao sítio ativo;
Receptor: enzima COX
Classificação: antagonista seletivo (COX1 ou COX2) ou não seletivo (COX1 e COX2)
reversível ou irreversível (segundo a ligação com a enzima);
Ácido acetilsalícilico - éa única droga cuja ligação com a enzima éirreversível;
2. ANALGESIA CENTRAL
Hipinoanalgésico.
As drogas podem não sóinibir a chegado do estímulo doloroso ao SNC mas também estimular a via
descendente inibitória da dor.
Os opioides pode gerar dependência física e psíquica.
Noradrenalina, endo-opiopeptidinas, serotonina.
No tratamento da dor podem ser utilizados, além dos analgésicos, anti-depressivos,
anti-convulsivos, entre outros. Essas drogas atuam como analgésicos nos transtornos dolorosos
crônicos mas não são classificados como analgésicos. Eles aplicados àanalgesia central pois atuam
no locus cerulus, aumentando por exemplo a serotonina.
Vício - age sobre o centro de recompensa.

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