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AD1.3 TEORIA DAS FINANÇAS PÚBLICAS - Semana 3

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UNIVERSIDADE FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro 
de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Avaliação à distância – AD1 
Período – 2021.1 
 
Disciplina: Teoria das finanças públicas 
 Coordenador da Disciplina: José Luiz 
 
 Aluno: Katiane R Matrícula: 191131104 Polo: N. Iguaçu 
 
Disserte sobre o Estado, sua importância e o impacto das diferentes visões estudadas em 
sua forma de organização e atuação. Percebam que estamos tratando de, no mínimo, 
quatro correntes distintas e a discussão teórica a respeito delas e fundamental para a 
realização de um bom trabalho. Portanto, procurem confrontar as ideias e teorias dos 
autores com a prática de ação estatal. 
 
Na década de 1980 quando Deng Xiaoping, líder do Partido Comunista Chinês 
implementou uma série de reformas econômicas e políticas na China socialista, uma célebre 
frase ficou marcada na história como o grande paradigma dos Estados atuais “Não importa a 
cor do gato, contanto que ele cace o rato”, foi através deste pensamento buscando objetivos de 
crescimento econômico, não importando muito com os meios, ou seja, com a ideologia política, 
que o país se tornou uma grande potência e um dos que mais cresce atualmente, também 
conhecido como “um Estado, dois sistemas”. Apesar dos números de seu PIB muitos 
consideram que é impossível um país manter duas correntes contraditórias como política 
econômica, o fato é que nos últimos anos todas as principais correntes mostraram seus 
momentos de auge e de crise, e isso fez diluir o engessamento das correntes econômicas 
tornando-se em muitos casos híbridas, ora mais keynesiana, ora mais liberal, ora mais marxista 
e ora mais neoliberal, mas sempre com a indiscutível presença do Estado, sem este agente a 
sociedade global na qual conhecemos hoje não existiria e tampouco a produção do espaço, das 
grandes cidades, da organização produtiva e da 
Atualmente com o advento das multi e transnacionais, com a difusão de um capitalismo 
monopolista e com o avanço da globalização, questiona-se o enfraquecimento da soberania do 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro 
de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Estado perante o capital, onde muitos países tradicionalmente liberais impõem medidas para 
controle do território e outros historicamente centralizadores passam a abrir suas portas para 
comercialização global, ambos na tentativa de frear suas crises internas. Mas afinal, para onde 
caminham os Estados atuais? Como as correntes econômicas os organizam e como isso ainda 
impacta em sua administração e atuação nos dias de hoje? 
Para entendermos esse movimento é necessário pensar antes de tudo que as 
organizações sociais como o Estado são sempre derivados do momento histórico e 
produtos dos indivíduos e culturas locais, portanto, estão sujeitos às influências de sua época. 
Na era do metalismo ou capitalismo comercial, as teorias do liberalismo clássico proposto por 
Adam Smith no século XVIII pensavam o Estado como uma espécie de meio para garantia do 
desenvolvimento do capitalismo, era o Estado o encarregado de proteger a propriedade privada 
dos indivíduos, a vida, o livre mercado e às liberdades individuais, pressupostos esses baseados 
nas ideias iluministas de Voltaire (1694 - 1778). O contexto da época era de total aversão aos 
poderes despóticos das monarquias e a ascensão da classe burguesa que via na propriedade 
privada e na indústria a possibilidade de ascensão social sem a conquista de territórios como 
se pensava antes, a riqueza portanto poderia ser gerada pela indústria. Essa teoria serviu como 
base para a Revolução Industrial Inglesa que mais tarde veio a influenciar outros países, 
sobretudo os Europeus. Nesse período o papel do Estado era de intervenção mínima na 
economia, ficando esta a cargo da “mão invisível do mercado” ou como os franceses chamavam 
“Laissez faire, laissez aller, laissez passer” (“deixai fazer, deixai ir e deixai passar”), ou seja, 
um Estado sem interferência em taxas, nem subsídios, apenas com regulamentação suficiente 
para garantir os direitos à propriedade. Para isso fazia-se necessário a implementação de um 
estado democrático por direito, onde pessoas eram livres para consumir mercadorias, vender 
sua força de trabalho e possuíam direitos iguais. 
Esse regime democrático era essencial para enfraquecimento do mercantilismo e do 
protecionismo e garantia da acumulação de capitais. Todo trabalho humano era oriundo de 
interesses próprios em torno no lucro e da produção de mercadorias que em conjunto 
trabalhavam para o interesse em comum, embora para o autor essa motivação tivesse assentada 
no interesse privado. 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro 
de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
No entanto, na medida que a indústria alavancou, e que os mercantilistas se tornaram 
donos dos meios de produção, inclusive donos da força de trabalho, a busca pelo lucro ludibriou 
a garantia dos direitos sociais que cada vez mais eram negligenciados. O inchaço urbano 
provocado pela aglomeração de indústrias nas cidades e pela escassez no campo geraram 
grandes fluxos migratórios de êxodo rural, gerando nas cidades o que Marx denominava de 
exército industrial de reserva, onde a inserção de máquinas gerava o desemprego estrutural e 
um excedente crescente de trabalhadores, reduzindo, portanto, seus salários. Isso configurou 
em um sistema de grande exploração fabril, resultando em aumento de sindicatos e 
reivindicações trabalhistas. As péssimas condições de trabalho e a exploração moveram Karl 
Marx, filósofo e economista alemão, a contestar as ideias do liberalismo clássico sendo um dos 
grandes nomes do socialismo científico que veio a influenciar diversas revoluções no século 
XX. Para ele, o Estado neste sistema liberal, onde há um “contrato social” em que a sociedade 
abre mão de certas liberdades e paga impostos em prol de 
segurança, bens coletivos, justiça e legislação, estaria subjugado aos interesses das classes 
dominantes e serviria para a reprodução dessa divisão de classes favorecendo certos grupos em 
detrimento de outros. Essa ideia se contrapunha aos contratualistas como Thomas Hobbes que 
pensava que o Estado era quem determinava a organização da sociedade. Já Marx pensava o 
contrário, a composição da sociedade, em suas relações de classe, que determinavam a estrutura 
do Estado. Desse modo, o Estado seria uma forma de organização da burguesia para garantir 
seus interesses e a manutenção da propriedade privadas. 
Para ele, em uma sociedade coletivizada o Estado deveria deixar de existir e os meios 
de subsistência e produção seriam comuns a todos, resultando no comunismo. No entanto, para 
chegar a este estágio seria necessário a implementação de um Estado capturado pelo 
proletariado em que os meios de produção não estariam nas mãos de alguns indivíduos, mas 
sim do próprio Estado, isto é, uma economia planificada que resultaria em uma sociedade sem 
classes, sem propriedade privada, sem o fundamentalismo em torno do consumismoou da 
produção de mercadorias pela busca do lucro, a fim de mitigar os efeitos da desigualdade social, 
porém para ele isto só seria alcançado através da luta de classes. Outro pensador e jornalista, 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro 
de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Antonio Gramsci, afirmava que o Estado estaria capturado por uma superestrutura ideológica 
que fazia às pessoas aceitarem as normas sociais e as diversas formas de sujeição, influenciando 
inclusive na estrutura econômica. Para ele, os governos teriam vantagens sob às massas uma 
vez que seriam formados pela classe intelectual dominante, criando leis para benefício deste 
grupo hegemônico. Essas ideias disseminaram-se sobretudo no oriente, conseguindo espaço no 
leste europeu, no golfo da pérsia, na antiga União Soviética, no sudeste asiático como China e 
Coreia do Norte, além de Cuba que ficou eternizada como precursora do socialismo na 
América, contrapondo-se veementemente aos Estados Unidos, de viés liberal. Para Marx, a 
razão pela qual este sistema não vigorava encontrava-se na ideologia presente na subjetividade 
das relações sociais, desse modo, a classe do proletariado reproduzia as relações de exploração 
oriundas da burguesia, e ao tomar o Estado como nos países descritos, reproduziam o mesmo 
sistema de exploração, por isso tal sistema ficou 
conhecido como utópico. 
A URSS que anunciou o socialismo através da Revolução Russa, ocorrido 
paralelamente à Segunda Guerra Mundial, não foi capaz de segurar o sistema diante da 
arrancada do neoliberalismo de Milton Friedman no Reino Unido. Este sistema econômico 
passou a ter grande aceitação dos Estados após duas grandes crises do capitalismo no século 
XX, a de 1929 e a de 1970, a quebra da bolsa de valores de Nova York e a Crise do Petróleo 
respectivamente. A primeira causada pelo excedente produtivo do modelo industrial fordista e 
a segunda por conta de conflitos geopolíticos entre Irã e Iraque envolvendo EUA. Para mitigar 
tais crises, principalmente a primeira, o então presidente americano Franklin Roosevelt, que 
governou entre 1933 e 1937, influenciado pelas ideias do Welfare State, estado de bem-estar 
social, defendidas pelo economista britânico John Maynard Keynes, implementou programas 
como o New Deal injetando dinheiro público em grandes obras e criando assim empregos 
imediatos para atenuar a crise vivida pelo país na época. Para ele, se o Estado aguardasse o 
movimento autônomo do mercado para recuperar a economia, em pouco tempo todos estariam 
vivendo situação de miséria. Contrapondo-se ao laissez-faire, seu pensamento econômico era 
pautado 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
 
