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Patologia II - Anotações sobre sistema endócrino e Síndrome de Cushing

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Giovanna Rêgo
Patologi� II
11/08/2021
P1: 22/09/2021
P2: 01/12/2021
Vídeo interdisciplinar: a dinâmica da infecção, das interações celulares,
consequências nos órgãos e sistêmicas do COVID-19.
Sistema Endócrino
O sistema endócrino (ações a médio-longo prazo), paralelamente ao nervoso (SNA -
ações imediatas), coordena as funções entre os diferentes órgãos. Glândulas e
tecidos, por células específicas, liberam hormônios na corrente sanguínea que irão
atuar em um ou mais órgãos do corpo.
É uma das duas formas de controlar as funções orgânicas (SNA e SE).
Deve ter uma interação hormônio-mediador químico com o receptor. Essa interação é
química-espacial por afinidade.
Uma vez na circulação, os hormônios afetam a função de tecidos alvo, que podem ser
outra glândula endócrina ou órgão final. Para que o hormônio aja, é preciso haver um
receptor no tecido alvo.
Ao ligar-se aos receptores, os hormônios induzem alterações nucleares (maior ou
menor produção de proteínas) para expressão de proteínas específicas que
estimularão ou inibirão as funções celulares.
Alguns hormônios atuam nas células do próprio órgão em que foram liberados (efeito
parácrino- age no próprio órgão), alguns inclusive no mesmo tipo de célula (efeito
autócrino- atua na própria célula).
As células da papila dérmica exercem efeito parácrino sobre fibroblastos dérmicos
durante o processo de reparo cutâneo, promovendo os eventos celulares que levam
ao fechamento efetivo da lesão. A papila dérmica libera hormônios para uma
estrutura dentro daquele órgão para produzir o colágeno.
Efeito parácrino.
A insulina secretada pelo pâncreas induz maior secreção da própria insulina. Quanto
mais insulina secretada induzirá a secreção de mais insulina pela própria célula.
Efeito autócrino.
Quimicamente, os hormônios podem ser peptídeos, esteróides (efeito análogo entre
eles - aldosterona, colesterol, hormônios androgênicos e femininos) ou derivados de
aminoácidos.
Eixo hipotálamo – hipófise (ou pituitária)
Eixo hipotalâmico-hipofisário
É importante, pois envolve diversos hormônios. A lógica será sempre a mesma. A
relação entre hipotálamo e hipófise é por um sistema porta (artérias, capilares - libera
Giovanna Rêgo
o hormônio -, ramo arterial (arteríola) - leva pra hipótese - , capilares - hormônios
levam para a veia - e veias).
Caminho do sistema porta: Artéria -> hipotálamo -> hormônios -> capilares do
hipotálamo -> arteríolas -> capilares hipofisários -> hipófise (produz hormônios em
maior quantidade para ação sistêmica) -> veias
Estimulação nervosa pode alterar a produção de hormônios endócrinos.
O hipotálamo (órgão neuroendócrino - alguns hormônios são produzidos por células
nervosas também) não precisa produzir muitos hormônios, pois ele só precisa
produzi-los para a hipótese que é bem pequena.
Hipófise anterior (endócrino - produz hormônios diversos) e a hipófise
posterior/neurohipófise (neuroendócrino - armazena e distribui hormônios ocitocina
e hormônios antidiuréticos).
Nem todos os hormônios são do eixo hipotalamico-hipofisário. Os hormônios
hipotalamicos são fundamentais para o desenvolvimento psico motor, maturação
sexual, controle do gastro energetico, GH (crescimento), regulação do metabolismo de
carbos, etc
A hipófise é uma glândula formada por vários tipos celulares, cujos produtos de
secreção estimulam outras glândulas endócrinas periféricas a sintetizar e secretar
hormônios. A hipófise é uma glândula formada por vários tipos celulares, cujos
produtos de secreção estimulam outras glândulas endócrinas periféricas a sintetizar
e secretar hormônios.
Esses hormônios estão envolvidos em funções diversas, como crescimento,
desenvolvimento neuropsicomotor, maturação sexual, fertilidade, controle do gasto
energético, regulação do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas,
manutenção do balanço hidroeletrolítico (neurohiófise).
A hipófise é composta por duas partes anatômicas e funcionais distintas: a
adenohipófise (anterior) e a neurohipófise (posterior).
A neuro hipófise armazena e liberta as neurohormônios hipotalâmicos (ocitocina e
vasopressina), e hormônios tróficos hipofisários (agem em outros órgãos) que regulam
a produção hormonal pelas células epiteliais da adenohipófise.
A região anterior da hipófise, ou adenohipófise, de origem ectodérmica, produz o
hormônio do crescimento (GH), as gonadotrofinas (LH e FSH), o hormônio estimulador
da tireoide (TSH), o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e a prolactina (PRL).
Giovanna Rêgo
Hormônios corticais: cortisol
Maturação de ovários e testículos: fertilidade
Hormônios adrenérgicos (epinefrina) são produzidos pela adenohipófise.
O hormônio tireoestimulante, produzido pela adenohipófise, estimula a produção de
hormônios pela tireoide.
