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APG 05 - Coração

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Localização do coração 
 
↠ O coração é relativamente pequeno, 
aproximadamente do tamanho (mas não com a mesma 
forma) de sua mão fechada; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Tem aproximadamente 12 cm de comprimento, 9 cm 
de largura em seu ponto mais amplo, e 6 cm de 
espessura; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Pesa em média 250 g nas mulheres adultas e 300 g 
nos homens adultos; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O coração repousa sobre o diafragma, próximo da 
linha mediana da cavidade torácica. Encontra-se no 
mediastino, uma região anatômica que se estende do 
esterno à coluna vertebral, da primeira costela ao 
diafragma, e entre os pulmões. Aproximadamente dois 
terços da massa do coração encontram-se à esquerda 
da linha mediana do corpo; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O ápice pontiagudo é formado pela ponta do 
ventrículo esquerdo (a câmara inferior do coração) e está 
situado sobre o diafragma. O ápice está direcionado para 
frente, para baixo e para a esquerda; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A base do coração está do lado oposto ao ápice e 
constitui sua face posterior. É formada pelos átrios 
(câmaras superiores) do coração, principalmente o átrio 
esquerdo. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O coração é um órgão muscular que se contrai 
ritmicamente enquanto bombeia o sangue pelo sistema 
circulatório. Também é responsável pela produção de um 
hormônio chamado de fator natriurético atrial. 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.) 
 
Pericárdio 
A membrana que envolve e protege o coração é o 
pericárdio. Restringe o coração à sua posição no 
mediastino, possibilitando liberdade de movimento 
 
 
suficiente para a contração vigorosa e rápida. O pericárdio 
consiste em duas partes principais: (1) o pericárdio fibroso 
e (2) o pericárdio seroso. (TORTORA, 14ª ed.) 
 
➢ Pericárdio Fibroso: superficial, é composto por 
tecido conjuntivo inelástico, resistente, denso e 
irregular. Assemelha-se a uma bolsa que repousa 
sobre o diafragma, fixando-se nele. O pericárdio 
fibroso impede a hiperdistensão do coração, 
fornece proteção e ancora o coração no 
mediastino. O pericárdio fibroso próximo ao 
ápice do coração está parcialmente fundido ao 
tendão central do diafragma; por conseguinte, o 
movimento do diafragma, como na respiração 
profunda, facilita a circulação do sangue pelo 
coração. (TORTORA, 14ª ed.) 
➢ Pericárdio seroso: mais profundo, é uma 
membrana mais fina, delicada, que forma uma 
dupla camada em torno do coração. A lâmina 
parietal do pericárdio seroso mais externa está 
fundida ao pericárdio fibroso. A lâmina visceral 
do pericárdio seroso mais interna, que também 
é chamada epicárdio, é uma das camadas da 
parede do coração e adere firmemente à sua 
superfície. Entre as camadas parietal e visceral 
do pericárdio seroso existe uma fina película de 
líquido seroso lubrificante. Esta secreção das 
células pericárdicas, conhecida como líquido 
pericárdico, reduz o atrito entre as camadas do 
pericárdio seroso conforme o coração se move. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
Camadas da parede do coração 
A parede do coração é constituída por três camadas: o 
epicárdio (camada externa), o miocárdio (camada 
intermediária) e o endocárdio (camada interna). 
(TORTORA, 14ª ed.) 
Coração 
@jumorbeck 
➢ O epicárdio é composto por duas camadas de 
tecido. A mais externa, é chamada lâmina visceral 
do pericárdio seroso. Esta camada exterior fina 
e transparente da parede do coração é 
composta por mesotélio. Sob o mesotélio existe 
uma camada variável de tecido fibroelástico 
delicado e tecido adiposo. O tecido adiposo 
predomina e torna-se mais espesso sobre as 
faces ventriculares, onde abriga as principais 
artérias coronárias e vasos cardíacos. O 
epicárdio confere uma textura lisa e 
escorregadia à face mais externa do coração. O 
epicárdio contém vasos sanguíneos, vasos 
linfáticos e vasos que irrigam o miocárdio. 
(TORTORA, 14ª ed.) Entre o folheto visceral 
(epicárdio) e o folheto parietal, existe uma 
quantidade pequena de líquido que facilita os 
movimentos do coração. (JUNQUEIRA, 13ª ed.) 
➢ A camada média, o miocárdio, é responsável 
pela ação de bombeamento do coração e é 
composto por tecido muscular cardíaco. 
Compõe aproximadamente 95% da parede do 
coração. As fibras musculares (células), como as 
do músculo estriado esquelético, são envolvidas 
e separadas em feixes por bainhas de tecido 
conjuntivo compostas por endomísio e 
perimísio. As fibras musculares cardíacas são 
organizadas em feixes que circundam 
diagonalmente o coração e produzem as fortes 
ações de bombeamento do coração. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
➢ O endocárdio mais interno é uma fina camada 
de endotélio que recobre uma fina camada de 
tecido conjuntivo. Fornece um revestimento liso 
para as câmaras do coração e abrange as valvas 
cardíacas. O revestimento endotelial liso minimiza 
o atrito de superfície conforme o sangue passa 
através do coração. O endocárdio é contínuo ao 
revestimento endotelial dos grandes vasos 
sanguíneos ligados ao coração. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
A região central fibrosa do coração, comumente chamada de 
esqueleto fibroso, serve de ponto de apoio para as válvulas, além de 
ser também o local de origem e inserção das células musculares 
cardíacas. O esqueleto cardíaco é composto de tecido conjuntivo 
denso. Seus principais componentes são o septo membranoso, o 
trígono fibroso e o ânulo fibroso. Essas estruturas são formadas por 
um tecido conjuntivo denso, com fibras de colágeno grossas 
orientadas em várias direções. Nódulos de cartilagem fibrosa são 
encontrados em determinadas regiões desse esqueleto fibroso.. 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.) 
Faces e margens do coração (MOORE, 7ª ed.) 
 
