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Anatomia Animal - Osteologia

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9 
 
CAPÍTULO 3: OSTEOLOGIA ANIMAL COMPARADA 
 
 O MEMBRO TORÁCICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCÁPULA 
 
A escápula é um osso plano que se situa sobre a parte cranial da parede lateral 
do tórax, lateralmente comprimida, onde é mantida em posição por uma estrutura de 
músculos, sem formar uma articulação convencional com o tronco. É de contorno 
triangular e apresenta para descrição 2 faces, 3 bordas e 3 ângulos. É a base da 
região do ombro. 
Em ungulados, a escápula é prolongada dorsalmente por uma porção não 
ossificada, a cartilagem escapular, o que aumenta a área para fixação muscular. A 
cartilagem se torna cada vez mais ossificadas e, portanto, mais rígida com a idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bovino 
 
 
 
Escápula Eqüina: vista lateral direita Escápula Bovina: vista lateral esquerda 
O membro torácico 
consiste de quatro segmentos 
principais, a saber: cíngulo 
escapular, braço, antebraço e 
mão. 
 O Cíngulo escapular (ou 
peitoral) quando completamente 
desenvolvido, consiste de três 
ossos – a escápula (ou osso do 
ombro), o coracóide (no galo) e 
a clavícula (ou osso do 
pescoço). O cíngulo escapular só 
é completamente desenvolvido 
nas aves e mamíferos inferiores. 
 
Mão
Antebraço
Braço
Escápula
Membro torácico bovinoProfª A
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Fossa supra-espinhosa
Espinha
Tubérculo supraglenóide
Fossa infra-espinhosa
Cavidade glenóide
Ângulo caudal
Borda cranial
Borda caudal
Ângulo cranial 
Borda dorsal 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC 
 
Acrômio
Fossa supra-espinhosa
Espinha
Tubérculo supragleniode
Fossa infra-espinhosa
Cavidade glenoide
Ângulo cranial 
Ângulo caudal
Borda cranial
Borda caudal
Ângulo cranial 
Borda dorsal 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC 
10 
 
A face lateral da escápula é irregularmente dividida por uma espinha em 
fossas supra-espinhosa (cranial) e infra-espinhosa (caudal), a primeira é a menor das 
duas. Essa espinha, exceto no equino e no suíno, termina num processo saliente, o 
acrômio, entretanto, no suíno alguns autores aceitam a existência do acrômio. A face 
costal está escavada longitudinalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na face medial encontra-se a fossa subescapular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escápula Suína: vista lateral direita 
Escápula bovina: 
vista medial esquerda 
Escápula Suína: vista medial direita 
A borda cranial é 
convexa, a caudal é côncava 
e a dorsal suporta a 
cartilagem escapular. O 
ângulo cranial encontra-se 
na junção das bordas cranial 
e dorsal, o caudal é espesso 
e rugoso, o ventral ou 
glenóide une-se ao corpo do 
osso pelo colo da escápula, é 
alargado e suporta a 
cavidade glenóide. 
A clavícula está 
reduzida a uma intersecção 
fibrosa no músculo 
braquiocefálico. 
Nas aves, o processo 
coracóide encontra-se bem 
desenvolvido. 
 
Fossa subescapular
Face serrátil
Borda cranial
Borda caudal
Ângulo cranialÂngulo caudal
Borda dorsal 
P
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Espinha
Tubérculo supraglenóide
Fossa infra-espinhosa
Cavidade glenóide
Ângulo caudal
Borda cranial
Borda caudal
Ângulo cranial 
Borda dorsal 
Acrômio
P
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 A
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Fossa supra-espinhosa 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÚMERO 
 
Escápula equina: vista medial esquerda 
 
Fossa subescapular
Face serrátil
Borda cranial
Borda caudal
Ângulo cranial
Ângulo caudal
Borda dorsal 
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Fossa Subescapular 
Borda Dorsal 
Borda Cranial 
Face Serrátil 
Borda Caudal 
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 Vista Ventral 
Cavidade Glenóide 
Tubérculo Supra-Glenóide 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ- UFC 
12 
 
O úmero forma o esqueleto do braço, é um osso longo que se estende do 
ombro proximalmente, onde se articula com a escápula, até ao cotovelo distal e 
caudalmente onde se articula com o rádio e a ulna, respectivamente. Assim, pode-se 
dizer que se situa obliquamente contra a parede ventral do tórax, mais horizontalmente 
nas grandes espécies que nas pequenas. Em eqüinos e bovinos, é relativamente mais 
curto e mais vigoroso que nos pequenos ruminantes. 
O corpo (diáfise) é irregularmente cilíndrico e tem a aparência de ter sofrido 
uma torção. No suíno parece um f em itálico sem o traço. 
Na extremidade proximal do úmero existe uma grande cabeça articular 
(caudo-medial) que se articula na cavidade glenóide da escápula. Nessa extremidade 
do osso (epífise proximal) existem ainda duas protuberâncias, os tubérculos maior 
(lateral) e menor (medial); que são separadas pelo sulco intertubercular. No cavalo, as 
protuberâncias são mais ou menos iguais, mas freqüentemente, a protuberância 
lateral (tubérculo maior) é maior, como ocorre no bovino. No boi, ambos os tubérculos 
se dividem em porções cranial e caudal. No cavalo, o sulco intertubercular é moldado 
por um tubérculo intermediário. 
A extremidade distal apresenta côndilos articulares, denominados de capítulo 
(côndilo lateral) e tróclea (côndilo medial), que foram um ângulo em relação ao eixo do 
corpo. Os côndilos articulam-se com a fóvea do rádio. 
Em todas as espécies, a parte caudal do sulco da tróclea é prolongada por uma 
fossa profunda (olécrano), que recebe o processo ancôneo da ulna. Existem também 
duas saliências conhecidas como epicôndilos. O epicôndilo medial dá origem aos 
músculos flexores do carpo e dos dedos, e o epicôndilo lateral dá origem aos 
músculos extensores do carpo e dedos. 
 
 
 
Vista lateral – úmero direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eqüino 
 
 
 
 
Bovino 
 
Tuberosidade 
deltóide
Fossa do 
olécrano
Tróclea
Capítulo
Tubérculo 
intermediário
Cabeça
Tubérculo maior
Fossa Radial
Colo
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Tuberosidade deltóide
Tróclea
Capítulo
Tubérculo maior
Fossa Radial
cabeça
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Capítulo 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vista cranial – úmero direito 
 
A tuberosidade deltóide é menos proeminente no bovino do que no eqüino. No 
suíno é muito pequena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sulco intertuberal
Tubérculo menor
TrócleaCapítulo
Tuberosidade 
deltóide
Tubérculo maior
Tubérculo 
intermediário
Fossa Radial
côndilos
Equino Bovino 
Cabeça 
 
 
Vista caudal da epífise distal 
Fossa olecrânica 
 
Sulco intertuberal
Tubérculo menor
Tróclea
Capítulo
Tuberosidade 
deltóide
Tubérculo maior
Fossa Radial
côndilos
Vista Lateral - Suíno 
 
 
Sulco intertuberal
Tubérculo menor
Tróclea
Capítulo
Tuberosidade deltóide
Tubérculo maior
Epífise proximal
Epífise distal
Diáfise 
Fossa RadialP
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14 
 
ANTEBRAÇO 
 Há dois ossos, o rádio e a ulna. Estes variam quanto ao tamanho e a 
mobilidade. No cavalo e no boi os dois ossos são fundidos e a parte distal do membro 
é fixada na posição de pronação. O rádio está colocado cranialmente e suporta o 
peso. A ulna é bem desenvolvida somente em sua parte proximal, que forma uma 
alavanca para os músculos extensores do cotovelo. No suíno a ulna é o maior e mais 
longo dos dois ossos, mas ela está intimamente unida no lado caudal do rádio. 
 
