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GRO_ PGR - 2ª Edição

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GRO/PGR
UMA ANÁLISE SOBRE A APLICABILIDADE DOS
REQUISITOS DA NOVA NR 01 – DISPOSIÇÕES GERAIS
APLICADAS AO GRO – GERENCIAMENTO DE RISCOS
O C U P A C I O N A I S
N A P R Á T I C A
2 ª E D I Ç Ã O
Olá tudo bem? Primeiro de tudo, parabéns pela aquisição deste
e-book.
Ele foi escrito tendo como foco a aplicação em campo do novo
programa de Gerenciamento de Riscos criado pelo Ministério da
Economia.
Mas antes de tudo, quero me apresentar para você:
Meu nome é Jordan Moreira, graduado em Engenharia Ambiental,
pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, Auditor
Líder de Sistema de Gestão Integrada – ISO 9.001:15/ 14.001:15/
45.001:18, com certificado reconhecido pela ABENDI; possuo MBA
Executivo em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio
Vargas - FGV, estou em processo de obtenção de Certificação
Internacional em Segurança e Saúde do Trabalho – NEBOSH –
National Examination Board in Occupational Safety and Health -
além de ter quase 10 anos de experiência no segmento de QSMS,
atuando no Brasil e fora dele.
Atuei por mais de 3,5 anos como Engenheiro de Segurança do
Trabalho da maior provedora mundial de serviços em segurança
do trabalho do setor marítimo.
Realizei embarques em plataformas de petróleo (FPSOs, Drill
Ships, Accommodation Ships, Anchor Handling Tug Vessels...) em
diferentes países, contribuindo para a manutenção de um
ambiente com 0 acidentes. 
SOBRE O AUTOR
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS
Também atuei por mais de 2 anos como Engenheiro de Segurança
do Trabalho Corporativo Pleno da 3º maior companhia do
segmento APIIL (Acesso, Pintura, Isolamento, Inspeção e Limpeza
Industrial) do Brasil, listada em Bolsa de Valores.
Apesar de ser bem remunerado em todos esses empregos, senti
que ainda faltava algo. E este algo era o que eu sentia quando
dava aulas e treinamentos.
 
Era o sentimento de compartilhar o conhecimento que me
motivava.
 
Percebi então que meu propósito profissional era ajudar aqueles
que não tiveram as oportunidades de aprender o que eu aprendi,
e/ou aplicar tudo aquilo que aprenderam.
 
Isto é importante porque a realidade das empresas, ou seja, o
mundo corporativo, é muito diferente do cenário que é desenhado
nas escolas e faculdades.
 
Normalmente temos que lidar com situações desafiadoras, onde a
implementação de um determinado programa de segurança pode
ter vários projetos que eventualmente vão mudar a forma como
a empresa trabalha, e isto acaba gerando resistência dos
funcionários e diretoria.
 
O profissional de segurança e saúde do trabalho tem que saber
lidar com pessoas, devendo ter um lado humano as vezes até
maior que seu lado técnico.
 
SOBRE O AUTOR
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS
A segurança e saúde do trabalhador é feita de pessoas e para
pessoas.
 
Porém estamos em um universo onde as empresas são movidas
pelos seus objetivos estratégicos.
E querendo ou não, cruel ou não, o objetivo das empresas é
sempre gerar valor para seu acionista.
 
É meu papel instruir você a ser melhor como profissional. Por isto,
não meço esforços para compartilhar contigo tudo que sei, assim
como quais sãos as abordagens que funcionam e quais são
aquelas que não funcionam.
 
Para que possamos ficar mais próximos, convido você a me seguir
nas redes sociais.
Lembre-se: meu propósito profissional é ajudar você a ser melhor.
SOBRE O AUTOR
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS
DESCOMPLICASMS
DESCOMPLICASMS
DESCOMPLICASMS
https://www.facebook.com/DescomplicaSMS
https://www.instagram.com/descomplicasms/
https://t.me/descomplicasms
1. Introdução...................................................................................8
1.1 Atualização das Normas Regulamentadoras..............................8
1.2 GRO – Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais................................................................................. 11
1.3 O que você vai encontrar de diferente da 1ª edição................12
2. Análise dos Requisitos da nova NR 01 sob a ótica
 da cláusula 1.5 ............................................................................. 14
2.1.Análise Sistemica da Cláusula 1.5 da Nova NR 01.....................14
2.2 Relação entre PGR e empresas MEI – Micro Empreendedor
Individual, EPP – Empresa de Pequeno Porte e ME – Micro
Empresas........................................................................................66
3. Conclusão..................................................................................68
Anexo I - Case: Elaborando um PGR Passo a Passo em uma
empresa de Pintura........................................................................69
SUMÁRIO
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS
Figura 1 - Representação do conceito ALARP/ALARA................... 15
Figura 2 - Comparação entre o PPRA e o PGR............................ 26
Figura 3 - Ciclo PDCA aplicado à melhoria contínua de SST..... ..31
Figura 4 – Modelo de tabela para identificar os perigos..............36
Figura 4.1 - GHE - Grupo Homogêneo de Exposição ...................37
Figura 5 - Categoria de Frequência............................................ 40
Figura 6 - Categoria de Severidade.............................................40
Figura 7 - Matriz de Frequência x Severidade...............................41
Figura 8 - Matriz Risco x Medidas..................................................41
Figura 9 - Matriz de Perigos x Riscos Ocupacionais.................... 42
Figura 10 - Caracterização do Ambiente e dos Processos............62
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS
NR 01 – Disposições Gerais
NR 01 – Nova – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos
NR 02 – Inspeção Prévia 
1 INTRODUÇÃO
  
1.1 Atualização das Normas Regulamentadoras
 
Desde a extinção do Ministério do Trabalho, que ocorreu em 01 de
janeiro de 2019, o Brasil vem passando por várias mudanças nas
Normas Regulamentadoras e nos processos relacionados à
Segurança e Saúde do Trabalho.
 
O objetivo, segundo o governo, é preservar a segurança e a saúde
do trabalhador e aumentar a competitividade das empresas
brasileiras.
 
O trabalho de modernização das NRs (Normas Regulamentadoras)
envolve a revisão de todas as 36 normas atualmente em vigor,
lembrando sempre que a NR 27 – Registro Profissional do Técnico
de Segurança do Trabalho, havia sido revogada mesmo das
reformas, no ano de 2008.
 
Até a data de elaboração deste e-book, 9 NRs já foram
atualizadas de maneira mais robusta: 
Ocupacionais (Vigência 09/03/2021)
 
NR 01 foi atualizada 2 vezes. 
 
A NR 02 foi revogada.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 08
NR 03 – Embargo ou Interdição
NR-7 - Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional –
NR-9 - Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a
NR-12 - Segurança no trabalho em Máquinas e Equipamentos.
  
A NR 03 sofreu alterações principalmente na caracterização dos
riscos, sendo incluída uma matriz de risco na NR, de forma a
identificar o que é ou não considerado como Risco Grave e
Iminente.
  
PCMSO (Novo Texto)
 
Agentes Físicos, Químicos e Biológicos (Novo Texto)
 
NR 9 sofreu uma alteração bastante significativa, onde o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deixa de existir
(a partir de 10 de março de 2021) e em seu lugar, assume o
Programa de Gerenciamento de Riscos, sendo mencionado pela
nova NR 01.
 
A NR 9 então, se torna um documento cujo foco é estabelecer os
requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a
agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no
Programa de Gerenciamento de Riscos -PGR, e subsidiá-lo quanto
às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.
  
  
Esta foi a primeira NR a ser atualizada, trazendo menos
necessidade de adaptações a um maquinário quando este for
aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia, o INMETRO.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS09
 NR-18 - Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da
NR-24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de
Trabalho
 NR-28 - Fiscalização e Penalidades 
Sugiro que você realize a leitura da nova NR 12 para informações
completas, visto que o parágrafo acima foi somente um resumo
do resumo.
 
Construção (novo texto)
A NR 18 sofreu mudanças drásticas, devendo também ser alvo de
dedicação por parte do profissional de SST que trabalha
diretamente na área de construção civil, ou que deseja
conhecer mais sobre o tema.
Mudanças nas obrigações das empresas quanto ao lay out dos
vestiários foi uma das principais mudanças desta NR.
 
 
Devido ao fato de várias NRs estarem sofrendo atualizações,
havendo inclusão e remoção de cláusulas já estabelecidas, fez-se
necessidade de atualizar a NR 28, visto que ela é responsável,
entre outras coisas, por estipular os valores de multas que as
empresas devem pagar caso sejam autuadas pelo Ministério da
Economia, aqui representado pela Subsecretaria de Inspeção do
Trabalho – SIT.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 10
1.2 GRO – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais
 
No dia 12 de março de 2020, foi publicado a portaria nº 6.730,
que aprovava a nova redação da Norma Regulamentadora nº 01 -
Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.
 
O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais deve ser considerado
como um "conjunto de medidas", onde vários sub-programas
devem ser implementados sob sua responsabilidade para que os
resultados em SST de uma organização sejam alcançados.
 
Entre estes, tem-se o PGR – Programa de Gerenciamento de
Riscos, que substitui o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais, descrito na NR 09, e o PCMAT – Programa de
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção, presente na NR 18.
 
A nova NR 01, em seu texto dado pela portaria nº6.730 de 2020
somente entra em vigor a partir de 1 ano da data de sua
publicação.
 
Isto quer dizer que ainda hoje (data de publicação deste e-book)
temos que continuar atualizando a documentação aplicável
(PPRA, PCMAT) da forma que veem sendo feito até então.
 
