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Victoria Moffati T71 SISTEMA CIRCULATÓRIO Objetivos: conhecer componentes; localização e posição; morfologia externa e interna; vasos sanguíneos que irrigam e drenam o coração; histologia do sistema e estruturas histológicas. Anatomia O ser humano é um indivíduo multicelular cujas células necessitam de um sistema altamente especializado para obtenção de nutrientes e O2 e eliminação de materiais tóxicos como o CO2 e resíduos metabólicos: o sistema circulatório. COMPONETES Coração, vasos sanguíneos e sangue, e sistema linfático. CORAÇÃO Pesa em média 300g, tamanho de uma mão fechada a partir do punho. É a bomba transportadora que mantem o sangue circulando pelos vasos sanguíneos. Está localizado no meio do peito, no tórax, precisamente, na região entre os dois pulmões e sobre o músculo diafragma, sendo denominada de mediastino médio, tendo posteriormente o esterno e, anteriormente, a coluna vertebral, além disso, possui uma área cardíaca que abrange as 3ª, 4ª e 5ª costelas. Possui uma parte mais larga denominada base, mais para o plano mediano, composta em sua maior parte pelo átrio esquerdo e, outra mais fina e pontiaguda que é o ápice, afastado mais ou menos 9cm do plano mediano, que vai para a esquerda, composta pela parte ínfero- lateral do ventrículo esquerdo (ou seja, centro esquerda). Além do coração, na região do mediastino médio há o pericárdio, as raízes dos grandes vasos e a entrada dos brônquios principais nos pulmões. Victoria Moffati T71 O coração apresenta três faces (“vistas”): face esternocostal (anterior), face diafragmática (de baixo, apoiada sobre o músculo diafragma) e a face pulmonar (dos lados, onde estão os pulmões). COMPOSIÇÃO O coração é envolvido por uma membrana fibrosserosa (“um saco”), o pericárdio. É constituído por duas lâminas: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. O pericárdio fibroso é ligado à parte central do diafragma por uma ligação chamada ligamento pericardiofrênico e sua função é impedir a superdistensão do coração. E a lâmina interna imediata a ele é a lâmina parietal do pericárdio seroso (reveste internamente o pericárdio fibroso). E, revestindo intimamente o coração há a lâmina visceral do pericárdio seroso ou epicárdio. Entre as lâminas há o líquido pericárdico (na cavidade do pericárdio), que permite o deslizamento do coração durante os batimentos. A parede do coração é a seguinte: a camada mais interna é chamada de endocárdio, a do meio é a musculatura, mais grossa, o miocárdio e, a mais externa, já citada nas membranas, o epicárdio. MORFOLOGIA EXTERNA Na morfologia externa encontramos na parte superior a região dos átrios e, na inferior, a dos ventrículos. As aurículas direita e esquerda são expansões dos átrios e servem como “válvula de escape” para o sangue que chega aos átrios fluir, ou seja, acomodação do sangue. Além disso, encontra-se sulcos – depressões – no coração, por onde percorrem vasos sanguíneos que o irrigam e drenam, há três deles que são importantes: interventricualar anterior, coronário e interventricular posterior. MORFOLOGIA INTERNA Na morfologia interna, tem-se as cavidades cardíacas – átrios e ventrículos direito e esquerdo -e os septos interatrial e interventricular. Observar que o miocárdio do lado esquerdo é mais espesso que o do direito, pois a artéria aorta tem início no ventrículo, sendo o esforço maior. *septo interventricular (septo IV): é formado por uma parte muscular que é maior e uma menor e superior que é membranácea. ESQUELETO FIBROSO Além da parte muscular, o coração recebe um suporte de um esqueleto fibroso (colágeno denso), que dá o formato a ele. É formado por anéis fibrosos que contornam Victoria Moffati T71 os orifícios do coração e áreas triangulares de TC fibroso chamadas trígonos (direito e esquerdo). Funções: Mantem os orifícios das valvas/vasos permeáveis Impede distensão excessiva das valvas/vasos Fixação das