Ocitocina = oxitocina
O diencéfalo apresenta 4 subdivisões:
● Tálamo
● Hipotálamo - recebe um estímulo nervoso, não é só por reação às funções
metabólicas
● Epitálamo
● Subtálamo
Quando o ciclo menstrual é afetado pelo estresse é porque o hipotálamo foi afetado
pelo sistema nervoso, que afeta a hipófise, afetando os ovários.
Giovanna Rêgo
Ver o site biodigital (anatomia)
Retroalimentação (feedback): o hipotálamo recebe estimulações químicas e nervosas
que podem aumentar ou diminuir a atividade do hipotálamo, nesse caso ele produz
um hormônio regulador específico para produzir o hormonio tireoestimulante, caindo
na corrente sanguínea e quando chega a tireoide, ela produz T3 e T4. Isso faz com
que ocorra um feedback negativo para produzir menos T3 e T4.
Quando está frio, o corpo produz mais T3 e T4, que aumentam o metabolismo, para
aumentar a temperatura corpórea. Em contrapartida, o calor reduz a atividade da
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tireóide, produzindo menos T3 e T4. Isso ocorre para o organismo produzir uma
quantidade ideal de hormônios. Isso ocorre para TODOS os hormônios.
A retroalimentação ocorre no próprio órgão, no espaço hipofisário ou no hipotálamo.
Além do EHH, ainda temos os hormônios que controlam a fisiologia do osso (PTH -
paratormônio -, da paratireoide; calcitonina, da tireoide; e vitamina D, por biossíntese
na pele), do pâncreas endócrino (insulina e glucagon no controle da glicemia), da
pineal (melatonina ciclo claro-escuro), do sistema digestório, etc.
Distúrbios do Cortisol
Síndrome de Cushing
Ocorre por excesso de hormônios cortisol, já por insuficiência ocorre a síndrome de
Addison.
O termo síndrome de Cushing é utilizado para descrever todas as causas de
hipercortisolismo, enquanto o termo doença de Cushing refere-se apenas aos casos
de síndrome de Cushing de origem hipofisária. Posteriormente descobriu-se que essa
patologia teria outras causas que não são hipofisárias.
Síndrome = conjunto de sintomas que são encontrados em várias pessoas com
aquelas patologias, mas nem em todas as pessoas encontrará um quadro
completamente igual. Vários sintomas podem estar vinculados naquela patologia,
mas não obrigatoriamente estará na pessoa que possui aquela síndrome.
A síndrome de Cushing consiste em uma constelação de anormalidades clínicas
causadas por concentrações cronicamente elevadas de cortisol ou corticoides
relacionados.
Os quadros de reações adversas dos corticoides podem causar os sintomas da
síndrome de Cushing, mas a síndrome de Cushing é somente quando são
CRONICAMENTE ELEVADAS ou USO CRÔNICO de corticoides!
O cortisol é produzido pelo ciclo circadiano ou por inflamações e também possui o
sistema de retroalimentação.
Giovanna Rêgo
O cortisol salivar é uma forma de avaliar o nível de estresse que a pessoa está
submetido.
Ciclo circadiano: entre 8 horas da manhã temos um pico de cortisol e pela meia noite
tem um vale (baixa) de cortisol.
Perto das 18 horas, na idade das pedras, o ser humano já se recolhia e dormia, ficando
12 horas sem se alimentar - jejum. O SNC é dependente de glicose para produzir ATP,
ficando 12 horas em jejum a quantidade de glicose seria reduzida, então tem que
impedir o uso de glicose sistemica, usar a neoglicogênese para produzir glicose a
partir de aminoácidos paranão parar o cérebro.
O cortisol fisiológico tem ação glicocorticoide (controle glicêmico matinal),
mineralocorticoide (similitude aldosterona), efeito imunossupressor, metabolismo de
cálcio (reduz absorção de cálcio, ele só vai ser absorvido se necessário), alterações de
humor, etc.
Concentrações aumentadas de cortisol são preocupantes para os tópicos acima.
O hipercortisolismo dependente de ACTH (maioria) acontece cerca de 80% dos casos
da sindrome de Cushing, destes, 15% apresentam tumor ectópico (fora do lugar -
tumor fora da hipófise produtor de ACTH fazendo com que o EHH esterja aumentado.
É um tumor benigno produtor de ACTH.
Giovanna Rêgo
Cushing encontrou um tumor na hipófise que produzia ACTH (hormônio
adrenocorticotrófico), aumentando o cortisol circulante - hipercortisolismo -
caracterizando a síndrome de Cushing.
O tumor ectópico é mais comum do que a doença de Cushing.
A hipófise para de funcionar? Sim, o aumento do cortisol faz uma retroalimentação da
hipófise fazendo com que ela pare de produzir hormônios. Exame: o hormônio do
hipotálamo que alimenta a hipófise estará baixo, mas o hormônio ACTH estará
aumentado.
Além do carcinoma pulmonar de pequenas células, as causas mais comuns de
tumores secretores de ACTH são os carcinóides brônquicos, tumores tímicos, tumor
de ilhotas pancreáticas, carcinoma medular de tireoide e feocromocitoma; sua
prevalência e as melhores modalidades para localização são apresentadas.
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