Buscar

Perguntas Norteadoras de Farmacologia P1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 1 - FARMACOLOGIA GERAL (15/02)
Perguntas Norteadoras:
1. Qual o objetivo da farmacologia?
Entender como uma droga modifica a função da célula, podendo tratar células alteradas,
mas também podendo causar efeitos colaterais ou adversos.
2. Defina farmacocinética. O que é ADME?
Percurso que o fármaco faz no corpo e a sua dinâmica através da ABSORÇÃO,
DISTRIBUIÇÃO, METABOLIZAÇÃO e EXCRETA o fármaco. E a farmacodinâmica é o
mecanismo de ação da droga.
3. Qual a diferença entre administração enteral e parenteral? Local e Sistêmica?
Enteral: Via de administração pelo trato digestório. Pacientes com problemas hepáticos e
renais causam interferência nessa via.
Ela se subdivida em: oral, Sublingual e retal.
Parenteral: são vias que independem da via enteral, como os injetáveis e podem ser
divididas em endovenosa, subcutânea, entre outras.
Xenobióticos: substâncias desconhecidos ao organismo. Por exemplo, a grande maioria
dos medicamentos ingeridos por trato gastrointestinal passarão pelo fígado para ser
metabolizado e doenças hepáticas podem interferir na atuação do fármaco.
Comprimido x drágea = a drágea não pode ser dissolvido em meio ácido, pois irá alterar a
química do princípio ativo diminuindo o efeito do médico.
4. O que é o efeito primeira passagem?
É a quantidade de fármaco que é descartada assim que tomamos o remédio, através do
fígado e intestino.
5. Quais são os tipos de transporte através de membranas? Quais são as
características de cada tipo de transporte?
Resposta nas anotações de aula.
6. O que é bioequivalência?
Em termos farmacêuticos, dois fármacos equivalentes são considerados bioequivalentes
quando as taxas e amplitudes da biodisponibilidade (quantidade que irá surtir efeito de
verdade no organismo) do ingrediente ativo em dois produtos não forem significativamente
diferentes sob condições experimentais adequadas.
7. O que é aprisionamento iônico e como a ionização e o pH podem afetar a
absorção de fármacos?
Droga ácida se acumula em regiões de PH básico;
Droga básica se acumula em regiões de PH ácido.
Alterações de pH no organismo podem prejudicar a absorção e metabolização de fármacos.
Isso permite que o fármaco fica aprisionado o local.
ANOTAÇÕES DA AULA
● Fármaco ou droga é uma
molécula que tem uma propriedade
fundamental, não gera nada novo,
apenas altera a função celular.
● Princípio ativo tem alvos que ele entra em contato com a célula e envia um sinal nela
mudando sua função.
● Às drogas não são seletivas, então elas irão enviar sinal para várias células, e como elas
irão receber irão gerar respostas diferentes em cada célula, podendo mudar função de
células saudáveis ou células alteradas, quando são células normais mudando sua função
podemos dizer que ela sofreu um efeito colateral, nem sempre sendo maléfico para o
organismo.
● Efeito adverso é efeito secundários que
prejudicam a célula e o organismo, enquanto o
colateral seria um efeito mais amplo, abrangendo
tanto efeito secundário ruim, quanto benéfico.
● Fase farmacêutica: é a fase em que o
medicamento será estudado para ver com quais
adjuvantes (farmacêuticos, excipiente inerte,
edulcorante, corante) ele deve ser adicionado
para que funcione no organismo. Nessa fase
também é determinado como esse remédio deve
ser administrado para que ele não perca sua
função.
● Forma farmacêutica: cápsula, pomada.. etc. Dependendo dos adjuvantes que eu
adiciono ao princípio ativo, ele irá assumir uma forma de ser apresentado.
● Via de administração: como que esse fármaco irá entrar no meu organismo, que seja
compatível com a forma farmacêutica.
Farmacocinética:
Absorção:
Processos ocorridos:
1.Vias de administração;
1.Coeficiente de partição óleo/água;
1.Mecanismos de passagem;
1.Grau de ionização
Vias de administração:
Na via de adm da droga, o organismo pode encontrar
diversas barreiras, como por exemplo a barreira
placentária, hematoencefálica etc.
barreira hematoencefálica: rede de capilares que se
encontra na região do encéfalo, que proporciona trocas
nesta região.
Desintera o medicamento, libera o princípio ativo na maioria das vezes irá ser
absorvido
Coeficiente de partição óleo/água:
Todo fármaco lipossolúvel passa mais
rápido pela membrana.
Às moléculas sem carga são as que
atravessam a membrana mais fácil.
Quando elas possuem cargas vão
depender de canais específicos para
conseguir passar pela membrana.
Parte da droga que foi absorvida, ela
vai ter uma perda precoce de droga,
que chama-se perda de primeira
passagem.
MECANISMOS DE PASSAGEM:
processo passivo processo ativo
difusão simples primário
difusão facilitada secundário
Processo passivo
Difusão simples: o fármaco passa pro meio mais para o meio menos. Não gasta energia.
Difusão facilitada: algum componente proteico da membrana irá ajudar na difusão, na
passagem do meio mais para o meio menos.
Processo ativo
Primário:
pH e grau de ionização:
Sequestro pelo pH:
O que é bioequivalência?
Referência: são os laboratórios que fazem
todos os testes necessários com as drogas
para que ele entre no mercado é seja
confiável. Costumam ser mais caros, pois
gastam os nomes com a patente e testes.
Genéricos: costumam ser mais baratos pois
já pegam da referência a mesma
composição, exatamente iguais, inclusive os
mesmos adjuvantes.
Similar: tem uma diferença na qualidade dos
adjuvantes, com qualidades mais baixas do que o de referência e genéricos, limitando a
validade deles.
História da moléstia atual:
Paciente 50 anos, com antecedente de tabagismo e etilismo durante 30 anos, apresenta-se
com história de cancer de pancreas avançado, com inúmeras metástases ósseas e
abdominais. Chega ao consultório deitado na maca em posição antálgica abdominal e
acompanhante refere que não está conseguindo mais fazer ingesta de líquidos via oral,
apresentando muitas náuseas e vômitos e com piora importante da dor pois não está
conseguindo fazer a administração dos analgésicos prescritos nas últimas consultas.
Medicações em uso : amitriptilina , morfina , dipirona , bromoprida , omeprazol, óleo mineral
Exame Físico: orientado porém letárgico , emagrecido, desidratado ++/++++, hipocorado
++/+++, pele seca, taquidispneico, fáscies de dor. Ausculta pulmonar normal , cardíaca
normal, membros sem alterações. FC : 105 , pressão arterial 90/60
Perguntas:
1. Quais seriam suas principais preocupações nesse caso?
● Metástase óssea e abdominais: dificulta o deslocamento e a alimentação do paciente;
● Inanição: dificuldade de alimentar-se proporciona a carëncia de nutrientes essenciais à
vida e enfraquecimento;
● Verificar a glicemia do paciente;
● Dor incessante: dificuldade na administração de medicamentos e controle da dor;
● Desidratação: dificulta a metabolização dos medicamentos entre outras.
2. Que tipo de medicações esse paciente usa ? Quais suas funções?
AMITRIPTILINA -> antidepressivo, amitriptilina é rapidamente absorvida pelo trato
gastrointestinal e as concentrações plasmáticas atingem ápice dentro de 6 horas após a
dose oral, inibe o mecanismo de bomba da membrana responsável pela captação da
norepinefrina e serotonina nos neurônios adrenérgicos e serotoninérgicos.
MORFINA -> analgésico narcótico. A morfina exerce primariamente seus efeitos sobre o
SNC e órgãos com musculatura lisa. Seus efeitos farmacológicos incluem analgesia,
sonolência, euforia, redução de temperatura corporal (em baixas doses), depressão
respiratória relacionada com a dose, interferência com a resposta adrenocortical ao
estresse (em altas doses), redução da resistência periférica com pequeno ou nenhum efeito
sobre o coração e miose. A morfina, como outros opióides, age como um agonista
interagindo com sítios receptores estereoespecíficos e ligações saturadas no cérebro,
medula espinhal e outros tecidos alterando processos que afetam tanto a percepção da dor
como a resposta emocional à mesma. A morfina exerce sua atividade agonista
primariamente no receptor µ, amplamente distribuídos através do SNC, especialmente de
sistema límbico (córtex frontal, córtex temporal, amígdala ehipocampo), tálamo, corpo
estriado, hipotálamo e mesencéfalo, assim 2 como as lâminas I, II, IV e V do corno dorsal e
na coluna vertebral. Os receptores K estão localizados primariamente na coluna vertebral e
no córtex cerebral
DIPIRONA -> A dipirona é um derivado pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico,
antipirético e espasmolítico. Após administração oral, a dipirona é completamente
hidrolisada em sua porção ativa, 4-Netilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta
da MAA é de aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após administração oral
quando comparada à administração intravenosa. A farmacocinética da MAA não se altera
em qualquer extensão quando a dipirona é administrada concomitantemente a alimentos.
