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Vascularização do Sistema Nervoso Central Introdução • Metabolismo: O2 e glicose; • Parada da circulação: isquemia (diminuição de O2); - 5 a 10 segundos: com perda da consciência, principalmente pela falta de oxigênio; - 3 a 5 minutos: necrose; • Hierarquia das lesões: neocórtex (associação, primária e secundária) à paleocórtex (unco e giro parahipocampal) à arquicórtex (hipocampo) à sistema suprassegmentar (córtex cerebral e cerebelo) à sistema segmentar (tronco encefálico e medula espinal). A última região a ser afetada é o centro respiratório, de forma que, ocorre a perda gradativa das funções cerebrais, seguida por funções mesencefálicas (indivíduo em midríase), assim, atingindo ponte e bulbo, resultando em parada cardíaca e, por fim, respiratória; • Lesões vasculares: grandes danos ao SNC, de forma que, dificilmente lesões não deixam sequelas, estas que variam de acordo com a região que foi lesada; • Características dos vasos cerebrais: - Paredes finas (propensão a hemorragias); - Túnica interna mais espessa com mais fibras elásticas (proteção contra a onda sistólica responsável pela pulsação das artérias), com sua túnica muscular mais reduzida; - Estão localizados nos espaços perivasculares, principalmente no espaço subaracnóideo, repletos de líquor. Lesões com rompimento nos vasos do espaço subaracnóideo podem causar aumento da pressão intracraniana pelo aumento do volume no espaço do líquor ou, em casos de rompimentos vasos mais profundos, podem causar hemorragias e hematomas intradurais; - Tortuosas ao penetrarem no crânio; • Há poucas anastomoses entre artérias e arteríolas, assim, cada região é dependente da irrigação de uma determinada artéria; • Acidente vascular: - Hemorrágico: rompimento das artérias; - Isquêmico: obstrução arterial; • A resistência cerebrovascular depende: da pressão intracraniana, da condição da parede vascular, da viscosidade do sangue e do calibre dos vasos cerebrais; • O consumo de O2 varia entre as diversas regiões cerebrais, sendo que, ela é maior nas áreas com muitas sinapses, assim, ela é maior na substância cinzenta (= maior atividade metabólica) que na substância branca; • A atividade celular demanda um alto fluxo de O2 e causa a liberação de CO2, que aumenta o calibre vascular e o fluxo sanguíneo local em áreas cerebrais submetidas a maior solicitação funcional. Marianne Barone (15A) Disciplina – Prof. Marianne Barone (15A) Anatomia Descritiva II – Prof. Marco Antônio de Angelis Irrigação do encéfalo • A irrigação total do encéfalo é feita por ramos das artérias carótidas internas e vertebrais; • As artérias carótidas: - Lado esquerdo: ramo da aorta; - Lado direito: ramos do tronco braquiocefálico; • As artérias vertebrais, ramos da subclávias direita e esquerda, passam pelo forame do processo transverso de todas as vértebras cervicais; • Polígono de Willis: círculo arterial do cérebro. Ele forma o sistema de proteção em termos de irrigação sanguínea ao faltar sangue por algum dos sistemas carotídeo ou vertebral. → Artéria carótida interna: • É ramo da artéria carótida comum, que é bifurcada em artéria carótida interna e artéria carótida externa; • Ela é totalmente palpável na região anterolateral do pescoço; • Não emite ramos no pescoço, que é irrigado apenas pela artéria carótida externa; • Penetra no crânio pelo canal carótico. Ela atravessa o seio cavernoso, formando um sifão carótico, atravessando o canal carótico, perfurando a dura-máter e a aracnoide-máter, chegando, ao fim, no espaço subaracnóideo, onde será ramificada; • Sifão carótico: tem a função de diminuir a pressão do sangue, que tem um valor elevado ao sair da aorta, assim, sendo um sistema de proteção e evitando o rompimento de vasos; • Ramos: artérias cerebrais anteriores e médias. A artéria cerebral média é a própria continuação da artéria carótida interna, depois de todas as suas ramificações; • Outros ramos: - Artéria oftálmica: primeiro ramo da artéria carótida interna. Ela é responsável pela irrigação de todo o bulbo e penetra o canal oftálmico do crânio, junto com o nervo óptico; - Artérias comunicantes posteriores: são duas e fazem parte