No caso específico do PCMAT, a NR 18 instituiu que os programas
atuais terão validade até o término da obra a que se referem.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 11
1.3 O que você vai encontrar de diferente da 1ª edição.
 
A 1ª edição do e-book GRO/PGR na Prática foi um sucesso, muito
maior do que eu esperava.
 
Consegui atingir centenas de pessoas que adquiriram o material
e trocaram comigo suas impressões, respondendo meus
questionários de avaliação, enviando mensagens por e-mail ou
mesmo me enviando mensagens através das diversas redes
sociais. 
 
Os feedbacks dos clientes foram sensacionais. Senti que atingi
meu objetivo de auxiliar os profissionais da área de SST a
entender como deveria funcionar esta nova forma de se fazer
gestão nas empresas.
 
Mas, assim como a nova NR 01 prevê que as companhias devem
buscar a melhoria contínua dos seus processos via ciclo do PDCA,
eu também entendo que cabem complementos para este
material. 
 
Sendo assim, busquei preencher as lacunas de informação que
encontrei, assim como utilizei como referência o feedback de mais
de 228 clientes que me ajudaram nesta empreitada, fosse
respondendo e-mails ou preenchendo questionários de avaliação
de qualidade.
 
Entre elogios, sugestões e até mesmo reclamações de alguns
poucos, chegamos à 2ª edição do nosso material. 
 
Aqui eu vou além da explicação teórica, e mostro a minha
metodologia de elaboração de Programas de SST.
 
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 12
Repasso por alguns itens do e-book, por isso sugiro que, mesmo
que você tenha lido a 1ª edição, releia todo o material. Não pule
para os novos capítulos e anexos.
 
Além disto, eu mostro o passo-a-passo de como eu avalio os
perigos e riscos, assim como monto as tabelas, elaboro os Planos
de Ação e aplico as demais diretrizes descritas na NR 01.
Para ilustrar meu método, eu criei um case de como eu elaboraria
um PGR para uma empresa de pintura.
Lembrando que esta é uma metodologia, não um modelo.
 
Logo, este e-book não é feito para ser utilizado como modelo,
visto que modelos partem do pressuposto que somente existe uma
forma correta de se fazer as coisas.
 
Este e-book deve ser utilizado como um método, onde você pode
ajusta-lo conforme suas particularidades.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 13
2 ANÁLISE DOS REQUISITOS DA NOVA NR 01 SOB A ÓTICA DA
CLÁUSULA 1.5
2.1 - Análise Sistemica da Cláusula 1.5 da Nova NR 01
 
A partir deste ponto do e-book, irei discutir e analisar os requisitos
da Cláusula 1.5 da nova NR 01, que trata sobre o Gerenciamento
de Riscos Ocupacionais.
 
É importante ter em mente que, esta análise não parte dos órgãos
oficiais do governo, sendo fruto da experiência teórica e prática
de um profissional com muitos anos de experiência na indústria de
SST – Segurança e Saúde do Trabalho.
 
Todos os textos que se iniciam com uma numeração e estão em
negrito são retirados Ipsis litteris da Norma Regulamentadora Nº01,
ou seja, são transcritos fielmente.
 
1.5 Gerenciamento de riscos ocupacionais
 
1.5.1 O disposto neste item deve ser utilizado para fins de
prevenção e gerenciamento dos riscos ocupacionais.
 
1.5.2 Para fins de caracterização de atividades ou operações
insalubres ou perigosas, devem ser aplicadas as disposições
previstas na NR-15 – Atividades e operações insalubres e NR-
16 – Atividades e operações perigosas.
 
A NR 01 em seus itens 1.5.1 a 1.5.2 tem por objetivo demonstrar que
existe uma grande diferença entre gerenciamento de riscos
ocupacionais e a caracterização de atividades insalubres ou
perigosas.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 14
As diretrizes que norteiam as regras para com que haja a
caracterização ou não de atividades insalubres ou perigosas
estão descritas, respectivamente, nas NR 15 – Atividades e
Operações Insalubres e NR 16 – Atividades e Operações Perigosas.
 
Um ambiente insalubre ou perigoso representa um grande risco à
saúde do profissional que realiza as suas atividades ou operações
descritas nas NRs mencionadas.
 
Caso a empresa não tenha condições de fornecer um ambiente
salubre ou não perigoso, conforme descrito nos textos das NRs,
faz-se necessário o pagamento de adicional de Insalubridade ou
Periculosidade, a depender da legislação não atendida.
 
Logo, o item 1.5.2 menciona este fato, uma vez que, é possível
com que haja uma atividade considerada “perigosa” pela análise
do técnico ou engenheiro responsável, ou seja, de alto risco,
mas que não seja considerada uma atividade perigosa pela NR 16,
não ensejando assim, nenhum tipo de análise quanto a
caracterização da periculosidade no ambiente.
 
O mesmo se aplica à análise de um ambiente considerado
“insalubre” pela análise do técnico ou engenheiro, mas que não
esta descrita na NR 15.
 
Neste caso, também não deveria haver nenhum tipo de discussão
quanto ao enquadramento de possível adicional de insalubridade.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 15
1.5.3  Responsabilidades
 1.5.3.1 A organização deve implementar, por
estabelecimento, o gerenciamento de riscos ocupacionais
em suas atividades.
 
O GRO deve ser implementado por estabelecimento, ou seja, se a
empresa realizar suas atividades em diferentes locais, como
cidades ou mesmo estados, e possuir sede ou canteiro de obras
nestes endereços, será necessário com que o “Programa de
Gestão” considere as particularidades de cada ambiente.
 
É importante ter em mente que o GRO não é um documento, e
sim, um conjunto de medidas que devem ser tomadas para se
garantir com que as atividades e operações realizadas nas
empresas aconteçam de forma segura.
 
Não há uma forma única de evidenciar que o GRO de uma
empresa esta implementado, uma vez que, a depender do porte e
do ramo de atuação desta, as legislações aplicáveis são
diferentes, o queimplica em Programas e Procedimentos diversos:
exemplo: em algumas situações um PCA é obrigatório, em outros,
não.
 
De forma resumida, você atende ao GRO elaborando um PGR, um
Procedimento de atendimento a emergências (conforme descrito
na nova NR 01), realizando análises de acidentes e doenças do
trabalho e adotando todos os outros programas de SST previstos
nas legislações, quando aplicáveis. 
 
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 16
1.5.3.1.1 O gerenciamento de riscos ocupacionais deve
constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR
Conforme havia mencionado na introdução deste e-book, o PGR –
Programa de Gerenciamento de Riscos, deve estar inserido no
GRO – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, porém, o PGR não
é o GRO, e vice-versa.
 
O GRO é um conjunto de medidas que tem por objetivo prevenir
acidentes e gerenciar os riscos ocupacionais das organizações.
  
A palavra gerenciar é utilizada neste contexto pois nem todos os
perigos irão deixar de existir após a adoção de medidas de
controle.
 
Logo, é necessário com que haja a administração destes perigos
via gerenciamento de riscos, de forma com que eles possam
atingir o que é conhecido como região ALARP – As Low As
Reasonable Possible.
 
Caso estejamos tratando de Radiações, nomeamos esta região
como ALARA – As Low As Reasonable Achievable, uma vez que há
um principio em radioproteção que determina que qualquer
radiação ionizante exposta a seres humanos, animais e materiais
deve ser a mais baixo atingível.
Traduzindo, ALARP/ALARA representam o cenário no qual o risco é
rebaixado ao menor nível possível.
 
Para um risco ocupacional  ser considerado ALARA ou ALARP deve
ser possível com que seja demonstrado que o custo envolvido em
reduzir o risco ainda mais, seria muito desproporcional ao
benefício ganho com a redução.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 17
Figura 1 - Representação do conceito ALARP/ALARA
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS
AceitávelA
um
en
to
 d
e 
ris
co
s 
in
di
vi
du
ai
s 
e
pr
eo
cu
pa
çõ
es
 s
oc
ia
is
18
1.5.3.1.1.1 A critério da organização, o PGR pode ser
implementado por unidade operacional, setor ou atividade.
 
Uma empresa pode ser constituída de diferentes unidades
operacionais, setores ou atividades.
 
•Unidades Operacionais podem ser diferentes estabelecimentos;
•Setores são os diferentes departamentos dentro das unidade,
como: mecânica, elétrica, construção civil, etc.
•Atividades, como o proprio nome já define, são as operações que
ocorrem dentro de cada setor.
 
As atividades realizadas nestes diferentes locais podem ter
perigos distintos uns dos outros, e mesmo que os perigos sejam os
mesmos, os riscos ocupacionais podem ser diferentes.
 
Conforme veremos mais a frente, o risco ocupacional  é uma
combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde
causados por um evento perigoso, exposição a agente nocivo ou
exigência da atividade de trabalho e da severidade dessa lesão
ou agravo à saúde.
 
Logo, caso exista algum histórico de acidente com um maquinário
específico em uma unidade operacional, mas não exista
histórico em outra unidade operacional com o mesmo maquinário,
podemos ter, neste caso, riscos ocpacionais diferentes para um
mesmo perigo.
 
É facultado à empresa implementar o PGR de forma separada,
conforme descrito acima, ou mesmo em um documento macro,
considerando toda a organização, mas com suas particularidades
devidamente identificadas e documentadas.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 19
1.5.3.1.2 O PGR pode ser atendido por sistemas de gestão,
desde que estes cumpram as exigências previstas nesta NR e
em dispositivos legais de segurança e saúde no trabalho.
 
Quando o item 1.5.3.1.2 se refere a Sistemas de Gestão, devemos
considerar como fonte primária a ISO 45.001:2018, porém esta
não é a única. 
 
