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Prova Teórica Economia - 2º Bimestre PUC

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO 
Faculdade de Direito 
Economia
Professor Roland Veras Saldanha Jr.
São Paulo, 09 de junho de 2021 
Nome: Ana Beatriz Mendes Simon Machado RA: 00284221 
Nome: Bruna Furlan Pedrosa RA: 00301531  
Nome: Julia Mello Pinheiro RA: 00299111   
Nome: Karoline Torres Ferreira RA: 00303839 
Turma: MG1 
Sala: 319
Tema do exercício: Prova Teórica Economia - 2º Bimestre
1) O que é uma curva de demanda de mercado? Desenhe uma delas, indicando quais os principais determinantes de sua posição e inclinação. 
Uma curva de demanda de mercado é um gráfico que descreve a relação entre o preço de uma determinada mercadoria e a quantidade dessa mercadoria que é demandada por aquele preço. A demanda de mercado é igual ao somatório horizontal (de quantidades) das demandas individuais.
Desse modo, definimos demanda como a quantidade de algum produto que os consumidores estão dispostos e podem  adquirir a cada preço. Isso sugere que pelo menos dois fatores além do preço do bem e dos outros bens afetam as curvas de demanda individuais e de mercado: a disposição a comprar, que sugere um desejo, baseado no que economistas chamam de gostos e preferências, ou seja, se você não precisa ou deseja algo, você não vai comprar; e a capacidade de compra, que sugere que a renda é importante. 
Além disso, os preços de bens relacionados também podem afetar a demanda. Por exemplo, se você precisa de um carro novo, o preço de um Honda pode afetar sua demanda por um Ford. 
Por fim, o tamanho ou a composição da população também podem afetar a demanda. Quanto mais crianças uma família tiver, maior será sua demanda por roupas. Quanto mais jovens com idade para dirigir uma família tiver, maior será sua demanda por seguro de carro, e menor para fraldas e leite em pó.
Assim, pode-se dizer que a renda não é o único fator que causa uma mudança na demanda. Outras coisas que mudam a demanda incluem gostos e preferências, a composição ou tamanho da população, o preço de bens relacionados, e até mesmo as expectativas. Uma mudança em qualquer um dos fatores subjacentes que determina qual quantidade as pessoas estão dispostas a comprar a um determinado preço irá causar uma mudança na demanda. Graficamente, é exemplificado um caso comum, no qual a curva de demanda encontra-se ou à direita na qual a quantidade demandada sofre um aumento quando o preço diminui ou à esquerda na qual, a quantidade de demanda cai devido o aumento no preço. 
2) Mostre o que acontece com a curva de demanda se a renda sobe o bem for normal, se possível com suporte de um gráfico simples. 
Se o bem for normal, quando a renda do indivíduo aumenta e a demanda do bem também aumenta, como ocorre no gráfico abaixo, no qual a seta da curva D0 indica esse deslocamento.
3) Mostre o que acontece com a curva de demanda se a renda sobe o bem for inferior, se possível com suporte de um gráfico simples. 
Se o bem é inferior e a renda sobe (aumenta), a curva é deslocada para a esquerda, sendo a queda de demando do bem, desse modo, pode ser percebido no gráfico:
4) Mostre o que acontece com a curva de demanda de uma mercadoria se a o preço de um bem substituto se elevar, se possível com suporte de um gráfico simples.
Um substituto é um bem ou serviço que pode ser usado no lugar de outro bem ou serviço. Como recursos tecnológicos, como livros virtuais, tornam-se mais disponíveis, você esperaria ver uma diminuição na demanda por livros tradicionalmente impressos. Um preço mais baixo para um substituto reduz a demanda por outro produto. Dessa maneira, pode-se afirmar que se o preço por um bem substituto se eleva, a demanda sobre o produto principal aumenta.
5) Mostre o que acontece com a curva de demanda de uma mercadoria se a o preço de um bem complementar se elevar, se possível com suporte de um gráfico simples. 
	Bens complementares são frequentemente usados em conjunto porque o consumo de um bem tende a aumentar o consumo do outro. Assim, se o preço de um bem complementar se eleva, sua demanda diminui, diminuindo também a demanda da mercadoria à qual ele é complementar, o que desloca a curva dessa demanda para a esquerda, como observado no gráfico: 
.
6) O que acontece com a quantidade demandada por um bem se o seu preço sobe? Ilustre o seu raciocínio graficamente. 
Com o objetivo de melhor responder essa questão, é fundamental que se compreenda a lei da demanda, a qual corresponde à relação entre a quantidade de um bem procurado pelo consumidor e o preço desse bem procurado. Nesse sentido, essa lei determina que, quando o preço sobe, a quantidade demandada cai e, quando o preço cai, a quantidade demandada sobe. Ainda é importante ressaltar que o termo “demanda” corresponde à quantidade de um bem ou serviço que os consumidores estão dispostos ou aptos a adquirir a cada preço, de modo que se baseia em necessidades, desejos e na capacidade de pagamento.