RÁDIO E ULNA 
O rádio e a ulna formam o esqueleto do antebraço. A ulna é caudal ao rádio na 
parte superior do antebraço, mas lateral na parte inferior. 
Na maioria dos animais domésticos, esses dois ossos são mantidos 
firmemente juntos por ligamentos ou por fusão na porção inclinada. Desta maneira, a 
capacidade para movimentos como supinação* e pronação** é reduzida ou 
inexistente. Nos ungulados, os ossos estão fundidos, condição que atinge seu extremo 
no cavalo, em que apenas a extremidade superior da ulna permanece distinta. 
O rádio é um osso semelhante a uma haste, em geral muito mais forte que a 
ulna em ungulados. A extremidade proximal é dilatada transversalmente. No suíno o 
rádio é curto e estreito, mas espesso. O corpo aumenta de tamanho distalmente. 
Articula-se com a superfície articular distal do úmero. O corpo é comprimido 
craniocaudalmente e levemente curvo em seu comprimento. A parte distal da 
superfície cranial é sulcada para a passagem dos tendões extensores, ao passo que a 
superfície caudal é irregular para a fixação muscular. 
A extremidade distal do rádio é algo dilatada. Apresenta uma superfície 
articular que é côncava em sua parte cranial e convexa em sua parte caudal em 
ungulados. Medial à articulação radiocárpica, o rádio é prolongado e forma um 
processo estilóide; a projeção lateral correspondente é formada pela ulna e no cavalo 
pela porção do rádio que representa a ulna incorporada. O corpo da ulna, em geral, é 
reduzido e segue ao lado do rádio, ao qual se fixa por uma membrana ou fusão. A 
extremidade distal apresenta uma pequena faceta articular para o rádio e, além desta, 
continua como o processo estilóide lateral, que fica em contato com o osso ulnar do 
carpo. Mesmo no cavalo, a fusão é incompleta e existe um pequeno espaço interósseo 
entre os corpos dos dois ossos. No cavalo, o corpo da ulna está grandemente 
reduzido e se afila, terminando no meio do antebraço; sua extremidade distal está 
incorporada ao rádio. 
 
Vista lateral – rádio e ulna esquerdos de equino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* supinação: rotação da mão de tal maneira que a palma fica voltada para frente (homem) 
** pronação: ou voltada para trás. 
Vista caudal – rádio e ulna esquerdos 
 
 
Superfície articular cárpica
Espaço inter-ósseo
Corpo do radio 
Processo ancôneo
Tuberosidade do olécrano
Fóvea do radio
Corpo da Ulna 
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Processo estilóide
Corpo do rádio
Espaço inter-ósseo
Ulna
Processo ancôneo 
Tuberosidade do 
olécrano
Corpo da Ulna 
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Radio e Ulna direitos de Suíno 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 VISTA MEDIAL DIREITA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VISTA MEDIAL 
 
 
Tuberosidade do olécrano 
Processo ancôneo 
Fóvea do Rádio 
Corpo do Rádio 
Corpo da Ulna 
Processo estilóide 
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Radio e Ulna esquerdos de Bovino 
 
Tuberosidade do olécrano 
Processo ancôneo 
Fóvea do Rádio 
Corpo da Ulna 
Corpo do Rádio 
Processo estilóide 
Espaço interósseo 
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MÃO 
Tal como no homem, consiste de três subdivisões: o carpo, metacarpo e pelas 
falanges (dedos). 
Os ossos do carpo (homólogo do pulso do homem) têm um grupo de ossos 
pequenos e curtos, se articulam de maneira complexa. O plano do esqueleto cárpico 
primitivo é incerto, mas nas espécies domésticas os ossos em número de seis a oito 
(eqüino: 7-8; bovino: 6; suíno: 8) e são nitidamente expostos em duas fileiras 
transversas – uma proximal e outra distal. 
A fileira proximal compreende (em seqüência mediolateral) os ossos radial, 
intemediário, ulnar e acessório; o último parece como um apêndice projetando-se atrás 
do carpo. Os elementos da fileira distal são numerados de um a cinco (seqüência 
mediolateral), embora o quinto jamais se apresente como osso separado, estando 
suprimido ou fundido com o quarto. O primeiro costuma estar ausente, enquanto o 
segundo e o terceiro se fundem em ruminantes. 
 
 Mão de Equino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O padrão primitivo para o esqueleto da mão dos mamíferos apresenta cinco 
raios, cada um consistindo num osso metacárpico e em falanges proximal, média e 
distal. Este padrão foi modificado em todas as espécies domésticas. Assim, existem 
animais plantígrados (urso), que apoiam a planta dos pés no chão; os digitígrados 
(cães), que se sustentam apenas pelos dedos e ungulados (equino, suíno, 
ruminantes), que apoiam apenas as pontas dos dedos no chão. 
O processo resulta nos dedos abaxiais primeiramente perdendo contato 
permanente com o solo. Os suínos perderam totalmente o primeiro dedo; o 2o e o 5o 
dedos são muito reduzidos. Em ruminantes, embora estejam presentes elementos dos 
quatro dedos, os do par abaxial são vestigiais; os ossos metacárpicos do terceiro e 
quarto dedos funcionais se fundem num único osso. No cavalo, apenas o 3o raio 
sobrevive em forma funcional e seu eixo coincide com o do membro. Existem vestígios 
do segundo e quarto ossos metacárpicos. 
O único osso metacárpico (terceiro) do cavalo tem um corpo particularmente 
resistente, suporta um dedo, os outros dois são muito reduzidos e são comumente 
denominados de pequenos metacarpianos. 
Carpo Equino 
 
Fileira 
Proximal 
Fileira Distal 
Vista crânio-lateral 
 
 
 
Carpo 
Metacarpos 
Falange proximal 
Falange média 
Falange distal 
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17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vista caudal 
 
 
Nos ruminantes, consiste de um grande metacarpiano e um osso metacárpico 
lateral. O grande osso resulta da fusão do 3o e 4o ossos do feto e apresenta evidências 
de sua dupla origem quando adulto. O corpo é menor que no cavalo e é relativamente 
mais largo e mais plano. O pequeno osso metacárpico é uma haste arredondada com 
cerca de 3,5 – 4 cm de comprimento, que se localiza na parte proximal da borda lateral 
do grande osso. Apresenta a extremidade distal pontiaguda. 
No suíno quatro ossos metacarpianos estão presentes. O 1o está ausente, o 3o 
e o 4o são grandes e sustentam os principais dígitos, enquanto o 2o e o 5o são bem 
menores e comportam os dígitos acessórios. 
 