válvulas Fixação do miocárdio Isolante elétrico (contração independente) APARELHO VALVAR: ESTRUTURAS As valvas são compostas por válvulas, e ligado a elas estão as cordas tendíneas e depois os músculos papilares. Essas três estruturas (válvula, cordas e músculos) estão ligadas diretamente ao fechamento e abertura das valvas e trânsito de sangue de átrio para ventrículo. Há as seguintes valvas: Valva atrioventricular direita ou tricúspide: válvulas anterior, septal e posterior Valva atrioventricular esquerda ou bicúspide ou mitral: válvulas anterior e posterior Valvas Semilunares (sem cordas tendíneas e músculos papilares): artérias aorta e do tronco pulmonar (também com três válvulas) Na SÍSTOLE: tricúspide e bicúspide fechadas e semilunares abertas; na DIÁSTOLE, o contrário. GRANDES VASOS OU VASOS DA BASE Aorta (ou artéria aorta), tronco pulmonar, veias cavas superior e inferior e as veias pulmonares localizam-se na base do coração. AS QUATRO CAVIDADES CARDÍACAS Há diferenças anatômicas entre elas. ÁTRIO DIREITO Tem formato praticamente triangular, possui acoplada a aurícula direita e a entrada das veias cavas superior e inferior. Possui também entre a entrada das veias cavas e a aurícula uma depressão: o Sulco Terminal. Internamente, possui músculos pectíneos que auxiliam na contração, uma crista terminal, o septo interatrial e uma fossa oval, que na vida intrauterina chamava-se forame oval. ÁTRIO ESQUERDO Tem formato quadricular, adentram na região as veias pulmonares (4= 2 direitas e 2 esquerdas) e tem-se acoplada a aurícula esquerda. Possui parede mais lisa que a do átrio direito, ou seja, não possui músculos pectíneos, que estão presentes apenas na aurícula esquerda. VENTRÍCULO DIREITO A região onde se encontra o ventrículo direito é denominada cone arterial, onde começa o tronco pulmonar. Internamente, observa-se os músculos papilares septal, anterior e posterior(valva tricúspide), a trabécula marginal, responsável por coordenar Victoria Moffati T71 a contração do músculo papilar anterior e algumas saliências denominadas trabéculas cárneas. VENTRÍCULO ESQUERDO Forma o ápice do coração. Apresenta músculos papilares anterior e posterior (valva bicúspide), musculatura mais espessa e as trabéculas cárneas. OBS: ELEVAÇÕES INTENAS NA SUPERFÍFICE No átrio direito e aurículas: músculos pectíneos: auxiliam na contração do átrio pro ventrículo. Nos ventrículos: trabéculas cárneas, do tipo ponte ou crista: de menor projeção, auxiliam na redução do turbilhonamento (ajuda a acolher) ventricular, preparando para a sístole, evitando lesões. VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO Consiste nos processos de irrigação (levar nutrientes e oxigênio do sangue arterial para os tecidos) e drenagem(coleta de resíduos metabólicos e CO2 dos tecidos). As artérias coronárias e as veias cardíacas conduzem o sangue que entra e sai do coração, irrigando e drenando o músculo e outros tecidos do órgão. ARTÉRIAS CORONÁRIAS São duas, direita e esquerda, e se ramificam bastante. Originam-se na parte ascendente da aorta (de porções ascendente, arco e descendente)a partir dos orifícios denominados Óstios dos seios aórticos.O contato entre os vasos possibilita a anastomose, o que diminui a gravidade de infartos. IRRIGAÇÃO Principais ramos da artéria coronária direita: Ramo do Nó Sinoatrial, Ramo do Cone Arterial e Ramo marginal direito. A artéria coronária direita vai contornar o sulco coronário e formar-se-á o Ramo do Nó Atrioventricular, e continuando pelo sulco interventricular posterior, tem-se o Ramo interventricular Posterior. Regiões irrigadas: AD, > VD, face diafragmática do VE, parte do septo IV, nó SA (60%) e nó AV (80%). Principais ramos da artéria coronária esquerda: bifurca-se inicialmente formando o Ramo Interventricular anterior, que percorre pelo sulco IV anterior, e da origem a outros ramos como o Ramo Lateral/Diagonal; e o Ramo Circunflexo, que percorre o sulcocoronário, e