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Beatriz Marinelli, 9º termo Urgência e Emergência I CARDIOVERSÃO E DESFIBRILAÇÃO - LHABISIM Caso Clínico 1: Mulher, 68 anos, hipertensa (uso de hidroclotiazida e enalapril), vem a unidade relatando dispneia há 2 horas. Na triagem apresentou: PA=130/80; Sat 96%; FC=140bpm. Sem outras queixas. Exame pulmonar sem alterações. Exame cardiaco apresentando bulhas arritimi- cas e pulso irrregular. Solicitado o ECG. Eletrocardiograma: Taquicardia, QRS estreito, sem onda P definida > Fibrilação Atrial. Diagnóstico: exame físico cardiovascular, pulso e ECG. Conduta: É necessário saber se o quadro tem mais ou menos de 48 horas, para definir a conduta adequada. A fibrilação atrial (FA) com mais de 48 horas pode ter formação de trombo. A FA pode ser de alta resposta ventricular ( acima de 100bpm), resposta ventricular adequada ( 50-100bpm) ou de baixa resposta ventricular (abaixo de 50bpm). Como o paciente tem um critério de instabili- dade hemodinâmica (dispneia) já devemos levar para sala de emergência pelo risco a vida. Caso não tenha os critérios devemos anticoagular por 3-4 semanas. (Marevan, pedir TP). Sala de Emergência Médico já paramentado com óculos, luvas, touca; Verificar se o paciente tem alergia a medicamentos; Dispir o paciente: tirar roupa, acessórios, objetos de metais, dentadura; Colocar eletrodos e monitoriar o paciente; Fazer acesso venoso periférico; Sedar o paciente com Midazolam, Citrato de fentanila... em doses baixas por ser um processo rápido; Checar se o paciente está acordado: “bater” na testa; Começar processo de cardioversão; Lembrar de ventilar o paciente com ambu. Critérios de Instabilidade Hemodinâmica: Dispneia; Dor torácica; Alteração do nível de consciência; Hipotenção; Síncope. Beatriz Marinelli, 9º termo Urgência e Emergência I Cardioversão: 1. Passar gel nas pás; 2. Escolher a quantidade de Joules que será aplicado; 3. Pressionar o botão das pás para carregar o choque; 4. Selecionar o botão de sincronizar; 5. Avisar que vai dar o choque: “1,2,3 se afastem que irei aplicar o choque”; 6. Certifique que oxigênio foi desligado e se não tem ninguém encostando na mesa (incluindo vo- cê); 7. Pressione os botões das pás já posicionado no paciênte - esse processo demora um pouco porque é necessario que o aparelho sincronize com o QRS; 8. Verificar de reverteu a ritmo sinusal; Beatriz Marinelli, 9º termo Urgência e Emergência I 9. Se não reverteu aumentar o Joules e repetir procedimento apartir do item 2. 10.Caso tenha sido revertido: limpar aparelho, limpar tórax do paciente, vesti-lo, e coloca-lo em uma cadeira de roda e seguir conduta. Obs: Na FA iniciar com 80J e ir aumetando caso não reverta a irrtmo sinusal. Em seguida deve-se fazer carta de pulso relatando a história e os procedimentos adotados. Grampear ECG de antes e depois e orientar o paciente a procurar uma ESF, UBS ou cardiologista para dar continuação ao tratamento. “Dona Maria de Jesus, 68 anos, hipertensa (uso de hidroclotiazida e enalapril), veio a unidade re- latando dispneia há 2 horas. Na triagem apresentou: PA=130/80; Sat 96%; FC=140bpm. Sem ou- tras queixas. Exame pulmonar sem alterações. Exame cardiaco apresentando bulhas arritimicas e pulso irrregular. Solicitamos o ECG que evidenciou uma Fibrilação Atrial. Fora feito acessou veno- so periférico e sedação com Midazolam, seguido de cardioversão. Incialmente choque com 80J, sem reversão para o ritmo sinusal. Em seguida, aplicamos choque de 100J que não reverteu ao ritmo sinusal. Por fim, fizemos um terceiro choque a 120J que revertou o paciente ao ritmo sinu- sal. Paciente em monitoramento. Orientações e alta após melhora.” Caso Clínico 2: Mulher, 72 anos, vem a unidade referindo palpitação e tontura. Possui ICC pré- vio. Na triagem apresentou PA: 140/80mmHg; T: 35,8ºC; Glicemia: 92mg/dl; Sat: 94%; FC: 140 bpm. Paciente sem edema, estase jugular. Ausculta pulmonar: paciente sem sinais de congestão e sem estertores. Auscuta cardiaca: BRNF 2T S/S. Pulso regular. Fora solicitado um ECG. Eletrocardiograma: QRS aumentado, sem presença de onda P e T > Taquicardia Ventricular. Obs: ECG monomorfico. Se polimorfico, é irregular. Devendo desfibrilar primeiro, para depois car- dioversão, uma vez que o aparelho precisa encontrar o QRS. A Taquicardia Ventricular (TV) é uma emergência, podendo evoluir para uma Fibrilação Ventricu- lar, parada e morte. Conduta: encaminhar para emergência. Médico já paramentado com