 
Dedos da mão 
No cavalo o dedo da mão consiste de três falanges e ossos sesamoides. No 
boi estão presentes quatro dedos. Destes, dois 3o e 4o estão completamente 
desenvolvidos, e cada um têm 3 falanges e 3 sesamoides. O 2o e 5o são vestígios e 
têm situação palmar ao boleto como “para dígitos”; cada um possui 1 ou 2 pequenos 
ossos que não se articulam com o resto do esqueleto. 
A falange proximal (1a falange) é um osso cilíndrico curto com a extremidade 
proximal adaptada à cabeça do osso metacárpico euma articulação distal na forma de 
uma tróclea rasa articula-se com a falange média. No bovino é mais curta e mais 
estreita que no cavalo. A falange média (2a falange) é mais curta que a primeira 
falange, mas muito semelhante a ela. A falange distal corresponde à forma do casco 
ou unha em que está contida. Existem na face palmar da articulação 
metacarpofalângica distal, os ossos sesamóides proximais. 
 
 
 
 
 
Metacarpo
bovino 
 
Metacarpos e falanges 
de caprinos 
 
Mão de suíno 
carpo 
metacarpos 
falanges 
18 
 
 FALANGES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OSSOS DO MEMBRO PÉLVICO 
 
 O membro pélvico consiste de quatro segmentos: o cíngulo pélvico, coxa, 
perna e pé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estas partes estão fundidas no adulto, mas é conveniente descrevê-las 
separadamente. 
 
Ílio: é o maior das três partes, sendo a porção expandida que se estende do 
acetábulo em direção cranial e está situado na parede lateral da pelve. O ílio é 
divisível em duas partes, o corpo e a asa. O corpo entra na formação do acetábulo e 
é contínuo com a face pélvica do ísquio e do púbis. A asa é a grande porção 
expandida. 
 
Ísquio: estende-se do acetábulo em direção caudal e está situado na parte 
caudal da parede ventral da pelve. É irregularmente quadrilátero. Forma a parte caudal 
do osso do quadril ou coxal e entra na formação do acetábulo, forame obturatório, e 
sínfise pélvica. Ele é divisível em um corpo, um ramo, uma tuberosidade e uma tábula. 
O corpo entra na formação do acetábulo e fica lateral ao forame obturatório. A tábula é 
uma porção aplanada irregularmente quadrilátera em posição caudal ao ramo e ao 
 
O cíngulo pélvico consiste do 
osso do quadril que se junta ao lado 
oposto, ventralmente, na sínfise pélvica e 
articula-se muito firmemente com o sacro, 
dorsalmente. Os dois ossos do quadril, 
juntos com o sacro e as primeiras 
vértebras caudais, constituem a pelve 
óssea. Sua parede dorsal ou teto é 
formado pelo sacro e as primeiras 
vértebras caudais e a parede ventral ou 
assoalho pelos ossos púbis e ísquio. As 
paredes laterais são formadas pelos ílios e 
parte acetabular dos ísquios. 
Osso do quadril: O osso coxal, do 
quadril ou osso inominado, é o maior dos 
ossos planos. Ele consiste primariamente 
de três partes, o ílio, ísquio e púbis, os 
corpos dos quais se juntam para formar o 
acetábulo, uma grande cavidade cotilóide 
que se articula com a cabeça do fêmur, no 
bovino é menor que no cavalo. 
 
proximal 
média 
distal 
19 
 
corpo e inclui a tuberosidade. A tuberosidade isquiática é uma protuberância rugosa, 
freqüentemente triangular, que serve como uma área da qual saem músculos. 
 
Púbis: estende-se do acetábulo em direção medial ao osso do lado oposto até 
a sínfise púbica e está situado na parte cranial (assoalho) da pelve. É divisível em um 
corpo e um ramo cranial e caudal. Sua borda caudal limita a parte cranial do forame 
obturatório. O corpo é espesso e entra na formação do acetábulo. O ramo cranial 
estende-se do corpo ao plano mediano onde se encontra com o lado oposto para 
formar a sínfise púbica. O ramo caudal caminha caudalmente na porção medial do 
ramo cranial. Ele tornar-se estreito à medida que se dirige caudalmente para unir-se 
ao ramo do ísquio ao longo do forame obturatório. 
 
 OSSOS COXAIS BOVINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VISTA VENTRAL 
 
Sínfise pélvica 
Forame Obturatório 
Acetábulo 
Tuberosidade 
Coxal 
Tuberosidade 
Sacral 
Asa Ílio 
Corpo do Ílio 
Púbis 
Tuberosidade Isquiática 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vista Dorso-Caudal 
 
 
 
Vista dorsal dos ossos coxais de ovino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vista ventral dos ossos coxais de ovino 
 
Ossos Coxais Bovino 
 
Sínfise 
pélvica 
Tuberosidade 
Isquiática 
Tuberosidade 
Coxal 
Tuberosidade 
Sacral 
Forame 
Obturatório 
Púbis 
Asa do Ílio 
Corpo do Ílio 
Ísquio 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÊMUR 
É o maior e mais pesado dos ossos longos. É o osso da coxa. Estende-se de 
modo obliquo, distal e cranialmente, articulando-se proximalmente com o acetábulo e 
distalmente com a tíbia e a patela (formando a articulação do joelho). Apresenta para 
exame duas extremidades e um corpo. 
O corpo (diáfise): no eqüino é geralmente cilíndrico, mas é aplanado 
caudalmente e mais largo proximalmente que distalmente. O bovino tem o corpo 
relativamente pequeno, que é cilíndrico no meio e prismático distalmente. No suíno, o 
corpo é relativamente largo e maciço, no qual quatro superfícies poderiam ser 
reconhecidas. 
 
 
 
 
 
 
Diferenças entre as espécies na forma 
geral do cíngulo pélvico são muito 
pronunciadas. O ílio é mais vertical nas 
espécies maiores e mais pesadas, uma 
conformação que deixa a articulação 
sacroilíaca e, portanto, o peso do tronco mais 
aproximadamente acima da articulação 
coxofemoral. Em espécies menores, nas 
quais essa consideração é de pouca 
importância, o ílio é muito oblíquo, isso 
desloca o assoalho pélvico caudalmente com 
relação às vértebras e aumenta a eficácia dos 
músculos abdominais que flexionam a coluna 
nos saltos. 
 