↠ Face esternocostal (anterior), formada principalmente pelo 
ventrículo direito; 
↠ Face diafragmática (inferior), formada principalmente pelo 
ventrículo esquerdo e em parte pelo ventrículo direito; 
↠ Face pulmonar direita, formada principalmente pelo átrio 
direito; 
↠ Face pulmonar esquerda, formada principalmente pelo 
ventrículo esquerdo; 
 
↠ Margem direita (ligeiramente convexa), formada pelo átrio 
direito e estendendo-se entre a VCS e a VCI; 
↠ Margem inferior (quase horizontal), formada principalmente 
pelo ventrículo direito e pequena parte pelo ventrículo 
esquerdo; 
↠ Margem esquerda (oblíqua, quase vertical), formada 
principalmente pelo ventrículo esquerdo e pequena parte pela 
aurícula esquerda; 
↠ Margem superior, formada pelos átrios e aurículas direita e 
esquerda em vista anterior; a parte ascendente da aorta e o 
@jumorbeck 
tronco pulmonar emergem dessa margem e a VCS entra no 
seu lado direito. 
 
Câmaras do coração 
 
↠ O coração tem quatro câmaras. As duas câmaras de 
recepção superiores são os átrios, e as duas câmaras de 
bombeamento inferiores são os ventrículos. (TORTORA, 
14ª ed.) 
↠ O par de átrios recebe sangue dos vasos sanguíneos 
que retornam o sangue ao coração, as chamadas veias, 
enquanto os ventrículos ejetam o sangue do coração 
para vasos sanguíneos chamados artérias. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
↠ Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura 
saculiforme enrugada chamada aurícula. Cada aurícula 
aumenta discretamente a capacidade de um átrio, de 
modo que ele possa conter maior volume de sangue. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Também na superfície do coração existem vários 
sulcos, que contêm vasos sanguíneos coronarianos e uma 
quantidade variável de gordura. Cada sulco marca a 
fronteira externa entre duas câmaras do coração. Os 
sulcos são: profundo sulco coronário, sulco 
interventricular anterior, sulco interventricular posterior 
(TORTORA, 14ª ed.) 
 
