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Universidade Federal de São Paulo Química Analítica Geral II – 1 / 2021 (ADE) – Química Acadêmico(a):jeferson r silva Matrícula: 142709 QUESTÕES - VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO 1) Fale sobre as titulações de Fajans, Volhard e Mohr. Escreva as reações químicas presentes em cada método. (5,0 pontos) O Método de Fajans envolve a titulação de cloreto usando indicadores de absorção. O indicador é adsorvido na superfície do precipitado, essa adsorção acontece próximo ao PE e resulta na mudança de cor e também na transferência de cor da solução para o sólido. Isso faz com que ocorra o processo de adsorção e não o de precipitação do indicador, pois o Kps não é excedido. O Método de Fajans têm algumas limitações com indicadores de adsorção como: quando o pH é muito ácido, o indicador se dissocia muito pouco para ser adsorvido; quando o indicador não pode ser fortemente adsorvido em um dado pH pois desloca o ânion do precipitado da primeira camada antes do PE; o grau de adsorção do indicador decresce com o aumento da acidicidade. Um exemplo é a Fluoresceína, que em meio aquoso se dissolve em H3O+, HIn + H2O ↔ In- + H3O+ (Verde) (Alaranjada) O Método de Volhard envolve a titulação do íon de prata em meio ácido com uma solução padrão de tiocianato: Ag+ + SCN- → AgSCN O indicador usado é o Fe3+, que produz uma coloração avermelhada, com o primeiro excesso de tiocianato: Fe3+ + SCN- → Fe(SCN)2+ A titulação é feita em meio ácido para prevenir a precipitação de óxido hidratado de Fe (Ⅲ). A principal aplicação do Método de Volhard é a determinação indireta dos haletos, mas a sua principal limitação é que não é aplicável na terminação de cloreto, pelo fato do cloreto de prata ser mais solúvel do que o tiocianato de prata. Por último o Método de Mohr, que é aplicável para a determinação de cloreto e brometo. A solução contendo o haleto é titulada com nitrato de prata em presença de cromato de potássio como indicador. Os haletos são precipitados como sais de prata e o ponto final é visto pela formação do precipitado vermelho de cromato de prata. CrO42- + Ag+ ↔ Ag2CrO4 2) Para fins de diagnóstico, muitas vezes um laboratório clínico é solicitado a proceder à determinação de cloreto em urina coletada de pacientes sob tratamento médico. Sabe-se que um adulto em condições normais de saúde excreta de 75 a 200 mmol de cloreto na urina por um período de 24 horas. Para isso, uma alíquota de uma solução padrão de nitrato de prata é adicionada à amostra contendo cloreto para precipitar o AgCl. Os íons prata em excesso são titulados com KSCN. Na prática a urina é coletada durante um período de 24 horas, evaporada e diluída a 1000 mL num balão volumétrico. Uma alíquota de 25,00 mL é transferida para um erlenmeyer de 250 mL e a seguir adicionam-se 50,00 mL de uma solução de AgNO3 0,1200 mol L-1. O excesso desta prata foi titulado com solução padrão de KSCN 0,1000 mol L-1; na titulação gastaram-se 25,42 mL desta solução de KSCN. Calcular a quantidade de cloreto (mg) excretado por este paciente as 24 horas. (5,0 pontos) Essa análise é feita pelo Método de Volhard: Ag+(exc) + Cl-(aq) ↔ AgCl(s) + Ag+(res) Ag+(res) +SCN- ↔ AgSCN(s)(aq) É preciso calcular a massa de cloreto para descobrir o número de mols na solução Massa Cl- = [(VHNO3 x MHNO3)-(VKSCN x MKSCN)] x MMHCl Massa Cl- = [(50,00 x 0,1200)-(25,42 x 0,100)] x 35,45 Massa Cl- = 122,57 g Para o número de mols temos: Mols Cl- = (122,57g)/(35,45g/mol) Mols Cl- = 3,458 mmols Para descobrir a quantidade de mols de íons cloreto em 25mL da amostra é necessário fazer a correção para esse valor. Mols Cl- = 3,458 x 0,025 Mols Cl- = 138,32 mmol/dia de Cl-
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