Veja na figura ao lado, o osso coxal de 
um bovino jovem mostrando as três partes 
ósseas que formaram o acetábulo. 
acetábulo 
ílio 
ísquio 
púbis 
Área de 
crescimento 
22 
 
 Fêmur Esquerdo Equino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vista Caudal Vista Cranial 
 
 
 Fêmur Direito Bovino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vista Caudal Vista Cranial 
 
 Fêmur Suíno Direito 
 
Cabeça 
Trocanter Maior 
Côndilos 
Tróclea 
Terceiro 
Trocanter 
Terceiro 
Trocanter 
Chanfradura 
Profunda 
Fossa 
Supracondilar 
Trocanter Menor 
Fossa 
Intercondilar 
 
Cabeça 
Cabeça 
Cabeça 
Trocanter Maior 
Fossa 
Trocantérica 
Trocanter 
Menor 
Terceiro 
Trocanter 
Tróclea Fossa 
Intercondilar Côndilos 
Fossa 
Trocantérica 
Fossa 
Supracondilar 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vista Caudal Vista Cranio-lateral 
 
A extremidade proximal é larga e consiste da cabeça, colo e trocanter maior. 
A cabeça está colocada no lado medial, em posição proximal e um pouco 
cranialmente. É aproximadamente esférica e articula-se com o acetábulo. A cabeça é 
escavada medialmente por uma fóvea (chanfradura profunda no equino). No bovino a 
cabeça é menor que no equino, a fóvea é pequena e rasa, o colo é bem definido 
(exceto proximalmente), o trocanter maior é muito maciço e não dividido. No equino o 
trocanter maior está situado lateralmente e apresenta três aspectos (parte cranial, 
caudal e chanfradura). No suíno a cabeça é acentuadamente curva, o colo é distinto e 
o trocanter maior, embora maciço, não se estende acima do nível da cabeça. 
 
Equino Bovino SuínoA extremidade distal é larga em ambas as direções e compreendem a tróclea 
cranialmente e dois côndilos caudalmente. A tróclea consiste de duas cristas 
separadas por um sulco e forma uma extensa área para a articulação com a patela. 
Os côndilos medial e lateral são separados por uma fossa profunda intercondilóide e 
 
Cabeça 
Tróclea 
Trocanter 
Maior 
Trocanter 
Menor 
Cabeça 
Fossa 
Trocantérica 
Côndilos 
Fossa 
Intercondilar 
 
Chanfradura Profunda 
Fóvea 
Fóvea 
24 
 
se articulam com os côndilos da tíbia e os meniscos da articulação do joelho. No suíno 
o terceiro trocanter está ausente. 
 
PATELA 
É um osso sesamóide largo que se articula com a tróclea do fêmur; está 
desenvolvido na inserção do quadríceps femoral, o principal extensor do joelho. É 
prismático no eqüino e bovino. É prolongado medial e lateralmente por cartilagens 
parapatelares no estado fresco. No suíno, é muito comprimida transversalmente. 
 
 Equino Bovino Suíno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 vista cranial: 1. Base, 2. ápice, 3. face cutânea. 
 
 
OSSOS DA PERNA 
Compreendem dois ossos, a tíbia e a fíbula. 
 
TÍBIA 
É um osso longo, grande e prismático que suporta e articula-se proximalmente 
com o fêmur, distalmente com o talus (osso társico tibial) e lateralmente com a fíbula. 
A tíbia estende-se obliquamente, distal e caudalmente da soldra (prega da virilha ou 
babilha do joelho). No suíno a tíbia é ligeiramente curva e convexa medialmente. A 
tíbia do bovino parece com a do cavalo, porém é um pouco mais curta. 
O corpo (diáfise) é largo e trifacetado proximalmente, torna-se menor e 
achatado em direção sagital distalmente, mas alarga-se na extremidade distal. No 
bovino, o corpo é perfeitamente encurvado, tanto que o lado medial é convexo. A 
extremidade proximal é larga e trifacetada apresenta duas eminências articulares, os 
côndilos medial e lateral. A eminência intercondilar ou espinha é uma proeminência 
central, e em cujos lados prolongam-se as faces articulares. 
A extremidade distal é muito menor que a proximal, é de forma quadrangular 
e mais larga medialmente que lateralmente. Apresenta uma face articular que se 
adapta à tróclea do tarso tibial (astrágalo) e consiste de dois sulcos separados por 
uma crista. No bovino, os sulcos articulares e a crista da extremidade distal ou tróclea 
são quase de direção sagital. A do suíno é semelhante a do bovino, porém é 
relativamente mais estreita transversalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
eqüino 
bovino 
suíno 
 
 
1 
1 
1 
2 
2 
2 
3 3 3 
25 
 
FÍBULA 
Está situada ao longo da borda lateral da tíbia e tem apenas contato restrito 
com o jarrete. Ela é mais delgada que a tíbia e não se articula com o fêmur. No suíno 
ela possui um corpo completo e duas extremidades estendem-se por todo o 
comprimento da região, estando separado da tíbia pelo espaço interósseo da perna. 
No equino é um osso longo reduzido, ou seja, uma haste delgada que forma os limite 
lateral do espaço interósseo da perna, sua extremidade distal geralmente termina em 
ponta na metade a 2/3 distais da borda lateral da tíbia. No bovino, a cabeça está 
fundida com o côndilo lateral da tíbia e é continuada distalmente por um pequeno 
prolongamento, em haste pontiaguda. Todavia, como a fíbula primitiva é cartilaginosa, 
a parte proximal pode sofrer ossificação parcial, formando uma delgada haste que se 
une a borda lateral da tíbia (ver figura abaixo). No suíno, o corpo é achatado 
lateralmente, a parte distal é mais estreita e espessa. 
A extremidade distal no eqüino está fusionada com a tíbia, constituindo o 
maléolo lateral, no bovino, permanece separada e forma o maléolo lateral (osso 
maleolar). Ela é quadrilátera no seu contorno e comprimida lado a lado. No suíno, 
forma o maléolo lateral. 
 
 Tíbia Direita Equina Tíbia e Fíbula Direita Bovina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vista Caudal Vista Cranial Vista Caudal Vista Cranial 
Eminência 
Intercondilar 
Côndilos 
Estrias 
Musculares 
Eminência 
Intercondilar 
Eminência 
Intercondilar 
Estrias 
Musculares 
Fíbula 
Maléolo 
lateral 
Tuberosidade 
da Tíbia Tuberosidade 
da Tíbia 
Côndilos 
26 
 
 
 
 
Tíbia e Fíbula Esquerdas Suína 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESQUELETO DO PÉ 
Homólogo do pé humano consiste de três subdivisões, a saber, o tarso, 
metatarso e dedos (falanges). 
No eqüino, o tarso ou jarrete compõe-se de seis ossos curtos (às vezes 7). 
Estão dispostos em três fileiras: proximal, média e distal. No bovino são 5 peças, pois 
os ossos társico central e 4o , e 2o e 3o estão fundidos. 
 