Desse modo, pode-se afirmar que a quantidade de demanda por um produto e seu preço, quando relacionados, são grandezas inversamente proporcionais, ou seja, o aumento de um, tende a causar a diminuição do outro. Portanto, quando o preço de um bem sobe, sua quantidade demandada diminui, tal como pode ser observado no gráfico abaixo:
Nakano, Davi. “Moodle USP: E-Disciplinas.” Edisciplinas.usp.br. Disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4241116/mod_resource/content/2/Economia%20-%20Aulas%202%20e%203%20-%20Oferta%20e%20Demanda%20-%202018.pdf. Acesso em 4 de junho de 2021.
7) É possível que a demanda por um bem aumente quando seu preço se eleva? 
	Sim, a demanda por um bem pode aumentar quando seu preço se eleva em casos excepcionais como o caso do Paradoxo ou Bem de Griffin. Esse bem é um caso especial de bem inferior,e constitui, assim, uma exceção à Lei Geral da Demanda, visto que há uma relação direta, e não inversa entre a quantidade demandada e o preço do bem, ou seja, a demanda aumenta quando o preço se eleva.
O exemplo desse tipo de bem seria o de uma comunidade inglesa, no século XVIII, muito pobre, e que consumia basicamente batatas. Ocorreu uma grande queda no preço do produto, e como a população gastava a maior parte de sua renda no consumo de batatas, essa queda de preço levou a um aumento do poder aquisitivo da população. Desse modo, como a população já estava saturada de batatas, passou a gastar mais com outros tipos de produtos e diminuiu o consumo de batatas. Portanto, o preço da batata caiu, bem como a quantidade demandada; ou seja, nesse caso a curva de demanda é positivamente inclinada.
8) O que é uma curva de oferta de mercado? Mostre graficamente. 
Com o objetivo de melhor responder essa questão, é fundamental que se compreenda a lei da oferta. É importante ressaltar que “oferta” corresponde a quantidade de um certo bem ou serviço que um produtor está disposto a ofertar a determinado preço, enquanto “preço”, ao valor recebido por um produtor ao vender uma unidade de produto ou serviço. Nesse contexto, a lei da oferta determina que um aumento no preço leva a uma quantidade ofertada maior, enquanto uma queda no preço leva a uma quantidade ofertada menor.
Nesse âmbito, uma curva de oferta de mercado é uma das ferramentas utilizadas para sintetizar a relação entre oferta e preço, baseando-se na lei da oferta e, portanto, acompanhando as oscilações do mercado. Desse modo, um preço menor fará com que a curva seja deslocada para a esquerda, de forma que a tendência é sempre de redução na quantidade à venda. Em contrapartida, preços maiores fazem com que a curva seja deslocada para a direita, aumentando a disponibilidade de compra de mais bens e serviços. Essa explicação pode ser verificada por meio do gráfico retratado.
9) Quais os principais fatores que definem a posição de uma curva de oferta?
Os fatores que alteram a oferta consistem em mudanças nos custos e em outros fatores relacionados à produção: aquantidade ofertada do bem, o preço do bem, o preço dos fatores e insumos de produção (mão-de-obra, matérias-primas, etc), preço de outros bens, substitutos na produção, tecnologia, fatores climáticos e ambientais. Esses fatores, então, geram uma maior ou menor quantidade ofertada de um produto a um determinado preço.
A função geral da oferta é a de que se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais, coeteris paribus, pois a receita e o lucro aumentam. Nesse sentido, por exemplo, se há uma mudança favorável de clima para a produção de determinado bem, a curva de oferta desloca-se para a direita, bem como a queda do preço dos insumos, avanços tecnológicos e queda nos valores dos impostos. No entanto, condições climáticas desfavoráveis, o aumento do preço dos insumos e dos valores dos impostos. 
10) Como uma elevação nos custos dos insumos afeta uma curva de oferta?
	A elevação nos custos dos insumos afeta uma curva de oferta pois, essa curva mostra a quantidade ofertada a vários preços, mantendo os determinantes da oferta, que não são preços constantes. Assim, um preço de mercado mais alto que é o caso dos insumos estimula uma quantidade ofertada visto que o preço mais alto atrai novos ofertantes. 
Assim, pode-se dizer que um aumento no preço do bem de procura há um aumento na quantidade ofertada, enquanto uma alteração nas outras variáveis, como custos de produção ou nível tecnológico, desloca a oferta, isto é, a curva de oferta. Concluindo que a relação direta entre a quantidade ofertada de um bem e o preço deste deve-se ao fato de que, um aumento do preço de mercado estimula as empresas a elevarem a produção, fazendo com que novas empresas sejam atraídas, aumentando a quantidade ofertada do produto. 
