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AULA 1 GESTÃO DA PRODUÇÃO Profª Janaina Padilha 2 TEMA 1 – GESTÃO DA PRODUÇÃO – DEFINIÇÃO Para definirmos melhor os termos gestão e administração, seria necessário abordarmos as mais diversas teorias das organizações e administração que possam existir. Porém, esse é um assunto muito amplo e que não comporta nesta disciplina, já que nosso foco é produção, mas também não podemos deixar de passar pelo conceito de alguns autores. Chiavenato (2000, p. 7) descreve que: A tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada à situação. Para administrar, é necessário fazer planejamento, definir estratégias e desdobrá-las em metas, buscar informações sobre o ambiente em que está inserido, conseguir o apoio das pessoas e controlar recursos. Silva (2013, p. 6) defende que há uma distinção entre os conceitos de administração e gerenciamento, sendo o primeiro responsável pelo estabelecimento de metas e políticas organizacionais e o segundo responsável pela execução, cumprimento e acompanhamento dessas metas e políticas. No entanto, podemos verificar que os dois termos são usualmente aplicados como sinônimos nas literaturas sobre administração. O tema gestão da produção é formado por um grande conjunto de assuntos que somente em uma disciplina não seria possível abrange-lo, sendo assim, vamos estudar o tema sob a ótica das principais atividades que devem estar alinhadas para que seja possível fazer uma gestão eficiente. A gestão da produção envolve atividades de gerenciamento coordenada dos recursos, alinhada com as atividades de marketing e desenvolvimento de produto (engenharia) para produção de produtos ou serviços de uma organização, devendo aliar sempre a qualidade a custos menores. O termo gestão tem um sentido um pouco mais amplo, pois não é tão operacional como o gerenciamento, mas também não tão ampla quanto a administração, no entanto é uma especialização do gerenciamento e da administração. Peinado e Graeml (2007, p. 39) defendem que, independentemente do tipo de organização, seja ela industrial ou de serviços, existem as atividades de 3 produção e, portanto, precisam ser administradas. A atividade de produção será melhor explanada no Tema 2. Podemos conceituar o termo organização como um “arranjo sistêmico de duas ou mais pessoas que cumprem papéis formais e compartilham propósito comum” (Robbins, 2005, p. 31), ou ainda como "duas ou mais pessoas trabalhando juntas cooperativamente dentro de limites identificáveis, para alcançar um objetivo ou meta comum” (Silva, 2013, p. 40). Nessas organizações encontramos várias atividades que são necessárias para o seu funcionamento entre as quais podemos citar: marketing, gestão de pessoas, financeira, compras, engenharia, logística e produção. Atualmente com a mudança no comportamento do mercado, há de se pensar também em gerir com sustentabilidade. Para o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, sustentabilidade “é a atividade econômica orientada para a geração de valor econômico-financeiro, ético, social e ambiental, cujos resultados são compartilhados com os públicos afetados”. Dessa forma, esse gerenciamento e todas as atividades envolvidas devem considerar além do resultado econômico, a legislação, requisitos regulamentares aplicáveis, preservação de meio ambiente, comunidade, trabalhadores e fornecedores. Caso você queira explorar um pouco mais sobre o tema Sustentabilidade, será enriquecedor uma visita ao site do Instituto Ethos: <https://www.ethos.org.br/>. 1.1 Tipos de Organização O IBGE classifica as organizações por suas atividades econômicas (CNAE), portanto, podemos considerar que as organizações estão distribuídas em três setores principais: Setor primário: organizações vinculadas à agricultura, pecuária e extrativismo (mineral, vegetal e animal), acabam sendo fornecedoras de matéria-prima para indústrias. 4 Figura 1 – Extrativismo vegetal Créditos: Thiago Mansur/Shutterstock. Setor secundário: organizações que atuam no sistema industrial (manufatura) e que processam a produção do setor primário, agregando valor por meio de tecnologia, transformando-as em bens de consumo, geração de energia, máquinas e equipamentos. Figura 2 – Geração de energia Créditos: Space-kraft/Shutterstock. Setor terciário: organizações voltadas para serviços. No setor terciário ocorre a comercialização de bens materiais e imateriais que são produzidos nos dois primeiros setores ou prestação de serviços direto ao consumidor. A exemplo temos: educação, saúde, transportes, limpeza, telecomunicações, supermercados, restaurantes etc. 5 Figura 3 – Serviços de saúde Créditos: Gorodenkoff/Shutterstock Saiba mais Classificação Nacional de Atividades Econômicas: <https://cnae.ibge.gov.br/estrutura/atividades-economicas-estrutura/cnae>. Acesso em: 21 dez. 2019. 