Pé Equino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Côndilos 
Eminência 
Intercondilar 
Eminência 
Intercondilar 
Fíbula 
Maléolo 
Lateral 
Eminência 
Intercondilar 
Côndilo 
Vista Dorsal da epífise 
proximal da Tíbia 
Vista Cranial Vista Caudal 
 
Tarso (jarrete) 
Metatarso 
Falanges 
Ossos 
sesamóides 
 
Metatarso e 
falanges 
caprino 
 
Pé Suíno 
Tarso 
Metatarso 
Falanges 
27 
 
 
TARSO TIBIAL (ASTRÁGALO, TALUS): o osso é medial da 1a fileira proximal, é de 
forma extremamente irregular. No bovino é relativamente longo e estreito. 
CALCÂNEO (TARSO FIBULAR): é o maior dos ossos do jarrete e forma uma 
alavanca para os músculos extensores do jarrete. No bovino é mais longo e mais 
delgado que no cavalo; no suíno a tuberosidade do calcâneo é profundamente sulcada 
plantarmente. 
OSSO CENTRAL DO TARSO: é irregularmente quadrilátero. 
1O e 2O TARSIANOS: são fusionados no cavalo é o menor dos ossos társicos. 
3O OSSO TARSIANO: assemelha-se ao osso central, porém é menor e de 
contorno triangular no cavalo. 
4o osso tarsiano 
Os ossos restantes do membro pélvico lembram os do membro torácico, 
embora tendam a ser menos vigorosos. Os ossos metatarsianos são mais longos (+/- 
20%) que os metacárpicos e são mais redondos ao corte sagital. 
 
 Tarso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Calcâneo 
Talus 
28 
 
 
A COLUNA VERTEBRAL 
 
É formada por uma série de ossos chamados vértebras. Ela consiste de uma 
cadeia mediana e ímpar, de ossos irregulares que se estendem do crânio à 
extremidade da cauda. No adulto, certas vértebras fundem-se para formar uma massa 
simples óssea com a qual o cíngulo pélvico se articula. As vértebras assim fundidas 
são chamadas vértebras fixadas (ou falsas), distinguidas das vértebras móveis (ou 
verdadeiras). 
A coluna vertebral é subdividida para descrição em cinco regiões, que são 
designadas de acordo com a parte do corpo na qual as vértebras estão situadas. 
Assim as vértebras são denominadas cervicais, torácicas, lombares, sacrais e 
caudais (coccígeas). O número de vértebras em uma dada espécie é perfeitamente 
constante para cada região, exceto na última, tanto que a fórmula vertebral pode ser 
expressa como se segue: 
Cavalo: C7T18L6S5Ca15-21 
Bovino: C7T13L6S5Ca18-20 
Ovino: C7T13L6-7S4Ca16-18 
Suíno: C7T14-15L6-7S4Ca20-23 
 
As vértebras, em uma dada região, têm características através das quais elas 
podem ser distinguidas daquelas de outras regiões, e as vértebras individualmente 
têm características especiais que são mais ou menos claramentereconhecíveis. 
Todas as vértebras típicas têm um plano estrutural comum que pode de início ser 
compreendido. 
Uma vértebra consiste de corpo, arco e processos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
rame 
 
 
 
 
O corpo e o arco formam um anel ósseo que envolve o forame vertebral. 
Os processos encontrados são: articulares, espinhoso e o transverso. 
Articulares: são dois craniais e dois caudais que se projetam na borda do arco. 
São superfícies articulares adaptadas àquelas das vértebras adjacentes. 
Um processo (apófise) espinhoso está situado dorsalmente no meio do arco. 
Varia de forma, tamanho e direção nas diferentes vértebras, sendo muito proeminente 
nas vértebras torácicas. Este processo proporciona inserção a músculos e ligamentos. 
Transversos: são dois e projetam-se lateralmente dos lados do arco ou da 
junção do arco com o corpo. Na região cervical, os processos transversos da 3a a 6a 
vértebra apresentam uma porção cranial e caudal. Ainda nesta região, os processos 
transversos são perfurados pelo forame transverso. Na região torácica, cada um 
apresenta uma faceta para articulação com o tubérculo de uma costela. Os processos 
transversos dão inserção a músculos e ligamentos. 
 
O corpo da vértebra é a massa mais ou menos cilíndrica 
sobre a qual as outras partes estão formadas. As 
extremidades cranial e caudal estão inseridas nas 
vértebras adjacentes por discos fibrocartilaginosos 
intervertebrais e são usualmente convexas e côncavas, 
respectivamente. A superfície dorsal é aplanada e entra 
na formação do canal vertebral, enquanto a face ventral é 
limitada lateralmente e está em relação com vários 
músculos e vísceras. Na região torácica, o corpo 
apresenta dois pares de facetas nas extremidades, para a 
articulação com a parte das cabeças de dois pares de 
costelas. O arco está formado sobre a face dorsal do 
corpo e consiste de duas metades laterais, sendo cada 
uma, constituída de um pedículo (parede lateral do arco) e 
uma lâmina dorsal (completam o arco dorsalmente). 
Processo 
espinhoso 
Corpo 
Facetas 
costais 
Processo 
Transverso 
Processo 
articular 
Forame 
vertebral 
 
29 
 
Algumas vértebras também apresentam uma crista ventral, tubérculo ventral 
ou um arco hemal. Processos mamilares ao encontrados em muitos animais, nas 
vértebras torácicas, caudais e lombares craniais, entre os processos transversos e 
articulares craniais ou sobre os últimos. Processos acessórios, quando presentes, 
estão situados entre os processos transversos e articulares caudais. 
 
 Vértebras cervicais 
 Bovina Caprina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As duas primeiras vértebras cervicais são respectivamente o Atlas e o Axis e 
estão muito modificadas para permitir livre movimento da cabeça, requerendo 
descrição individual. O Atlas é o mais singular de todas as vértebras, pois 
aparentemente não possui corpo algum, mas consiste em duas massas laterais unidas 
por arcos dorsal e ventral. 
 
 
 
 
 
 
 
Vista Dorsal 
Vista Dorsal 
30 
 
 Atlas Bovino- Vista Dorsal Atlas Bovino- Vista Caudal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atlas Equino- Vista Dorsal Atlas Equino - Vista Caudal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Axis em geral é a vértebra mais longa. Sua extremidade cranial apresenta o 
dente, que é semelhante a um bico em determinadas espécies. A extremidade cranial 
do corpo e a superfície ventral do dente colaboram na formação de uma única 
articulação ampla com o Atlas. O arco contém um processo espinhoso muito alto. Os 
processos transversos são grandes. Cada um deles perfurado em direção à sua raiz 
por um forame transverso que conduz a artéria, veia e os nervos vertebrais. 
 