É importante ressaltar, que a curva de oferta ou podendo também ser chamada como curva de demanda, é uma relação entre duas variantes sendo elas: a quantidade de produto no eixo horizontal e o preço no eixo vertical. Fazendo com que a premissa por trás da curva de oferta é que nenhum fator econômico relevante, além do preço e produto, está mudando. Essa condição é chamada pelos economistas de ``ceteris paribus ``, uma frase em latim que significa “todo o mais permanecendo constante”. 
Concluindo-se assim, que quanto maior o preço, maior a quantidade vendida. Então um aumento de preço leva cada empresa a produzir mais e, consequentemente, a quantidade total vendida no mercado aumenta.
 11) Como um aperfeiçoamento tecnológico afeta uma curva de oferta?
O deslocamento de uma curva de oferta, que representa a variação da quantidade ofertada de um bem, ocorre quando se altera a condição coeteris paribus, ou seja, quando se alteram fatores como: preço de outros bens, substitutos na produção; fatores climáticos e/ou ambientais; preço dos fatores e insumos de produção; e tecnologia. Quando ocorre um avanço tecnológico, os custos de produção da empresa diminuem, o que faz com que a oferta aumente, gerando uma maior quantidade produzida a qualquer preço dado. Assim, a curva de oferta se desloca para a direita. 
12) O que é a “Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes”? (Bia)
A Lei dos Rendimentos Decrescentes é uma teoria que estuda o acréscimo de insumo de acordo com o aumento de produção. De acordo com essa lei, em uma condição ceteris paribus, ou seja, quando todos os fatores permanecem constantes até determinado ponto, o produto marginal de um fator de produção diminuirá à medida que a quantidade utilizada desse fator aumentar. 
Nesse sentido, a “Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes” tem como enunciado: “Ao aumentar o fator variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tomar-se negativa.” É importante ressaltar que a PMg é a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo.
Antes de apontar o funcionamento dessa lei, é fundamental que se compreenda que, microeconomicamente, existem três fatores de produção complementares entre si: capital, trabalho e tecnologia, os quais devem ser aplicados ao mesmo tempo para desenvolver o processo produtivo. A longo prazo, todos esses fatores de produção podem ser ajustados, ou seja, substituídos, entretanto, a curto prazo, apenas os fatores produtivos variáveis, constituídos da mão-de-obra e matérias-primas, podem ser alterados
Sob essa ótica, segundo a lei dos rendimentos decrescentes, a produtividade marginal no curto prazo é decrescente, de modo que uma produção adicional cada vez menor é gerada na medida em que se aumenta um fator variável e se mantém fixos os restantes. Ou seja, depois de um certo nível, quanto mais unidades de um insumo são utilizadas, menos resultado cada unidade desse insumo gera no resultado final da produção.
Por fim, pode-se exemplificar essa teoria por meio da produção agrícola, na qual os fatores de produção envolvidos são a terra e o número de trabalhadores. Mantendo a extensão da terra e a produtividade do trabalho como fatores constantes, ou seja, a plantação sendo feita sempre no mesmo espaço e com as mesmas técnicas de plantio, seria possível aumentar a produção somente ao aumentar o número de pessoas trabalhando nela. Logo, ao acrescentar mais um trabalhador no plantio, a produção total aumentará. Contudo, após adicionar outro trabalhador, a produção aumentará em um nível menor do que a adição anterior, visto que, como a extensão da terra se mantém a mesma, o novo trabalhador não é capaz de gerar a mesma produção adicional dos trabalhadores anteriores. Dessa forma, quando toda a extensão da terra já estiver sendo utilizada, o acréscimo na produção, ao aumentar o número de trabalhadores, diminuirá sucessivamente. Por isso, considera-se que esse sistema apresenta rendimentos marginais decrescentes.
13) Qual a lógica usada pelos economistas para explicar a decisão de oferta das firmas? 
A lógica que explica a decisão de oferta das firmas é a função geral da oferta, que é determinada pelos seguintes fatores: a quantidade ofertada do bem, o preço do bem, preço dos fatores e insumos de produção, preço de bens substitutos na produção, tecnologia e fatores climáticos e ambientais. Nesse sentido, essa função determina que se o preço do bem aumenta, as empresas são estimuladas a produzirem mais, pois a receita e o lucro aumentam significativamente baseados nos novos hábitos dos consumidores, na alteração dos fatores que afetam a oferta. Logo, os economistas se utilizam dessa função para definir a reação esperada das firmas diante das alterações da oferta.
14) Por que a curva de oferta de curto-prazo, em concorrência perfeita, é positivamente inclinada? 
A fim de compreender o motivo da curva de oferta de curto-prazo ser perfeitamente inclinada, é necessário pontuar que, em um sistema de concorrência pura, predomina o laissez-faire: milhares de produtores e milhões de consumidores têm condições de resolver os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como que guiados por uma “mão invisível”. Isso sem a necessidade de intervenção do Estado na atividade econômica. 