em investimentos públicos e níveis de consumo, em que o governo tinha a importância central 
de conceder linhas de crédito a baixo custo mantendo assim os investimentos privados, porém 
a longo prazo a medida gerou estagnação econômica, vultuosos déficits fiscais e recessão. 
Nesta mesma época, o austríaco Joseph Schumpeter pregava que a economia só sairia 
do estado de inércia e alavancaria caso surgisse alguma inovação como a inserção de uma nova 
mercadoria, a criação de um modelo de produção ou a 
comercialização de mercadorias, entre outros. 
O monetarismo ou neoliberalismo mostrava-se como uma medida sedutora em meados 
do século XX, em que se resgata-se o livre mercado, colocando como foco a política monetária, 
seus efeitos sob o preço das coisas, o controle da disponibilidade da moeda, a menor presença 
do Estado. Este modelo foi aplicado à rigor na Inglaterra no governo de Margaret Thatcher, nos 
EUA no governo de Ronald Reagan, no Chile no regime ditatorial de Pinochet, entre outros. 
Para ele, o Estado deveria atuar não só controlando os gastos (política fiscal), mas 
principalmente controlando a taxa de juros (política monetária), mantendo a inflação controlada 
e desse modo, gerando pouco impacto na produção. 
 
Referências: 
Bodart, Cristiano das Neves. Contraposições de Karl Marx às ideias contratualistas. 
cafecomsociologia. 2016. https://maisretorno.com/blog/termos/m/milton-friedman

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