Axis Equino – Vista Lateral Axis Equino – Vista Caudal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Axis Bovino – Vista Lateral Axis Bovino – Vista Caudal 
 
 
 
Forame 
Alar 
Tubérculo 
Dorsal 
Asa Forame 
Vertebral 
Crista 
Ventral 
Fóvea para 
o dente do 
axis 
 
Forame 
Alar 
Tubérculo 
Dorsal 
Forame 
Vertebral 
Forame 
Vertebral 
Lateral 
Crista 
Ventral 
Asa 
 
 
Processo 
Espinhoso 
Dente 
Superfície 
Articular 
Processo 
Articular 
Crista 
Ventral 
Crista 
Ventral 
Corpo 
Forame 
Vertebral 
Lateral Forame 
Vetebral 
Forame 
Transverso 
Processo 
Articular 
Processo 
Transverso 
 
Processo 
Transverso 
Fóvea para 
o dente do 
axis 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As vértebras cervicais restantes se tornam progressivamente mais curtas, à 
medida que a série é observada em direção a sua junção com o tórax. As 
extremidades do corpo são mais distintamente curvadas que em outras regiões e se 
inclinam obliquamente. A face ventral apresenta uma crista sólida. O arco é forte e 
mais largo, mas o processo espinhoso é pouco desenvolvido, exceto na última (mas 
com variação considerável entre as espécies). A 7a vértebra cervical que serve de 
transição para as vértebras da região torácica, distingue-se por seu processo 
espinhoso mais alto, por processos transversos não-perfurados e pela presença de 
fóveas na extremidade caudal de seu corpo, para a articulação com o 1o par de 
costelas. 
 
Vértebras torácicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Face Cranial 
Em algumas espécies, os últimos elementos da série torácica possuem ainda 
outros processos (acessórios), que se originam da parte caudal do arco, sobrepondo-
se ao osso seguinte. 
 
Dente 
 
Processo 
Espinhoso 
Processo 
Transverso 
Crista 
Ventral 
Corpo 
Processo 
Articular 
Forame 
Transverso 
Forame 
Vertebral 
Forame 
Transverso 
Forame 
Vertebral 
Lateral 
Processo 
Articular 
Crista 
Ventral 
Corpo 
As vértebras torácicas 
se articulam com as costelas e 
correspondem às mesmas em 
número. Todas as vértebras 
torácicas compartilham 
aspectos comuns, mas também 
existem alterações seriadas 
que distinguem os ossos mais 
craniais dos mais caudais. Os 
aspectos torácicos comuns 
são: corpos curtos com 
extremidades achatadas; 
fóveas (facetas) costais em 
ambas as extremidades para 
as cabeças das costelas e nos 
processos transversos para o 
tubérculo das costelas; 
processos transversos curtos e 
grossos; arcos firmemente 
ajustados; processos espinhais 
muito proeminentes; processos 
articulares baixos. 
 
 
Processo 
Espinhoso 
Processo 
Articular 
Processo 
Transverso 
Corpo 
Forame 
Vertebral Faceta 
Costal 
32 
 
 
 Vértebra Torácica – face cranial Vértebra Torácica – face 
caudal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vista Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vértebras lombares 
 
As vértebras lombares diferem das vértebras torácicas no maior comprimento e 
no formato mais uniforme de seus corpos. Outras características regionais são: 
ausência de fóveas ou facetas costais; uma altura menor e geralmente inclinação 
anterior dos processos espinhosos; processos transversos achatados e longos que se 
projetam lateralmente; processos articulares enganchados (interligados); e processos 
mamilares proeminentes e às vezes, também processos acessórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forame 
VertebralFaceta 
Costal 
Corpo 
Processo 
Transverso Faceta para 
o tubérculo 
da costela 
 
Faceta 
Costal 
Processo 
Articular 
 
Crista 
Ventral 
Processo 
Espinhoso 
Faceta 
Costal 
33 
 
Vertebra Lombar - Vista Caudal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vértebras sacrais 
 
Caudal ao lombo, a coluna vertebral é prolongada pelo sacro, um osso único 
formado pela fusão de várias vértebras. O sacro forma uma articulação firme com o 
cíngulo pélvico, através do qual o impulso dos membros pélvicos é transmitido ao 
tronco. Em alguns animais (especialmente o suíno), uma ou mais vértebras da cauda 
podem ser incorporadas ao sacro posteriormente. 
Na maioria das espécies, a face dorsal da cavidade da pelve é marcada pelo 
número apropriado de processos espinhosos, embora as mesmas possam ser 
reduzidas ou mesmo ausentes (suíno). Quando presentes podem preservar sua 
independência (cão, eqüino) ou se fundir, formando uma crista contínua (ruminantes). 
O grau de fusão das vértebras sacrais varia entre as espécies; a menos completa é a 
do suíno. 
 
Sacro Bovino – Vista Dorsal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O número de vértebras caudais varia bastante, mesmo dentro de uma única 
espécie. Os contornos da coluna vertebral variam com a postura, espécie e raça. A 
maior parte da cauda se inclina para baixo em grandes animais. 
 
 
 
 
 
Processo Espinhoso 
Processo Transverso 
Processo Articular Caudal 
Corpo 
Forame Vertebral 
Crista 
Ventral 
 
Sacro Bovino – Vista Lateral 
Crista Mediana 
Processo Articular 
Asa 
Forame do Sacro 
Crista Lateral 
Crista Lateral 
34 
 
Sacro Bovino – Vista Cranial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COSTELAS 
 
Corpo 
Canal do Sacro 
Asa 
 
 
Sacro Equino – Vista Dorsal 
Sacro Equino – Vista Lateral 
Asa 
Processo 
Espinhoso 
Processo 
Articular 
Forame do 
sacro 
 
 
Sacro Suíno – Vista Dorsal Sacro Suíno – Vista Ventral 
Asa do sacro 
Forame do 
sacro 
35 
 