Nesse viés, a concorrência perfeita é axiomática, ou seja, não existem barreiras ou impasses, de modo que é livre a entrada e saída de empresas. Esse tipo de concorrência descreve um mercado no qual nenhum agente tem capacidade para influenciar os preços, correspondendo a um poder de mercado nulo. Dessa maneira, cada empresa age individualmente, observando o preço de mercado e decidindo qual quantidade pretende vender a esse preço. 
Sob essa ótica, a curva de oferta de curto-prazo é perfeitamente inclinada, ou seja, ascendente, devido a esses axiomas: todos os fatores e capitais já estão fixos, enquanto o único fator de produção variante é o trabalho. Nesse contexto, quando o nível de preços dos produtos aumenta, enquanto o nível de preços de insumos permanece fixo, a oportunidade para lucros adicionais estimula maior produção. Desse modo, o nível de preçosaumenta e a oferta dos bens também, o que faz com que o gráfico demonstre uma curva positiva.
15) O que são custos econômicos, como estes se diferenciam dos custos “contábeis”?
	Os custos econômicos se diferenciam dos custos "contábeis" pois, os custos contábeis consistem em levantar e selecionar as transações financeiras e econômicas das empresas e a partir disso, elaborar relatórios objetivos e relevantes com essas informações. Desse modo, considerando apenas os custos implícitos, que são efetivamente incorridos e pagos monetariamente. 
	Já os custos econômicos, tratam-se de custos de oportunidade, ou seja, o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada. Esses custos consideram apenas os custos explícitos e implícitos.
16) O que é um equilíbrio de mercado? Mostre-o em um gráfico simples.
Equilíbrio de mercado é um estado no qual a demanda e a oferta de um produto são equivalentes, e pode ser percebido quando a curva de oferta e a curva de demanda se cruzam no preço de equilíbrio. 
17) O que ocorre em um mercado quando se estabelece, por ato normativo, um preço mínimo para determinado produto em nível superior ao de equilíbrio de mercado? Ilustre graficamente e explique. 
Tendo em vista que o preço mínimo é uma imposição legal, do valor mais baixo que os produtores esperam receber de um produto, de modo que essa política visa dar uma garantia de renda aos produtores. 
Dessa forma, na situação em que o preço mínimo para determinado produto se encontra em um nível acima ao preço de equilíbrio de mercado, teremos a seguinte situação exemplificada no gráfico:
No gráfico, percebe-se que, ao estipular o preço mínimo para 18, ou seja, acima do preço de equilíbrio que é 15, a quantidade demandada passa de 10 para 4, e a quantidade ofertada passa de 10 para 12. Assim, de maneira interpretativa, pode-se dizer que a quantidade de oferta aumenta, dado que a produção aumenta devido o preço estar acima do preço mínimo, o que promoverá um excedente de oferta, já que o preço aumenta e o consumidor compra menos.
Caso seja feita a análise de bem estar, deve-se observar antes de 4, que é o que está sendo comercializado. O excedente do consumidor estará abaixo da curva de demanda e acima do preço de equilíbrio, que no caso do gráfico é o 15 (representado pela cor laranja). O excedente do produtor estará abaixo do preço mínimo, que no gráfico é 18 e acima da curva de demanda, lembrando que deverá ser levado em consideração antes da quantidade fixada em 4 (representado pela cor verde).
Há uma perda em relação ao equilíbrio ao observar o gráfico. Com a estipulação do preço mínimo por meio de ato normativo, o governo gera um peso morto (representado pela cor amarela), ou seja, uma área de bem estar que antes era dividida entre os consumidores e os produtores, que após o preço o peso mínimo passa a não ser de mais ninguém. 
18) O que ocorre em um mercado quando se estabelece, por ato normativo, um preço máximo para determinado produto em nível inferior ao de equilíbrio de mercado? Ilustre graficamente e explique. 
Tendo em vista que o preço máximo corresponde a uma imposição legal do valor máximo que o produtor pode vender e o consumidor pode pagar para consumir determinado produto. Assim, o governo beneficia os potenciais compradores do produto quando o preço de mercado está muito elevado. Além disso, o estabelecimento de um preço máximo é uma ótima ferramenta no combate ao abuso de monopólios.
Dessa forma, na situação em que o preço máximo para determinado produto se encontra em um nível abaixo do preço de equilíbrio de mercado, teremos a seguinte situação exemplificada no gráfico:
Observa-se no gráfico que, ao estimar um preço máximo de um determinado produto, é promovido juntamente um excesso de demanda, dado que o preço exercido não poderá passar da determinação por ato normativo feito pelo governo.
Dessa maneira, ao fazer uma análise de bem estar, nota-se que, ao determinar o preço máximo, o excedente do produtor (representado pela cor verde) diminui em relação ao preço de equilíbrio. Há também uma mudança no excedente do consumidor (representado pela cor laranja). Por fim, nota-se que essa intervenção feita pelo governo provoca um peso morto (representado pela cor azul), uma vez que há excesso de demanda e pouca oferta. 