1.2 Gestor da Produção Certa vez, durante um trabalho de consultoria, ouvi a seguinte pergunta: que outras competências são necessárias para um gestor de produção, além do conhecimento do segmento em que atua e habilidade com máquinas e equipamentos? Imediatamente respondi: tão importante quanto essas duas competências, ele precisa conseguir trabalhar em sinergia com outras áreas, pois toda organização é um sistema composto por diversas partes e todas devem funcionar efetivamente e em sincronia, para que o objetivo final da empresa enquanto negócio seja atendido. Obviamente que se faz necessário outras competências tais como visão estratégica, liderança, gerenciamento de equipes, raciocínio lógico, negociação, visão sistêmica etc. O sucesso de uma organização tem laços estreitos com a produtividade e qualidade, tanto dos seus processos como dos seus produtos/serviços. Para que um serviço seja prestado ou um bem produzido, é necessário o emprego de recursos, seja material, mão de obra, intelectual, tecnologia etc. Nesse momento, o papel do gestor é fundamental para que os recursos sejam utilizados adequadamente sem desperdícios e os resultados sejam satisfatórios. Nesta função cabe a responsabilidade de dar suporte para o objetivo do negócio e 6 sucesso a longo prazo e tudo isso só é possível por meio da otimização, garantindo qualidade, a flexibilidade, velocidade, confiabilidade e o custo do que foi produzido. Podemos observar que a área “gestão da produção” é muito vasta, já que temos organizações dos mais variados segmentos. Sendo assim, independentemente de ser manufatura ou serviços, é necessário desenvolver competências com base em habilidades, educação e treinamentos específicos para o segmento almejado. TEMA 2 – PRODUÇÃO Como mencionado no Tema 1, independentemente do tipo de organização, seja ela produto ou serviços, sempre haverá a função produção, pois cabe a essa atividade a responsabilidade da produção e entrega de bens e serviços, por meio da transformação de insumos e alto valor agregado. Quando pensamos em produção, a primeira imagem que nos vem à mente são linhas de produção, operadores de máquinas, robôs etc. Porém, como o termo produção ganhou uma abrangência maior, se estendendo à qualquer tipo de organização, podemos encontrar na literatura esse termo como “operações” Peinado e Graeml (2007, p. 49). Na tabela a seguir, há um exemplo de como podemos encontrar a função produção/operação em diferentes tipos de organização: Tabela 1 – Exemplo de como podemos encontrar a função produção/operação em diferentes tipos de organização Vigilância Patrimonial Clínica de Estética Fundição de peças em alumínio Injeçãode peças Plásticas Elaborar o plano de segurança, definir matérias que deverão ser disponibilizados nos postos de serviços (armas, coletes balísticos, Escalas de médicos e enfermeiros, gerenciamento de salas medicamentos e materiais em geral, realização dos Abastecimento do forno, controle da temperatura do forno, controle de moldes, soldagem, acabamento, controle de qualidade. Set-up e abastecimento de máquinas, controle de qualidade, gerenciamento de turnos, PCP. 7 meio de comunicação), fazer controles de reciclagem dos vigilantes, registro das armas e cobertura de postos. procedimentos, controle de licenças da vigilância sanitária. Fonte: Adaptada de Slack et al., 2009. TEMA 3 – MODELO DE TRANSFORMAÇÃO Para que haja a oferta de bens e serviços, sob o ponto de vista operacional, se faz necessário a disponibilização de recursos transformados e recursos transformadores (Peinado; Graeml, 2007, p. 52). Complementarmente (Slack; Chambers; Johnston, 2009, p. 26), “todas as operações produtivas podem ser modeladas como processos de input-transformação-output”. Portanto, cabe à gestão da produção fazer o gerenciamento adequado desses recursos para que eles estejam sempre disponíveis no momento, na quantidade e no local adequado. Figura 4 – Todas as operações são processos de input – transformação – output Recursos Transformados Materiais Informação Clientes Recursos de Input Recursos de Transformação Instalações físicas Funcionários Processo de Transformação Recursos de Output Cliente 8 Fonte: Slack et al., 2009. 