 
O esqueleto torácico é completado pelas costelas e esterno. 
As costelas são ossos alongados, encurvados, que formam o esqueleto das 
paredes laterais do tórax. Elas estão dispostas em série aos pares que correspondem 
em número às vértebras torácicas. Cada uma articula-se dorsalmente com duas 
vértebras e é prolongada ventralmente por uma cartilagem costal. Aquelas que se 
articulam com o esterno por meio de duas cartilagens são designadas costelas 
esternais (verdadeiras); as restantes são as costelas asternais (falsas). As últimas 
costelas da série que têm suas extremidades ventrais livres e não inseridas a uma 
cartilagem adjacente são chamadas costelas flutuantes. Os intervalos entre as 
costelas são chamados espaços intercostais. 
As costelas de diferentes partes da série variam muito em comprimento, 
curvatura e outras características. Uma costela típica consiste de um corpo e duas 
extremidades. 
A extremidade dorsal da costela termina numa cabeça arredondada que 
apresenta duas faces, cada uma para articulação com o corpo de uma das duas 
vértebras com as quais está ligada. A cabeça é ligada ao corpo da costela por um colo 
curto e apertado, cuja parte inferior apresenta um tubérculo lateral. O corpo da costela 
começa além do tubérculo. É longo, curvo em seu comprimento e em geral achatado 
lateralmente, em particular nas espécies maiores e em direção à extremidade inferior. 
As cartilagens costais são hastes de cartilagem hialina em continuidade às 
costelas, são flexíveis no animal jovem. Torna-se mais rígida à medida que a 
calcificação se desenvolve e aumenta com a idade. Aquelas das costelas esternais 
articulam-se com o esterno, enquanto que aquelas das costelas asternais estão 
superpostas e inseridas umas às outras por tecido elástico, para formar o arco costal. 
As cartilagens das costelas flutuantes não estão inseridas àquelas adjacentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira costela é sempre 
relativamente forte, curta e reta. Sua 
cartilagem também é curta e grossa e 
se articula com o esterno numa 
articulação firme que fixa a costela; isto 
lhe permite funcionar como uma sólida 
base, em cuja direção as outras 
costelas podem ser tracionadas à 
inspiração. As costelas seguintes 
aumentam em comprimento, curvatura 
e inclinação caudoventral, mais 
acentuadamente acima da parte caudal 
da parede torácica, embora as duas ou 
três últimas possam novamente ser 
algo mais curta. As cartilagens das 
costelas esternais são curtas e 
aproximadamente tão espessas quanto 
as costelas ósseas; as cartilagens das 
costelas asternais são extremamente 
finas e se afilam em direção às suas 
extremidades ventrais. 
Nos suínos, as costelas são em 
número de 14 ou 15 pares, das quais 7 
são normalmente verdadeiras e 7 ou 8 
são falsas. 
 
Cabeça 
Colo Tubérculo 
Colo 
Cabeça 
36 
 
Esterno 
 
O esterno (osso do peito) é um osso segmentado mediano que completa o 
esqueleto do tórax ventralmente e articula-se com as cartilagens das costelas 
esternais lateralmente. Ele consiste de um número variável de segmentos ósseos 
dependendo da espécie, unidos por meio de cartilagem no indivíduo jovem. Sua forma 
varia com aquela do tórax em geral e com o desenvolvimento das clavículas nos 
animais em que estes ossos estão presentes. Sua extremidade cranial, o manúbrio 
esternal é especialmente afetado pelo último fator, sendo larga e forte quando as 
clavículas são bem desenvolvidas e articula-se com ela (homem), e relativamente 
pequena e comprimida lateralmente quando elas estão ausentes (cavalo). As 
cartilagens do primeiro par de costelas articulam-se com ela. O corpo ou mesoesterno 
apresenta lateralmente, na junção dos segmentos, facetas côncavas para articulação 
com as cartilagens das costelas esternais. A extremidade caudal ou última esternébra 
apresenta o processo xifóide. A cartilagem xifóide estende-se caudalmente do 
processo xifóide. Ela é delgada e larga no eqüino, bovino, caprino e ovino. 
No eqüino tem forma de canoa, é comprimido lateralmente. No bovino, o 
esterno tem sete esternébras, sendo mais largo, mais aplanado e relativamente mais 
longo que no cavalo. No ovino são 6 esternebras. O esterno de suínos apresenta 6 
segmentos e assemelha-se ao do bovino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esterno Bovino – Vista Ventral 
1ª Esternébra: Manúbrio 
7ª Esternébra 
com Processo Xifóide 
Fragmento da cartilagem Xifóide 
2ª Esternébra 
3ª Esternébra 
4ª Esternébra 
5ª Esternébra 
6ª Esternébra 
 
Manúbrio 
37 
 
CRÂNIO 
 
O crânio constitui um meio de proteção para o encéfalo, os órgãos dos sentidos 
especiais (visão olfato, audição, equilíbrio e gustação), as aberturas para as 
passagens de ar e alimentos e os maxilares e mandíbulas, incluindo os dentes para a 
mastigação. A maior parte dos ossos do crânio é plana, desenvolvida em membranas; 
aqueles ossos da base do crânio podem ser classificados como irregulares e são 
desenvolvidos em cartilagem. Somente dois ossos formam articulações móveis 
permanentes com outras partes do crânio. A mandíbula (osso maxilar inferior) forma 
articulações sinoviais com os ossos temporais, e o osso hióide está inserido ao último 
por hastes de cartilagem. As articulações imóveis localizadas entre a maioria dos 
ossos do crânio são chamadas de suturas. Elas tomam a aparência de linhas 
irregulares chamadas linhas de sutura. Elas tomam a aparência de linhas irregulares 
chamadas linhasde sutura no crânio de animais jovens. Com o evoluir da idade, 
muitas das suturas desaparecem por fusão óssea entre os ossos adjacentes. Alguns 
autores dizem que o crânio é um mosaico de muitos ossos, na maioria das vezes 
pares, mas alguns são medianos e ímpares, que se encaixam perfeitamente para 
formar uma única estrutura rígida. 
O crânio apresenta numerosos foramens, canais e fissuras através dos quais 
os nervos craniais e vasos sanguíneos entram e saem. 
 
CRÂNIO DO CAVALO 
Caracteriza-se por uma face relativamente longa, uma característica que se 
desenvolve posteriormente com o tamanho crescente; é, portanto, mais pronunciando 
em animais adultos, que em jovens e em raças grandes que em pequenas. O crânio é 
relativamente estreito e, a crista sagital externa é mais fraca. A fronte é larga entre as 
origens dos processos zigomáticos dos ossos frontais, que se inclinam ventralmente e 
se unem aos arcos zigomáticos. 
O arco zigomático é nitidamente forte, mesmo sem levar em consideração o 
suporte extra que obtém o processo zigomático, ligando-o ao osso frontal. Não se 
curva lateralmente e, em seu aspecto caudoventral, apresenta uma superfície articular 
bem complexa; esta superfície compreende uma tuberosidade rostral, uma fossa 
intermediária e um processo retroarticular saliente. A órbita se apresenta quase que 
lateralmente e possui uma borda óssea completa; sua cavidade é invadida em cima 
pela grande tuberosidade da maxila que parece continuar o processo alveolar 
diretamente. O arco zigomático se prolonga rostralmente, além da órbita, como uma 
aresta saliente sobre a superfície lateral da face. Esta aresta, a crista facial, segue 
paralela ao contorno dorsal do focinho e termina acima de um septo entre os alvéolos 
do terceiro e quarto dentes molares. 
Uma incisura profunda (nasoincisiva) separa o osso nasal agudo do incisivo. 
Esta incisura e o limite rostral da crista facial são marcos identificados muito 
facilmente. São usados como guias para a posição do forame infra-orbitário, que se 
situa um pouco caudal ao meio da linha de união. 
 As características visíveis no aspecto ventral situam-se mais ou menos um 
mesmo nível. A parte caudal desta superfície se distingue pelos processos jugulares 
grandes e muito salientes e pelos contornos recortados das grandes aberturas de 
cada lado do osso occipital. Cada abertura resulta da impossibilidade do osso 
temporal de atingir a borda lateral do osso occipital, o que permite a confluência de 
vários forames que são distintos no cão. A parte caudal corresponde à fissura 
tímpano-occipital; a parte cranial (forame lacerado) combina os forames oval e 
carótido. A bolha timpânica não é proeminente, mas os processos estilóide (para o 
aparelho hióide) e muscular do osso temporal são bem desenvolvidos. 
 As coanas situam-se quase no plano do palato duro. A lâmina vertical do osso 
que separa a região coanal da pterigopalatina apresenta um processo hamular 
proeminente. O palato é plano e sem nada de extraordinário. A maior parte de sua 
borda é ocupada pelos alvéolos dos dentes incisivos e molares. 
38 
 