19) Diferencie as estruturas de mercado abaixo, conforme os critérios de homogeneidade de produto (necessária/desnecessária), presença de barreiras à entrada/saída (baixas/altas), número de ofertantes e demandantes (um/poucos/muitos) e potencial de uso abusivo de poder econômico (alto/médio/baixo). 
	
Estrutura
	Homogeneidade de Produto
	Barreiras à Entrada/Saída
	Número de Ofertantes
	Número de Demandantes
	Risco Concorrencial
	Concorrência Perfeita
	necessária
	baixas
	muitos
	muitos
	alta
	Monopólio
	necessária
	altas
	um
	muitos
	baixo
	Monopsônio
	necessária
	altas
	muitos
	um
	alto
	Oligopólio
	necessária ou desnecessária 
	altas
	poucos
	muitos
	médio
	Oligopsônio
	necessária
	altas
	muitos
	poucos
	baixo
	Concorrência Monopolística
	desnecessária
	baixas
	muitos
	muitos
	médio
20) Diferencie a Microeconomia da Macroeconomia, detalhando o foco de aplicação e indicando três variáveis centrais a cada qual. (Bia → revisar)
A Micro e Macroeconomia permite que sejam analisadas as grandes questões econômicas da contemporaneidade, como os fluxos comerciais e financeiros entre os países, as relações entre capital e trabalho, além do comportamento de vários setores de atividade. Nesse contexto, apesar das diferenças inerentes a esses conceitos, eles são interdependentes e complementam-se para que o estudo econômico possa ser inteiramente compreendido.
Nesse sentido, a microeconomia, ou teoria microeconômica, estuda o comportamento das unidades econômicas básicas: consumidores, produtores e o mercado no qual se relacionam, de modo que sua preocupação é voltada para as famílias isoladas, empresas ou indústrias. Ela estuda o comportamento econômico de cada grupo ou setor individualmente e analisa fatores que influenciam os preços, o modo de consumo, a relação que existe entre a oferta e demanda de mercados específicos, ignorando muitos outros fatores externos a fim de compreender os relacionamentos reais. Desse modo, a análise microeconômica baseia-se principalmente na lógica e mostra como os preços ajudam a coordenar a atividade humana em direção a um ponto de equilíbrio.
A Microeconomia ainda pode ser dividida em teoria do consumidor, teoria da firma e teoria da produção. A teoria do consumidor analisa a preferência, o comportamento, escolhas e restrições do consumidor, além de observar as restrições para consumo; a teoria da firma mostra a reunião do capital e do trabalho em uma empresa para produção de acordo com a demanda, além de focar nas organizações cujo objetivo é produzir lucro; e a teoria da produção estuda o processo e tornar a matéria-prima em produtos finais para venda, de modo que observa as variáveis que influenciam o produto final. Ainda é importante ressaltar que as práticas de mercado, como monopólio, oligopólio e conceitos de concorrência também são objetos de estudo dessa área que estuda a economia de forma mais focada.
Dentre as variáveis microeconômicas, podem ser citadas a demanda, a análise das estruturas de mercado e a teoria do equilíbrio geral e do bem-estar.
Em contrapartida, a macroeconomia, ou teoria macroeconômica, é voltada para o estudo de questões que afetam a economia como um todo, de forma que se relaciona à determinação e ao comportamento dos grandes agregados, como PIB, consumo nacional, investimento agregado, exportação, taxas de desemprego, nível geral dos preços, etc. Ela objetiva delinear uma política econômica e medir os fenômenos de toda a economia, principalmente através de estatísticas agregadas e correlações econométricas. Nesse sentido, a macroeconomia é dotada de dois enfoques principais: o conjuntural, de curto prazo, que se preocupa com a resolução de questões como inflação e desemprego, e o estrutural, de longo prazo,que estuda modelos de desenvolvimento que levam à elevação do bem-estar da coletividade e é denominado “Teoria de Desenvolvimento Econômico”.
Nesse contexto, dentre as variáveis macroeconômicas podem ser citadas a inflação, taxa de juros e taxas de câmbio.
21) Explique o que é o Produto Interno Bruto, diferenciando-o do Produto Nacional Bruto. 
O PIB e o PNB são indicadores econômicos, logo, possuem o objetivo de compor levantamentos estatísticos, a fim de indicar a situação econômica de determinada área durante um período. O Produto Interno Bruto (PIB) consiste no somatório de todos os bens e serviços produzidos em um país, em um determinado período de tempo, independente se os fatores de produção são nacionais ou estrangeiros. O Produto Nacional Bruto (PNB) é a somatória de todas as riquezas (bens e serviços) produzidas por empresas pertencentes a um país, independentemente do local em que elas estejam atuando.
O que diferencia o Produto Interno Bruto e o Produto Nacional Bruto é o fato de que o PIB não leva em consideração as remessas advindas do exterior, visto que ele é a somatória das riquezas produzidas dentro do território apenas. Enquanto isso, o Produto Nacional Bruto não está relacionado à localidade, e sim a nacionalidade, pois considera os lucros de empresas nacionais que atuam no exterior. 