dará origem, na face diafragmática, ao Ramo Marginal Esquerdo e ao Ramo Posterior do VE. Regiões irrigadas: AE, > VE, parte do VD,parte do septo IV, fascículo e ramos AV do complexo estimulante, e nó SA (40%). DRENAGEM Feita por veias, sendo que a maioria delas desembocam no seio coronário (vaso de grande calibre que coleta o sangue venoso do coração) e depois, no AD. Algumas se abrem diretamente no AD e outras, veias mínimas que se abrem em câmaras cardíacas. Victoria Moffati T71 O seio coronário conta com outros vasos como a Veia Cardíaca Magma (recebida na extremidade esquerda), a Veia Interventricular Posterior e a Veia Parva(recebidas na extremidade direita). (anato) COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO Pode ser denominado também como Sistema Condutor Intrínseco. Tem-se o Nó Sinoatrial, as fibras interatriais e as internodais, o Nó Atrioventricular, o Fascículo Atrioventricular, única ponte entre átrio e ventrículo, que se ramifica em Ramo Esquerdo e Direito que se espalham pelo miocárdio compondo o Ramo Subendocárdico. NÓ SINOATRIAL (SA) Conhecido como marca-passo do coração. Localiza-se na parede posterior do átrio direito, mas também, ântero-lateralmente à entrada/junção da Veia Cava Superior, próximo à extremidade superior do Sulco Terminal. Propagação do nó: 1-para ambos os átrios pelas Fibras do nó às fibras musculares atriais; 2-fibras internodais para o Nó atrioventricular. Logo após, o estimulo seguirá para o Fasciculo atrioventricular, seguindo pelos Ramos Direito e Esquerdo para os Ramos Subendocárdicos nos ventrículos. Victoria Moffati T71 INERVAÇÃO EXTRÍNSECA O coração é suprido por fibras do plexo cardíaco (SNA) que é formado por fibras simpáticas e parassimpáticas. SIMPÁTICO: neurônios pré-g= T1-T5 e pós-g= tronco simpático PARASSIMPÁTICO: neurônios pré-g= núcleo-vervo vago e pós-g= gânglios próximos ao nó SA e AV. FISIOLOGIA O sistema circulatório possui diversas funções de integração e coordenação: transporte, nutrição, remoção e de homeostase. Integração e coordenação: envolve outros órgãos. Integra sistema endócrino a diferentes outros sistemas, por exemplo. Transporte: a grande função, transporta O2, CO2, nutrientes, proteínas plasmáticas, etc. Nutrição: consequência do transporte. Artérias conduzem o sangue e perfundem os tecidos e os nutrem através dos capilares. Remoção: as veias drenam, sendo o sangue filtrado no sistema renal para ser excretado. Homeostase:manutenção de temperatura corporal (vasoconstrição, venoconstrição) VEIAS: chegam ao coração, carregam o sangue em direção centrípeta, para o centro. ARTÉRIAS: saem do coração, carregam o sangue em direção centrífuga, para o organismo. GRANDE CIRCULAÇÃO: aorta – corpo – veias cavas. Victoria Moffati T71 PEQUENA CIRCULAÇÃO: artérias pulmonares – pulmões – veias pulmonares ao átrio esquerdo. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA ou GRANDE CIRCULAÇÃO A quantidade de sangue ejetada tanto pelo ventrículo direito na artéria pulmonar e pelo ventrículo esquerdo na artéria aorta é o mesmo, no entanto, a pressão empregada nas paredes desses vasos é diferente. Quando se trata da sístole do ventrículo esquerdo, há maior força de contração para que o sangue atinja toda a circulação sistêmica e vença, também, a força gravitacional ao retornar, assim, a pressão exercida na parede da aorta é 120mmHg, chamada Pressão Sistólica. O sangue flui pelo organismo, e a pressão vai reduzindo, e a pressão de 80mmHg é identificada quando o ventrículo está em diástole. Assim, depois do circuito (artéria, arteríola, capilares, vênulas e veia), a pressão nas veias tende a 0mmHg, sendo a pressão na veia cava superior igual a 0mmHg, chamada de Pressão Venosa Central. Essa diferença de pressão é fundamental para que o retorno venoso se estabeleça. CIRCULAÇÃO PULMONAR ou PEQUENA CIRCULAÇÃO A força que o ventrículo direito é menor, já que é preciso ir apenas até os pulmões e depois ao