BROMOPRIDA -> distúrbios da motilidade gastrintestinal; - refluxo gastroesofágico; -
náuseas e vômitos de origem central e periférica. A bromoprida aumenta o tônus e
amplitude das contrações gástricas e relaxa o esfíncter pilórico resultando no esvaziamento
gástrico e aumento do trânsito intestinal. A bromoprida apresenta baixa ligação às proteínas
plasmáticas (cerca de 40%) e é metabolizada no fígado. Cerca de 10% a 14% da dose
administrada é excretada inalterada através da urina.
OMEPRAZOL -> Tratamento das úlceras pépticas benignas (gástricas ou duodenais). O
omeprazol é um agente inibidor específico da bomba de prótons, quimicamente
denominado como 5- metoxi-2[t2[(4-metoxi-3,5-dimetil-2-piridinil) metil]
sulfinil]-1H-benzimidazol, uma mistura racêmica de dois enantiômeros que inibem a
secreção ácida gástrica. O omeprazol age por inibição da H+K+ATPase, enzima localizada
especificamente na célula parietal do estômago e responsável por uma das etapas finais no
mecanismo de produção de ácido gástrico. Essa ação farmacológica, dose-dependente,
inibe a etapa final da formação de ácido no estômago, proporcionando assim uma inibição
altamente efetiva tanto da secreção ácida basal quanto da estimulada, independentemente
do estímulo. A excreção do omeprazol é predominantemente renal (77%). Após
administração de uma dose única oral de solução de omeprazol, uma pequena quantidade
do fármaco inalterado foi eliminada via renal. A maior parte da dose (77%) é excretada na
urina na forma de seis ou mais metabólitos.
ÓLEO MINERAL: retarda a passagem das fezes, lubrifica o trato gastrointestinal.
3. No caso da morfina , quais seriam possíveis vias de administração da droga?
Existem várias formas de administrar a morfina: via oral, intravenosa, intramuscular,
subcutânea, epidural, intranasal e transdérmica. Via de administração preferível é a via oral,
pois via é mais oportuna, menos dolorosa e existe uma vasta gama de preparações
disponíveis. Contudo, em caso de paciente com dor aguda, inicialmente a administração
pode ser feita sobre a forma de injeção. Esta forma pode ser usada por duas razões, ou
porque é desejado um efeito mais rápido, ou porque a forma oral é desaconselhada para
aquele paciente (devido por exemplo, a vómitos ou úlceras). Relativamente às formas
injetáveis, a injeção intravenosa é preferível à intramuscular ou subcutânea, no tratamento
da dor. Isto acontece porque como resultado da administração os efeitos serão sentidos
dentro de 30 minutos após a administração, e mais do que isso no caso de ocorrer
depressão respiratória, esta irá ocorrer rapidamente. Por outro lado, a via intramuscular e
subcutânea pode levar a que a absorção não seja uniforme, podendo variar de acordo com
a perfusão periférica, provocando um atraso no início da ação. Hoje em dia, pacientes que
usam cronicamente morfina, podem controlar a quantidade do fármaco que é administrada
graças a uma bomba de infusão controlada pelo paciente. Este modo de administração
apresenta vantagens, como a obtenção de melhores níveis de analgesia, maior satisfação
do paciente, graças à redução da ansiedade, levando mesmo à redução das doses, o que
também diminui o índice de sedação.
4. O que são cuidados paliativos ? Quais as preocupações do paliativismo?
Cuidados Paliativos são os cuidados assistenciais oferecidos para todo paciente que tenha
uma doença fora de possibilidades de cura (que ameace a vida) visando melhor qualidade
de vida através da prevenção e alívio do sofrimento imposto pela doença. Para isso é
fundamental que o paciente tenha acesso a uma equipe multidisciplinar. Essa equipe tem o
desafio de avaliar e tratar da dor e outros sintomas físicos, assim como aspectos sociais,
psicológicos e espirituais.
Nessa modalidade de tratamento o principal cuidado é com o diálogo, que deve ser aberto e
franco entre todos, equipe que assiste, família e paciente. Um diálogo feito com compaixão
e atenção aos mínimos detalhes, para que possamos garantir a autonomia do paciente.
5. Que vias de administração poderíamos usar nesse caso?
Via parenteral (intravenosa), pois ele não está conseguindo fazer ingesta de líquidos via oral
Conceitos:
1-Vias de administração de drogas
2-Individualização do tratamento
3- Mesma droga : muitas vias
4- Absorção : diferentes vias
5- Paliativismo e hipodermóclise
ESTUDAR
1. Lei de Fick
2. Equação de Henderson-Hasselbalch
3. pKa de uma droga
Aula 2 - Farmacocinetica - 22/02
Perguntas Norteadoras
1. Defina volume de distribuição de um fármaco.
2. Defina as diferenças entre fármacos lipossolúveis e hidrossolúveis.
3. Qual o efeito da hipoalbuminemia sobre a distribuição de fármacos?
Quanto mais albumina, mais droga se tem ligada a albumina
4. Explique outros fatores que podem interferir no processo de distribuição de
um fármaco
Pré-teste:
1. São consideradas formas de ligação entre droga e receptor (Ligações
eletrostáticas, Ligações hidrofóbicas e Ligações covalentes), exceto: Ligações
ácido-base
2. São mecanismos de permeação dos fármacos? Difusão aquosa, Difusão lipídica
e Transporte Ativo
3. É um exemplo de fármaco com alto peso molecular e baixa capacidade de
permeação: alteplase
4. A lei de difusão de Fick é relacionada principalmente, com qual mecanismo de
permeação de fármacos? Difusão Aquosa
Caso Clínico:
G.P.S. , 39 anos , masculino , solteiro , contador , procedente e natural de Bauru.
Q.D. : Lombalgia há 30 dias , febre há 7 dias.
H.M.A: Paciente refere que há 30 dias iniciou quadro de dor lombar inicialmente de pequena
intensidade com piora progressiva ao longo do tempo. Desde o início do quadro começou a
tomar diclofenaco para dor diariamente 3 vezes ao dia. Ao longo desse período começou a
sentir cansaço, dispnéia leve e nos últimos 7 dias começou a sentir febre iniciando uso de
paracetamol e dipirona alternadamente. Desde ontem notou edema importante de membros
inferiores e tontura e teve uma piora da dispneia.
Paciente corado , hidratado , levemente dispneico, consciente , orientado. Pele
edemaciada, principalmente em membros inferiores. Temperatura : 37,6 FC : 110 bpm , PA:
160/90.
AR: Mv bilateralmente com crepitações leve em bases pulmonares bilateralmente
ACV: 2BRNF sem sopros
Abdome : Tenso , RHA + , peristaltismo diminuído
Giordano +
MMSS/MMII: edema de membros inferiores ++/++++ Neuro: sem alt.
Exames clínicos:
Hb: 12,3
Hct: 35
Leuco : 18000 glóbulos brancos com 15 % de formas jovens ( bastonetes)
Plaquetas : 130000
Ureia : 65 Creat: 1,8
Na : 134 K : 5,2 Ca : 8,02
Urina 1 : bacteriúria , hematúria , leucocitúria e sedimentos . Nitrito positivo
Aparelho de gasometria estava quebrado
Perguntas:
1. Quais são os riscos do uso de antiinflamatórios ? Como agem os
antiinflamatórios?
Os riscos são prejudicar os rins, gastrite, pode ter efeito de interação com um monte
de drogas. Eles irão bloquear a cascata do ácido aracdônico.
2. Quais as consequências da nefrotoxicidade dos AINES?
O grupo de risco para as alterações renais causadas por AINEs inclui os pacientes
com queda da taxa de filtração glomerular, por hipovolemia, insuficiência cardíaca
congestiva, cirrose (principalmente quando há ascite) ou nefróticos com altos níveis
de proteinúria. O espectro de nefrotoxicidade inclui necrose tubular aguda, nefrite
intersticial aguda, glomerulonefritemembranosa, síndrome nefrótica por doença de
lesão mínima, necrose de papila renal, insuficiência renal crônica, retenção
hidrossalina, hipertensão arterial sistêmica, hipercalemia e hipoaldosteronismo
hiperreninêmico.