22) Como se calcula o valor do PIB pela ótica da produção, da renda e do dispêndio? 
Pela ótica da produção, o PIB é medido pela soma do valor de todos os bens e serviços finais que foram produzidos em determinada região. PIB = ΣVAB + Impostos sobre produtos e serviços líquidos de subsídios.
Pela ótica da renda, o valor do PIB é o somatório de todas as rendas auferidas pelos agentes do país ou região. As rendas contabilizadas são os salários, juros, lucros e aluguéis. Sendo assim, Renda (Y) = C + P + T, sendo C = Consumo das famílias; P = Poupança; T = Tributos (impostos).
Pela ótica do dispêndio, o cálculo é feito pela soma dos gastos para a manutenção (consumo) e a expansão da economia (investimento), leva em conta o que é consumido pelas famílias e pelo governo (demanda agregada), tanto internamente como no exterior. PIB = C + I + G + (X – M), sendo C = Consumo das famílias; I = Investimento realizado pelas empresas; G = Gastos do governo; X = Exportações; M = Importações.
23) Quais os principais fatores de produção e que tipo de renda geram, em perspectiva macroeconômica? 
A mão-de-obra, o capital e a terra configuram-se como os principais fatores de produção. A mão-de-obra corresponde ao trabalho e inclui as horas de trabalho empregadas na produção, o conhecimento, a técnica e as capacidades daqueles que participam do processo; o capital equivale aos bens de produção; e a terra engloba todos os recursos naturais ao seu redor, tais como florestas, minas água, ar e energia. 
 Nesse contexto, tendo em vista que a Macroeconomia tem sua análise voltada para os grandes agregados e para o estudo do mercado de forma global, esses fatores de produção geram um fluxo circular de renda, o qual explica a interação entre os agentes de uma economia de forma agregada. O fluxo circular de renda se dá, visto que a moeda gira pelo circuito gerando renda: as firmas recebem das famílias pela venda de bens e serviços produtivos, consecutivamente, as firmas remuneram as famílias, em seguida, as famílias compram das firmas, e assim sucessivamente. Sintetizando: o produto gera renda, que gera consumo, que gera produto, que gera renda etc.
Desse modo, o fluxo monetário representa a contrapartida pelo fluxo real, pelo fornecimento de bens, serviços e serviços dos fatores de produção. A remuneração dos fatores de produção constitui-se em quatro itens: salários, que correspondem à remuneração dos serviços do fator trabalho; aluguéis, correspondentes a remuneração dos serviços do fator terra; lucros, relacionados à remuneração dos serviços do fator capital; e juros, vinculados à remuneração dos serviços do fator capital monetário.
24) Quais os principais agentes e atividades na classificação macroeconômica típica. 
Os principais agentes econômicos são as empresas, que produzem bens e serviços, além de contratarem os fatores de produção, e as famílias que constituem-se do conjunto de consumidores, sendo, portanto, base da demanda econômica e detentora da propriedade dos fatores de produção. Nesse viés, a interação entre esses agentes é explicada pelo fluxo circular de renda e acontece de forma agregada em dois mercados diferentes: o mercado de bens e serviços, onde as empresas oferecem bens e serviços, que atendem às necessidades imediatas das famílias, e o mercado de fatores de produção, que envolve fatores como o trabalho, terra ou capital, oferecidos pelas famílias, os quais são contratados ou adquiridos pelas empresas, que os transformam em novos bens e serviços. Nesse sentido, a interação entre os agentes permite que seja realizada uma medição agregada da economia por meio do fluxo real e monetário. 
O fluxo real representa a procura que as empresas fazem no mercado de fatores de produção e a que as famílias efetuam no mercado de bens e serviços. Em contrapartida, o fluxo monetário representa as despesas que as famílias fazem quando adquirem produtos e serviços das empresas, enquanto que as empresas gastam ao contratarem os fatores de produção das famílias.
Contudo, é importante ressaltar que, na classificação macroeconômica, o fluxo circular de renda também pode passar a envolver outros agentes, tais como o governo e o resto do mundo. O governo, nas esferas federal, estadual e municipal produz bens públicos, recolhe impostos e gasta com subsídios. Já, o resto do mundo atua quando é considerada uma análise econômica global, de modo que envolve os agentes econômicos do exterior que realizam transações com os agentes econômicos residentes no país. Esses agentes econômicos residentes podem ser nacionais ou estrangeiros fixados no país, como empresas multinacionais e pessoas físicas, excluídos os turistas e os que efetuam viagens de negócios. 
25) Em que setor (primário, secundário ou terciário) se classificam as transações públicas na Contabilidade Social?