átrio esquerdo. Dessa forma, a pressão sistólica exercida a partir do ventrículo direito é de25mmHg e, a diastólica, 8mmHg. A pressão nas veias pulmonares, que chegam ao átrio esquerdo, será de 2mmHg. *as sístoles atriais são pequenas já que 80% do sangue vai passivamente para os ventrículos (força gravitacional), e apenas 20% conta com a ajuda de contração dos átrios. A parede do ventrículo esquerdo é mais espessa e possui maior quantidade de célula muscular para dar sustentaçãoà grande força realizada na contração. CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS O músculo cardíaco: tem um alto gasto energético as células que o compõem não se regeneram durante a vida a energia que ele usa vem de lipídeos e não de carboidratos, uma exceção à regra. Sincício atrial e ventricular: as células do músculo cardíaco se comunicam por sinapses elétricas e ligam-se por junções comunicantes, assim, quando uma célula sofre um estímulo/contrai as outras também o fazem, ou seja, um conjunto de células funcionam como se fosse uma só. Além das câmaras atriais e ventriculares, também é composto pelo Complexo Estimulante Cardíaco. Victoria Moffati T71 COMPLEXO ESTIMULANTE CARDÍACO A contração do musculo cardíaco é semelhante à do musculo estriado esquelético (dependente de cálcio, troponina, tropomiosina, etc), porém mais longa. As fibras excitatórias e de condução são compostas por células musculares com menor quantidade de actina e miosina, cuja função não é a de força, mas sim de estímulo para que o músculo se contraia. PROPRIEDADES DAS FIBRAS CARDÍACAS CONTRATILIDADE (INOTROPISMO):característico de uma célula muscular. Miosina, pontes cruzadas, actina, linhas Z, sarcômeros, etc. O mecanismo de contração é o mesmo: presença do cálcio para arrastar troponina e tropomiosina deixando o filamento de actina livre que se liga à miosina. Nos túbulos T há presença de LEC, o qual fornecerá mais cálcio, já que o armazenado no reticulo sarcoplasmático (liso) é pouco. Após isso, o cálcio volta ao reticulo pela bomba Serca por TA, ou retorna ao LEC contra o sódio também por TA. O potencial de ação não é apenas um pico: é um Potencial de Ação em Platô, obedece a despolarização, depois o platô e a repolarização. O potencial no músculo atrial dura aprox. 0,2s e, no ventricular, 0,3s. Essa diferença se dá no período de platô, sendo o do ventricular mais longo que o atrial. Durante o platô há grande quantidade de cálcio na célula e a contração muscular esta efetivamente acontecendo. Victoria Moffati T71 a célula possui potencial elétrico bem negativo, em torno de -90mV. Assim que é estimulada, abrem-se canais dependentes de voltagem de sódio, mais rápidos, e de potássio. Grande quantidade de sódio entra rapidamente, e a célula depolariza. No final da despolarização, os canais de sódio vão ficando inativos, e canais exclusivos de potássio são ativos, chamados K-ITO. Esses canais permitem o efluxo/saída de potássio, mas é uma corrente transiente que não dura muito, e,a repolarização é interrompida, pois, canais de cálcio lentos do tipo L (ICaL) dependentes de voltagem permitem o influxo de cálcio, o que sustenta a célula despolarizada em platô (mecanismo importante para a contração, já que há pouco cálcio no reticulo sarcoplasmático). Quando estes canais de cálcio ficam inativos, outros dois tipos de canais de potássio se abrem, chamados canais IKR e IKS, mais lentos que o K-ITO, de retificação retardada, ocorrendo assim, grande saída de potássio e chegada ao potencial de repouso de -90mV. Os canais IKR e IKS são fechados, e para o equilíbrio, abrem-se canais IK1 para o influxo de potássio (briga entre potencial elétrico e concentração de potássio). Victoria Moffati T71 RESUMINDO O POTENCIAL DE AÇÃO DOS Mm. Atrial e Ventricular: FASE 0: entrada rápida de sódio: canais de sódio dependentes de voltagem rápidos. FASE 1: saída discreta de potássio: canallento de corrente transiente que vai ficar aberto