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Técnicas de coloração Extensão Sanguínea Coloca-se uma gota de sangue, a qual será distribuída de forma homogênea na ponta da extensora, e a extensão é feita num ângulo de 45º. A extensão pronta será utilizada para fazer a coloração. May-Grünwald É uma mistura de eosina e azul de metileno (não oxidados), que quimicamente se transforma em eosinato de azul de metileno. Dissolve-se 0,3 grama do sal em 100 mL de metanol. Deixa-se o corante “envelhecer” em local fresco e escuro, em frasco âmbar durante 7 dias, homogeneizando-o diariamente. Após esse tempo, o corante está pronto para uso. Giemsa É uma mistura de azur II (mistura equimolar de azul I e azul de metileno) e eosinato de azur II (corante formado pela combinação equimolar de azur I, azul de metileno e eosina amarelada). Dissolve-se 1 grama do sal em 66 mL de glicerol, deixa-se em banho-maria a 56 °C, durante 2 horas, homogeneizando-o periodicamente com auxílio de um bastão de vidro. Após esse tempo, deixa-se a solução adquirir a temperatura ambiente e adiciona-se 66 mL de metanol. Coloca- se a solução corante em frasco âmbar, deixa-se em local fresco e escuro durante 7 dias. Sobre a lâmina, colocar 2 mL do corante de May-Grünwald. Deixar entre 3 e 4 min. Sem retirar o May-Grünwald, adicionar 2 mL de solução tampão ou água sem derramar o corante. Deixar 1 min. Desprezar a solução corante-tampão ou água. Adicionar 2 mL do corante de Giemsa (pronto para uso). Deixar entre 15 a 20 minutos. Lavar a lâmina em água corrente, limpar a parte de trás para retirar restos de corante. Deixar secar ao ar e então a lâmina estará pronta para a leitura. 1. 2. 3. 4. 5. Os corantes ácidos (eosina) têm afinidade por estruturas celulares básicas (vermelhas ou rosadas), e os básicos (azul e azures de metileno), por estruturas celulares ácidas (o núcleo da célula, por exemplo). Se o citoplasma estiver mais azulado, haverá resíduos de núcleo ou atividade nuclear acontecendo, mas também pode ser um erro de coloração (tempo prolongado) ou as proporções de azul de metileno estão erradas. O pH da solução tampão ou água é muito importante. Em pH neutro, os corantes atuam na estrutura celular pela qual têm afinidade. Técnica de Coloração May-Grünwald Giemsa Quando o pH está ácido, há favorecimento da ação da eosina, e a coloração torna-se avermelhada, dependendo da acidez da solução tampão ou água. Em pH alcalino, a coloração torna-se basofílica, com intensidade de azul proporcional ao aumento do pH. Wright É uma mistura dos derivados do azul de metileno com sais de eosina-azul de metileno. Dissolvem-se 3 gramas do corante em 100 mL de glicerol. Após a dissolução, completa-se o volume da solução para 1.000 mL com metanol. Deixa-se o corante “envelhecer” em frasco âmbar, em local escuro e fresco durante 7 dias, homogeneizando-o diariamente. Sobre a lâmina, colocar o corante de Wright, cobrindo-a totalmente. Em geral, são necessários 2 mL do corante. Deixar entre 3 e 4 min. Sem retirar o Wright, adicionar igual quantidade de solução tampão ou água sem derramar o corante. Deixar de 10 a 15 minutos. Lavar a lâmina em água corrente, limpando a parte de trás, para retirar restos de corante. Deixar secar ao ar e então a lâmina estará pronta para a leitura. 1. 2. 3. O tempo que o corante fica sobre a lâmina e o tempo da mistura corante- solução-tampão ou água devem ser estabelecidos pelo profissional que realiza a contagem diferencial, pois, de modo geral, esses corantes podem variar o tempo de coloração a depender da técnica, da concentração, da idade do corante (os corantes envelhecidos têm estabilidade e coloração um pouco menor do que os recém-preparados). Os tempos acima foram sugeridos, pois, de um modo geral, são os mais utilizados na rotina laboratorial. Leishman É uma mistura dos derivados do azul de metileno com sais de eosina-azul de metileno. Foi muito utilizada para identificar leishmaniose e outros hemoparasitas. Dissolve-se 0,2 grama do corante de Leishman em 100 mL de metanol. Deixa-se o corante “envelhecer” em frasco âmbar, em local escuro e fresco durante 7 dias, homogeneizando-o diariamente. Técnica de Coloração Wright Técnica de Coloração Leishman Sobre a lâmina, colocar o corante de Leishman, cobrindo-a totalmente. Em geral, são necessários 2 mL do corante. Deixar entre 3 e 4 min. Sem retirar o Leishman, adicionar igual quantidade de solução tampão ou água sem derramar o corante. Deixar de 10 a 15 minutos. Lavar a lâmina em água corrente, limpando a parte de trás, para retirar restos de corante. Deixar secar ao ar e então a lâmina estará pronta para a leitura. 1. 2. 3. Obs.: As técnicas são muito semelhantes, o que muda é a composição e a proporção de eosina, azul metileno, metanol e glicerol. Panótico – Corante Rápido Corante 1: metanol e tem a finalidade de fixar as extensões; Corante 2: eosina e tem a finalidade de fazer a coloração citoplasmática; Corante 3: azul de metileno ou dos azures de metileno, tem a finalidade de fazer a coloração de estruturas nucleares. Os corantes rápidos são baseados no método de Field que tinha como objetivo fazer uma coloração rápida nas preparações de gota espessa para a pesquisa do Plasmodium spp (protozoário que causa malária). Esses corantes foram adaptados para a coloração de extensões sanguíneas, sendo compostos de três corantes: Técnica de Coloração Panótico Colocar o berço com as lâminas no corante 1 e deixar por 10 segundos. Durante esse tempo, nenhum movimento deve ser executado. Retirar o berço do corante 1 e deixar escorrer por 5 segundos. Colocar o berço no corante 2 e deixar por 10 segundos. Durante esse tempo, nenhum movimento deve ser executado. Retirar o berço do corante 2 e deixar escorrer por 5 segundos. Colocar o berço no corante 3 e deixar por 20 segundos. Durante esse tempo, nenhum movimento deve ser executado. Retirar o berço do corante 3, deixar escorrer por 5 segundos e lavar em água corrente. 1. 2. 3. 4. 5. 6. O que deve ser entendido a respeito dos corantes rápidos é que eles são limitados quanto à capacidade de fornecer informações mais detalhadas sobre a disposição da cromatina e de revelar detalhes de estruturas citoplasmáticas e nucleares. A coloração rápida pode ser bastante adequada, desde que seja realizada com rigor técnico.
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