ÁTRIO DIREITO 
 
↠ Recebe sangue de três veias: a veia cava superior, a 
veia cava inferior e o seio coronário.; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O interior da parede posterior é liso; o interior da 
parede anterior é áspero, por causa de cristas musculares 
chamadas de músculos pectíneos, que também se 
estendem até a aurícula; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As partes lisas e àspera da parede atrial são separadasexternamente por um sulco vertical superficial, o sulco 
terminal, e internamente por uma crista vertical, a crista 
terminal.; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Entre o átrio direito e o átrio esquerdo existe uma 
partição fina chamada septo interatrial.; (TORTORA, 14ª 
ed.) 
↠ O sangue passa do átrio direito para o ventrículo 
direito através da valva atrioventricular direita, porque é 
composta por três válvulas. As valvas cardíacas são 
compostas por tecido conjuntivo denso recoberto por 
endocárdio. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A VCS se abre na parte superior do átrio direito no 
nível da 3ª cartilagem costal direita. A VCI se abre na parte 
inferior do átrio direito quase alinhada com a VCS no nível 
aproximado da 5ª cartilagem costal. (MOORE, 7ª ed.) 
 
VENTRÍCULO DIREITO 
↠ Forma a maior parte da face esternocostal do 
coração; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O interior do ventrículo direito contém uma série de 
cristas formadas por feixes elevados de fibras musculares 
cardíacas chamadas trabéculas cárneas; (TORTORA, 14ª 
ed.) 
↠ As válvulas da valva atrioventricular direita estão 
conectadas às cordas tendíneas, que por sua vez estão 
ligadas a trabéculas cárneas em forma de cone chamadas 
músculos papilares; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Internamente, o ventrículo direito é separado do 
ventrículo esquerdo por uma partição chamada de septo 
interventricular; (TORTORA, 14ª ed.) 
@jumorbeck 
↠ O sangue passa do ventrículo direito através da valva 
do tronco pulmonar para uma grande artéria chamada de 
tronco pulmonar, que se divide em artérias pulmonares 
direita e esquerda e levam o sangue até os pulmões. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A parte de entrada do ventrículo recebe o sangue do 
átrio direito através do óstio AV direito (tricúspide), ele é 
circundado por um dos anéis fibrosos do esqueleto 
fibroso do coração. O anel fibroso mantém o calibre do 
óstio constante, resistindo à dilatação que poderia resultar 
da passagem de sangue através dele com pressões 
variadas. (MOORE, 7ª ed.) 
 
ÁTRIO ESQUERDO 
↠ O átrio esquerdo tem aproximadamente a mesma 
espessura que o átrio direito e forma a maior parte da 
base do coração; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Ele recebe o sangue dos pulmões, por meio das 
quatro veias pulmonares. Como o átrio direito, o interior 
do átrio esquerdo tem uma parede posterior lisa. Como 
os músculos pectíneos estão restritos à aurícula do átrio 
esquerdo, a parede anterior do átrio esquerdo também 
é lisa; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo 
esquerdo através da valva atrioventricular esquerda, a qual 
tem duas válvulas. (TORTORA, 14ª ed.) 
 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
↠ É a câmara mais espessa do coração, Forma o ápice 
do coração; (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Como o ventrículo direito, o ventrículo esquerdo 
contém trabéculas cárneas e tem cordas tendíneas que 
ancoram as válvulas da valva atrioventricular esquerda aos 
músculos papilares. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O sangue passa do ventrículo esquerdo através da 
valva da aorta na parte ascendente da aorta.(TORTORA, 
14ª ed.) 
↠ Como a pressão arterial é muito maior na circulação 
sistêmica do que na circulação pulmonar, o ventrículo 
esquerdo trabalha mais do que o ventrículo direito. 
(MOORE, 7ª ed.) 
 