da formação do polígono de Willis. Elas estabelecem a comunicação entre cada artéria carótida interna com uma artéria cerebral posterior - Artéria corióidea anterior: penetra o corno inferior do ventrículo lateral e irriga os plexos corioides e parte da cápsula interna, núcleos da base e diencéfalo. → Artérias vertebrais: • Origem: artérias subclávias; • Possui uma tortuosidade ao penetrar o crânio, também com a função de diminuir a pressão sanguínea; • Seguem pelos forames do processo transverso das vértebras cervicais, sofrendo uma tortuosidade ao atravessar na vértebra Atlas e penetrando no crânio pelo forame magno, subindo pela parte basilar do occipital; • Ao nível da ponte, no sulco bulbo- pontino, as duas artérias vertebrais são unidas e formam a artéria basilar, que está no sulco basilar; • Irrigam a parte posterior do cerebelo, tronco encefálico, além da medula cervical e torácica; • A artéria basilar ascende pelo sulco basilar na ponte, emite ramos e é bifurcada em artérias cerebrais posteriores; • Ramos da artéria vertebral: - Artéria espinal anterior: saem da vertebral e seguem pela fissura mediana anterior, irrigando a medula espinal cervical e torácica; - Artérias cerebelares inferiores posteriores: ela segue para a parte posterior do cerebelo, irrigando sua porção inferior. Ela é ramificada, em 75% dos casos, nas artérias espinais posteriores (em 25% são originadas diretamente das artérias vertebrais); • Ramos da artéria basilar: - Artérias da ponte; - Artérias cerebelares inferiores anteriores: ela segue para a parte anterior do cerebelo, irrigando sua porção inferior. Ela dá um ramo chamado de artérias do labirinto, em 80% dos casos. Ela irriga o labirinto da orelha interna (órgãos vestibulococleares); - Artérias cerebelares superiores; • Bifurcação: artérias cerebrais posteriores, depois de todas as suas ramificações. Territórios de irrigação do tronco e do cerebelo: • Mesencéfalo: ramos da artéria cerebral posterior e ramos da artéria basilar; Ex: no colículo facial está o núcleo de Edinger- Westaphal. Caso tenha AVC na artéria cerebral posterior, resulta em midríase • Bulbo: artéria vertebral, artéria espinal anterior e artéria espinal posterior; • Ponte: artéria basilar, artérias pontinas e artéria cerebelar inferior anterior; • Cerebelo: artérias cerebelares anterior e posterior (inferior) e artéria cerebelar superior → Polígono de Willis: • Círculo arterial do cérebro; • Localizado na base do cérebro, ao redor da base do diencéfalo; • Une o sistema carotídeo interno ao vertebrobasilar; • Constituição: - Artéria comunicante anterior une as duas artérias cerebrais anteriores; - Artérias comunicantes posteriores (ramo da carótida interna) unem cada artéria carótida interna com uma artéria cerebral posterior (bifurcação da artéria basilar); • Outras: - Irrigação da hipófise, quiasma, trato e nervo óptico: artérias hipofisárias anterior e posterior; • Ele tem a função de proteção do encéfalo ao manter a irrigação em caso de interrupção de fluxo de uma das artérias ao causar o desvio do sangue para outra região, mantendo o fluxo e a consciência. → Artérias cerebrais: Artérias cerebrais anteriores: • Localização: face medial dos hemisférios cerebrais. Ela segue pela fissura longitudinal do cérebro e curva-se ao redor do corpo caloso, no sulco do corpo caloso. No ramo marginal do sulco do cíngulo ela entra realiza sua irrigação; • Irrigação: - Face medial dos lobos frontal e parietal (lóbulo paracentra: área primária motora e sensitiva da parte inferior do corpo);- Porção superior da face superolateral dos lobos frontal e parietal (lóbulo paracentral) - Porção medial da face inferior do lobo frontal (giros reto, bulbo e trato olfatório) • Lesão: paralisia dos membros inferiores, do lado oposto. Artérias cerebrais médias: • Elas percorrem todo o sulco lateral (sendo assim, é uma artéria bastante torturosa), irrigando o lobo da insula e, praticamente, todo o lobo frontal, lobo temporal e lobo parietal; • Localização: face superolateral dos hemisférios cerebrais; • Irrigação: - Porção lateral da face inferior do lobo frontal (giro frontal médio e giro frontal inferior – área de Broca); - Face