A ISO 45.001:2018 é uma norma internacional para Sistemas de
Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional, que tem como
objetivo principal a melhoria contínua da companhia em termos
de Saúde e Segurança do Trabalho – SST.
 
Apesar de ainda haver a OHSAS 18.001:2007, ela será
descontinuada, e todas as empresas certificadas devem migrar
para a ISO 45.001:2018 até aproximadamente o dia 12 de março
de 2021. (As empresas possuem o prazo de até 3 anos a partir da
data de publicação da ISO 45.001:2018, que foi em 12 de
março de 2018).
 
A ISO 45.001:2018 é um Sistema de Gestão certificável, ou seja,
existe um processo cuja empresa deve passar para obter um
documento que certifica que a organização atende aos requisitos
da ISO.
 
A certificação vale por 3 anos, e anualmente a empresa deve
passar por um processo de manutenção da certificação.
 
Ao contrário da ISO 9.001:2015, onde apenas um departamento ou
setor de uma empresa pode ser certificado, quando tratamos da
ISO de Segurança e Saúde do Trabalho, é necessário com que
todo o estabelecimento esteja incluído no escopo da certificação.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 20
Embora aqui estejamos discutindo ISO e OHSAS, a OIT –
Organização Internacional do Trabalho, conhecida
internacionalmente como ILO – International Labour Organization,
possui um guideline, ou seja, um guia, para implementar um
Sistema de Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho chamado:
ILO – OSH 2001: Guidelines on Occupational Safety and Health
Management System.
 
Este guia foi publicado em Português no Brasil pela Fundacentro
em 2005.
Outro sistema de gestão que pode ser utilizado é a BS 8800,
Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho publicada
em maio de 1996, estruturada e de responsabilidade do órgão
britânico de Normas Técnicas denominado British Standards. 
Embora existam todas estas opções, o mais comum é, e ainda
será, a ISO 45.001. 
 
Importante ter em mente que a nova NR 01 em momento nenhum
menciona que a empresa deve ser certificada, e sim, possuir um
sistema de gestão implementado. 
 
Este Sistema de Gestão pode ser evidenciado pelas
documentações, políticas, procedimentos, processos e etc.,
conforme requisitos do framework escolhido. 
 
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 21
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional;
PPEOB –Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional
ao Benzeno
PPR – Programa de Proteção Respiratória; PCA – Programa de
Conservação Auditiva; 
AET - Análise Ergonômica do Trabalho,
Avaliação de Nível de Iluminamento em Ambientes Internos; 
Outros.
1.5.3.1.3 O PGR deve contemplar ou estar integrado com
planos, programas e outros documentos previstos na
legislação de segurança e saúde no trabalho.
 
A legislação de Segurança e Saúde no trabalho é vasta de
obrigações documentacionais.
 
São várias normas regulamentadoras do ENIT– Escola Nacional
Inspeção do Trabalho e outros tantos programas e NHOs
– Norma de Higiene Ocupacional- da FUNDACENTRO – Fundação
Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho.
O PGR deve ser levado em consideração quando outros
documentos da empresa forem elaborados, entre eles menciono:
 
 
 É importante que nenhum documento tenha informações que
sejam opostas àquelas do PGR. Todos devem ser harmônicos entre
sí.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 22
1.5.3.2 A organização deve:
 a) Evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados
no trabalho;
b) identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à
saúde;
c) avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco;
d) classificar os riscos ocupacionais para determinar a
necessidade de adoção de medidas de prevenção;
e) implementar medidas de prevenção, de acordo com a
classificação de risco e na ordem de prioridade estabelecida
na alínea “g” do subitem 1.4.1; e
f) acompanhar o controle dos riscos ocupacionais.
Enquanto contratante, a empresa possui diversas
responsabilidades com relação à manutenção da segurança e
saúde do trabalhador.
 
Para que a empresa tenhasucesso neste objetivo, é necessário
identificar todo e qualquer perigo que possa eventualmente
lesionar o colaborador enquanto na realização de suas tarefas.
 
Conforme escrito anteriormente, a empresa deve tratar seus riscos
ocupacionais até o nível ALARP ou ALARA.
 
Os riscos ocupacionais, são, segundo o próprio glossário da NR 01: 
 
“Combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à
saúde causados por um evento perigoso, exposição a agente
nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade
dessa lesão ou agravo à saúde.”
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 23
Note que, em se tratando de probabilidade, devemos sempre
fazer uso de uma Matriz de Riscos atualizada, que no melhor dos
cenários, deve ser baseada no histórico de quantas vezes um
evento ocorreu no passado.
 
Vamos discutir mais profundamente este assunto no item
1.5.4.4.2.
 
As medidas de prevenção, que devem ser implementadas
conforme a classificação dos riscos que o corpo técnico da
empresa forneceu, deve seguir o padrão descrito no item 1.4.1
alínea g, que descreve a ordem de prioridade da seguinte forma:
I. Eliminação dos fatores de risco;
II. Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de
medidas de proteção coletiva;
III. Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de
medidas administrativas ou de organização do trabalho; e
IV. Adoção de medidas de proteção individual.
Estas são práticas já conhecidas na área de ensino de Segurança
e Saúde do Trabalho.
1.5.3.2.1  A organização deve considerar as condições de
trabalho, nos termos da NR-17.
 
As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao
levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário,
aos equipamentos e às condições ambientais do posto de
trabalho e à própria organização do trabalho.
 
Logo, os fatores ergonômicos devem estar presentes no PGR.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 24
O PPRA não considerava os fatores ergonômicos como parte do
programa, estando restrito somente aos agentes físicos, químicos
e biológicos.
 
Entretanto, muitos profissionais já tinham o hábito de inserir esta
informação em seus programas de prevenção de riscos
ambientais, no entanto, não havia a obrigatoriedade disto.
 
Com o Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR, há esta
obrigatoriedade.
 
É importante ter em mente também que os Riscos Mecânicos
devem ser considerados neste novo programa.
Consideremos a definição de Risco Ocupacional:
 
“Combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à
saúde causados por um evento perigoso, exposição a agente
nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade
dessa lesão ou agravo à saúde”.
 
Agora, vamos entender o que é evento perigoso:
 
“Ocorrência ou acontecimento com o potencial de causar lesões
ou agravos à saúde.”
 
Os agentes mecânicos possuem potencial de causar lesões, como
prensamentos, apertos, esmagamentos, cortes e etc.
 
Logo, devem ser inseridos no PGR assim como os agentes
ergonômicos.
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Figura 2 - Comparação entre o PPRA e o PGR
I = INCLUÍDO
N = NÃO INCLUÍDO
1.5.3.3 A organização deve adotar mecanismos para:
 
a) consultar os trabalhadores quanto à percepção de riscos
ocupacionais, podendo para este fim ser adotadas as
manifestações da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes - CIPA, quando houver; e
 
Como forma de aproximar ainda mais o GRO de um Sistema de
Gestão, este item foi criado e se assemelha ao item 5.4 –
Consulta e participação dos trabalhadores, presente na ISO
45.001:2018.
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O objetivo deste item é incentivar os funcionários que estão
diretamente expostos aos perigos a compartilharem com a
equipe de gestão de SST quaisquer riscos ocupacionais que
eventualmente podem não ter sido considerados durante a
elaboraçãodo inventário de riscos.
 A CIPA pode ser o canal de comunicação utilizado, porém não
deve ser o único meio.
 
Caso a empresa não tenha funcionários suficiente para possuir
uma CIPA, conforme descrito na NR 5, o designado da CIPA pode
ser utilizado como forma de comunicação.
 
A empresa deve também incentivar a comunicação via cartões
observação, e-mail, ouvidoria, pesquisas e outros meios
que achar relevante.
 
b) comunicar aos trabalhadores sobre os riscos consolidados
no inventário de riscos e as medidas de prevenção do plano
de ação do PGR.
 
Todos os riscos identificados no inventário devem ser comunicados
aos trabalhadores.
 
Estas comunicações podem ser feitas através de reuniões de
segurança, DDSs, treinamentos, murais de comunicação, quadros
de gestão a vista, e-mail ou mesmo outras formas.
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Nº CAF: Número de Acidentes com afastamento;
Nº SAF: Número de Acidentes sem afastamento;
IF: Índice de Frequência
IG: Índice de Gravidade;
Nº Doenças Ocupacionais;
Outros (a empresa escolhe trabalhar com os indicadores que
achar relevante para seu sistema);
1.5.3.4  A organização deve adotar as medidas necessárias
para melhorar o desempenho em SST.
 
Todo Sistema de Gestão tem como premissa a melhoria contínua
dos seus processos. E estas mudanças somente podem ser
realizadas através da avaliação de indicadores de SST.
 
Os indicadores de SST são uma ferramenta estratégica para
verificar a eficácia do seu sistema de gestão.
Estes são utilizados para subsidiar as tomadas de decisão quanto
a que rumo seguir com os programas de Segurança e Saúde do
Trabalho, uma vez que conseguem, através da análise de números,
identificar se as ações adotadas até aquele momento estão
sendo efetivas ou não.
 
Os indicadores utilizados podem ser reativos ou proativos.
 
Indicadores reativos são aqueles que refletem o desempenho
passado da organização quanto a seu desempenho em SST:
 
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Embora largamente utilizado pelas organizações, dado a
facilidade em trabalhar com eles, os indicadores reativos
não são exatamente os melhores em termos de objetividade.
 
Através do uso destes indicadores, somente é possível dizer se o
ano atual esta melhor que o passado, e não necessariamente lhe
fornece insights sobre o futuro, ou seja, perspectivas.
 