3. Ao fazer uma prescrição para esse paciente o que devemos nos preocupar em
relação a ADME de drogas?
A preocupação é com a excreção do medicamento, pois o paciente já se encontra
com algum possível problema renal.
4. Como se apresenta o volume de distribuição dessas drogas nesse paciente?
O volume de distribuição dessas drogas nesse paciente encontra-se maior.
5. Podemos esperar alterações de excreção de drogas ? E metabolização?
Menor excreção do medicamento com consequente diminuição da metabolização
devido ao rim comprometido
6. Como é calculado o clearence de creatinina plasmática? O que ele representa?
7. Quais exames você pediria em seguida prioritariamente?
8. Qual doença sistêmica está muito associada a lesão renal e diminuição da
reserva de função renal?
Slides:
FARMACOCINÉTICA-DISTRIBUIÇÃO:
O que é distribuição de fármacos?
O fármaco irá te uma capacidade de
através da corrente sanguínea se
distribuir em compartimentos diferentes
do corpo, tendo fluidos diferentes, pH
diferentes. Envolve a chegada do
fármaco nesses diferentes pontos para
o meio células. SANGUE →
INTERSTÍCIO → CÉLULA. , pois tem o
metabolismo de primeira passagem.
(perdas prévias da droga, antes dela
chegar na sua atuação)
Não é 100% que chega no local de
ação Qual parte do fármaco não é
100% absorvida? Parte hidrossolúvel.
O que é metabolismo de primeira passagem?
Metabolismo de primeira passagem é a primeira
excreção do fármaco antes dele atingir o local de
ação.
Fatores que interferem na distribuição?
A quantidade de sangue que irriga um órgão, interfere muito na distribuição. Quanto mais
perfundido um órgão, mais fármaco irá chegar nele. Totalmente proporcional ao tanto de
vascularização. FÍGADO, RIM e CÉREBRO SÃO ÓRGÃOS DE ALTA PERFUSÃO. Órgãos
vascularizados ou poucos irrigados são os músculos, e tecido adiposo, também o tecido
ósseo.
Fatores que interferem na distribuição?
Nós temos no sangue 2
proteínas que transportam
fármacos: ALBUMINA →
preferência em fármaco ácido
e ALFA 1 GLICOPROTEÍNA
ÁCIDA → transporta fármacos
básicos.
Quando o fármaco se liga a
essa proteína plasmática,
parte dele fica associado e
outra parte fica livre, a
distribuição dele fica baixa.
Fármacos que tem muita afinidade a se ligar a essas proteínas, terão baixa distribuição,
tendo um maior tempo do fármaco no corpo. A meia vida do remédio se deve a isso.
Enquanto um fármaco está ligada a albumina, eles estão fazendo trocas de radicais, pra
fazer com que o fármaco se desprenda mais devagar nela e caia mais lentamente na
corrente sanguínea.
Na imagem: a albumina é essa parte amarela dentro do espaço vascular, enquanto o
fármaco é a cor rosinha.
Todo fármaco da classe l tem alto grau de afinidade de ligação à proteína plasmática.
(BAIXA DISTRIBUIÇÃO)
Todo fármaco da classe ll tem baixo grau de afinidade de ligação à proteína plasmática.
(ALTA DISTRIBUIÇÃO)
Deslocamento de drogas:
Deslocamento de drogas é
quando há interação entre dois
fármacos, sendo um com mais
afinidade, e então a albumina
se liga a droga, liberando a
outra droga na forma livre na
corrente sanguínea de maneira
mais precoce, podendo ser
prejudicial.
Reservatórios de fármacos:
Tecido adiposo, tecido muscular e ossos - são
todos tecido de reserva, demora para liberar o
fármaco.
Volume de distribuição aparente (Vd):
Apresenta a proporção aparente da concentração do fármaco no plasma e nos tecidos.
Isso não é homogêneo na população, existem vários valores que irão interferir nisso.
Devemos levar em conta às características do paciente e também às características do
fármaco.
No paciente:
Idade - metabolismo e volume de água no corpo
Peso - presença de tecido adiposo (que irá reservar a droga por muito mais tempo).
Função cardíaca - perfusão dos órgãos.
Concentração de prot plasmática - liberação mais rápida do fármaco no organismo em
sua forma livre, no caso de HIPOALBUMINEMIA.
Característica do fármaco:
Ionização - ela atravessa a membrana mais devagar, então a distribuição diminui.
Correlação clínica:
Menino de 7 anos de idade chegou ao pronto atendimento de um hospital apresentando
edema generalizado e febre. Exames de urina e sangue confirmaram o diagnóstico de
infecção urinária e Síndrome nefrótica. Nesta condição, cite duas possíveis alterações na
distribuição de fármacos que devem ser consideradas pelo médico previamente a
prescrição de algum medicamento
Vamos analisar este gráfico:
pKA: é uma característica de uma molécula, que se equilibra na forma dela ionizada e não
ionizada. 50%/50% se for na solução própria para ela. Caso o meio mude, ela pode se
distribuir de maneira diferente.
Ex de PROVA: pKa 3,0 em pH 3,0 significa que 50% está na forma molecular e 50% está
ionizada. Se for baixar e colocá-la num pH mais baixo, irá aumentar a forma molecular
(protonada).
Aula 3 - 01/03 - Metabolismo e excreção
Questões Norteadoras:
1. Qual é a função do metabolismo de fármacos?
2. Como pode variar a atividade de um metabólito em relação ao fármaco
original?
3. Quais são os locais de metabolismo de fármaco?
4. Quais enzimas estão envolvidas no metabolismo de fármacos?
5. Qual a diferença entre o metabolismo de 1a fase e de 2a fase?
6. Qual a consequência da falta de seletividade das enzimas Cyps.
7. Qual a principal via de excreção dos fármacos?
Pré-teste:
1. Em que órgão ocorre a principal metabolização dos fármacos? Fígado
2. Paciente de 18 anos é trazida ao setor de emergência devido a overdose de
uma droga . Qual a via de administração é mais adequada para esse caso?
Intravenosa
3. Qual dessas afirmações é verdadeira em relação a barreira hemato encefálica?
Fármacos lipossolúveis atravessam facilmente a barreira hemato encefálica
4. De que maneira viável atualmente não podemos alterar a via de excreção de
um fármaco? Alterando a genética do paciente
Slides:
Metabolismo e Excreção:
Quais partes do corpo metabolizam fármacos?
Fígado, dentro dos hepatócitos
estão às enzimas microssomais,
que são enzimas que ficam no
REL. E em todos os outros órgão
que metabolizam os fármacos, vão
existir essas enzimas
microssomais que metabolizam
fármacos. São subdivididas em
duas famílias:
→ Citocromos P450.
→ Transferases.
Quais enzimas metabolizam fármacos?
Elas são divididas em
isoformas. Podem ser divididas
em duas fases:
→ Fase 1: flavoproteínas (às
enzimas para funcionar
precisam do FADh para
funcionar) e hemoproteínas
(possuem grupamento heme
do sangue, formado por 4
anéis cítricos + o ferro).
**xenobiótico é uma molécula
estranha ao nosso corpo, todo
fármaco é um xenobiótico.
A enzima mais abundante é a CYP450.
A importância de ter várias isoformas é que tem mais chance de se ligar a diferentes
receptores, tendo uma variedade maior de resposta de metabolização.
Reação de Oxirredução predomina na fase 1 → essas reações podem ativar ou desativar
fármacos que chegam ao fígado inativo (pró-fármaco) ou ativo.
Exemplo de pró-fármaco: enalapril (inibidor da ECA).
→ Fase 2: Conjugação (na maioria das vezes inativa o fármaco, perdendo a função)
O que é conjugar? a enzima que conjuga a droga são as transferases (transferem
grupamentos)
UGT/UGD é a enzima mais abundante seguida pela SULT (transfere grupamento químico
para o fármaco fazendo ele perde a função)
Quem que doa esses grupamentos químicos? Vem do lixo (ácido glicurônico, por exemplo)
gera a conjugação
Reações da Fase I e da Fase II ou metabolismo de primeira e segunda fase:
Ácido sulfúrico, ácido
glicurônico, são lixos
produzidos. A a transferase
pega grupamento do lixo e
transfere para o fármaco,
nessa transferência gera
uma conjugação. Quando
isso ocorre o fármaco
perde sua função.