superolateral dos lobos frontal (giro pré-central), parietal (giros pós- central) e temporal (giros temporais superior e médio); - Lobo insular; • Lesão: paralisia e perda de sensibilidade do corpo, com exceção do membro inferior, do lado oposto. Artérias cerebrais posteriores: • Localização: contornam o pedúnculo cerebral em direção ao lobo occipital; • Irrigação: - Lobo occipital: face lateral, superolateral e inferior; - Face inferior do lobo temporal; - Irriga o pré-cúneo, cúneo, giro occiptotemporal medial, giro parahipocampal e unco, giro occipitotemporal medial, giro temporal inferior, parte do lóbulo paracentral; • Ocorre a anastomose do ramo caloso da artéria cerebral anterior e da artéria cerebral posterior = circulação colateral; • Lesão: perda de visão = ocorre pela lesão da artéria do sulco calcarino. Ocorre subitamente, alterando, também, a olfação. Territórios de irrigação: • Os núcleos da base do cérebro são irrigados pelos ramos profundos das artérias; • Irrigação: - Núcleo caudado: é feita pela artéria cerebral anterior; - Núcleo lentiforme (globo pálido e putâmen): irrigado pela artéria cerebral média; - Tálamo: irrigado pela artéria cerebral posterior, mas, dependendo do corte, pode ser irrigado pelas artérias cerebrais anterior e posterior; - Plexo corióide: irrigado pela artéria coróidea anterior; • Ramos tálamoestriados: irrigam o tálamo e o núcleo lentiforme; • Artérias lenticuloestriadas: ramos da artéria cerebral anterior e da artéria cerebral média. Elas irrigam o núcleo lentiforme e o corpo estriado (núcleo caudadeo + putamen), ou seja, núcleos da base. A cápsula interna é irrigada pela artéria cerebral média; • A artéria cerebral posterior não participa da irrigação dos núcleos da base; • Artéria coroideia anterior: irriga plexo corióide, globo pálido, corpo amigdaloide, cápsula interna, unco. Trata-se de um ramo da artéria carótida interna. AVC’s • Podem ser hemorrágicos (rompimento do vaso) ou isquêmicos (área infartada pela falta de O2 causada pela obstrução de vasos); • Características: - Fraqueza ou adormecimento súbito em apenas um lado do corpo; - Dificuldade para falar ou compreender; - Dificuldade para deglutir, andar ou enxergar; - Tontura; - Perda de força muscular; - Cefaleia intensa; - Perda da coordenação motora; • Ocorre um aumento da pressão craniana pelo acúmulo de sangue no espaço subaracnóideo, que é o local em que são localizados os vasos que realizam a vascularização do sistema nervoso; • Hemorragia epidural: não é uma hemorragia cerebral. Ocorre no espaço entre o osso e a dura-máter, com um rompimento de artéria pelo traumatismo cranioencefálico, causando compressão cerebral. Ela ocorre pelo rompimento da artéria meníngea média, ramo da artéria carótida externa; • Hematoma subdural: ocorre a compressão do cérebro pelos ramos venosos e arteriais mais internos; • A cocaína é um vasoconstritor que pode resultar em lesões cerebrais pela alta constrição de vasos, com o uso constante; • Acidente vascular isquêmico: ocorre pelo deslocamento de trombos que chegam ao cérebro e causam a obstrução de vasos do cérebro. Meninges → Seios: • A dura-máter, no encéfalo, é formada por duas lâminas que, em certos pontos, formam dobras, chamadas de pregas da dura-máter: - Foice do cérebro: separa os dois hemisférios; - Foice do cerebelo: separa os dois hemisférios do cerebelo - Tentório do cerebelo: separa o cerebelo e o tronco encefálico dos hemisférios cerebrais; - Diafragma da sela: prega que separa a glândula hipófise, na fossa hipofisária, do hipotálamo; • Os seios venosos da dura-máter são os espaços entre as pregas, para onde são drenadas as veias; - Seio cavernoso: são os seios da região por onde saem a carótida, estando ao redor da sela turca; - Plexo basilar: estão na parte basilar do osso occipital, em contato com o tronco encefálico; - Seio petroso: estão na parte petrosa do osso temporal; - Seio reto: continuação da veia cerebral magna/veia de Galeno (profunda) e onde é desembocado o seio sagital inferior; - Seio occipital: localizado na foice do cerebelo; - Seios sagitais: superior (região superior da foice do cérebro) e inferior (região inferior da foice do