É como quando você analisa uma ação da bolsa de valores
olhando somente para o seu desempenho passado; o que
obviamente não garante o mesmo desempenho no futuro.
Para solucionar este gargalo, existem os indicadores proativos.
 
Estes nos permitem adotar medidas preventivas que possibilitam
com que os “sinais” sejam tratados antes mesmo de se tornarem
causas de eventos indesejáveis.
 
Um ótimo programa de segurança utiliza os indicadores proativos
para conduzir mudanças nos processos que apresentem riscos
ao colaborador e os indicadores reativos para medir a eficácia
das ações propostas.
 
Um bom exemplo de um indicador proativo é o tempo necessário
que a companhia precisa para tratar uma condição insegura
proveniente de um cartão de observação de segurança.
 
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Specific (Específicos) 
Measurable (Mensurável) 
Achievable (Atingível) 
Reasonable (Relevante) 
Timely (Temporal)
Quantidade (%) de trabalhadores que comparecem ao DDS -
Objetivo: 95% dentro de 2 meses.
Uma queda no tempo de resposta pode demonstrar um maior
comprometimento da alta gestão com os aspectos relacionados a
saúde e segurança do trabalho, enquanto que um aumento
neste tempo de resposta, pode indicar uma falta de preocupação
dos tomadores de decisão, o que poderia fazer com que
os perigos e riscos ocupacionais permanecessem descontrolados,
e incidentes ou acidentes mais prováveis de acontecer.
Os indicadores proativos devem ser baseados em princípios
SMART:
  
Exemplo de um indicador proativo SMART:
 
Diálogo Diário de Segurança, diariamente:
 
 O indicador é específico, porque claramente identifica o objetivo
proposto,assim comoquem deve atender a isto.
 
O indicador é mensurável, pois é possível medir a quantidade de
trabalhadores que se apresentam no DDS.
O indicador é alcançável, pois é fato que não haverá 100% de
presença dos trabalhadores, pois pode haver absenteísmo devido
a doença ou outras razões, logo, 95% é um número ok.
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Figura 3 - Ciclo do PDCA
Plan - Planejar:
Identificar o problema;
Estabelecer plano de ação para soluciona-lo, indicando
meta e objetivo;
Do - Fazer:
Executar as ações do plano de ação;
Check - Checar:
Verificar o alcance ou não das metas definidas;
Acompanhar os indicadores;
Action - Ação:
Ação corretiva em caso de insucesso;
Otimização da meta em caso de sucesso.
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Perigo ou fator de risco ocupacional/ Perigo ou fonte de
Risco ocupacional: Combinação da probabilidade de 
1.5.4 Processo de identificação de perigos e avaliação de
riscos ocupacionais.
 
1.5.4.1 O processo de identificação de perigos e avaliação de
riscos ocupacionais deve considerar o disposto nas Normas
Regulamentadoras e demais exigências legais de segurança
e saúde no trabalho.
 
É importante, antes de mais nada, entender os conceitos por trás
das palavras.
 
A definição de Perigos e Riscos ocupacionais deve ser bem
masterizada para que não haja erros no entendimento dos
requisitos.
 
Fazendo uma retirada do próprio glossário da NR 01, temos:
risco ocupacional: Fonte com o potencial de causar lesões ou
agravos à saúde. Elemento que isoladamente ou em combinação
com outros tem o potencial intrínseco de dar origem a lesões ou
agravos à saúde.
ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um evento
perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de
trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo à saúde.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 32
Além de entender o significado destes termos, devemos entender
o que o item diz como “considerar o disposto das Normas
Regulamentadoras”.
 
Diferentes NRs tratam de diferentes assuntos, com perigos e riscos
próprios a cada cenário. Logo, as particularidades de cada
ambiente devem ser observadas quando na identificação dos
perigos e riscos ocupacionais.
 
1.5.4.2 Levantamento preliminar de perigos
 
1.5.4.2.1 O levantamento preliminar de perigos deve ser
realizado:
 
a) antes do início do funcionamento do estabelecimento ou
novas instalações;
b) para as atividades existentes; e
c) nas mudanças e introdução de novos processos ou
atividades de trabalho.
 
Aqui há uma hierarquia quando no levantamento dos perigos
relacionados às atividades de uma empresa.
 
Quando da publicação desta legislação, milhares de
empresas já operavam e já possuíam seus sistemas funcionando,
com as devidas medidas de controle aplicadas.
 
No entanto, é de se esperar que qualquer mudança em legislação
requeira que o levantamento dos perigos seja feito antes do início
do funcionamento do estabelecimento ou de novas instalações.
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS 33
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS
Neste caso, é muito mais fácil e barato fazer as adequações
necessárias para controlar quaisquer fontes de perigo.
Se não for possível realizar este levantamento antes das
atividades começarem, deve-se fazer para aquelas
atividades que já ocorrem no dia a dia.
Neste caso, o impacto de uma medida de controle pode ser
maior, pois pode influenciar na produtividade da companhia,
dado o tempo para desenvolver e instalar qualquer
adequação, e mesmo realizar o treinamento com as partes
envolvidas.
1.5.4.2.1.1 Quando na fase de levantamento preliminar de
perigos o risco não puder ser evitado, a organização
deve implementar o processo de identificação de
perigos e avaliação de riscos ocupacionais, conforme
disposto nos subitens seguintes.
Os perigos ou riscos ocupacionais deveriam, em um mundo
perfeito, serem eliminados. Caso não fosse possível, deveriam
ser evitados.
Todavia, existem perigos intrínsecos às atividades, logo, não é
possível evitar com que eles existam.
Por exemplo, se for realizar trabalho em hospitais, atendendo
pessoas portadoras de quaisquer tipo de vírus, é impossível
evitar se expor ao vírus, sendo possível somente controlar o
risco, adotando medidas coletivas, administrativas e fazendo
uso de EPI, nesta ordem.
34
1.5.4.2.1.2 A critério da organização, a etapa de levantamento
preliminar de perigos pode estar contemplada na etapa de
identificação de perigos.
 
1.5.4.3 Identificação de perigos
 
1.5.4.3.1 A etapa de identificação de perigos deve incluir:
 
a) descrição dos perigos e possíveis lesões ou agravos à
saúde;
b) identificação das fontes ou circunstâncias; e
c) indicação do grupo de trabalhadores sujeitos aos riscos.
 
Existe uma similaridade muito grande com os requisitos do PPRA
neste item.
 
É necessário descrever os perigos, ou seja, descrever as fontes
com potencial de causar lesão; quais são as lesões causadas ou
como pode haver um agravo a uma condição pré-existente;
 
Deve-se identificar qual a fonte do perigo, ou seja, qual
atividade é responsável por isto;
 
E qual é o grupo de trabalhadores que está sujeito a este risco.
 
Neste item devemos entender este grupo de trabalhadores como
o GHE - Grupo Homogêneo de Exposição- exposto ao risco
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Figura 4 - Modelo de tabela para identificar os perigos
*Necessário haver uma tabela anterior identificando quais as funções dentro de um mesmo GHE.
36
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Figura 4.1 - GHE - Grupo Homogêneo de Exposição 
GHE  FUNÇÃO DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO
01
•Eletricista;
•Eletricista de manutenção;
•Engenheiro Eletricista
• O ambiente cujo GHE realiza as atividades é caracterizado por
ser um local com presença de maquinários movidos a eletricidade
em geral, sendo alguns equipamentos alimentados com baixa
tensão (computadores, rádios, impressoras) e outros alimentados
com alta- tensão (motores e compressores de ar).
37
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1.5.4.3.2 A identificação dos perigos deve abordar os perigos
externos previsíveis relacionados ao trabalho que possam
afetar a saúde e segurança no trabalho.
 
Se houver perigos externos à atividade, ou seja, perigos não
gerados pela atividade, estes devem ser considerados também.
 
Um exemplo seria um funcionário que realizasse atividades de
corte e solda em local confinado e com possível presença de
microorganismos.
 
Haveria um perigo de contaminação biológica, não causada pela
atividade principal, ou seja, seria um perigo externo.
 
1.5.4.4 Avaliação de riscos ocupacionais
1.5.4.4.1 A organização deve avaliar os riscos ocupacionais
relativos aos perigos identificados em seu(s)
estabelecimento(s), de forma a manter informações para
adoção de medidas de prevenção.
 
Cada perigo possui um risco ocupacional específico, e a
identificação deste é determinado individualmente pelo próprio
corpo técnico da companhia.Não há uma única forma, uma única
matriz de riscos, que pode ser utilizada de forma universal por
todas as empresas.
 
Pelo fato de haver  a expressão “probabilidade de ocorrer uma
lesão” no conceito de risco ocupacional, e esta probabilidade
poder ser baseada em um estudo dos eventos passados que
ocorreram na empresa, na indústria onde a empresa esta inserida,
no país, etc., podem haver perigos idênticos,com fontes/
circunstâncias idênticas, porém, com riscos ocupacionais
diferentes.
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Atividade a ser realizada: Manutenção de bomba na praça de
máquinas
Perigo: Choque Elétrico.
1.5.4.4.2 Para cada risco deve ser indicado o nível de risco
ocupacional, determinado pela combinação da severidade
das possíveis lesões ou agravos à saúde com a
probabilidade ou chance de suaocorrência.
 
Neste caso, podemos e devemos levar em consideração a
utilização de uma matriz de riscos.
 
Conforme havia escrito anteriormente, cada empresa pode e deve
utilizar uma matriz que represente as particularidades da indústria
onde está inserida, do país, da região onde está realizando suas
atividades, e do próprio estabelecimento.
 