e a célula tende a repolarizar, mas é interrompida. FASE 2: entrada de cálcio fundamental para a contração: abertura de canais lentos de cálcio e sustentação da célula em platô. FASE 3: saída de potássio: após fecharem-se os canais de cálcio, canais de retificação retardada de potássio se abrem, tendo a repolarização. FASE 4: entrada discreta de potássio: tendendo ao repouso, há a corrente retificadora de influxo o potássio para de sair, e a célula passa a obedecer aos fluxos de potássio. *há bombas sódio e potássio trabalhando, mas sofrem detrimento pelos canais que já estão fazendo suas funções. *é importante saber TODAS as fases, pois há medicações que atuam especificamente em cada uma delas (saber eventos iônicos e os canais envolvidos). AUTOMATISMO (CRONOTROPISMO): É a competência de gerar seus próprios estímulos. Pode ser estimulado pelo sistema nervoso, mas não precisa de ninguém para gerar os seus. EX: se eu arrancar meu coração agora, enquanto ele tiver energia, baterá fora do meu peito. CONDUTIBILIDADE (DROMOTROPISMO):Além disso, os estímulos gerados são conduzidos a todas as células cardíacas, já que estão ligadas por discos intercalares, que formam as junções comunicantes, formando um sincício. Essa competência faz com que o estimulo chegue às células musculares atriais e ventriculares fazendo com que se contraiam. EXCITABILIDADE (BATMOTROPISMO):O músculo cardíaco é excitável. Ela é intrínseca, ou seja, por mecanismos do próprio músculo ou extrínseca, que vem de fora, por exemplo, pelo sistema simpático e parassimpático, hormônio, neurotransmissores, estímulo mecânico, químico, térmico, etc. Suponha um infarto= massagem no músculo que ative mecano receptores e a atividade elétrica volte; no resgate, o desfibrilador que dará o estimulo elétrico e o musculo possui canais dependentes de voltagem, o que trará a atividade elétrica de volta. DISTENSIBILIDADE (LUSITROPISMO):Distensível em diástole Em resumo, o músculo cardíaco tem uma ritmicidade intrínseca que permite originar os estímulos dos batimentos cardíacos e conduzi-los através do coração. Os tecidos especializados para gerar e conduzir os estímulos elétricos compões o COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO. Victoria Moffati T71 EXCITAÇÃO RITMICA DO CORAÇÃO Sistema especializado em gerar e conduzir impulsos rítmicos. A partir do Nó Sinoatrial (ou Sinusal), o marca passo cardíaco, o impulso é gerado. Após isso, através das Fibras atriais, o impulso chega aos átrios e ocorre a sístole atrial. Ao chegar no Nó Atrioventricular, o impulso é retardado, ligado a suas características histológicas de menor diâmetro, para que todo o sangue chegue aos ventrículos. Assim, o estimulo percorre rapidamente o Fascículo Atrioventricular, os Ramos Direito e Esquerdo, até chegar às Fibras Subendocárdicas, que conduzem a informação às células musculares do ventrículo, e ocorre a sístole ventricular. Aspecto do Potencial de Ação das células do Nó SA e das células musculares (em platô) ilustração da velocidade com a qual o impulso se espalha pelo nó e pelas fibras. Frequência de descarga: Nodo SA: 70 a 80 vezes/min; Nodo AV: 40 a 60 vezes/min; Fibras Subendocárdicas: 15 a 40 vezes/min. OBS: Caso o Nó Sinoatrial seja lesado, quem assumirá a função de marca passo será o Nó Atrioventricular, de maneira que a sístole atrial não ocorrerá mais, apenas a ventricular (coração permanece me diástole), que é essencial, mesmo com menor volume de sangue bombeado (20%) pelos ventrículos e a frequência cardíaca diminua (40-60vezes/min), ocorrendo o chamado Debito Cardíaco. Ademias, se a lesão também acometer o Nó Atrioventricular, as Fibras Subendocárdicas ditarão o ritmo, mas numa frequência muito menor (15-40vezes/min), praticamente incompatível com a manutenção da vida. Assim, com tais problemas, é indicada a colocação do marca passo artificial.Todos os marca passo que não são o Nó SA são chamados de ectópicos. POTENCIAL DE