cérebro). O seio sagital superior segue para a confluência dos seios e o seio sagital inferior termina no seio reto, no tentório do cerebelo. O seio reto termina na confluência dos seios; • Confluência dos seios: união dos seios sagital superior, seio reto e seio occipital. O sangue da confluência segue para o seio transverso, que se torna seio sigmoide que forma a veia jugular interna; - O seio transverso é formado pela confluência dos seios e pelo seio petroso superior (seio esfeno parietal à seio cavernoso à seio petroso superior); - Na veia jugular interna, além de desembocar o seio sigmóideo, ocorre, também, o encontro com o seio petroso inferior; • Trajeto do sangue nos seios venosos da dura-máter: → Espaço subaracnóideo: • Compreendido entra a pia-máter e aracnoide-máter; • Contém o líquido cerebrospinal (líquor); • Trata-se do espaço perivascular, ou seja, o local em que estão encontrados as artéreias cerebrais e seus ramos; • A aracnoide-máter forma granulações que penetram nos seios da dura-máter; • Leptomeninges: espaço entra as duas meninges aracnoide-máter e pia-máter; • Em certos pontos, as leptomeninges se afastam, formando espaços chamados de cisternas, que são dilatações do espaço subaracnóideo, onde há uma maior concentração de líquor; - Cisterna magna (cerebelobulbar posterior): local em que pode realizado punção, principalmente em recém-nascidos e crianças, para a retirada do líquor. Ela é a maior cisterna e a única acessível para a realização de punções, entre o Atlas e o osso occipital. → Circulação do líquor: • As granulações aracnoídeas são responsáveis pela absorção do líquor do espaço subaracnóideo; • O líquor é formado pelo plexo corioideo nos ventrículos laterais, III ventrículo e IV ventrículo; Seio sagital superior Seio occipital Confluência dos seios Seio sagital inferior Seio reto Seio transverso Seio sigmóideo Veia jugular interna Seio petroso inferior Seio petroso superior Seio cavernoso Seio esfenoparietal • 4 cavidades cheias de líquor: - Ventrículos laterais: se comunicam com o III ventrículo pelo forame intraventricular; - III ventrículo: o líquor é drenado para o IV ventrículo pelo aqueduto do mesencéfalo; - IV ventrículo: entre o bulbo e a ponte, com o cerebelo como teto. O líquor sai dele pelas aberturas laterais e mediana, seguindo para o espaço subaracnóideo, circula pela medula espinal e retorna para o encéfalo, circulando e, ao fim, é reabsorvido pelas granulações aracnoídeas; • Plexo corióideo: conjunto células ependimárias da Glia e microvasos, localizadas nos ventrículos laterais, III e IV ventrículo. O plexo corióideo pode, também, reabsorver o líquor; • O líquor equivale cerca de 150ml (no espaço subaracnoídeo ventrículos) e é totalmente dinâmico, sendo produzido e reabsorvido pelas granulaçõese pelo plexo corióideo; • Função do líquor: - Proteção mecânica, amenizando traumatismos; - Proteção biológica (barreira hematoemicólica, em que o líquor não permite que os vasos deixem certas substâncias serem depositadas nos espaços); • Granulações: são invaginações da aracnoide-máter que drenam o líquor diretamente para o sangue. Elas são localizadas, principalmente, no interior do seio sagital superior; • Hidrocefalia: aumento da produção do líquor ou diminuição da drenagem. Drenagem venosa do encéfalo • Generalidades: - As veias drenam para os seios da dura- máter e destes para as veias jugulares internas; - Possuem parede mais fina em relação à de outras veias do corpo; • Fatores que auxiliam a circulação venosa: - Aspiração da cavidade torácica na inspiração; - Força da gravidade; - Pulsação das artérias (1 veia = 1 artéria); • Classificação: sistema venoso superficial e sistema venoso profundo. → Sistema venoso superficial: • O sistema superficial drena o córtex e a substância branca adjacente, através das: - Veias cerebrais superiores: superfície do encéfalo (face medial e metade superior da face dorsolateral de cada hemisfério e sua face inferior); - Veias cerebrais inferiores: base do encéfalo (metade inferior da face dorsolateral de cada hemisfério e sua face inferior); - Veias cerebral superficial média: veia anastomótica superior e veia anastomótica