Ao definir a Contabilidade Social é apontada a obra Economia: Micro e Macro de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, este é um instrumento que busca mensurar a totalidade das atividades favoráveis. Em outras palavras, aplicações e conceitos de macroeconomia para análise do crescimento ou da contração econômica de um determinado país. Já a respeito das transações públicas na Contabiļidade Social, pode-se dizer que estas localizam-se no setor terciário. Isso porque o último abrange serviços, comércio, transportes e comunicações.
26) O que é taxa de inflação e como se a mede, na prática?
A taxa de inflação é usada para medir a variação dos preços e o impacto no custo de vida da população. Ela se mede com base em índices, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que ponderam os bens e serviços mais importantes para a população e medem o crescimento desses preços.
O IPCA é calculado pelo IBGE, que aponta mensalmente a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos das 11 principais regiões metropolitanas do país. Os preços são coletados em mais de 28 mil comércios visitados pelos pesquisadores.
Algo importante a ser mencionado é que, a taxa de Inflação além de medir a variação de preços que já ocorreram, também influencia nos valores que serão cobrados no futuro. A inflação somente acontece quando há um crescimento persistente e generalizado dos preços de um conjunto de bens e serviços em um determinado período, causando a redução do poder de compra. Se poucos preços aumentam enquanto os demais permanecem estáveis, não há como dizer que existe um processo inflacionário. Do mesmo modo, se há um aumento de todos os preços em um mês, mas volta à estabilidade em seguida, também não podemos caracterizar como inflação. Só é inflação se o aumento for geral e duradouro.
A inflação é calculada pelos profissionaisdo IBGE e da FGV seguindo os seguintes passos: 
1. Os pesquisadores visitam as famílias para saber o que elas compram e onde. É o que chamamos de amostra de domicílio.
2. São definidos os produtos da cesta e o peso deles no cálculo da inflação. Quanto mais consumidos, maior será o seu peso. O peso do arroz, por exemplo, é maior que o do macarrão. O da cebola é maior que o da berinjela e assim por diante.
3. Os pesquisadores definem, então, a lista de comércios onde os preços serão avaliados.
4. Com todas as informações citadas, é elaborado um questionário com os locais a serem visitados e os produtos que devem ser checados.
5. Seguindo o questionário e um cronograma, os pesquisadores vão até os estabelecimentos comerciais e coletam os preços.
6. Depois, eles entregam os relatórios aos técnicos que vão processar os dados colhidos para começar a calcular os índices.
7. Por fim, a inflação é calculada por meio da variação dos preços de um período para outro. Se houver uma diferença muito grande em relação ao mês anterior, seja para baixo, seja para cima, os técnicos voltam aos números para checá-los novamente.
27) O que é poupança corrente do governo?
O conceito de poupança em conta corrente do governo consiste na retirada dos investimentos públicos do cálculo do superávit primário. Ou seja, ao não se considerar o investimento público líquido no cálculo do resultado primário, obtém-se a poupança em conta corrente do governo. 
Assim, a poupança em conta corrente do governo representa uma política fiscal sustentável. 
28) O que é Déficit Público? Diferencie o Déficit Primário, do Déficit Operacional e do Déficit Nominal. 
Déficit público é quando os gastos públicos superam a arrecadação de impostos. Há diversas conceituações de déficit público, podendo ser déficit primário, déficit operacional e déficit nominal. 
Déficit primário é a diferença entre os gastos públicos e a arrecadação tributária no exercício, independente de juros e correções da dívida passada. É medido pelo déficit total, excluindo a correção monetária e os juros reais da dívida contraída anteriormente.
Déficit operacional é o déficit total ou nominal, o qual exclui a correção monetária e cambial, sendo considerado a medida mais adequada na reflexão sobre as necessidades reais de financiamento do setor público. É medido pelo primário acrescido dos juros reais da dívida passada.
29) Quais as formas de financiamento dos déficits públicos? 
Em uma situação de déficit, além das medidas tradicionais de política fiscal, que são o aumento de impostos ou corte de gastos, o governo pode financiar o seu déficit por recursos extrafiscais. São eles a emissão de moeda ou a venda de títulos da dívida pública ao setor privado.
Na situação de emissão de moeda, também conhecida como monetização da dívida, a União, ou também chamado Tesouro Nacional pede dinheiro emprestado ao Banco Central, que cria uma base monetária para financiar a sua dívida. É importante dizer que essa situação é uma forma eminentemente inflacionária, mas que não aumenta o endividamento público no setor privado. Além disso, apesar desse financiamento, o Banco Central está proibido de acordo com a Constituição Federal de financiar o excesso de gastos públicos.
Já na situação de venda de títulos da dívida pública ao setor público, o governo troca títulos por moeda que já está em circulação, o que, em princípio, não traria nenhuma elevação monetária. Todavia, é importante dizer que essa situação provoca uma elevação da dívida pública. Além disso, cabe ao governo oferecer juros que atraiam a compra de títulos, o que promove uma elevação adicional no endividamento.
30) Quais os principais motivos para a demanda por moeda? 