3.1 Entradas (Input) É unânime entre os autores que abordam o tema produção que independentemente do tipo de produto ou serviços, usamos entradas para transformação. Conforme Slack, Chambers e Johnston (2009, p. 26), as organizações tanto podem produzir produtos ou serviços como também uma combinação dos dois, mas qualquer um deles utilizará entradas que possuem recursos transformadores que agem sobre aqueles que serão transformados, mas que não passam por transformação no processo produtivo, podendo ser agrupados em instalações, mão de obra e recursos transformados que são entradas que sofreram ação dos recursos transformadores por meio de um processo de produção e podem ser agrupados em informações e matéria-prima. 3.2 Transformação Nesta fase ocorre a transformação dos recursos em bens e serviços, é quando ocorre a mudança. Peinado e Graeml (2007, p. 53) classificam o processo de transformação em: Processamento de materiais: é a transformação/alteração de suas propriedades físicas (composição, forma ou características) sua localização (entregas de encomendas), sua acomodação ou estocagem (armazéns) ou sua posse (vendas no varejo). O processamento de materiais ocorre nas organizações do tipo manufatura, empresas de mineração, varejo, armazéns, transportadoras etc.; Processamento de informação: transforma as propriedades informativas, ou seja, a forma da informação, a sua posse (por exemplo, a venda dos resultados de uma pesquisa de mercado), sua localização (telecomunicações) ou sua estocagem (por exemplo, os arquivos de uma biblioteca). Podemos usar como exemplo para esse tipo de processamento o trabalho feito por contadores, advogados, bancos, empresas de pesquisa e marketing, analistas financeiros, empresa de telecomunicações etc.; Processamento de consumidores: transforma suas propriedades físicas (SPA clínica de estética, cabeleireiro). Acomodação dos consumidores 9 (hotéis, pousadas, pensões), mudarem sua localização (serviços de transportes), alterar também seu estado fisiológico (hospitais e restaurantes) ou ainda podem alterar seu estado psicológico (serviços de entretenimento, cinemas, parques, teatros, rádio). 3.4 Saídas (Output) Como saídas do processo produtivo, podemos citar o produto pronto para uso, não obrigatoriamente o produto que será usado pelo consumidor final, já que nosso produto pode ser partes de outro. Ainda, eventualmente um subproduto que pode ser comercializável ou não. 3.5 Os quatro V’s da Produção Em seu livro Administração da Produção, Slack et AL (2009, p. 16) afirmam que mesmo o fluxo do processo produtivo entre operações e serviços sejam similares, quando se trata da transformação dos recursos, existem alguns aspectos particularmente importante em que elas diferem: Volume de output: aqui podemos notar uma relação volume X custo. Quanto mais sistematizado e especializado menor o custo unitário e vice- versa; Variedade de output: variedade maior, custo maior, porém, há uma flexibilidade para se adequar a necessidade de cada cliente; Variação de demanda de output: variação alta, maior flexibilidade e maior o custo unitário, pois há a necessidade de se antecipar a essas variações. Variação de demanda baixa resulta em sistematização, especialização e estabilidade da organização e, consequentemente, em menor custo; Visibilidade (contato) que os consumidores possuem da produção do output: quanto maior o contato com o cliente, maior o custo unitário, já que serão necessários funcionários com habilidade interpessoal, variedade maior e o tempo de espera é limitado. Menor visibilidade permite padronização e centralização das operações, levando a um custo menor. 10 TEMA 4 – A GLOBALIZAÇÃO E O IMPACTO NAS ORGANIZAÇÕES Nas últimas décadas, temos ouvido falar muito em globalização, no entanto, conseguimos extrair dados expressivos da influência desse advento a partir da década de 90, com a queda das fronteiras mercadológicas e a alta da revolução tecnológica aliada ao grande alcance das telecomunicações. Alguns conceitos precisam ser esclarecidos para que não haja confusão com os termos “globalização”, “internacionalização” e “atuação multinacional”. Minadeo (2001, p. 5) conceitua os termos da seguinte maneira: Internacionalização: quando a empresa inicia negociações além das fronteiras do seu país, podendo exportar ou importar tecnologia, matéria prima etc.; Atuação multinacional: quando uma organização mantém instalações de suas plantas e canais de distribuição em diversos países; Globalização: por meio da integração dos mercados é possível produzir produtos com componentes fabricados em outras partes do mundo, objetivando atingir o mercado global. A globalização gerou grandes transformações nas empresas, praticamente exigindo um novo modelo na forma de organização, investimento em tecnologia, capacitação e mudanças na maneira de gerir o negócio, pois havia a