Espessura e função do miocárdio 
↠ A espessura do miocárdio das quatro câmaras varia 
de acordo com a função de cada uma das câmaras. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Os átrios de paredes finas entregam o sangue sob 
menos pressão aos ventrículos adjacentes. (TORTORA, 
14ª ed.) 
↠ Como os ventrículos bombeiam o sangue sob maior 
pressão por distâncias maiores, suas paredes são mais 
espessas. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O ventrículo esquerdo bombeia sangue por grandes 
distâncias a todas as outras partes do corpo com uma 
pressão maior, e a resistência ao fluxo sanguíneo é maior. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A anatomia dos dois ventrículos confirma esta 
diferença funcional – a parede muscular do ventrículo 
esquerdo é consideravelmente mais espessa do que a 
parede do ventrículo direito. Observe também que o 
lúmen do ventrículo esquerdo é mais ou menos circular, 
em contraste com o do ventrículo direito, cujo formato 
é discretamente semilunar. (TORTORA, 14ª ed.) 
 
Esqueleto fibroso do coração 
 
O esqueleto fibroso é constituído por quatro anéis de 
tecido conjuntivo denso que circundam as valvas 
cardíacas, unidos um ao outro, e que se fundem ao septo 
interventricular. Além de formar uma base estrutural para 
as valvas cardíacas, o esqueleto fibroso evita o 
estiramento excessivo das valvas enquanto o sangue 
passa por elas. Também serve como um ponto de 
inserção para os feixes de fibras musculares cardíacas e 
atua como um isolante elétrico entre os átrios e 
ventrículos. (TORTORA, 14ª ed.) 
Valvas cardíacas 
↠ As valvas se abrem e fecham em resposta às 
mudanças de pressão conforme o coração se contrai e 
relaxa. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Cada uma das quatro valvas ajuda a assegurar o fluxo 
unidirecional de sangue através da abertura ao possibilitar 
que o sangue passe e, em seguida, se fechando para 
impedir o seu refluxo. (TORTORA, 14ª ed.) 
 
 
@jumorbeck 
VALVAS ATRIOVENTRICULARES 
 
↠ Como estão localizadas entre um átrio e um 
ventrículo, estas valvas são chamadas atrioventriculares 
(AV) direita e esquerda. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Quando uma valva AV está aberta, as extremidades 
arredondadas das válvulas se projetam para o ventrículo. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Quando os ventrículos estão relaxados, os músculos 
papilares estão relaxados, as cordas tendíneas estão 
frouxas, e o sangue se move de uma área de maior 
pressão no átrio para uma de menor pressão nos 
ventrículos através das valvas AV abertas. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
↠ Quando os ventrículos se contraem, a pressão do 
sangue aciona as válvulas para cima até que suas 
extremidades se encontrem e fechem a abertura. Ao 
mesmo tempo, os músculos papilares se contraem, o que 
traciona e retesa as cordas tendíneas. Isso impede que as 
válvulas das valvas evertam em resposta à alta pressão 
ventricular. (TORTORA, 14ª ed.) 
 