Questão de prova: o que é ácido glicurônico? É um lixo gerado pelo metabolismo do
fármaco nos hepatócitos, que será conjugado a um fármaco e isso irá fazer com que
através dessaconjugação o fármaco perca essa função. A enzima que realiza essa
conjugação é a transferase. A glicuroniltransferase é a mais comum!
ENZIMAS DE CONJUGAÇÃO: Aumentam a absorção
- aumentam a polaridade do medicamento
- aumentam o peso molecular – aumenta a eliminação através das fezes.
- a maioria ocorre no citosol
Quais os objetivos do metabolismo ou biotransformação de fármacos?
Como pode variar a atividade de um metabólito em relação ao fármaco original?
Metabólitos do fármaco original = produtos
produzidos por eles, não serão prejudiciais.
Como eu garanto efeito terapêutico e o mínimo de
efeito lesivo? Devo respeitar a dosagem do fármaco.
O fármaco ao ser metabolizado gera produtos
lesivos, porém devemos sempre olhar a dosagem
adm. O fármaco pode ser inócuo.
Quais as vias de excreção dos fármacos?
A via de excreção mais
importante é a via urinária
(RINS). Porém temos outras
vias, como a bile, fígado,
pulmão, pele.
Quais processos estão envolvidos na formação da urina?
QUESTÃO DE PROVA!
Sabendo que o túbulo proximal tem PH
ácido, como se comporta um fármaco
de ac. fraco? O fármaco vai estar na
forma molecular e será absorvido,
diminuindo a excreção. Se eu alterar o pH
para mais básico, ele será ionizado e não
será absorvido, sendo então excretado
pela urina.
Na intoxicação por um ácido, eu posso
alterar o pH da urina para que seja
excretado mais facilmente, no caso
alterando para um pH mais básico.
Fármaco livre passa pela excreção
urinária, fármaco ligado não, pois está
ligado a albumina que é a principal proteína do corpo e isso impede a excreção.
Fármacos lipossolúveis:
MISTURAR COM A BILE, ARMAZENADA
NA VESÍCULA E JOGADA NO DUODENO
PARA SEREM ELIMINADOS NAS FEZES.
Se eu tomar um antibiótico eu terei uma
interação com o anticoncepcional, o
antibiótico mata bactérias da flora intestinal,
não dando para desconjugar o AC, logo não
será absorvido pelo corpo, sendo excretado
e não surtindo efeito no organismo.
Interação medicamentosa:
Caso Clínico:
A.B.S. , 24 anos, estudante de medicina chega extremamente ansiosa porque está com
teste de gravidez positivo mesmo em uso de anticoncepcional . Discute com o médico como
que isso pode ter acontecido se estava em uso regular e não houve falhas no uso do
medicamento. Ao ser questionada pelo médico se teve alguma outra mudança nas últimas
semanas refere que começou a ter piora das enxaquecas pelo uso do anticoncepcional .
Procurou um médico de família que prescreveu topiramato para profilaxia das crises de
enxaqueca que não estavam deixando ela estudar. Pressionada pelo ginecologista refere
que tem feito uso regular de álcool durante a semana em festas universitárias e que tem
mantido relação sexual com seu namorado.
Exame físico: BEG , corada , hidratada , eupneica . F
ACV: 2 brnf s/sopros
AR: MV bilat s/ra
Abdome : sem alterações
MMSS e MMII: sem alterações
Neurológico: sem alt
Exames Clínicos: Teste sérico de gravidez positivo .
Sem outros exames.
Perguntas:
1. Quais etapas da ADME (administração do medicamento) podem ter falhado
nesse caso?
Etapa 2. Ocorreu falha na metabolização.
2. Quais as consequências do uso de álcool e anticoncepcionais ?
Ativação do CPY450 diminuindo a atividade do fármaco no uso crônico. No uso
agudo, aumenta os níveis de estradiol em um tipo de pílula.
3. Qual a consequência da associação com uso de topiramato? Qual classe de
medicação ele pertence? Está certa sua indicação para enxaqueca?
O topiramato (nome comercial: Topamax) é um anticonvulsivante. Drogas
antiepilépticas neuromoduladoras são atualmente recomendadas para o tratamento
profilático da migrânea porque estudos duplo-cego controlados com placebo
comprovaram sua eficácia.
Está certa a indicação, os anticonvulsivantes irão interferir na metabolização do AC
do citocromo CP450.
O topiramato corrobora para metabolização e indução do citocromo B450,
aumentando a absorção e a excreção e diminui a concentração sérica do fármaco e
sua atuação.
4. Qual principais locais de metabolização dos fármacos e principais enzimas
envolvidas? Principal local é o fígado e a principal enzima é o citocromo.
5. O que pode ter acontecido para a falha desse método? Algum problema na fase
2 ou seja, conjugação do medicamento, que não irá permitir sua absorção no
organismo.
Mistura racêmica - moléculas que tem estereoisomeria e que estão apresentadas como
mistura pros dois lados.
AULA 4 - Farmacodinâmica (08/03/2019)
QUESTÕES NORTEADORAS:
1. Qual a diferença entre afinidade, eficácia e potência farmacológica?
Afinidade se dá pela atração química entre a parte receptiva e o fármaco.
Eficácia: é o efeito promovido pelo fármaco (princípio ativo).
Potência:
2. O que significa índice terapêutico e janela terapêutica ?
Índice terapêutico:
Janela terapêutica:
3. O que representa os conceitos de agonista e antagonista e quais os seus tipos?
Substâncias endógenas possuem uma ação e promovem um efeito. As substâncias
agonistas é uma molécula que tem características químicas semelhantes a substância
endógena, ou seja, ela tem o mesmo receptor da substância endógena e efeitos similares
ou potencializados. O antagonista é quimicamente diferente das substâncias endógenas,
mas possui ação no mesmo receptor que as substâncias endógenas e não geram efeito
(bloqueia o receptor). Exemplo: o propranolol é antagonista da adrenalina.
4. Defina diferença entre agonista parcial e total.
Agonista parcial:
Agonista total ou integral ou pleno: liga-se ao receptor, ativando e gera um efeito 100%
efetivo. Isso promove uma eficácia total na ação.
5. Classifique os principais receptores dos fármacos e seus sistemas efetores.
Pré-teste:
1. São tipicamente os receptores associados a respostas celulares rápidas , por
ação direta receptor-fármaco: Receptores de canais iônicos.
2. Se 10 mg de naproxeno produzem a mesma resposta que 100 mg de
ibuprofeno qual das seguintes afirmativas é verdadeira? O naproxeno é mais
potente que ibuprofeno.
3. O isoproterenol provoca uma contração máxima do músculo cardíaco de modo
similar à epinefrina. Qual dos seguintes termos o descreve melhor? Agonista
total.
4. Se 10 mg de morfina produzem uma resposta maior que do que a que pode ser
obtida com o máximo de ibuprofeno de qualquer dosagem qual das seguintes
afirmativas é correta? A morfina é mais potente que o ibuprofeno.
Slides:
Eficácia de um fármaco - é um resultado final melhor comparado a outra droga. Por
exemplo, quando um fármaco cura 40% e o outro cura 30% o primeiro fármaco é mais
eficaz.
Potência de um fármaco - é precisar de uma massa menor de um fármaco, para que ele
tenha a mesma ação que outro que precisa de uma massa maior.
Qual o objetivo da Farmacodinâmica?
A farmacodinâmica mostra a
interação do princípio ativo do
fármaco interage com o nosso
organismo. Para ele interagir ele
deve entrar em contato com a
célula. Para o fármaco poder
interagir com a célula é necessário
a existência de receptores. Na
maioria das vezes a natureza
desse receptor é proteica, que tem
afinidade química a elementos
químicos da droga.
Afinidade do fármaco - se dá a atração química da proteína com o fármaco.
Receptores de fármaco: proteínas transportadoras, de canal ou receptor.
Podem estar na membrana, citoplasma ou ser uma enzima.
Interação droga-receptor
Ação x Efeito:
A estrutura química da droga é
atraída pela estrutura química
do receptor.
Ação = quando a droga entra em
contato com o receptor (contato
molecular). Ela não precisa gerar
um efeito obrigatoriamente, ou
seja, essa mudança pode ou não
ocorrer na célula.