necessidade de se adequar aos novos padrões e exigência do novo modelo. Os gestores deveriam ter um olhar para além dos seus portões, gerando uma busca incansável pela eficácia e eficiência, já que a concorrência se tornou maior. Mariano et al (2014, p. 366) argumenta que a globalização cria laços de interdependência e interação entre as nações que, apesar de distintas, fluem simultaneamente para os mesmos objetivos e interesses. Penso que essa interdependência e interação é um dos resultados do impacto do alcance da comunicação e da nova forma de gestão, já que decisões e acontecimentos podem ter uma interferência a nível mundial. Um exemplo muito recente dessa interferência ficou bem claro na 74º Assembleia Geral da ONU, onde outros países discursaram em torno do problema da preservação da Amazônia, sendo assim, podemos ver que a globalização tem impacto em diversos setores como economia, meio ambiente, social, educação, saúde, entre outras. 11 Saiba mais O artigo “O Impacto da Globalização sobre as Organizações Brasileira”, disponível no link a seguir, nos passa uma visão geral dos impactos que vão além da economia, entrando também na esfera sociale cultural. Sugiro a leitura desse artigo, já que o fator social e cultural tem influência na forma de organização das empresas. MARIANO, A. M. et al. O Impacto da Globalização sobre as Organizações Brasileira. Rev. G&S [Internet]. 19 dez. 2014, v. 4, n. 3, pp. 3657-3675. Disponível em: <http://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/2509>. Acesso em: 21 dez. 2019. TEMA 5 – ESTRATÉGIA Considerando o que já foi abordado anteriormente, tais como a necessidade de recursos, influencias sofrida pela globalização, competência do gestor, objetivos da organização etc., percebemos que não há como fazer gestão sem estratégia e planejamento, pois os caminhos a percorrer são cheios de perigos e riscos, portanto, é primordial tentar diminuir as incertezas por meio de ações que reduzam os impactos negativos que possam ocorrer ou potencializar os efeitos positivos. “Estratégia diz respeito a posicionar uma organização para obtenção de vantagem competitiva, envolve a escolha dos setores em que irá participar, quais serviços e produtos que irá oferecer e alocação dos recursos corporativos” (Kluyver; Pearce, 2010, p. 2). A partir desse conceito podemos ter uma base para a concepção do quão importante é definir a estratégia, seu planejamento e desdobramento para que seja possível crescer com competitividade, com riscos minimizados e inovação. Uma vez definidos os objetivos da organização e o papel de cada processo em relação a eles, chegou a vez da produção definir seus próprios objetivos e traçar qual caminho seguir e como seguir, ou seja, definir a estratégia da produção. 5.1 Estratégia de Produção Para Tubino (2007, p. 39), a estratégia de produção deve ser pautada em um conjunto de políticas e dar suporte as demais estratégias da empresa para 12 que, assim, seja possível atender as estratégias e os objetivos do negócio. Portanto, podemos afirmar que a função produção agrega e fornece os meios para competitividade de longo prazo por meio da entrega aos consumidores, pela transformação das decisões estratégicas em realidade operacional e desenvolvimento de capacitações para implementar, apoiar e impulsionar as estratégias da produção. Slack et.al (2009, p. 61) defendem que a estratégia da produção deve ser considerada sob as seguintes perspectivas, conjuntamente: A estratégia da produção é um reflexo "de cima para baixo" (top-down) do que o grupo ou negócio todo deseja fazer; A estratégia da produção é uma atividade "de baixo para cima" (bottom- up), em que as melhorias da produção cumulativamente constroem a estratégia; A estratégia da produção envolve a tradução dos requisitos do mercado em decisões da produção; A estratégia da produção envolve a exploração das capacidades dos recursos da produção em mercados eleitos. No entanto, para que a estratégia seja implementada, é necessário definir critérios de desempenho, afinal, precisamos monitorar se estamos atendendo os objetivos propostos. 