Para fins de ilustração, vou utilizar as matrizes abaixo e utilizar o
exemplo que acompanha:
 
  
Utilizaremos o conjunto de matrizes abaixo:
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CATEGORIA DENOMINAÇÃO
A
Nunca houve nenhum evento na indústria (onde a empresa
está inserida).
Figura 5 - Categoria de Frequência/Probabilidade
B
C
D
Houve entre 1 e 10 eventos na última década na indústria,
considerando todo o planeta.
Houve entre 1 e 10 eventos na última década na indústria
nacional.
Houve pelo menos 01 evento na empresa ou grupo
empresarial nos últimos 05 anos.
Figura 6 - Categoria de Severidade
DANO EM PESSOAS 
5
Fatalidade ou lesões que gerem impacto irreversível à
saúde/ou levem a morte. Acima de 10 pessoas envolvidas.
Fatalidade ou lesões que gerem impacto irreversível à
saúde/ou levem a morte. Até 10 pessoas envolvidas.
Lesões moderadas que gerem restrição de atividade,
afastamento com impacto reversível. Acima de 10 pessoas
envolvidas.
Lesões moderadas que gerem restrição de atividade,
afastamento com impacto reversível. Até 10 pessoas
envolvidas.
Sem dano ou com lesões leves, com primeiros socorros e
sem afastamento ou restrição de atividades. Entre 01 e 10
pessoas envolvidas.*
4
3
2
1
G
ra
ví
ss
im
o
G
ra
ve
M
od
er
ad
o
Le
ve
Le
ví
ss
im
o
C
at
eg
or
ia
 d
e 
Se
ve
rid
ad
e
*Caso o evento levíssimo envolva mais de 10 pessoas, considerar como
leve.
40
Figura 7 - Categoria de Frequência/Probabilidade
5 Moderado
4
3
2
1
G
ra
ví
ss
im
o
G
ra
ve
M
od
er
ad
o
Le
ve
Le
ví
ss
im
o
Não Tolerável Não Tolerável Não Tolerável
Moderado Não Tolerável Não Tolerável
Moderado
Moderado Moderado
Moderado
Não Tolerável
Tolerável
Tolerável Tolerável
Tolerável
Tolerável Tolerável
Tolerável
Tolerável
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C
at
eg
or
ia
 d
e 
Se
ve
rid
ad
e
A B C D
RISCO OCUP MEDIDAS
Não há necessidade de medias além das existentes.
Sempre que houver uma mudança na forma de realizar a
atividade, uma nova análise deve ser realizada,
considerando os novos elementos.
Figura 8 - Matriz de Risco X Medidas de Controle
Controles adicionais devem ser implementados de forma a
reduzir o risco até a região ALARP/ALARA.
Os controles existentes são insuficientes. Métodos
alternativos de realização da atividade deverão ser
considerados. A atividade não pode ocorrer.
Tolerável
Não Tolerável
Moderado
41
Fonte/
Circunstância
Consequências/
Agravo à Saúde
Perigo/
Agente
•Parada Cardiaca
•Queimadura
•Arritimia
•Parada Respiratória
•Morte
Risco
Ocupac.
Medidas de 
Controle
Categoria 
Severidade
Categoria 
Severidade
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Choque 
Elétrico
•Motores
presentes no
ambiente;
Frequência/
Probabilidade
D 4
Não 
Tolerável
•Desenergização;
•Utilização de EPI:
Capacete Classe 2,
Luva Isolante, Bota
Isolante
Frequência/
Probabilidade
A 4 Tolerável
Figura 9 - Matriz de Perigos x Riscos Ocupacionais
Descrição das
atividades
Trabalhadores
Expostos 
Manutenção de bomba na praça de máquinas.
GHE 01
Risco
Resultado/Análise
Preliminar
LT/TWA Metodologia
Mecânico NA NA NA
Risco
Ocupac.
42
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Qual a probabilidade de o colaborador sofrer um choque
elétrico enquanto realiza as atividades?
Caso o evento relacionado ao perigo aconteça, qual seria a
severidade do dano causado?
Quantas vezes no passado, houve acidentes/incidentes
relacionados à mesma atividade?
Para identificar o risco da atividade descrita, é necessário
responder às seguintes questões:
Para o cenário descrito, consideraremos que a frequência/
probabilidade de ocorrência de choque elétrico fosse D, ou seja,
existe a possibilidade e houve 01 evento na empresa nos últimos 5
anos relacionados à atividade.
 
A severidade do choque elétrico pelo corpo da vítima neste caso
seria 4, ou seja, no evento que ocorreu, a vítima sofreu
queimaduras graves, vindo a perder um dos membros
(extremidades dos dedos da mão direita).
 
Somente uma pessoa estaria exposta. (Obrigatoriedade
proveniente do item 1.5.4.4.3 - Ainda vamos passar por ele)
 
Ao consultarmos a Matriz da figura 7, temos que a atividade não
pode ocorrer visto que é Não Tolerável.
A partir disto, adota-se as medidas de controle, faz-se a análise
novamente, e chega-se em um posicionamento, que pode ser
tolerável ou não tolerável.
 
Caso seja tolerável após a adoção das medidas de controle, a
atividade pode ser realizada.
43
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Caso contrário, um Plano de Ação (Iremos discutir no item 1.5.5.2)
deverá ser elaborado, contendo as informações necessárias para
a adequação do risco Não tolerável para Tolerável.
 
É importante ter em mente que este é somente um exemplo, uma
ilustração.
 
Não existe certo e errado, e as matrizes devem refletir a realidade
da empresa e do mercado onde está inserida.
Ponto de atenção: Como chegar nos números da probabilidade?
 
Conforme eu já havia escrito, os números da probabilidade
devem, no cenário ideal, ser encontrados a partir de um estudo
estatístico dos eventos que ocorreram na indústria onde sua
empresa está inserida, país, companhia ou estabelecimento.
 
Isto é uma etapa individual do processo de identificação do risco
ocupacional.
 
Cada empresa deve identificar o seu baseado no seu próprio
histórico, caso exista.
1.5.4.4.2.1 A organização deve selecionar as ferramentas e
técnicas de avaliação de riscos que sejam adequadas ao
risco ou circunstância em avaliação.
 
Existem várias ferramentas e técnicas para avaliação de riscos.
Eu mencionei e mostrei como utilizar  a Matriz de Riscos, mas você
pode também poderia considerar outras ferramentas, tais quais:
44
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 APR – Análise Preliminar de Riscos;
FMEA – Análise de Modos de Falhas e Efeitos
ADC – Arvore de Causas 
AAF – Análise de Árvore de Falhas 
WI - What if 
Hazid - Hazard Identification
Outros.
1.5.4.4.3 A gradação da severidade das lesões ou agravos à
saúde deve levar em conta a magnitude da consequência e o
número de trabalhadores possivelmente afetados.
 
Discutido no item 1.5.4.4.2.
 
1.5.4.4.3.1 A magnitude deve levar em conta as
consequências de ocorrência de acidentes ampliados.
 
Os acidentes ampliados são, segundo a OIT – Organização
Internacional do Trabalho, acidentes de grande magnitude, que
envolvem muitos trabalhadores, população e meio ambiente, e
cujas consequências sejam imediatas ou de médio e longo prazo.
 
Esta análise deve fazer parte do seu estudo de frequência/
probabilidade.
1.5.4.4.4 A gradação da probabilidade de ocorrência das
lesões ou agravos à saúde deve levar em conta:
 
a) os requisitos estabelecidos em Normas
Regulamentadoras;
b) as medidas de prevenção implementadas;
c) as exigências da atividade de trabalho; e
d) a comparação do perfil de exposição ocupacional com
valores de referência estabelecidos na NR-09.
45
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Para se chegar na probabilidade da ocorrência das lesões ou
agravos a saúde, é necessário considerar a aplicação dos
requisitos normativos e adoção de medidas de controle.
No exemplo que dei acima, considerei um cenário sem a adoção
de medidas de controle e um cenário com a adoção das medidas
conforme requisitado neste item.
 
1.5.4.4.5 Após a avaliação, os riscos ocupacionais devem ser
classificados, observado o subitem 1.5.4.4.2, para fins de
identificar a necessidade de adoção de medidasde
prevenção e elaboração do plano de ação.
 
No exemplo, classifiquei os riscos ocupacionais como Tolerável,
Moderado e Não Tolerável*.
*Lembrando que esta classificação é somente um EXEMPLO. Na
sua realidade, você pode utilizar outras nomenclaturas, inclusive
se quiser, baseado na análise da equipe técnica, criar valores
diferentes.
46
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1.5.4.4.6 A avaliação de riscos deve constituir um processo
contínuo e ser revista a cada dois anos ou quando da
ocorrência das seguintes situações:
a) após implementação das medidas de prevenção, para
avaliação de riscos residuais;
b) após inovações e modificações nas tecnologias,
ambientes, processos, condições, procedimentos e
organização do trabalho que impliquem em novos riscos ou
modifiquem os riscos existentes;
c) quando identificadas inadequações, insuficiências ou
ineficácias das medidas de prevenção;
d) na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao
trabalho;
e) quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis.
 
Diferentemente do PPRA cuja avaliação global era feita
anualmente, a reavaliação de riscos do PGR deve ser realizada a
cada 2 anos, ou quando ocorrer algum dos itens mencionados
acima.
1.5.4.4.6.1 No caso de organizações que possuírem
certificações em sistema de gestão de SST, o prazo poderá
ser de até 3 (três) anos.
 