Efeito = É a mudança que ocorre
na célula após a droga entrar em
contato com o receptor. Podem
ser terapêuticos (quando aquilo
causa algo bom na célula),
colaterais, adversos e tóxicos.
Colaterais, adversos e tóxicos = ocorrem quando o fármaco se liga a receptores não
específicos.
Efeito colateral = é um efeito secundário, podendo ser bom ou ruim.
Adverso = sempre prejudicial, mas não lesa.
Tóxico = sempre lesivo.
** A dose garante mais efeitos terapêuticos, porém não protege de efeitoscolaterais e
adversos.
*A droga teve ação e se ligou ao receptor, para ela ter efeito ela deve ativar o receptor,
para ativar o receptor é necessário alterar sua conformação.
Kd = constante de dissociação
kd alto: droga se liga, mas com muita facilidade se solta ao receptor e não gera efeito
kd baixo: droga se liga e não se solta ao receptor, gerando o efeito
Agonista x Antagonista:
1ª situação: bastões em verde são substâncias (agonistas) endógenas, por ex adrenalina,
para ela se ligar a proteína ela deve mudar a função células.
2ª situação - FÁRMACO AGONISTA: fármaco agonista é muito parecido com a substância
corporal, ele tem a mesma ação que o endógeno, ou seja, se ligam ao mesmo receptor.
3ª situação - FÁRMACO ANTAGONISTA: o fármaco antagonista, são quimicamente
diferentes da substância endógena, porém ele tem ação, conseguindo se ligar ao receptor,
mas não consegue gerar efeito (ou seja não mudam a configuração celular). Ele se liga ao
receptor para bloquear, não deixando uma substância endógena ou agonista se ligue a esse
receptor. Não tem eficácia.
Quais são os tipos de agonistas?
Agonista
total/integral/pleno: ele vai
se ligar ao receptor, vai
ativar o receptor, e irá gerar
um efeito 100% efetivo.
Consegue gerar uma
modificação geral na minha
célula plenamente, mesmo
em uma dose mais baixa
(drogas altamente
potentes). Ou seja, é
totalmente eficaz. O agonista total é mais potente.
Agonista parcial: mesmo que ela se ligue 100% nos receptores, ela não terá o efeito de
100%. Ou seja, não modifica minha célula totalmente. Ele é menos potente.
Agonista inverso: ele se liga a um receptor que já está ativado fisiologicamente sem
nenhum ligante, quando ele se liga ele faz com que a função deste receptor
fisiologicamente ativado, se desative. Diminuindo a função do receptor fisiológico. Ex: a
contração de um músculo. Polaramine, loratadina, são considerados agonista inverso da
histamina, que bloqueia a ação exacerbada da histamina no nosso organismo.
** Na prova: quando for CONSTITUCIONALMENTE, é que o receptor já funciona
fisiologicamente.
Quais são os tipos de antagonistas? Os antagonistas não permitem mudança de
efeito na célula. Ele serve para não deixar ativar o receptor, ou seja, o efeito na célula.
Antagonista competitivo: ele vai
se ligar ao mesmo sítio ativo do
receptor do agonista. Ou seja, vai
competir com o agonista pelo
mesmo sítio ativo. Se ele tiver
mais afinidade, ele vai se ligar e
causara ação, mas não gerará
efeito, bloqueando o efeito do
agonista. É um processo
reversível, aumentando a
concentração do agonista, assim
o antagonista irá sair e o agonista
irá se ligar. Ex: propranolol com adrenalina, aumentando adrenalina ele se desliga do
receptor.
Antagonista não-competitivo: ele vai se ligar ao sítio ativo, mas não irá competir com o
agonista pelo sítio ativo, sendo um processo irreversível. Mesmo que eu aumente a
concentração do agonista, o antagonista não irá se desligar, logo sendo irreversível. Ex:
aspirina.
Alostéricos: é quando o ligante
se conecta a proteína, mas não
no sítio ativo, a partir dessa
ligação ela consegue interferir
na estrutura química do sítio
ativo. Não há competição pelo
sítio ativo, ele consegue
modificar a estrutura química do
sítio ativo, gerando dois
mecanismos, o agonista não
ativa o receptor ou aumentando
o constante de dissociação, não
deixando o agonista exercer sua ação. Sendo assim, teve ação, pois o sítio foi alterado,
mas não surtiu efeito, pois o agonista não conseguiu ativar o sítio ativo.
** DECORAR ESSE ESQUEMA.
Qual a diferença entre afinidade, eficácia e potência farmacológica?
** GRÁFICO DE PROVA!!!!
Para a droga ter potência, ele
deve ultrapassar o limiar (no caso
do gráfico é o 50)
Antagonista no gráfico: tem dose,
mas não tem resposta, pois ele não
causa efeito, somente bloqueia a
ativação do receptor.
Agonista inverso: tem dose, mas
diminui o que é funcional.
Gráfico de curva x dose.
Comparando os opióides: Morfina x Meperidina x Codeína.
A morfina é agonista pleno opioide.
A hidrocortisona e AAS não atuam no mesmo receptor, logo não são agonistas. Não são
opioides.
Quais são os tipos de agonistas?
Esse gráfico mostra fármacos que
atuam na motilidade do intestino.
Agonista pleno: Butila, sendo mais
potente e mais eficaz que a Hexila.
Agonista parcial: Heptila e Octila.
Potência:
O que é janela terapêutica?
A janela terapêutica é a faixa de doses (concentrações) de um fármaco que produz resposta
terapêutica, sem efeitos adversos inaceitáveis (toxicidade), em uma população de pacientes
Na faixa entre a dose mínima e a
dose máxima, é chamada de
janela terapêutica, são às doses
que não prejudicam o paciente.
O que é índice terapêutico?
O índice terapêutico (IT) de um fármaco é a relação entre a dose que produz toxicidade em
metade da população (DT50) e a dose que produz o efeito eficaz ou clinicamente desejado
em metade da população (DE50):
IT = DT50 / DE50
Índice terapêutico pequeno é quando a dose letal é muito próxima da dose terapêutica.
Índice terapêutico amplo é quando a dose letal está bem afastada da dose terapêutica.
Lítio = droga usada para bipolaridade, interfere nos canais de cálcio do neurônio. É um
cátion agonista do cálcio. O índice terapêutico dele é baixo, sendo uma droga de baixa
segurança. Pois a dose terapêutica é muito próxima da dose letal, tendo um baixo índice
terapêutico.
Valor menor que 5 = são doses de baixa seguranca, dose terapêutica muito estreita. Dose
letal muito próxima da dose terapêutica.
Valor entre 5 e 10 = são razoáveis.
Valor maior que 10 = possuem uma janela ampla, tendo a dose terapêutica alta. Não
precisam geralmente de prescrição médica.
Aula 5 (15/03/2019) - Drogas Simpatomiméticas e simpatolíticas:
Questões Norteadoras:
1. Quais os efeitos fisiológicos da ativação ou inibição dos diferentes receptores
adrenérgicos?
2. Como agem os fármacos simpatomiméticos e simpatolíticos nos receptores
adrenérgicos?
3. Quais os principais usos clínicos dos simpatomiméticos e simpatolíticos ?
4. Quais os efeitos adversos relacionados a estes fármacos?
Pré-teste:
1. O receptores encontrados nos órgãos efetores da cadeia do SNA simpático
são classificados como: alfa e beta adrenérgicos
2. Com relação a atividade do SNA simpático qual dessas afirmações está
correta: A fibra pré-ganglionar do SNA simpático é curta e a pós é longa: A fibra
pré-ganglionar do SNA simpático é curta e a pós é longa
3. Fazem parte da cadeia simpática os nervos autonômicos: gânglio cervical
superior, gânglio cervical médio, gânglio cervical posterior, gânglio celíaco e Gânglio
mesentérico anterior e posterior
4. O neurotransmissor secretado pela fibra pré-ganglionar no gânglio
autonômico do SNA simpático e seu receptor são respectivamente:
acetilcolina/nicotínicos
5. A emergência do nervos do sistema nervoso autônomo simpático da medula
espinhal é: região tóraco-lombar
6. Todos os tipos de células são inervados pelo SNA, exceto: Músculo esquelético
7. Os receptores alfa-1 adrenérgicos estão predominantemente envolvidos em
qual dos seguintes eventos? Vasoconstrição
Slides:
Sistema Nervoso:
SN Autônomo: Não conseguimos controlar ele.