óculos, luvas, touca; Verificar se o paciente tem alergia a medicamentos; Dispir o paciente: tirar roupa, acessórios, objetos de metais, dentadura; Beatriz Marinelli, 9º termo Urgência e Emergência I Colocar eletrodos e monitoriar o paciente; Fazer acesso venoso periférico; Sedar o paciente com Midazolam, Citrato de fentanila... em doses baixas por ser um processo rápido; Checar se o paciente está acordado: “bater” na testa; Começar processo de cardioversão; Lembrar de ventilar o paciente com ambu. Fazer cardioversão iniciando com choque de 80J, aumentando até reverter a ritmo sinusal. Caso tenha sido revertido: limpar aparelho, limpar tórax do paciente, vesti-lo, e coloca-lo em uma cadeira de rodas. Encaminhar paciente para o cardiologista (paciente grave). Caso Clínico 3: Masculino, trabalhador rural, 58 anos, vem a unidade referindo “dor no peito” há 2 horas. Paciente relata que é o primeiro quadro de dor no peito, e que a mesma não irradia. Ne- ga nauseas, sudorese, palidez e dispneia. Não sabe a causa da morte do pai e mãe morreu de CA de mama. Há 5 anos não faz exames laboratoriais. Na triagem apresentou PA: 130/80mmHg; sat: 97%; Glicemia: 98mg/dl; FC: 140bpm. Ausculta cardiaca: BRNF 2T s/sopro. Pulso: regular. Socitado o ECG. Eletrocardiograma: Flutter Atrial (aspecto serrilhado, R-R regular, QRS estreito, onda “F”). Conduta: Paciente com 1 critério de Instabilidade Hemodinâmica (dor no peito). Fazer cardiover- são elétrica (Flutter não responde bem a quimica). Médico já paramentado com óculos, luvas, touca; Verificar se o paciente possui alergias a medicamentos; Dispir o paciente: tirar roupa, acessórios, objetos de metais, dentadura; Colocar eletrodos e monitoriar o paciente; Fazer acesso venoso periférico; Sedar o paciente com Midazolam, Citrato de fentanila... em doses baixas por ser um processo rápido; Checar se o paciente está acordado: “bater” na testa; Começar processo de cardioversão; Lembrar de sempre ventilar o paciente com ambu. Beatriz Marinelli, 9º termo Urgência e Emergência I Fazer cardioversão iniciando com choque de 50J, aumentando até reverter a ritmo sinusal. Caso tenha sido revertido: limpar aparelho, limpar tórax do paciente, vesti-lo, e coloca-lo em uma cadeira de roda. Em seguida deve-se fazer carta de pulso relatando a história e os procedimentos adotados. Grampear ECG de antes e depois e orientar o paciente a procurar uma ESF, UBS ou cardiolo- gista para dar continuação ao tratamento. Caso Clínico 4: Masculino, 42 anos, atleta, com arritmia prévia, sem doenças de base, vem a unidade referindo palpitação. Na triagem apresentou PA: 120/80mmHg; T: 36°C; Glicemia: 90mg/dl; FC: 160bpm. Solicitado ECG. Eletrocardiograma: Taquicardia Supra Ventricular (R-R regular, QRS estreito, Onda P ausente) Conduta: seguir a ordem até a reversão. 1. Manobra Vagal - coloca-se o paciente em decúbito dorsal com o pescoço estendido e girado; palpa-se o pulso no seio carotídeo (a nível da cartilagem tireóidea e próxima ao ângulo da mandíbula, anterior ao m. esternocleidomastoideo) e pressiona-se com os dedos continua- mente fazendo movimentos circulares por 5 a 10 segundos. Pode ser feita bilateralmente em caso de insucesso, porém apenas após 1 minuto, nunca ao mesmo tempo; 2. Manobra de Valsava - é feito aumento voluntário da pressão intratorácica por meio da expira- ção forçada contra a glote fechada. Faz-se rápida inspiração seguida de expiração forçada por 15 segundos com o paciente em decúbito dorsal num ângulo de 45º. Ademais, pode-se solici- tar que o paciente sopre uma seringa de 10 mL até a movimentação doêmbolo entre 10 e 15 segundos e, a pacientes pediátricos, que assoprem o polegar. 3. Valsava Modificada - faz-se pela expiração forçada em posição vertical, logo após, o paciente é colocado em decúbito dorsal e é feita elevação passiva dos membros inferiores de 45 segun- dos a 1 minuto (ainda com a expiração forçada ocorrendo) para que haja aumento do retorno venoso. 4. Acesso Venoso: Adenosina 6mg em boulus. “dá sensação de morte” > Pode fazer até 3 ve- zes. 5. Cardioversão inciando choque em 50J; Caso tenha sido revertido: limpar aparelho, limpar tórax do paciente, vesti-lo, e coloca-lo em uma cadeira de roda. Em seguida deve-se fazer carta de pulso relatando a história e os procedimentos adotados. Grampear ECG de antes e depois e orientar o paciente a procurar uma ESF, UBS ou cardiolo- gista para dar continuação ao tratamento.
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