Neste caso, empresas certificadas ISO 45.001:2018 podem rever
seus riscos de maneira compulsória a cada 3 anos.
 
Diferentemente do item 1.5.3.1.2, que diz que o PGR pode ser
atendido por Sistemas de Gestão, mas não condiciona isto à
obrigatoriedade de uma certificação. 
 
Caso sua organização tenha um sistema de gestão implementado
, porém não certificado,vale a regra de regra de revisão do PGR a
cada 2 anos
47
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1.5.5. Controle dos riscos
1.5.5.1. Medidas de prevenção
1.5.5.1.1 A organização deve adotar medidas de prevenção
para eliminar, reduzir ou controlar os riscos sempre que:
a) exigências previstas em Normas Regulamentadoras e nos
dispositivos legais determinarem;
b) a classificação dos riscos ocupacionais assim determinar,
conforme subitem 1.5.4.4.5;
c) houver evidências de associação, por meio do controle
médico da saúde, entre as lesões e os agravos à saúde dos
trabalhadores com os riscos e as situações de trabalho
identificados.
Uma das responsabilidades de uma empresa, é obviamente,
manter a segurança e saúde dos seus funcionários.
 
Logo, o objetivo deve sempre ser eliminar os riscos ou na
impossibilidade de eliminação, trazê-los à zona ALARP/ALARA.
1.5.5.1.2 Quando comprovada pela organização a
inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção
coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou
encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou
implantação ou, ainda, em caráter complementar ou
emergencial, deverão ser adotadas outras medidas,
obedecendo-se a seguinte hierarquia:
 
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do
trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI.
48
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Este item é bastante comum em várias NRs, sendo o texto
alterado, porém mantendo a estrutura e a ideia.
 
Em qualquer situação ou cenário de risco, o melhor dos mundos
seria eliminar o risco completamente.
 
Porém, como já discutido, alguns riscos são intrínsecos às
atividades, logo, medidas complementares devem ser adotadas.
É importante sempre lembrar que, o equipamento de
proteção individual não deve ser utilizado como medida de
controle primária.
 
Este não impede nenhum acidente, somente minimiza as
consequências quando na ocorrência de um.
 
Neste caso, se houver a possibilidade da implantação de uma
medida de controle coletiva, que esteja em fase de estudo, por
exemplo, deve-se inseri-la no Plano de Ação SMART que você irá
elaborar.
1.5.5.1.3 A implantação de medidas de prevenção deverá ser
acompanhada de informação aos trabalhadores quanto
aos procedimentos a serem adotados e limitações das
medidas de prevenção.
 
Qualquer atualização no PGR que implique a necessidade de
repassar a informação ao funcionário exposto ao risco, deve ser
tema de DDS, treinamento, reunião de segurança, reunião
da CIPA ou outro meio de comunicação. 
Estas informações devem também ser documentadas, pois servem
de evidências em auditorias de clientes, sindicatos, ou mesmo da
SIT – Subsecretaria de Inspeção do Trabalho.
49
Conteúdo de verdade. Siga minhas redes sociais: DescomplicaSMS
5W2H;
Canvas; 
Kanban;
Outro da sua preferência.
1.5.5.2 Planos de ação
 
1.5.5.2.1 A organização deve elaborar plano de ação,
indicando as medidas de prevenção a serem introduzidas,
aprimoradas ou mantidas, conforme o subitem 1.5.4.4.5.
 
Caso uma atividade seja classificada como Não Tolerável, ou
outra definição que você tenha dado, é necessário elaborar um
Plano de Ação indicando quais são as medidas de prevenção que
devem ser adotas para que seja possível realizar as atividades
necessárias.
 
Importante não deixar de inserir no Plano de Ação as ações que
serão mantidas.
 
O Plano de Ação, sempre que possível deve ser SMART (Já
descrito no item de melhoria contínua), e os responsáveis pelas
ações devem ser devidamente identificados.
 
Todas as ações realizadas, quando findadas, devem ser
evidenciadas.
Podem ser utilizados modelos de Plano de Ação como:
 
 
Eu recomento, e gosto de utilizar, o Modelo de 5W2H por ser mais
completo. No case que iremos desenvolver no anexo I, irei
demonstrar como elaborar um Plano de Ação conforme
requisitos deste item.
50
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1.5.5.2.2 Para as medidas de prevenção deve ser definido
cronograma, formas de acompanhamento e aferição de
resultados.
 
As formas de acompanhamento e a aferição de resultados devem
ser informações que podem ser encontradas em procedimentos
operacionais ou mesmo no corpo do PGR.
 
É importante descrever as formas que isto será feito, e pensar
nas maneiras de como evidenciar que estas ações estão sendo
adotadas.
 
O cronograma, por exemplo, pode ser acompanhado
semanalmente, e os resultados serão avaliados em conjunto.
 
Para que seja possível “auditar” esta ação, é necessário que
esteja escrito em algum lugar (procedimento ou no próprio PGR)
como será feito este acompanhamento e aferição de resultados.
 
1.5.5.3 Implementação e acompanhamento das medidas de
prevenção
1.5.5.3.1 A implementação das medidas de prevenção e
respectivos ajustes devem ser registrados.
 
Discutido no item acima.
51
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1.5.5.3.2 O desempenho das medidas de prevenção deve ser
acompanhado de forma planejada e contemplar:
 
a)a verificação da execução das ações planejadas;
b)as inspeções dos locais e equipamentos de trabalho; e
c)o monitoramento das condições ambientais e exposições a
agentes nocivos, quando aplicável.
 
Uma das formas de se garantir que esta havendo uma melhoria
contínua enquanto na adoção de medidas de controle para tornar
os ambientes e as atividades mais seguras, é realizar o
monitoramento das condições ambientais e os agentes
nocivos.
 
Esta é uma forma de avaliar e aferir os resultados das ações
propostas no plano de ação.
 
Exemplificando, identificou-se que o ruído em uma
determinada atividade estava em 92 dB(A).
 
Partindo do pressuposto que, na hierarquia das medidas de
controle, deve-se primariamente adotar medidas de proteção
coletiva, seria necessário adotar uma forma de controlar o ruído
na fonte ou no percurso.
 
Enquanto isto, o funcionário poderia fazer uso do EPI adequado,
um protetor auricular, por exemplo.
 
Após a adoção das medidas de controle na fonte, deve-se
realizar outra avaliação ambiental para mensurar se houve de
fato redução no nível de pressão sonora gerado pelo
equipamento/maquinário.
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Casonão, outra ação deveria ser inserida no Plano de Ação.
 
1.5.5.3.2.1 As medidas de prevenção devem ser corrigidas
quando os dados obtidos no acompanhamento indicarem
ineficácia em seu desempenho.
 
Caso as medidas adotadas não atendam ao objetivo proposto,
será necessário fazer as correções aplicáveis.
 
As correções podem incluir ações adicionais, mudanças nos tipos
de equipamentos de proteção coletiva utilizados, alteração nos
equipamentos de proteção individual, etc.
 
É o PDCA – Planejar, Fazer, Checar e corrigir/otimizar.
 
1.5.5.4 Acompanhamento da saúde ocupacional dos
trabalhadores
 
1.5.5.4.1 A organização deve desenvolver ações em saúde
ocupacional dos trabalhadores integradas às demais
medidas de prevenção em SST, de acordo com os riscos
gerados pelo trabalho.
 
Estas são ações comuns nas empresas. O PCMSO possui um plano
de ação que deve ser seguido de forma também a atender a este
requisito.
 
As ações podem ser palestras, campanhas de vacinação ou outras
ações aplicáveis.
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1.5.5.4.2 O controle da saúde dos empregados deve ser um
processo preventivo planejado, sistemático e continuado, de
acordo com a classificação de riscos ocupacionais e nos
termos da NR-07.
As empresas avaliam a saúde dos funcionários através
da realização dos ASOs – Atestados de Saúde Ocupacional, que
podem ser admissionais, semestrais, anuais, de mudança de
função, demissionais ou mesmo quando a empresa entender que
se faz necessário, baseado em seus indicadores de saúde.
1.5.5.5. Análise de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho
 1.5.5.5.1 A organização deve analisar os acidentes e as
doenças relacionadas ao trabalho.
 1.5.5.5.2 As análises de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho devem ser documentadas e:
 
a)considerar assituações geradoras dos eventos, levando em
conta as atividades efetivamente desenvolvidas, ambiente
de trabalho, materiais e organização da produção e do
trabalho;
b)identificar os fatores relacionados com o evento; e
c)fornecer evidências para subsidiar e revisar as medidas
de prevenção existentes.
 
Nestes itens não há novidades para o que as empresas já adotam
em seu dia a dia.
 
Temos aqui o conceito de identificar a causa raiz de um evento, e
tratá-lo, de forma a impedir a recorrência.As investigações de
acidente podem ser realizadas através da utilização de várias
ferramentas, como por exemplo:
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Espinha de peixe;
5 Porquês; 
Ishikawa;
Modelo do Queijo Suíço; 
Árvore de Causas; 
Outros.
 
1.5.6 Preparação para emergências
 
1.5.6.1 A organização deve estabelecer, implementar e manter
procedimentos de respostas aos cenários de emergências,
de acordo com os riscos, as características e as
circunstâncias das atividades.
 
Planos de Resposta a Emergência – PAE - são comuns em alguns
estados, pois podem ser requisitos mandatórios para obtenção da
autorização do Corpo de Bombeiros para realizarem suas
atividades.
 
Entretanto, várias empresas deverão ter o primeiro contato com
esta obrigatoriedade, visto que o PPRA não tinha este requisito em
seu documento.
 