Existem três principais motivos para a demanda por moeda: motivo transação; motivo precaução e motivo especulação (ou portfólio).
A demanda por moeda por motivo de transação depende do nível da renda, de modo que, se a renda aumenta, os gastos também aumentam e os saldos de moeda mantidos para harmonização desses fluxos deve também aumentar.
A demanda por moeda por motivo de precaução ocorre devido a incerteza quanto às datas de recebimentos e pagamentos. É importante dizer que esses saldos monetários de precaução também dependem da renda do indivíduo ou da empresa. Quanto maior a empresa, ou mais rico o indivíduo, maior é a necessidade de moeda para precaução ou segurança. Desse modo, de maneira análoga com o motivo de transação, o motivo de precaução também possui uma proporção relacionada com a renda monetária. 
Por fim, tem-se a demanda por moeda por motivo de especulação, promovida por Keynes, que disserta que as pessoas demandam moeda não apenas para a satisfação das transações correntes, mas também para a especulação, seja de títulos, imóveis, entre outros. Nesse caso, a moeda não apresenta rendimentos, porém também não possui riscos, principalmente quando a inflação é baixa. Dessa maneira, o indivíduo que busca diminuir os riscos, diversifica seus títulos e aplicações no mercado, como uma forma de poupança e de acumulação de patrimônio. É importante dizer que, nesse caso, o juros irá representar o rendimento que a pessoa teria ao comprar títulos. A relação entre demanda de moeda por especulação e taxa de juros de mercado é inversamente proporcional: quanto maior a taxa de juros, menor a retenção de moedas, dado que investir a moeda em um banco se mostrará mais lucrativo. 
31) Quais os efeitos da monetização dos déficits públicos?
É importante dizer que a monetização dos déficits públicos possuem alguns efeitos. Nesse sentido, cabe destacar o conceito de equivalência ricardiana, que tem a seguinte ideia: o governo, como qualquer agente, enfrenta uma restrição orçamentária. Dessa forma, busca algumas medidas para que esse problema seja enfrentado, através do financiamento de seu excesso de gastos, podendo esse ser até mais extenso do que o disponível para consumidores e empresas. Assim, mesmo que o governo possua um déficit fiscal, ele será mais solvente caso possa, em períodos posteriores, gerar um superávit proporcionalmente equivalente. 
Mostra-se que, para o estoque de moeda convergir em direção a um ponto de equilíbrio estável, a condição é a de que o gasto fiscal esteja não negativamente associado à receita tributária. Considerando então que não há motivo para se supor que esta associação não prevaleça na prática, mesmo na situação de pleno emprego, conclui-se que o estoque de moeda pode convergir a um valor de equilíbrio estável. Ao final apresentam-se algumas breves conclusões.
32) Comente a proposição : “A dívida pública envolve problemas de ordem moral”, encontrada em resumo conclusivo do trabalho de Silva, Marcos Fernandes Gonçalves da, 1996. "A moral da dívida pública," Textos para discussão 57, FGV EESP - Escola de Economia de São Paulo, Getulio Vargas Foundation (Brazil).. , disponível em  http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/10438/1887/1/TD57.pdf (podem “pular” a Seção 4 ou as expressões matemáticas ali encontradas)
Com o objetivo de melhor responder essa questão, é fundamental classificar a dívida pública, a qual é tida como uma dívida interna ou externa, de acordo com a localização de seus credores e com a moeda envolvida nas operações. Nesse sentido, a dívida é uma escolha feita por indivíduos e que possui impacto sobre o bem-estar de terceiros, então sua decisão de criação implica também um problema de ordem moral.
Já o problema da moral da dívida pública está representado principalmente no que se refere à possível transferência de gravames financeiros, ou seja, de bens ainda não quitados, para gerações futuras, na ausência de herança de ativos e de altruísmo intergerações na economia. Sob essa ótica, ao ser abordado a tese da neutralidade da dívida, é perdido qualquer sentido prático se houver, pelo menos, egoísmo de intergerações.
Dessa forma, o problema moral implícito à dívida pública remete ao estudo da natureza dos processos de escolha que a geram. Assim, faz-se necessária a interpretação da dívida e dos seus aspectosmorais dentro de uma perspectiva em economia política, caso o Estado não for um maximizador da função de bem-estar social, mas um conjunto de organizações que se dispõem politicamente para tomar as decisões ditas públicas. 
Em vista disso, a moralidade das ações individuais e públicas exige autocontrole. Os déficits públicos crônicos indicam falta de disciplina e são, portanto, indicadores de ausência de controle, além de serem considerados imorais.
Mediante o exposto, conclui-se que existem implicações de natureza moral que emergem da análise da dívida pública. Desse modo, a sociedade e o mercado resultam da interação complexa de indivíduos, a qual é regulada por normas morais. Por fim, é essencial compreender a razão do surgimento e da legitimação de dívidas públicas, bem como os fatores que podem alterar o conjunto de instituições pertencentes à ordem moral.

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