Parassimpático = fibra pré ganglionar longa e fibra pós ganglionar curta. Essa fibra pré e
pós ganglionar libera acetilcolina e também libera acetilcolina. Torácico e lombar
Simpática = essa fibra irá liberar acetilcolina (pré ganglionar) e o receptor será nicotínico.
Sacral.
Coração:
Simpático = aumento da frequência cardíaca. Por conta de sua inervação nó coração.
Parassimpático = diminuição da frequência cardíaca. Ele só inerva o nodo sinoatrial do
coração, por isso não interfere em outras coisas.
Características do neurotransmissor:
Síntese
Armazenamento
Liberação
Ligação ao receptor
Inativação
Estrutura química:
O catecol faz parte das catecolaminas,
noradrenalina, norepinefrina, todas fazem parte
desse tipo.
SÍNTESE, ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DAS CATECOLAMINAS:
→ Eu tenho um neurônio pré ganglionar, que estará produzindoum neurotransmissor e
armazenado em vesículas. Eu tenho a tirosina, e vou começar a sofrer várias alterações até
tornar-se em noradrenalina que será carregada pelas vesículas. A célula vai sofrer
despolarização, quando tiver um estímulo, que vai abrir um canal voltagem dependente
(quando a célula fica positiva) para o íon cálcio, permitindo que haja a exocitose do
neurotransmissor. Quando o neurotransmissor for liberado, ele vai se ligar com receptores
específicos (adrenérgico).
→ Dentro do neurônio existe a monoaminoxidase (MAO), é uma enzima que degrada a
noradrenalina, logo, se não tiver noradrenalina na vesícula quebra mesmo assim.
→ Dentro de alguns órgãos periféricos, principalmente no fígado, existe a enzima
catecol-o-metiltransferase (COMT).
→ Enzimas específicas responsável pela recaptação do neurotransmissor tirando-o do
receptor
inibição enzimática e recaptação (noradrenalina)
→ A noradrenalina tem dois efeitos: pode-se desenvolver um efeito excitatório ou efeito
inibitório (depende do receptor diferente que está acoplado na proteína G diferente)
→ Receptor pré-sináptico: efeito inibitório da secreção da noradrenalina (alfa 2 regula a
secreção)
→ Se inibir a MAO ocorrerá uma maior disponibilidade de neurotransmissor na fenda
sináptica (noradrenalina). AGONISTA INDIRETO
→ AGONISTA DIRETO: se liga ao receptor fazendo o mesmo papel do neurotransmissor
Receptores Adrenérgicos:
Receptor metabotrópico beta noradrenérgico
Mecanismo: A noradrenalina liga-se ao receptor do tipo beta ativando a adenilciclase que
hidrolisa o ATP em cAMP produzindo o 2º mensageiro. O cAMP difunde-se até o citosol e
ativa a enzima quinase A (PKA). A PKA age fosforilando canais iônicos e modificando a sua
condutância.
Resultado: abertura de canais de Cálcio e aumento de excitabilidade da membrana
pós-sináptica
Catecolaminas: adrenalina, noradrenalina, dopamina
rápido início de ação
breve duração de ação (mecanismo de inativação)
- como prolongar sua ação? infundir continuamente pela veia (bomba de infusão
endovenosa mandando sempre a mesma quantidade).
não são administradas por via oral e não ultrapassam a barreira hematoencefálica
Ex.: Choque Séptico (contração dos vasos - efeito alfa1)
Medicamentos que temos que saber:
Ação direta: liga-se diretamente no receptor
- seletivos: medicamentos que vão ter mais afinidade específica por algum tipo de
receptor (mas não é 100% seletivo)
- não seletivos: eu tenho afinidade pelos outros receptores (afinidade e eficácia
diferente)
Ação mista: liga-se ao receptor e, também, interfere na secreção do neurônio (depende
parcialmente de estoque endógeno)
Ação indireta: apenas interfere nos mecanismos que a pessoa já tem (depende de estoque
endógeno)
- anfetamina: aumento da captação das catecolaminas
- cocaína: inibe a recaptação neuronal (deixa o neurotransmissor por mais tempo na
fenda aumentando ação)
- inibidores da COMT: aumenta a disponibilidade de neurotransmissor
Pq saber desses tipos de ação de medicamentos? Saber qual depende de estoque
endógenos.
Usos mais comuns:
- pq a adrenalina é usada junto com anestésicos locais? Causa vasoconstrição
(diminui o risco de hemorragia, concentra o anestésico no local de ação)
- isoproterenol: não é mais usado (usado muito em exames de arritmia apenas)
Não Catecolaminas:
Comparadas a catecolaminas:
- maior duração da ação
- Podem ser administradas por via oral
Por quê em parto prematuro? relaxamento do útero
Resumo: quadro organizado pela afinidade
Por quê alfa2 abaixa a PA (não é pra ter um efeito adrenérgico, pq ele abaixa a pressão?)
O que acontece quando eu ligo um agonista em um receptor alfa2? faz auto-regulação
(sinaliza para diminuir a liberação do agonista)
OBS: SABER OS TIPOS DAS PROTEÍNAS G (para poder diferenciar os efeitos dos
neurotransmissores que se ligam aos receptores)
Aminas de ação indireta:
Anfetamina: inibe a
recaptação do
neurotransmissor,
sobrando mais
noradrenalina na fenda
Age por 3 vias para
descolar a
noradrenalina
intuito: aumentar a
noradrenalina na fenda
(agonista indireta)
se eu inibir a MAO:
AUMENTA OS
EFEITOS
Modulação: impede a
recaptação do
neurotransmissor. (inibe
o NET)
NET (bomba de
recaptação): faz a
recaptação do
neurotransmissor
Alfa 2 e NET são
diferentes
Tem droga que vai atuar
na NET ou no receptor
alfa2
Agonista misto:
além de aumentar a
disponibilidade de
noradrenalina, tem
também, um diretor,
se ligando ao
receptores alfa e
beta.
Antagonista: bloqueia os receptores (não deixa o neurotransmissor se ligar ao receptor)
Receptores Beta:
Oq são gerações? medicamentos mais modernos quimicamente (mistura racêmica -
isômeros - ligação mais perfeita, inibe mais os efeitos colaterais).
Ex.: Propranolol: bloqueador beta - grande qtd no coração e brônquios, diminuindo o débito
cardíaco (PA = DC x RPT - diminuindo o débito, reduz a PA)
Atenolol faz a mesma coisa que o propranolol, mas ele é mais seletivo por beta 1, que está
no coração predominantemente.
Fármacos que afetam a síntese de noradrenalina:
TIROSINA artificial:
ganha o grupamento
metil (substrato falso)
- portanto, a tirosina
não sofre a ação
enzimática
Carbidopa e
alfa-metiltirosina →
Diminui a
disponibilidade de NT
Fármacos que afetam o armazenamento de Noradrenalina:
Reserpina → inibe o
empacotamento na
vesícula do
neurotransmissor,
deixando ele no
citoplasma, onde ele
será degradado pela
MAO
Fármacos que afetam a liberação de noradrenalina:
Guanetidina →
AGONISTA INDIRETO:
modula a secreção da
noradrenalina
Casos Clínicos:
1.
Adolescente de 14 anos chega ao pronto socorro queixando-se de falta de ar e tosse seca .
Ao exame ela apresenta sibilos expiratórios , taquidispnéia. O médico após a consulta
chega ao diagnóstico de um broncoespasmo e receita um aerosol com terbutalina . A mãe
que acompanha o paciente queixa-se que a sua filha tem alergia desse remédio porque
toda vez que precisa desse medicamento ela fica vermelha , com coração acelerado e
algumas vezes com pressão baixa.
Perguntas:
1. O que é a terbutalina ?
Broncodilatador
2. Qual sua indicação para o caso do broncoespasmo?
relaxar a musculatura lisa
3. Qual o mecanismo de ação da terbutalina? Existem outros fármacos
semelhantes?
Agonista adrenérgico que estimula predominantemente os receptores beta2
4. Explique qual receptor está envolvido na ação da terbutalina e como ocorre
sua ação.
Agonista, produz o mesmo efeito da adrenalina.
Não é inibitório, pois teve relaxamento (proteína G)
5. Essa paciente tem alergia da medicação? Explique.
Não, pois os efeitos adversos são ocasionados por casa do medicamento mesmo. O
beta1 acelera o coração, causa vasodilatação, etc.
2.