AÇÃO DOS NÓS Victoria Moffati T71 As células não são tão negativas e nem em platô como as células do musculo atrial e ventricular. *NÓ SINOATRIAL em repouso, encontra-se em -60mV e o limiar de excitabilidade é de-40mV considerado o marca passo do coração por ter automatismo, ser excitado facilmente pela pequena diferença elétrica, por conta dos eventos e canais do seu potencial de ação. O potencial: em -60mV não há escape de potássio. há canais de vazamento de sódio por toda a membrana, assim, sem que haja estímulo, o sódio entra para a célula. Em -50mV, canais de cálcio do tipo T são abertos. Após isso, canais de reposta lenta de cálcio e sódio são abertos e fazem com que o limiar seja atingido e a célula despolariza (t=0). Canais de sódios soa fechados e canais lentos de potássio soa abertos para ele sair, ocorrendo a retificação retardada para a célula repolarizar. A célula tende a ficar mais negativa e hiperpolarizar, mas canais de sódio são abertos, além dos de vazamento e impedem que isso aconteça. A bomba recoloca tudo no lugar e começa tudo outra vez. Victoria Moffati T71 *NÓ ATRIOVENTRICULAR O estimulo é retardado, pois há menos canis de vazamento pro sódio, assim leva mais tempo para alcançar o limiar. Enquanto o Nó SA realiza 3 potencias, o AV realiza 2 no mesmo intervalo de tempo. No geral, o potencial de ação dos nós é caracterizado por Resposta Lenta, por conta dos canais lentos de sódio e cálcio. Apresenta diferença entre LIC e LEC menor devido a maior permeabilidade da membrana aos íons sódio e menor ao potássio. Os canais rápidos de sódio são inativos. E o potencial é causado pela abertura de canais lentos de sódio e cálcio. OBS: o potencial de ação em platô é característico do músculo atrial, do ventricular e das fibras subendocárdicas, e o potencial “comum” é característico do Nó AS, do AV, das fibras interatriais e do Fascículo Atrioventricular. ELETROCARDIOGRAMA O eletrocardiograma (ECG) afere a atividade cardíaca do coração Onda P= despolarização do átrio (Nó e o átrio não contrai. Complexo QRS= despolarização do ventrículo; misturada) Onda T= repolarização do ventrículo (fim do platô). Taquicardia= aumento da frequência a cima de 100bpm e Bradicardia 60bpm. INERVAÇÃO EXTRÍNSECA Coração é inervado pelo sistema simpático e parassimpático. T71 ELETROCARDIOGRAMA O eletrocardiograma (ECG) afere a atividade cardíaca do coração. Onda P= despolarização do átrio (Nó Sinoatrial); sem ela= nó SA não está funcionando Complexo QRS= despolarização do ventrículo; repolarização do átrio (discreta e Onda T= repolarização do ventrículo (fim do platô). Depende da frequência cardíaca: a= aumento da frequência a cima de 100bpm e Bradicardia= abaixo de ÇÃO EXTRÍNSECA- FISIO Coração é inervado pelo sistema simpático e parassimpático. Victoria Moffati sem ela= nó SA não está funcionando repolarização do átrio (discreta e Depende da frequência cardíaca: = abaixo de Victoria Moffati T71 SIMPÁTICO- receptores β1 adrenérgicos metabotrópicos: aumento da frequência cardíaca e força de contração; durante o dia=tem descarga contínua e frequência um pouco maior 80/90bpm; à noite= frequência cai pois o tonos simpático diminui.Estão, embora o músculo tenha automatismo, ele está sob comando basal do SN simpático ADRENALINA E NORADRENALINA (medula da adrenal/ neurônio) que atuam namembrana cardíaca atrial e ventricular e dos nós determinando uma chegada mais rápida ao limiar de excitabilidade no sistema condutor e maior aporte de cálcio às células atriais e ventriculares, aumentando a força de contração. No nó SA são abertos mais canais de sódio HISTOLOGIA Todo sistema circulatório (sanguíneo e linfático) é revestido internamente por um epitélio simples pavimentoso chamado endotélio. As células endoteliais são alongadase achatadas, possuem o citoplasma com poucas organelas, unem-se por junção de oclusão e produzem sua própria lâmina basal. CORAÇÃO A parede é constituída por três túnicas: