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HIPÓTESE PSICODIAGNÓSTICA DO CASO GENIE

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HIPÓTESE PSICODIAGNÓSTICA
Caso Genie
Breve relato do Caso Genie:
 
Em 1970, na cidade de Los Angeles, uma equipe de assistentes sociais
resgatou uma criança de um isolamento social que perdurou os dez
primeiros anos de sua vida. A criança ficou conhecida, na literatura
acadêmica, como “Genie” e foi alvo de uma série de intervenções que
trouxeram revelações importantes sobre o desenvolvimento humano.
Para aprofundar seus estudos acerca do caso Genie, assista o
documentário: <https://www.dailymotion.com/video/x62fbjq>
 
Hipótese Psicodiagnóstica 
 
Analisando o caso de Genie através da perspectiva proposta por Papalia,
Olds e Feldman no livro Desenvolvimento Humano, Genie passou do período
critico da aquisição da primeira língua, ale de ter sido privada do seu
desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial, esse fenômeno pode ter se
dado devido ao seu diagnóstico de retardo mental durante a infância, mas
também ao ambiente aversivo onde foi criada, em meio a tantas punições
que seu pai fazia e ao isolamento social que o próprio a submetia durante
a sua infância. Acreditamos que tanto a genética como o meio, bem como
as relações e interações entre ambos influenciaram o desenvolvimento de
Genie e o modo como se comportava. Ela apresentava todas aquelas
debilidades, devido ao fato de não ter qualquer contato com o mundo
exterior, e por não ter existido esse contato, não só não se desenvolveu
como um ser social como também não se desenvolveu como um ser
individual que apresenta características que lhe são únicas. (Papalia, Olds
e Feldman; 2013)
 
Larissa Santos Almeida - Graduanda do 8° Período de Psicologia
Hipótese Psicodiagnóstica 
 
Pensamos que ficou provado que existe mesmo uma idade de aprendizagem,
embora se consiga sempre melhorar alguma coisa, tal como Genie conseguiu,
mas não era suficiente para a idade que tinha. Talvez com muito mais tempo
Genie melhorasse as suas aptidões por que tudo aquilo era novo pra ela,
porem era muita informação de uma só vez para uma menina que mal sabia
onde estava. Muitos profissionais com a ambição de conquistar sua plenitude
na área das ciências acabou atrapalhando a reabilitação pessoal da
criança, pois alguns visavam o lado emocional e outros estimulavam seu
desenvolvimento linguístico, motor e neurais, não havendo um consenso nas
atribuições e nos testes aplicados em Genie. Para nós, todos esses fatores
são importantes por que estão em constante interação uns com os outros e
necessitamos de todos para viver. Achamos que os investigadores agiram de
forma incorreta com Genie, pois a usavam como um simples objeto para
concluírem os seus estudos e no final quem saiu prejudicado foi à menina,
pois passou por vários lares adotivos, onde foi novamente agredida e
negligenciada, sem poder criar grandes laços e toda aquela “pressão” junto
dela foi prejudicial para o seu desenvolvimento. Acreditamos que essa era a
principal causa de Genie ter grandes progressos e retrocessos durante o
seu tratamento. 
 
Ao longo dos anos, ocorreram evoluções no caso de Genie. Ao ser
encontrada em uma situação de vulnerabilidade, ela sabia falar poucas
palavras, se comportava como um bebê, não tinha controle motor, entre
outros aspectos. Após iniciar o tratamento, Genie progrediu principalmente
no que diz respeito à linguagem. Aos poucos os pesquisadores conseguiram
compreende-la, muito embora gramaticalmente ela utilizasse frases sem
sentido. Porém, quando ela volta a sofrer abusos, anos depois, ela regride
no seu desenvolvimento, retornando a um estado de silêncio. 
 
Estudos apontam que exista um período critico no desenvolvimento humano,
onde durante esse período de tempo, o individuo precise passar por
determinados eventos para que ocorra um desenvolvimento normal (Papalia,
Olds e Feldman; 2013). Ou seja, no caso de Genie, a sua infância, sendo um
período critico para o desenvolvimento de diversas habilidades como a
aquisição da linguagem, desenvolvimento motor, interações sociais, entre
outros, foi privada desse contato.
 
Genie aos poucos, foi criando um repertório próprio e único para conseguir
se comunicar com o mundo exterior, até então estranho a ela. A vida de
Genie foi privada de estímulos e fenômenos básicos para o seu
desenvolvimento, logo, tudo o que ela enxergar, ouvir, tocar, provar e
cheirar será novo, o mundo é um local novo para ela conhecer e se adaptar.
São novas sensações e percepções que ela deveria ter conhecido desde a
primeira infância. 
 
Hipótese Psicodiagnóstica 
 
Sendo assim, o primeiro passo para o tratamento seria a observação, onde
poderia compreender os limites da Genie para, dessa forma, conseguir
avançar aos poucos dentro dos limites dela e reforçando suas
potencialidades. Como profissionais, nosso papel seria mediar esse encontro
da Genie com o mundo, sem força-la com excesso de informações e estímulos.
Além disso, outro aspecto importante no tratamento, para melhor
desenvolver intervenções, é a pesquisa documental e bibliográfica de casos
que ocorreram ao longo da história da humanidade que tem semelhanças com
o caso da Genie.
Utilizar-se de testes psicológicos seria o mais viável, devido a sua
fidedignidade, validade e padronização, embora a escolha do teste deva ser
um passo importante considerando o desenvolvimento cognitivo da Genie.
Nós escolheríamos como testes psicológicos a Escala Wechsler de
Inteligência para Crianças – 4ª Edição (WISC-IV) e o Teste de Inteligência
não-verbal (TONI-3). Além disso, escolheríamos o Baralho das Emoções –
acessando a criança no trabalho clinico, um instrumento não privativo do
psicólogo que proporciona a criança conhecer e identificar emoções,
podendo servir como intervenção e psicoeducação. Um ponto importante diz
respeito ao uso favorável dos testes de acordo o Sistema de Avaliação de
Testes Psicológicos (SATEPSI), que no momento em que se fez essa pesquisa
ambos os instrumentos citados estão favoráveis de acordo o SATEPSI. 
 
REFERÊNCIAS 
PAPALIA, E. Diane; FELDMAN, Ruth, Duskin. Desenvolvimento Humano. 12ª ed. São Paulo: Mc
Graw Hill, 2013.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA - CFP Satepsi - Lista Dos Testes Aprovados. Disponível
em: < https://satepsi.cfp.org.br/testesFavoraveis.cfm.> Acesso em: 05/11/2020.

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