Buscar

ESPAÇO-TEMPO DE EINSTEIN E A TEORIA CORPUSCULAR DE NEWTON

Prévia do material em texto

Influenciado pelo trabalho desenvolvido pelos gregos, o físico inglês Isaac Newton
(1642 – 1727) formulou um modelo para explicar a natureza da luz, conhecido hoje como
"a teoria da natureza corpuscular da luz". Este modelo sobre a luz consiste num fluxo de
partículas microscópicas que são emitidas por fontes luminosas. Sua teoria corpuscular
afirma que a luz se comporta como pequenas esferas, as quais colidem elasticamente com
uma superfície lisa, sendo refletida de modo que o ângulo de incidência fosse igual ao
ângulo de refração. Assim, segundo o fenômeno da reflexão, Newton considerava a luz
como sendo constituída por um conjunto de partículas que se refletem elasticamente
sobre uma superfície. Nesse contexto, dois conceitos importantes devem ser frisados:
 I. Aberração da luz. A diferença entre a posição real e a posição aparente da fonte
luminosa é chamada de aberração. O astrônomo James Bradley (1693-1762) descobriu a
existência desse fenômeno em 1728. A aberração depende da velocidade e não depende da
distância de uma estrela. 
 II. Dualidade onda-partícula. A dualidade onda-partícula consiste na capacidade de
entes físicos subatômicos de se comportarem ou terem propriedades tanto de partículas
como de ondas. No século XVII, Christiaan Huygens e Isaac Newton propuseram teorias
concorrentes para descrever a luz: a luz foi pensada tanto para consistir de ondas
(Huygens) ou de partículas (Newton). A partir do trabalho de Max Planck, Albert Einstein,
Louis de Broglie, Arthur Compton e muitos outros, a teoria científica atual sustenta que
todas as partículas também têm uma natureza de onda, e vice-versa. 
 Newton acreditava que a luz era formada por sete tipos de partículas e cada uma, de
tamanho diferente, referia-se a uma cor. A cor do objeto seria, assim, a reflexão de um
raio de luz (várias partículas), o qual era formado pela união das sete cores, em diferentes
proporções. Albert Einstein, usando a ideia de Max Planck (1858-1947), mostrou que a
energia de um feixe de luz era concentrada em pequenos pacotes de energia, denominados
fótons, que explicava o fenômeno da emissão fotoelétrica. Em sua famosa teoria da
relatividade, sugeria analisar os movimentos das partículas que apresentavam grandes
velocidades para as quais a mecânica Newtoniana não era válida. 
Espaço-Tempo de Einstein e a Teoria
Corpuscular de Newton 
O espaço é absoluto – o espaço é tridimensional, contínuo, estático, é infinito,
uniforme e isotrópico.
Newton introduziu dois postulados:
1.
 2. O tempo é absoluto – o tempo é unidimensional, contínuo, homogêneo e infinito. É
o receptáculo de eventos; o passar dos eventos não afeta o fluxo do tempo.
 
 Albert Einstein percebeu que, para questionar os princípios newtonianos de espaço
e tempo absolutos, impunham-se mudanças fundamentais no modo como o espaço e o
tempo eram entendidos. Suas investigações teóricas culminaram na teoria da
relatividade. A ideia de Einstein mostrava que essa clara distinção entre o discreto e o
contínuo – entre a partícula e o campo – poderia ser degenerada no mundo atômico. A
luz, que no mundo ondulatório é descrita por um campo, poderia também apresentar
propriedades de partícula. 
 Einstein escreveu que na propagação de um feixe de luz, oriundo de um ponto, a
energia será composta de um número finito de quanta de energia em pontos
localizados do espaço, os quais se movimentam sem se dividir, podendo apenas ser
absorvidos e gerados como um todo. A energia de um quantum de luz, ou fóton, é
proporcional à frequência de sua onda. Einstein demonstrou a força desse seu conceito
através do experimento conhecido como efeito fotoelétrico. Em 1905 Einstein publicou
seus três trabalhos revolucionários – efeito fotoelétrico; teoria do movimento
Browniano e a teoria da relatividade especial – que pôs um fim definitivo à Física
Clássica Newtoniana, redefinindo os conceitos de espaço e tempo dentro da Física
Moderna.

Continue navegando