5.2 Objetivos da Produção Promover mudanças é uma forma de empreendedorismo e independente da habilidade do gestor, nenhuma estratégia será bem-sucedida se não for monitorada e readequada quando necessário. Um bom sistema de medição permite uma visualização prática do resultado em que a empresa se encontra em direção aos seus objetivos e a oportunidade de readequar ou rever ações. O objetivo maior da produção é dar suporte para o atendimento da estratégia e objetivo do negócio, considerando os processos, os recursos, as políticas, os requisitos e outras áreas da organização. No entanto, devemos estabelecer prioridades do que deve ser medido e monitorado, esse seria nosso ponto de partida para a implementação da estratégia formulada. Para Corrêa e Corrêa (2006, p. 27), a medição de desempenho pode ser definida como “o processo de quantificação da eficiência e da eficácia das ações 13 tomadas por uma operação”, ou como “medidas usadas para quantificar a eficiência e a eficácia de ações”. Estes autores ainda afirmam que devem ser simples de entender e utilizar, relevante, objetivo e não apenas opinativo, claramente definido, com impacto visual e que permita prover feedback. Gargia (2008, p. 19) ainda define que se deve considerar a eficiência, eficácia e a efetividade ao criar indicadores, sendo o significado para esses três conceitos descritos abaixo: Eficiência: é a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os custos dos insumos empregados em um determinado período de tempo; Eficácia: é o grau de alcance das metas programadas em um determinado período de tempo, independente dos custos implicados; Efetividade: é a relação entre os resultados alcançados e os objetivos que motivaram a atuação institucional. Em outras palavras, é a relação entre os impactos reais observados na população e os impactos que seriam esperados decorrente da ação institucional; Tratando-se de produção, há de se considerar vários aspectos a serem medidos e monitorados, porém, não há um acordo universal quanto aos critérios obrigatórios que devem ser considerados, todavia, diferentes autores compartilham de cinco objetivos: Qualidade: atender as especificações técnicas e do cliente, fazer certo o processo, superar a concorrência. Esse critério tem influência em outros dois, já que aumenta a confiabilidade e reduz custos; Rapidez: velocidade nas operações internas. Com um lead time reduzido conseguimos diminuir estoques e riscos; Confiabilidade: atender aos prazos definidos e acordados com o cliente, assim como atender num prazo menor que a concorrência; Flexibilidade: tempo de reação a eventos inesperados. A capacidade de promover mudanças em produtos/serviços, processos, volume, entrega etc.; Custo: refere-se aos recursos alocados para produzir o produto/serviços. Quanto menos recursos alocados, menor pode ser o preço para o cliente. Uma maneira de se medir pode ser pela produtividade. 14 Com as mudanças ocorridas nos últimos anos, mais um indicador passou a fazer parte dos mais relevantes para a empresa: Ético/Social: significa atender os demais critérios, sendo ético nos negócios e respeitando a sociedade. O grande desafio é coletar e relatar as informações relevantes de forma precisa e no momento oportuno. Ainda, usar as análises dessas informações para melhorar processos, produtos e o negócio de forma geral. 15 REFERÊNCIAS CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. CORRÊA, H.; CORRÊA, C. Administração de produção e operações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. GARCIA, R. L. M. Eficiência em órgãos públicos: uma proposta de indicadores. Disponível em: <https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/3298>. Acesso em: 20 dez. 2019. IBGE. Classificação Nacional de Atividades Econômicas: Disponível em: <https://cnae.ibge.gov.br/estrutura/atividades-economicas-estrutura/cnae>. Acesso em: 20 dez. 2019. INSTITUTO ETHOS. Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsaveis. Disponivel em: https://www.ethos.org.br/conteudo/indicadores/#.XW_hgyhKjIU>. Acesso em: 20 dez. 2019. MARIANO, A. M. et al. Impactos da Globalização nas Organizações Brasileiras. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, Brasília, v. 4, n. 3, dez. 2014, p. 3657-75. Disponível em: <http://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/2509/2235>. Acesso em: 20 dez. 2019. MINADEO, R. Marketing internacional: conceitos e casos. Rio de Janeiro: Thex, 2001. PEINADO, J.; GRAEML, A. R. Administração da produção: operações industriais e de serviços. 1. ed. Curitiba: UnicenP, 2007. ROBBINS, S. P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2005. SILVA, R. O. da. Teorias da administração. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2013 KLUYVER, C. A. de; II, John A. Pearce. Estratégia: UmaVisão Executiva. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2010. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração de Produção. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 16 TUBINO, D. F. Planejamento e controle da produção: teoria e prática. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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