inferior; • As veias superiores drenam para o seio sagital superior e as veias inferiores para os seios da base do crânio. → Sistema venoso profundo: • A veia principal é a veia cerebral magna (veia de galeno), formada pela confluência das veias cerebrais internas e mais profundas, além do tronco encefálico; • Elas drenam o sangue de regiões profundas do cérebro como corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e centro branco medular do cérebro; • Ela é drenada para o seio reto, que, por fim, drena para a confluência dos seios. Irrigação da medula espinal • A medula é irrigada pelas artérias espinais anterior e posteriores e pelas artérias radiculares (que penetram na medula com as raízes dos nervos espinais nos forames intervertebrais); • A artéria espinal anterior é um tronco único formado por ramos das duas artérias vertebrais, seguindo ao longo da medula pela fissura mediana anterior. Ela irriga as colunas e funículos anterior e lateral; • As artérias espinais posteriores direita e esquerda são ramos das artérias vertebrais correspondentes. Elas são dirigidas dorsalmente, contornando o bulbo, percorrendo longitudinalmente a medula e, medialmente, os filamentos radiculares das raízes dorsais dos nervos espinhais. Elas podem ser ramo direto da artéria vertebral ou indireto (ramo das artérias cerebelares inferiores posteriores); • Artérias radiculares: ramos espinais das artérias do pescoço e do tronco (artérias cervicais ascendentes, intercostais, lombares e sacrais); - Anteriores: anastomose com a artéria espinal anterior; - Posteriores: anastomoses com as artérias espinais posteriores; • A medula torácica é irrigada pelas artérias intercostais posteriores e pelas artérias medulares segmentares anteriores e posteriores; • Artérias lombares: são ramos da aorta e elas irrigam a medula na região lombar • A região sacral é irrigada pelas artérias sacrais. Barreiras encefálicas • São importantes por impedirem aa passagem de substância de um lugar para o outro, no caso, para o líquor ou tecido nervoso; • Barreira hematoencefálica: impede a passagem de certas substâncias do sangue para o tecido nervoso; • Barreira hematoliquórica: impede a passagem de certas substâncias do sangue para o líquor; • Nem sempre impedem totalmente a passagem de substâncias, sendo seletivas; • Impedem a passagem de agentes tóxicos (como venenos, toxinas, bilirrubina, adrenalina etc) e neurotransmissores para o sistema nervoso central; • Ela permite a passagem de substâncias essenciais para o mecanismo do tecido nervoso, como glicose e aminoácidos; • Variação de permeabilidade: - Mais permeável no feto e no recém- nascido; - Fluxo sanguíneo e necessidades metabólicas; • Ausência de barreiras: ocorre nos chamados órgãos circunventriculares. Trata-se da glândula pineal, neuro- hipófise, área postrema, órgão subfornicial, órgão vascular da lâmina terminal e emininência mediana. Eles possuem vasos permeáveis, com fenestrações, e, geralmente, estão relacionados com a secreção de hormônios ou podem ser receptores de sinais químicos do sangue. → Barreira hematencefálica: • Formada pelo endotélio dos capilares encefálicos, em que as células endoteliais são unidas por junções oclusivas • Além disso, há a ausência de fenestrações pelos pés dos astrócitos, que tampam as saídas de substâncias não selecionadas, e são raras as vesículas pinocitóticas, diminuindo a saída de substâncias pelo processo de pinocitose; • Ela impede a passagem de grandes substâncias e microrganismos, diminuindo as infecções; • Presente no espaço perivascular/ subaracnóideo. → Barreira hematoliquórica: • Ela é encontrada nos plexos corioides; • Não há a participação dos capilares, que permitem a passagem de substâncias, porém, elas são barradas na superfície do epitélio ependimário, voltada para a cavidade ventricular; • O epitélio ependimário que reveste os plexos corioides é o único que possui junções oclusivas que unem as células e impedem a passagem de macromoléculas. *OBS: existem vasos linfáticos que acompanham os seios venosos, fazendo parte da barreira hematencefálica. Assim, tem por função a proteção.
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