Paciente de 63 anos , obeso , divorciado, com antecedente de hiperplasia prostática
benigna em uso de tansulosina chega ao pronto socorro com queixa de dor precordial forte
de início há 4 horas com piora progressiva e irradiação para o braço esquerdo. Na
anamnese refere que estava com sua namorada quando começou a sentir as dores e que
havia tomado um comprimido azul que seu ex-cunhado recomendou para ele melhorar seu
desempenho sexual. Ao exame encontrava-se sudoreico , hipotenso, taquicárdico e
apresentava sinais de isquemia miocárdica ao eletrocardiograma
Perguntas:
1. O que é a tansulosina ?
A tansulosina é um antagonista dos receptores alfa-1 adrenérgicos. Fixa-se seletiva
e competitivamente aos receptores alfa-1 pós-sinápticos, em particular aos dos
subtipos alfa-1A e alfa-1D, promovendo o relaxamento da musculatura lisa da
próstata e da uretra.
2. Qual sua indicação para esse paciente?
hiperplasia prostática benigna (dificulta a micção).
3. Como age o receptor dessa droga?
Tem efeito excitatório. Ao ser ativados por seu ligante, uma proteína heterodimérica
G, chamada Gq, ativa a fosfolipase C, que quebra o fosfatidilinositol 4,5-bifosfato
(PIP2) em inositol trifosfato (IP3) e diacilglicerol (DAG). O IP3 interagem com os
canais de cálcio do retículo sarcoplasmático, liberando o cálcio que estava retido
para o citoplasma. Este aciona todos os outrosefeitos.
Ações específicas do receptor α1 envolve sobretudo contração do músculo liso. Ela
provoca vasoconstrição em muitos vasos sanguíneos, incluindo os da pele e do
sistema gastrointestinal além dos rins (artéria renal) e no cérebro
4. Qual é a provável medicação que o paciente tomou?
Sildenafila (Viagra)
5. Pode ter havido influência no quadro que ele passou a desenvolver?
Sim, pois o viagra causa vasodilatação
6. Que tipo de interação medicamentosa pode ter ocorrido?
interação que tem a haver com a farmacodinâmica. Os dois tem o mesmo efeito:
vasodilatação
3.
Paciente com 50 anos , asmático leve em bom controle desde a infância refere que há 3
meses passou a apresentar crises frequentes de broncoespasmo. Ele associa o quadro ao
início do uso do propanolol para hipertensão. Ao exame está sem grandes alterações mas
refere que fez uso de aerolin( nome comercial) pois estava com bastante tosse pela manhã.
O médico não encontra alterações ao exame. Após sua avaliação refere que o paciente
pode estar correto e prescreve para ele o metoprolol para substituir a medicação anterior
relatando que com ela ele provavelmente irá melhorar dessa piora do quadro respiratório.
Perguntas:
1. A que classe de drogas pertencem o propranolol e o metoprolol?
Betabloqueadores - propranolol (beta 1 e beta 2) e o metoprolol (beta 1)
2. O médico está correto em substituir uma droga por outra de mesma classe?
Sim, pois ele é seletivo e vai agir apenas no beta 1.
3. Qual vantagem ele está tentando obter com essa medicação ?
O médico pode substituir uma droga por outra mais seletiva. Antagonizar não é
interessante, pois o paciente tem asma
4. Encontre outro medicamentos que façam parte dessa mesma classe e que
possa apresentar alguma vantagem em relação aos dois citados
anteriormente.
O atenolol é de segunda geração e poderia apresentar uma vantagem em relação
aos dois citados anteriormente.
4.
Paciente 23 anos , estudante de medicina faz uso regular de oximetazolina ( afrin) pois
apresenta um quadro de rinite crônica de difícil tratamento. Chega a consumir dois frascos
por semana. Chega a UPA com queixa de dispnéia, taquicardia , agitação com sensação de
morte iminente. Pressionado pelo plantonista do pronto socorro ele confessa ter feito uso de
cocaína e álcool hoje à noite num “esquenta” e que começou a se sentir mal no caminho
para festa. Relata também que dobrou a dose de um pré-treino para aumentar sua série na
academia hoje à noite antes do esquenta. Ao exame encontra-se com palidez cutânea,
hipertermia , FR: 30 , FC: 160 regular , PA: 200/110 , agitado. Quando o socorrista está
acabando o exame o paciente começa a convulsionar e em seguida ele tenta palpar o pulso
carotídeo sem sucesso iniciando manobras de reanimação
Perguntas:
1. O que é a oximetazolina ? Seu uso regular para rinite é recomendado?
Medicamento adrenérgico (simpátiminante - agonista do alfa1). Não, pois causa
dependência.
2. A que tipo e classe de droga ela pertence? Como age seu receptor?
Agonista, faz vasoconstrição. O agonista do alfa1 - tem a mesma ação da
adrenalina, seu segundo mensageiro da fosfolipase C é o IP3.
3. Como age a cocaína ? Pode haver interação com a oximetazolina?
Inibir a recaptação da noradrenalina, aumentando seu efeito na fenda, sendo um
agonista indireto (disponibilizando de um neurotransmissor endógeno). Pode haver
sim, uma vez que é uma interação farmacodinâmica pois atuam no mesmo receptor.
4. Os suplementos alimentares são substâncias inócuas ? Ele pode estar
envolvido nessa intoxicação?
Sim.
Podem estar envolvidos sim.
5. A mistura de álcool e cocaína é lesiva ? Comente.
Sim, pois cocaetileno (resultado do metabolismo do álcool e cocaína) é
extremamente tóxico para o coração
Pós-teste:
1. Fazem parte da cadeia simpática os nervos autonômicos: gânglio cervical
superior, gânglio cervical médio, gânglio cervical posterior, gânglio celíaco e Gânglio
mesentérico anterior e posterior
2. Qual das moléculas abaixo pode aumentar a liberação de noradrenalina e não
deve ser evitada o uso concomitante com inibidores da MAO? Tiramina
3. A adrenalina, administrada em pequenas doses terapêuticas: Diminui a
resistência periférica através da estimulação dos receptores Beta 2
predominantemente nos leitos vasculares da musculatura esquelética
** Uma pequena dose de adrenalina (0,1ug/Kg)administrada por via intravenosa pode
causar queda da pressão arterial, diminuindo a resistência periférica. O efeito se dá á
maior susceptibilidade dos receptores Beta 2 á adrenalina do que os receptores
constritores, bem como sua ação dominante sobre os receptores beta2 adrenérgicos dos
vasos sanguíneos da musculatura esquelética.
4. Criança de 5 anos faz uma inalação no pronto socorro por apresentar crise
asmática e como efeito colateral apresenta taquicardia, provavelmente esse
medicamento é uma droga: agonista de ação direta não seletivo **Agonistas
adrenérgicos não seletivos ativam todos os tipos de receptores adrenérgicos.
5. Qual dos seguintes antagonistas dos receptores adrenérgicos diminui as
respostas mediadas pelos receptores tanto alfa quanto beta? labetalol
** Labetalol é o único antagonista dessa lista que tem a capacidade de reduzir as
respostas mediadas tanto por receptores alfa e beta.
6. Qual droga não provoca midríase?
Fentolamina
7. Os agonistas B2 seletivos, como a terbutalina.
Podem ser administrados via oral, visto que esses agente não são degradados pela
COMT
** A modificação estrutural nesse composto que não são substratos da COMT, com
consequênte redução da taxa metabólica e aumento da biodisponibilidade oral, em
comparação com as catecolaminas.
Aula 6 - 22/03 - Tipos de receptores e sua ação
Caso Clínicos:
1.
Adolescente de 14 anos chega ao pronto socorro queixando-se de falta de ar e tosse seca .
Ao exame ela apresenta sibilos expiratórios , taquidispnéia. O médico após a consulta
chega ao diagnóstico de um broncoespasmo e receita um aerosol com terbutalina . A mãe
que acompanha o paciente queixa-se que a sua filha tem alergia desse remédio porque
toda vez que precisa desse medicamento ela fica vermelha , com coração acelerado e
algumas vezes com pressão baixa.
1. Explique qual receptor está envolvido na ação da terbutalina e como ocorre
sua ação?
Estimulam receptores do tipo beta2-adrenérgicos (metabotrópico) da membrana
celular, resultando em aumento do AMPC intracelular, que causa relaxamento da
musculatura lisa, aumento da frequência do batimento ciliar e redução da
viscosidade do muco. Por causa da presença dos receptores beta2 -adrenérgicos
em muitos tecidos, efeitos indesejáveis ocorrem pela absorção sistêmica destes
agonistas.