interna/endocárdio, media/miocárdio e externa/epicárdio (lâmina visceral do pericárdio seroso, a parietal é a fibrosa, separa por líq. pericárdico). ENDOCÁRDIO É constituído pelo endotélio que reveste o lúmen do coração, depois está a camada subendotelial constituída de TC frouxo e presença de fibras colágenas e elásticas e alguns fibroblastos espalhados. E após essa, há a camada subendocárdica, de fibras de condução, TC frouxo, vasos sanguíneos e nervos. Logo após vem o miocárdio. Victoria Moffati T71 *fibras da camada subendocárdica são mais volumosas que as fibras encontradas no miocárdio. MIOCÁRDIO Porção mais espessa da parede cardíaca. Encontram-se as fibras musculares estriadas cardíacas que estão unidas por discos intercalares, se comportando como um sincício e possuem o núcleo centralizado. Entre as fibras há TC frouxo, capilares (somáticos) e fibroblastos. *fibras com presença de díades= túbulo T + cisterna do reticulo sarcoplasmático *discos intercalares: há uma zônula de adesão/fáscia aderente (a-actina e vinculina, permitindo a associação dos filamentos de actina dos últimos sarcômeros), desmossomos (unem fortemente e impedem a separação durante a contração) e junção comunicante (comunicação iônica rápida). Victoria Moffati T71 EPICÁRDIO O coração é envolvido por um “saco fibroso”, o pericárdio. Observando a face externa, vê-se o pericárdio fibroso, já na face interna desse pericárdio encontra-se a lâmina parietal do pericárdio seroso, e mais interna a este, sendo a mias externa das paredes, está o epicárdio, sendo a lâmina visceral do pericárdio seroso. A composição do pericárdio em si é de Tecido Conjuntivo Denso, mas a LPPseroso apresenta tecido epitelial simples pavimentoso e a LVPseroso também apresenta TESpavimentoso, denominada mesotélio, porque não está em contato direto com o sangue (pois este tipo de tecido internamente aos vasos é denominado endotélio, já que está em contato). As células do epitélio das lâminas voltadas para a cavidade pericárdica que produzem o líquido ali presente. MESOTÉLIO (apoiado em uma lâmina basal) – TCF formando a camada SUBEPICÁRDICA com vasos sanguíneos, nervos e gânglios, podendo haver acúmulo de tecido adiposo *pericárdio fibroso: mesotélio e TCDNM. *pericárdio seroso: mesotélio e TC. HISTOLOGIA DAS VALVAS Estão fixadas aos anéis fibrosos, há a face atrial e a ventricular, ambas revestidas por endotélio (epitélio simples pavimentoso) e possuem três camadas: Camada esponjosa: T.C.F (fibras colágenas e elásticas numa matriz rica em proteoglicanos Camada fibrosa: parte “nuclear”, constituída por extensões fibrosas de T.C.D que parte dos anéis fibrosos. Camada ventricular: adjacente à superfície ventricular, composta por T.C.D.N.M.com riqueza de fibras elásticas. Na valva mitral, a camada ventricular está contínua às cordas tendíneas (TCDM como nos tendões) se fixando na região do musculo papilar. VASOS SANGUÍNEOS: ARTÉRIAS E VEIAS Tanto as artérias quanto as veias possuem três túnicas: íntima, média e adventícia. Túnica íntima: está em contato direto com o sangue. Endotélio (ESP), lâmina basal e abaixo, TC frouxo da camada subendotelial. Túnica média: músculo liso, fibras colágenas e elásticas que podem se fundir e formar lâminas elásticas. Mais desenvolvida nas artérias. Túnica adventícia: tecido conjuntivo, fibras colágenas e elásticas. Mais dsv. nas veias. Victoria Moffati T71 *observa-se o formato disforme da luz das veias em relação às artérias, pois nelas há presença de maior quantidade de fibras elásticas, deixando-as mais arredondadas. VASOS ARTERIAIS São divididos por calibre: grande, médio ou pequeno calibre. Grande calibre (ou artéria elástica): riqueza de fibras elásticas organizadas em camadas (lamelas) na túnica média. Além dos componentes das túnicas, possui uma membrana elástica da fusão de fibras elásticas e colágenas localizada entre a túnica intima e a média. Na túnica adventícia, há a presença de