Há uma protuberância occipital externa bem pronunciada na superfície nucal e 
a borda dorsal do forame magno. A mandíbula é maciça e suas metades direita e 
esquerda divergem num ângulo relativamente pequeno. A sínfise se torna obliterada 
bem cedo, em geral por volta de dois anos. A borda inferior apresenta uma incisura 
vascular saliente, onde os nervos faciais se viram para a face. O ramo é alto; o 
processo coronóide se projeta em grande parte na fossa temporal e o processo 
articular apresenta a superfície articular oval bem acima do plano oclusivo dos dentes 
molares. 
As partes do aparelho hióide estão situadas entre os ramos da mandíbula e 
são comprimidas lateralmente. Um processo lingual considerável se projeta do 
basisfenóide junto à raiz da língua. 
 
 Vista Lateral do Crânio Equino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vista Dorsal do Crânio Equino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC 
 
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CRÂNIO DO BOVINO 
 
É relativamente curto é largo e sua forma geral sendo piramidal. Processos 
cornuais (cornos) se projetam dos ossos frontais de raças com cornos, onde as 
superfícies dorsal, lateral e nucal se unem; seu tamanho e sua direção variam 
grandemente com a raça, idade e sexo. A região frontal muito larga e plana é limitada 
por uma fossa temporal salientes, que pende sobre a fossa temporal profunda e 
restringe a mesma ao aspecto lateral do crânio. A fronte se prolonga de maneira 
uniforme no contorno dorsal do focinho. 
As principais características do aspecto lateral são o confinamento da fossa 
temporal e a elevação da borda orbitária acima de suas adjacências. A borda é 
completa e, sua parte caudal, é formada pela união dos processos dos ossos 
zigomático e frontal. Não existe qualquer crista facial, apenas uma discreta 
tuberosidade facial, da qual se origina a parte rostral do masseter. O forame infra-
orbitário fica diretamente acima do primeiro dente molar, bem baixo em direção ao 
palato. 
A superfície ventral é muito irregular, com a base cranial localizada num plano 
consideravelmente mais dorsal que o palato. Os ossos temporal e occipital são 
separados por uma fissura estreita, uma estrutura intermediária entre a sutura no cão 
e a larga abertura do cavalo e do suíno. A bolha timpânica é proeminente e 
lateralmente comprimida. As coanas são separadas pelo prolongamento caudal da 
parte ventral do septo nasal e são envoltas lateralmente por placas muito extensas de 
osso. O palato, longo e estrito, é limitado por altos processos alveolares. Não existem, 
naturalmente, quaisquer alvéolos para dentes incisivos ou caninos (ausentes nos 
ossos incisivos de ruminantes). 
Na figura ao lado encontra-se o crânio 
de equino cujas suturas já desapareceram, 
exceto a sutura internasal. 
 
Vista Lateral 
Vista Rostral 
40 
 
A sínfise mandibular se ossifica tarde, se é que isto acontece, em ruminantes. 
Em geral, a mandíbula é mais fraca que a do cavalo, uma característica muito evidente 
no corpo do osso com sua borda ventral levemente convexa. O processo coronóide é 
alto e caudalmente curvado. A superfície articular é côncava e alargada lateralmente. 
 
Vista Dorsal – Crânio Bovino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vista lateral – Crânio Bovino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo Cornual 
Frontal 
Nasal 
Incisivo 
Maxilar 
Lacrimal 
Órbita 
 
Temporal Processo 
Cornual 
Frontal 
Lacrimal 
Zigomático 
Maxilar 
Forame Infra-
orbitário 
Incisivo 
Nasal 
Parietal 
Forame Supra-orbitário 
41 
 
 
CRÂNIO DO SUÍNO 
É muito variável. Ele é mais ou menos piramidal em raças primitivas, mas se 
encurva agudamente, constituindo uma proeminência elevada disposta acima do 
encéfalo, nas raças geneticamente melhoradas. A superfície dorsal do crânio é 
agudamente demarcada ao nível da fossa temporal por uma proeminente linha 
temporal. Esta linha se continua com o processo zigomático do osso frontal, que deixa 
de completar a margem orbitária. A órbita é pequena. O arco zigomático é 
extremamente robusto e profundo, ajudando a limitar a fossa temporal lateralmente. A 
superfície articular temporal é ampla e aplanada. A fossa, disposta rostral à órbita, 
define a origem do músculo levantador do lábio superior. 
Sobre a superfície basal, as regiõesdo crânio e das coanas são dorsais no 
plano do palato. A região cranial é mais bem demarcada pelo longo processo jugular e 
pela grande bolha timpânica. As coanas curtas, porém largas, estando bem 
delimitadas mais caudalmente, onde normalmente são observadas. A elevada 
superfície nucal é limitada por cristas nucais espessas. 
A mandíbula é robusta, sólida e preferencialmente segue orientação retilínea. A 
sínfise da mandíbula se ossifica, em média, um ano após o nascimento. A região 
mentoniana do suíno é dividida como uma adaptação ao hábito de revirar a terra. O 
processo coronóide é curto, o processo condilar é pequeno e triangular. 
 
 Crânio Suíno – Vista Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crista Nucal 
Côndilos 
Nasal 
Incisivo 
Maxilar 
Frontal 
Parietal 
Temporal 
Forame Infra-
orbitário 
Mandíbula 
42 
 
Crânio Suíno- Vista Frontal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vista Caudal – Crânio Bovino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Frontal 
Forame Supra-orbitário 
Nasal 
Incisivo 
Maxilar 
Crista Nucal 
 
 
 
Vista Caudal – Crânio Suíno 
Vista Caudal – Crânio Equino 
Côndilos 
Processo 
Jugular 
Processo Jugular 
Forame 
Magno 
Occiptal 
43 
 
Mandíbula Equina – Vista Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mandíbula Equina – Vista Caudal Mandíbula Suína – Vista 
Caudal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forame 
Mentoniano 
Processo 
Condilar 
Processo 
Coronóide 
Corpo 
Ramo 
Ângulo da 
Mandíbula 
 
Forame 
Mandibular 
Processo 
Condilar 
Processo 
Coronóide 
 
44 
 
 
 
Mandíbula Suína – Vista Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo 
Coronóide 
Processo 
Condilar 
Forames 
Mentonianos

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