2.
Paciente, 83 anos, hipertensa em uso de medicação que não se lembrava foi a unidade de
saúde da família para retirada de um lipoma no dorso. Na sala de procedimento deitou-se
de bruços , e o médico iniciou o procedimento que acabou prolongando-se mais que o
necessário fazendo com que ele precisa de um volume grande de lidocaína para fazer a
anestesia e utilizou o frasco sem vasoconstrictor pois era o que estava disponível na
unidade básica. Após 60 min a paciente começou a apresentar queixa de gosto metálico na
boca , dispnéia e o médico ao palpar o pulso da paciente notou que estava 40 bpm e com
pressão de 80/40. Ele finalizou o procedimento rapidamente e encaminhou para um pronto
socorro de referência para diagnóstico e observação.
1. Como age a lidocaína ? Em que tipo de receptor?
Anestésicos locais bloqueiam o início e a propagação dos potenciais de ação por
impedirem o ↑ da condutância de Na+ voltagem-dependente. São usados para
produzir bloqueio nervoso local. Ela age no receptor ionotrópico.
2. Como ocorre sua ação no receptor ?
Sua ação é ANTAGONISTA. Bloqueando o receptor, não entrando sódio e não
propagando o potencial de ação.
3.
Paciente diabética tipo 2 insulino dependente chega ao médico de família com queixa de ter
muita dificuldade de controlar a glicemia. Ela questiona se todas as insulinas são iguais e
porque tem que tomar dois tiposdiferentes de insulina se tudo não é a mesma coisa e que
se confunde muito na hora de fazer a administração da medicação. O médico fica
preocupado e reforça que existem diferenças no tempo em que cada tipo age e que isso é
importante para o bom controle da doença e de suas complicações crônicas.
1. Como age a insulina?
Aumento da replicação de DNA e de síntese de proteínas via o controle de
fornecimento de aminoácidos
Modificação da atividade de inúmeras enzimas (controle alostérico)
Aumento da síntese de ácidos graxos: a insulina induz à transformação de glicose e
triglicerídeos pelas células adiposas; a falta de insulina reverte o processo.
Aumento da esterificação de ácidos graxos: estimula o tecido adiposo a compor
triglicerídeos a partir de ésteres de ácidos graxos; a falta de insulina reverte o
processo.
Redução da proteólise: estimula a diminuição da degradação proteica; a falta de
insulina aumenta a proteinólise.
Redução da lipólise: estimula a diminuição da conversão de suprimento de lipídeos
contido nas células adiposas em ácidos graxos sanguíneos; a falta de insulina
reverte o processo.
2. Como são seus receptores e seus mediadores?
A insulina liberada, então, atuará sobre o receptor específico tirosina-quinase, uma
glicoproteína heterotetramérica constituída por 2 subunidades A e duas subunidades
B, unidas por ligações dissulfeto.
A subunidade Alfa é inteiramente extracelular e contém o sítio de ligação da insulina.
A subunidade Beta é uma proteína transmembrana responsável pela transmissão do
sinal e possui atividade tirosina quinase .
O ATP age como doador de fosfatos e a fosforilação ocorre em resíduos tirosina. O
mecanismo molecular exato da ação da insulina é desconhecido, mas parece
depender da remoção do efeito inibitório da subunidade alfa sobre a atividade da
subunidade beta do seu receptor. A insulina induz a autofosforilação do receptor,
aumentando a sua capacidade de fosforilar um ou mais substratos protéicos
intracelulares.
4.
Paciente 23 anos , estudante de medicina , refere que está fazendo uso sem prescrição
médica de hormônios esteróides , de um derivado de testoterona que não sabe referir o
nome porque está sendo manipulado a pedido de seu professor de educação física. Ele
está preocupado porque notou que sua pressão está aumentando , começou a apresentar
irritabilidade , dificuldade de concentração, e um acúmulo de gordura no entorno dos
mamilos. Ele também refere que ao colher exames para ver como estava sua glicemia está
alta e seu colesterol total aumentou muito. O médico de família explica ao exame que ele
provavelmente está com ginecomastia e inicia suas recomendações.
1. Como agem os hormônios esteróides ?
O primeiro passo da ação de um hormônio é ligar-se a receptores específicos na
célula-alvo. Os receptores para alguns hormônios estão na membrana da
célula-alvo, enquanto outros estão localizados no citoplasma ou no núcleo. Quando
o hormônio se combina com seu receptor, inicia uma cascata bioquímica na célula,
com cada etapa se tornando mais poderosamente ativada, de modo que pequenas
concentrações de hormônios podem ter um grande efeito
2. Como eles fazem suas ações nas células?
1.Na membrana celular ou em sua superfície: os receptores de membrana são
específicos, principalmente para os hormônios proteicos, peptídicos e
catecolamínicos.
2. No citoplasma celular: os receptores primários para hormônios esteróides são
encontrados principalmente no citoplasma.
3. No núcleo da célula: os receptores para hormônios da tireoide são encontrados no
núcleo e acredita-se que em associação direta com 1 ou mais genes.
O número e a sensibilidade dos receptores não são constantes, variando de acordo
com a interação hormônio-receptor. A regulação para baixo (down-regulation) pode
ocorrer por decorrência de: inativação de moléculas de receptores; inativação de
parte das moléculas de sinalização das proteínas intracelulares; sequestro
temporário do receptor; destruição do receptor; diminuição da produção do receptor.
A regulação para cima (up-regulation) pode ocorrer quando a ação do hormônio faz
com que mais receptores ou moléculas de sinalização sejam produzidas.
Slides:
Como age os receptores?
Receptor Ionotrópico:
É uma proteína transmembrânica, quando ele se liga ao receptor ele irá abrir o canal
permitindo a passagem de íons.
Receptor Nuclear:
Receptor que está no citoplasma (proteína do citoplasma) e tem afinidade a ligantes
lipídicos
Hormonio esteroide: forma uma ligação covalente com o receptor (ligação forte, difícil de
se desfazer, não se separam mais) → ATIVAÇÃO DO RECEPTOR
EFEITO: droga juntamente com o receptor migram para o núcleo, que encostam numa
sequência de DNA (gene) e esse gene é ativado e faz transcrição, que produz RNAm que
tem os códons, e esse RNAm sai do núcleo e vai para o citoplasma, no ribossomo
juntamente com o RNAr e o RNAt e fazem a tradução, saem do núcleo para formar uma
nova proteína.
Receptor tirosina quinase:
RECEPTOR transmembrana (atravessa a dupla camada lipídica) com 4 subunidades (2
externas e 2 internas – está conectada a enzima TIROSINA QUINASE)
ATIVAÇÃO -precisa receber o sinalizador que encosta na subunidade externa, as
subunidades se aproximam formando um DÍMERO, a tirosina quinase fosforila (SE
ASSOCIA AO FOSFATO) e a enzima é ativada, o receptor está pronto (AÇÃO).
A translocação de GLUT4 depende de fosfatidilinositol 3-cinase (P1 3-Quinase) nos tecidos
insulino dependentes (músculo esquelético e tecido adiposo). A sinalização de insulina
reduz endocitose do GLUT4, aumentando o tempo de permanência da insulina na
membrana plasmática. Dessa maneira, devido a presença de insulina intracelular, há maior
captação de glicose .
Receptor metabotrópico:
QUESTÃO DE PROVAAA!!!!!!
MECANISMO DE AÇÃO E EFEITO DA PROTEÍNA GS.
É uma proteína transmembrânica associada a uma segunda proteína, chamada
proteína G, que possui 3 subunidades (alfa, beta e gama) a parte alfa está ligada a
uma guanosina que vêm do ciclo de krebs que recebe o nome de GDP, sendo um
inibidor. Para ela ser ativada, por exemplo a terbutalina irá se ligar ao receptor no
músculo liso, o GDP se desliga e desloca-se pela membrana até encontrar a adenilato
ciclase que tira fosfato gerando atp das outras subunidades e transforma-se em GTP
ativando a proteína G, ampc é segundo mensageiro.
Na prova: saber a ação (como ele é ativado)
MECANISMO DE AÇÃO DE EFEITO DA PROTEÍNA GQ
Mesma coisa que ocorre na de cima, após ocorrer a subunidade
GS = ATIVA ADENILATO CICLASE
GQ = ATIVA IP3

Outros materiais