É importante, quando na identificação dos riscos, pensar da
seguinte forma:
 
“Se X acontecer, o que irei fazer?”
 
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Incêndio,
Alagamento; 
Queda de Avião no terreno da empresa;
Etc.
Riscos genéricos, como:
  
Não necessariamente devem ser inseridos neste procedimento de
resposta aos cenários de emergência, a não ser que estes tenham
sido avaliados e exista uma probabilidade razoável de ocorrência.
 
Caso após a elaboração deste PAE, seja identificado algum outro
cenários possível de ocorrer, os responsáveis devem atualizar seu
documento.
 
Lembrando que o Plano de Atendimento a Emergências faz parte
do GRO, mas não do PGR.
1.5.6.2 Os procedimentos de respostas aos cenários de
emergências devem prever:
 
a) os meios e recursos necessários para os primeiros
socorros, encaminhamento de acidentados e abandono; e
b) as medidas necessárias para os cenários de emergências
de grande magnitude, quando aplicável.
As empresas devem realizar simulados com frequência mínima
para treinar os funcionários da equipe de resposta a emergência.
 
Quanto mais bem treinados, mais preparados estarão para
responder as emergências.
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Todos os simulados deverão gerar um relatório, que cronometre o
tempo de resposta da equipe. Importante saber quanto tempo os
brigadistas levaram para se encontrarem, vestirem seus EPIs
específicos (Roupa Contra Incêndio, por exemplo), e realizarem
suas ações conforme descrito no procedimento.
 
A partir do momento que se faz esta análise quantitativa, é
possível buscar melhorar o tempo de resposta.
As vezes é necessário simplesmente realizar mais simulados, ou
utilizar de recursos como rádio de comunicação para acelerar o
envio e recebimento de instruções.
 
Como é muito particular o desempenho de uma equipe de
respostas a emergência, é impossível escrever aqui o que se pode
ser feito para melhorar.
 
Fato é, que é possível ate mesmo criar um indicador proativo de
SST relacionado à diminuição do tempo de resposta da Brigada,
por exemplo.
 
Ou, quando na reunião de análise Crítica de desempenho, pode
se criar uma meta relativa ao tempo de resposta, que deve ser
buscada no ano posterior.
1.5.7 Documentação
 
1.5.7.1  O PGR deve conter, no mínimo, os seguintes
documentos:
 
a)inventário de riscos; e
b)plano de ação.
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O PGR como documento base, assim como o PPRA, deve conter os
dados da empresa para identificação.
 
No entanto, a documentação mínima obrigatória se resume ao
inventário de riscos (1.5.7.3) e o Plano de Ação. (1.5.5.2)
 
1.5.7.2 Os documentos integrantes do PGR devem ser
elaborados sob a responsabilidade da organização,
respeitado o disposto nas demais Normas
Regulamentadoras, datados e assinados.
 
A NR 01 não descreve de quem deve ser a responsabilidade por
assinar o PGR, entretanto, diz ser necessário respeitar o disposto
nas demais NRs.
 
Entendo que aqui há uma responsabilidade compartilhada, e este
documento deveria ser elaborado por uma equipe multidisciplinar,
quando aplicável.
 
Vejamos o porquê:
 
A NR 18 – Condições de Segurança e Saúde na Indústria da
Construção Civil diz que: 
18.4.2 O PGR deve ser elaborado por profissional legalmente
habilitado em segurança do trabalho e implementado sob
responsabilidade da organização.
 
18.4.2.1 Em canteiros de obras com até 7 m (sete metros) de altura
e com, no máximo, 10 (dez) trabalhadores, o PGR pode ser
elaborado por profissional qualificado em segurança do trabalho
e implementado sob responsabilidade da organização.
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Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente
Profissional qualificado: trabalhador que comprove conclusão
de curso específico na sua área de atuação, reconhecido
pelo sistema oficial de ensino.
18.4.2 O PGR, além de contemplar as exigências previstas na NR-
01, deve conter os seguintes documentos:
 
a) projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual
frente de trabalho, em conformidade com o item 18.5 desta NR,
elaborado por profissional legalmente habilitado;
b) projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por
profissional legalmente habilitado;
c) projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por
profissional legalmente habilitado;
d) projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas
(SPIQ), quando aplicável, elaborados por profissional legalmente
habilitado;
 
Atente-se a algumas definições:
 
 qualificado e com registro no competente conselho de classe; 
A NR 01 não descreve diretamente a responsabilidade, porém
a NR 18 descreve claramente.
 
Profissional legalmente habilitado é aquele que possui registroem conselho de classe, podendo ser Técnico ou profissional com
ensino superior.
 
Quando se refere a profissional qualificado, a NR se refere àquele
que não possui registro em conselho de classe, como CREA,
COREN, CRM, etc.
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Visto por esta ótica, Engenheiros de Segurança e Técnicos de
Segurança poderiam assinar o documento.
 
Porém, quando a NR 18 requer projetos que necessitam da
competência de outros profissionais (projeto civil de área de
vivência, projeto elétrico das instalações temporárias, etc...) cria-
se uma responsabilidade que deve ser compartilhada com
aqueles que elaboraram os documentos específicos requisitados
pela norma.
 
A melhor forma de solucionar este requisito, seria a inclusão de
campos diversos para assinatura no PGR, de forma a diluir a
responsabilidade dos profissionais envolvidos. 
 
Até mesmo porque, quem realiza as atividades não são
os profissionais de SST, e estes também não são os responsáveis
pela frente de obra das empresas.
 
Logo, não podem se responsabilizar sozinhos pela implementação
dos requisitos previstos no PGR. Sendo assim, é necessário com
que haja um compartilhamento de responsabilidade quando
na emissão deste documento. 
Embora seja claro que a responsabilidade por implementar o
programa seja da organização.
1.5.7.2.1 Os documentos integrantes do PGR devem estar
sempre disponíveis aos trabalhadores interessados ou seus
representantes e à Inspeção do Trabalho.
 
Assim como ocorria com o PPRA
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1.5.7.3 Inventário de riscos ocupacionais
 
1.5.731.1 Os dados da identificação dos perigos e das
avaliações dos riscos ocupacionais devem ser consolidados
em um inventário de riscos ocupacionais.
 
O inventário de riscos ocupacionais é o levantamento dos perigos
e as avaliações dos riscos, conforme já havia demonstrado em
figuras anteriores
 
1.5.7.3.2 O Inventário de Riscos Ocupacionais deve
contemplar, no mínimo, as seguintes informações:
 
a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho;
b) caracterização das atividades;
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à
saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou
circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos,
com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a
esses riscos, e descrição de medidas de prevenção
implementadas;
d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das
exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e os
resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17.
e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de
elaboração do plano de ação; e
f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de
decisão.
61
O inventario de riscos deve constar todas as tabelas previstas no
item 1.5.4.4.2, assim como informações adicionais como estas
abaixo: 
 
Caracterização dos processos e ambientes de trabalho
Figura 10: Caracterização do Ambiente e dos Processos
Além das tabelas e textos acima, é necessário inserir o plano de
ação, conforme já discutido, assim como os critérios baseados
em dados para tomadas de ação quanto as medidas de controle
implementadas, assim como sua efetividade.
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Caracterização do
Ambiente
A sala de máquinas da empresa possui
5 motores de 500 HP de potência, além de
compressores de ar, painéis elétricos de 220V e
440V, caldeiras de baixa-pressão e
condensadores.
Além disto, possui iluminação artificial
fluorescente, sistema de ar condicionado
cassete, alvenaria de piso de concreto.
Caracterização do
Processo
Os processos de manutenção das bombas
consistem inicialmente em uma análise visual do
estado de conservação destas. Após isto, as
bombas são desmontadas através da utilização
de ferramental específico, como chave de fenda
e parafusadeira.
As bombas passam por um processo de limpeza
e as partes danificadas são trocadas em sua
totalidade.
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1.5.7.3.3 O inventário de riscos ocupacionais deve ser
mantido atualizado.
 1.5.7.3.3.1 O histórico das atualizações deve ser mantido por
um período mínimo de 20 (vinte) anos ou pelo período
estabelecido em normatização específica.
 
Isto se deve ao fato de que alguns agentes podem causar
doenças que se manifestam apenas vários e vários anos após a
contaminação inicial.
 
Com isto, é necessário com que a empresa armazene estas
documentações como forma de evidenciar que as medidas de
controle foram tomadas.
 
Caso contrário, a companhia poderá sofrer vários reveses
judiciais.
1.5.8 Disposições gerais do gerenciamento de riscos
ocupacionais
 1.5.8.1 Sempre que várias organizações realizem,
simultaneamente, atividades no mesmo local de trabalho
devem executar ações integradas para aplicar as medidas
de prevenção, visando à proteção de todos os trabalhadores
expostos aos riscos ocupacionais.
 
Este item é voltado para locais onde várias empresas realizam
suas atividades de forma simultânea, como em estaleiros ou
mesmo eu paradas de produção de indústrias para manutenção
dos seus ativos.
 
As empresas devem buscar realizar ações integradas para aplicar
as medidas de prevenção, e podem ser através de treinamentos,
instalação de banners de segurança, campanhas e etc.
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1.5.8.2 O PGR da empresa contratante poderá incluir as
medidas de prevenção para as empresas contratadas para
prestação de serviços que atuem em suas dependências ou
local previamente convencionado em contrato ou referenciar
os programas de contratadas.
 
Este item complementa o item anterior, e indica que que a
empresa contratada pode incluir em seu PGR as medidas de
prevenção dos riscos ocupacionais cuja terceirizada está exposta.
 