pequenos vasos sanguíneos chamados vasa vasorum. Médio calibre (ou artéria muscular): pode ser assim denominada por apresentar maior quantidade de músculo liso que fibras elásticas na túnica média. A membrana elástica internaé bem visível entre as túnicas intima e média, e a membrna elástica externa, entre as túnicas media e adventícia, é mais delicada, sendo identificadas pelo Método Verhoeff para elástico e colágeno. Na túnica adventícia há presença de vasa vasorum e nervivasorum. Victoria Moffati T71 Pequeno calibre: são diferenciáveis das arteríolas pela quantidade de camadas musculares lisas na túnica média. Apresentam de 8 a 10 camadas de m. liso, e as arteríolas, 2. CAPILARES SANGUÍNEOS São os menores vasos sanguíneos. Constituídos de uma camada de células endoteliais apoiadas em lâmina basal, que pode sofrer variações. Participam ativamente do intercâmbio de gases e metabólitos entre células e corrente sanguínea. Capilares somáticos ou contínuos: nos músculos, pulmões, timo e encéfalo. Capilares viscerais ou fenestrados com diafragma: glândulas endócrinas, ao redor dos túbulos renais e trato intestinal. Capilares fenestrados sem diafragma: glomérulos renais. Capilares descontínuos, sinusoidais ou sinusoides: fígado, baço e na medula óssea. *capilar continuo= lâmina basal contínua, células unidas por junções de adesão e no citoplasma delas, há numerosas vesículas pinocitóticas, transportar materiais entre luz e TC. Apresenta pericito. *capilar frenestrado com ou sem diafragma= presença de fenestras, ou seja, pequenas aberturas na membrana plasmática a partir de vesículas pinocitóticas, e, a partir do glicocálix destas, deu origem a uma estrutura fina, o diafragma. Lâmina basal é contínua. *capilar descontinuo/ sinosoidal= diâmetro maior comparado a dos outros e formato irregular. Apresentam abertuas a mais na membrana, a lamina basal, quando presente, é descontínua. Permite uma troca muito intensa nos órgãos que irriga. *pericito= pode estar presente em volta de capilares contínuos e vênulas pós-capilares. São células de origem pouco especializada que podem se diferenciar em células endoteliais ou musculares lisas. Auxiliam na cicatrização e formação de novos vasos, além da manutenção da função metabólica, mecânica e sinalização dos micros vasos. Victoria Moffati T71 VEIAS As túnicas das veias não são tão nítidas e definidas como as das artérias. Há vênulas ou veias de pequeno, médio e grande calibre. Vênulas ou veias de pequeno calibre: na túnica intima, a camada subendotelial é delgada ou inexistente, na média, há poucas células musculares lisas, podendo estar ausentes nas vênulas pós-capilares e a túnica adventícia é a mais desenvolvida, porem inexistente nas vênulas pós-capilares. Túnica adventícia com vasa vasorum VALVAS DAS VEIAS Em veias de membros inferiores há presença de valvas que são dobras da camada da túnica íntima, em formato semilunar. Elas existem para evitar o retorno venoso. (histo) COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO O sistema de condução é composto por 2 nós e feixes de fibras modificadas. Fibras musculares nodais:localizadas nos nós SA e AV. Diâmetro menor quando comparado às fibras circundantes, menor quantidade de miofibrilas, que estão localizadas perifericamente. São desprovidas de discos intercalares típicos, ou seja, se associam diretamente às células circundantes. Fibras de condução atrial, do Fascículo AV, dos Ramos e das Subendocárdicas: apresentam tamanho maior que as fibras circundantes. Fibras subendocárdicas: melhor diferenciável em função da sua localização. São altamente especializadas, poucas miofibrilas e periféricas, muitas mitocôndrias, grânulosde glicogênio e gotículas de lipídeo. O citoesqueleto é rico em filamentos intermediários do tipo desmina, não possui túbulo T, e as junções celulares são ricas em junções gap, o que permite fluxo rápido de íons.
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