Devido à responsabilidade compartilhada que existe entre
empresa contratante e contratada, a empresa contratante deve
exigir da empresa contratada a adoção das medidas de controle
previstas no documento.
1.5.8.3 As organizações contratantes devem fornecer às
contratadas informações sobre os riscos ocupacionais sob
sua gestão e que possam impactar nas atividades das
contratadas.
 
Neste caso, os riscos ocupacionais sob a gestão da empresa
contratante, seriam riscos externos para a empresa contratada,
ou seja, que não possuem relação direta com a atividade
desempenhada pela terceirizada.
 
Seria o exemplo de uma empresa terceirizada que monta
andaimes próximos a um auto-forno de siderúrgica, e onde os
montadores estariam expostos ao risco de calor.
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1.5.8.4 As organizações contratadas devem fornecer ao
contratante o Inventário de Riscos Ocupacionais específicos
de suas atividades que são realizadas nas dependências da
contratante ou local previamente convencionado em
contrato.
 
É um complemento ao item acima.
 
As atividades da empresa contratada podem expor os
funcionários da empresa contratante, logo, é necessário com que
haja o reconhecimento mútuo dos riscos ocupacionais e medidas
de controle.
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2.2 Relação entre PGR e empresas MEI – Micro Empreendedor
Individual, EPP – Empresa de Pequeno Porte e ME – Micro
Empresas.
 
1.8.1 O Microempreendedor Individual - MEI está dispensado
de elaborar o PGR 
1.8.1.1. A dispensa da obrigação de elaborar o PGR não
alcança a organização contratante do MEI, que deverá incluí-
lo nas suas ações de prevenção e no seu PGR, quando este
atua em suas dependências ou local previamente
convencionado em contrato.
 
O Micro Empreendedor Individual não precisa elaborar o PGR.
 
Porém, aquele que o contrata deve inserir os riscos ocupacionais
provenientes das suas atividades no próprio inventário, pelos
motivos já discutidos anteriormente.
 
A SEPRT – Secretaria Especial de Previdência e Trabalho irá
fornecer orientações para o MEI sobre as medidas de prevenção
quedevem ser adotadas por ele.
1.8.4 As microempresas e empresas de pequeno porte, graus
de risco 1 e 2, que no levantamento preliminar de perigos não
identificarem exposições ocupacionais a agentes físicos,
químicos e biológicos, em conformidade com a NR9, e
declararem as informações digitais na forma do subitem 1.6.1,
ficam dispensadas da elaboração do PGR.
 
Aqui devemos ter muito cuidado.A não identificação de exposição
aos agentes ocupacionais físicos, químicos e biológicos não pode
ser feita de forma subjetiva.
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Logo, deve haver a análise de uma profissional devidamente
qualificado para a realização desta ação e decisão quanto a não
exposição dos funcionários aos agentes.
 
Não se pode, de forma não objetiva, dizer que uma padaria, por
exemplo, não expões funcionários a concentrações de ruído
acima do nível de ação, por exemplo.
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3. CONCLUSÃO
O PGR tem por objetivo otimizar a forma como segurança e saúde
do trabalho é aplicado nas empresas.
É comum do ser humano, ao realizar atividades repetidas, deixar
de prestar atenção às mudanças que ocorrem no ambiente, logo,
quando na atualização de programas de Segurança e Saúde do
Trabalho, é muito comum que seja realizado somente um copia-
cola de documentos antigos.
Muda-se a data do documento, atualiza-se uma função ou outra
para contratação de profissionais de novos cargos, e fica desta
forma mesmo. Mantem-se os mesmos perigos, riscos ocupacionais,
avaliações.. nada atualizado.
O PPRA da maior parte das empresas já estava desta forma. As
modificações neste documento eram feitas de forma
automatizadas, sem a realização de uma análise crítica
aprofundada e real.
Dado esta situação, é muito bom para a classe dos profissionais
de SST esta atualização da NR 01, e a alteração do principal
documento de segurança que as empresas deveriam elaborar.
Haverá uma série de oportunidades neste momento, e aqueles
que estiverem mais preparados irão aproveitar.
O DescomplicaSMS estará aqui para ajudar você quando
precisar.
68
ANEXO I
CASE: ELABORANDO UM PGR PASSO A
PASSO EM UMA EMPRESA DE PINTURA
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Introdução
Neste anexo, o objetivo é mostrar a minha metodologia para
elaborar um PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos.
 
Para ser de fácil assimilação, vou mostrar o meu racional por trás
da criação deste programa, as análises que eu faço e os quadros
e tabelas que eu crio.
 
Obviamente, os dados aqui presentes foram criados com intuito
puramente didático, não representando a realidade.
 
Os perigos e riscos ocupacionais aqui descritos também foram
elaborados de forma a representar uma empresa fictícia, embora
seja baseada em uma empresa real, dadas suas características e
ramo de atuação.
O objetivo aqui não é entregar um modelo de inventário de riscos.
Logo, vou mostrar como realizar as análises e exemplificar o
inventário considerando 2 atividades. 
O Plano de Ação seguirá o mesmo racional, porém, vou usar como
exemplo 2 perigos.
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Administrativo/RH
Pintura (Operação)
Mecânica/Elétrica (Manutenção dos equipamentos)
Almoxarifado
Logística
Gestão Geral – Uso de computadores, telefones, máquinas de
impressão e fotocópia, armazenamento de documentos em
armários, treinamentos com as equipes.
Utilização de lixadeiras e agulheiros para retirada de
oxidação da superfície das peças;
Homogeineização de tintas e solventes;
Pintura utilizando rolo ou pincel;
1 – Descrição da Empresa
 
A empresa fictícia alvo deste PGR é uma empresa que atua no
segmento de pintura, realizando tratamento da superfície de
peças que são utilizadas por outras empresas. 
 
A lógistica das peças é realizada através de caminhões,
responsáveis por levar as peças pintadas até os clientes e buscar
aquelas que necessitam receber tratamento.
 
A empresa possui somente um estabelecimento, e possui 5
setores:
 
 
As atividades que ocorrem nos setores são as seguintes:
 
Admistrativo:
                        
Pintura:
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Pintura utilizando máquina de pintura airless;
Movimentação de cargas utilizando empilhadeiras – peças
devem ser levadas aos locais adequados para pintura ou
removidas.
Manutenção nos equipamentos de pintura, como os
agulheiros, lixadeiras, máquinas de pintura airless e
empilhadeiras;
A manutenção consiste na troca de peças danificadas, troca
de óleo das empilhadeiras e limpeza;
Manutenção nas partes elétricas dos equipamentos e sistemas
elétricos, como o sistema de alimentação da empresa,
compressores e etc.
Armazenamento e entrega de EPIs,
Armazenamento e entrega de Tintas e Solventes;
Controle dos itens em estoque.
Transporte rodoviário das peças de clientes e para os clientes.
O meio de transporte são caminhões.
Mecânica/Elétrica
 
Almoxarifado
As atividades que ocorrem no almoxarifado são, primariamente:
Logística
 
Existem 56 funcionários nesta organização, que atua em turnos:
Diurno e Noturno.
 
Este PGR vai ser elaborado por Setor (Pintura), logo, apesar do
método demonstrar a elaboração de somente 1 documento, na
realidade da sua empresa,você deveria fazer dos setores
restantes, separados, ou juntos.
72
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Como em todo documento de SST, é importante inserir os dados
da empresa na Introdução, assim como informações sobre suas
atividades. 
 
Eu elaboraria uma introdução similar a esta descrita na próxima
página:
73
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Dados da Empresa:
 
RAZÃO SOCIAL:
CNPJ:
CNAE:
GRAU DE RISCO:
ATIVIDADE PRINCIPAL:
ENDEREÇO:
BAIRRO:
MUNICÍPIO:
TELEFONE:
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS:
JORNADA DE TRABALHO:
VIGÊNCIA DO PGR:
RESPONSÁVEL PELA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA:
 
Caso a empresa seja contratada, os dados da empresa
contratante deveriam ser inseridos também:
 
RAZÃO SOCIAL:
CNPJ:
CNAE:
GRAU DE RISCO:
ATIVIDADE PRINCIPAL:
ENDEREÇO:
BAIRRO:
MUNICÍPIO:
 
Logo embaixo, iria inserir informções sobre as atividades da
empresa, similar à introdução que forneci.
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2 - Inventário de Riscos
 
Seguindo as diretrizes da nova NR 01 e considerando os exemplos
que dei ao longo do e-book, devemos elaborar o inventário de
riscos considerando os seguintes aspectos:
 
a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho; 
b) caracterização das atividades; 
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde
dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou
circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com a
indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e
descrição de medidas de prevenção implementadas;
d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das
exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e os
resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17. e)
avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de
elaboração do plano de ação; e 
f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de
decisão.
 
Vou mostrar um na prática:
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CATEGORIA DENOMINAÇÃO
A
Nunca houve nenhum evento na indústria (onde a empresa
está inserida).
 Categoria de Frequência/Probabilidade
B
C
D
Houve entre 1 e 10 eventos na última década na indústria,
considerando todo o planeta.
Houve entre 1 e 10 eventos na última década na indústria
nacional.
Houve pelo menos 01 evento na empresa ou grupo
empresarial nos últimos 05 anos.
Categoria de Severidade
DANO EM PESSOAS 
5
Fatalidade ou lesões que gerem impacto irreversível à
saúde/ou levem a morte. Acima de 10 pessoas envolvidas.
Fatalidade ou lesões que gerem impacto irreversível à
saúde/ou levem a morte. Até 10 pessoas envolvidas.
Lesões moderadas que gerem restrição de atividade,
afastamento

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