VÁLVULAS SEMILUNARES 
 
↠ As valvas da aorta e do tronco pulmonar são 
compostas por três válvulas semilunares. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
↠ Cada válvula se insere na parede arterial por sua 
margem externa convexa. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As valvas do tronco pulmonar e da aorta possibilitam 
a ejeção de sangue do coração para as artérias, mas 
evitam o refluxo de sangue para os ventrículos. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
Surpreendentemente, talvez, não há valvas nas junções da veia cava 
com o átrio direito ou das veias pulmonares com o átrio esquerdo. 
Quando os átrios se contraem, um pequeno volume de sangue reflui 
dos átrios para estes vasos. No entanto, o refluxo é minimizado por 
um mecanismo diferente; conforme o músculo atrial se contrai, ele 
comprime e quase colapsa as fracas paredes dos pontos de entrada 
das veias. 
Circulação sistêmica e pulmonar 
↠ Na circulação pós-natal, o coração bombeia o sangue 
em dois circuitos fechados a cada contração – circulação 
sistêmica e circulação pulmonar. (TORTORA, 14ª ed.) 
O lado esquerdo do coração é a bomba para a circulação 
sistêmica; ele recebe sangue oxigenado (rico em 
oxigênio) vermelho brilhante dos pulmões. O ventrículo 
esquerdo ejeta sangue para a aorta. A partir da aorta, o 
sangue se divide em correntes separadas, entrando 
progressivamente em artérias sistêmicas menores que o 
transportam a todos os órgãos do corpo – com exceção 
dos alvéolos dos pulmões, os quais são irrigados pela 
circulação pulmonar. Nos tecidos sistêmicos, as artérias 
dão origem a arteríolas de menor diâmetro, que por fim 
levam a extensos leitos de capilares sistêmicos. A troca 
de nutrientes e gases ocorre através das finas paredes 
capilares. O sangue libera O2 (oxigênio) e capta CO2 
(dióxido de carbono). Na maior parte dos casos, o sangue 
flui por meio de um único capilar e então entra em uma 
@jumorbeck 
vênula sistêmica. As vênulastransportam o sangue 
desoxigenado dos tecidos e se fundem para formar veias 
sistêmicas maiores. Por fim, o sangue reflui para o átrio 
direito. (TORTORA, 14ª ed.) 
O lado direito do coração é a bomba para a circulação 
pulmonar; ele recebe todo o sangue desoxigenado 
vermelho escuro que retorna da circulação sistêmica. O 
sangue ejetado do ventrículo direito flui para o tronco 
pulmonar, que se divide em artérias pulmonares que 
levam o sangue para os pulmões direito e esquerdo. Nos 
capilares pulmonares, o sangue descarrega o CO2, que é 
expirado, e capta o O2 do ar inalado. O sangue 
recentemente oxigenado então flui para as veias 
pulmonares e retorna ao átrio esquerdo. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
Circulação coronariana 
↠ O miocárdio tem a sua própria rede de vasos 
sanguíneos, a circulação coronariana ou circulação 
cardíaca. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As artérias coronárias ramificam-se da parte 
ascendente da aorta e cercam o coração como uma 
coroa circundando a cabeça. Enquanto o coração está se 
contraindo, pouco sangue flui nas artérias coronárias, 
porque elas estão bem comprimidas. Quando o coração 
relaxa, no entanto, a pressão do sangue elevada na aorta 
impulsiona o sangue ao longo das artérias coronárias até 
os vasos capilares e, em seguida, às veias coronárias. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
 
 
 
ARTÉRIAS CORONÁRIAS 
↠ Duas artérias coronárias, as artérias coronárias 
esquerda e direita, ramificam-se da parte ascendente da 
aorta e fornecem sangue oxigenado para o miocárdio. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A artéria coronária esquerda passa inferiormente à 
aurícula esquerda e se divide nos ramos interventricular 
anterior e circunflexo. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A artéria coronária direita emite pequenos ramos 
(ramos atriais) para o átrio direito. Ela continua 
inferiormente à aurícula direita e, por fim, se divide em 
ramos interventricular posterior e marginal direito. 
coração e transporta sangue oxigenado à parede do 
ventrículo direito. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A maior parte do corpo recebe sangue de ramos de 
mais de uma artéria, e onde duas ou mais artérias irrigam 
a mesma região, elas normalmente se conectam entre si. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Essas conexões, chamadas de anastomoses, fornecem 
vias alternativas, chamadas de circulação colateral, para 
que o sangue chegue a um órgão ou tecido específico. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O miocárdio contém muitas anastomoses que 
conectam ramos de uma determinada artéria coronária 
ou se estendem entre os ramos de diferentes artérias 
coronárias. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As anastomoses fornecem desvios para o sangue 
arterial se uma via principal estiver obstruída. Assim, o 
músculo cardíaco pode receber oxigênio suficiente, 
mesmo que uma de suas artérias coronárias esteja 
parcialmente bloqueada. (TORTORA, 14ª ed.) 
 
VEIAS CORONÁRIAS 
A maior parte do sangue venoso do miocárdio drena para 
um grande seio vascular no sulco coronário na face 
posterior do coração, chamado seio coronário. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
O sangue venoso do seio coronário drena para o átrio 
direito. As principais tributárias que transportam sangue 
para o seio coronário são: (TORTORA, 14ª ed.) 
➢ Veia cardíaca magna no sulco interventricular 
anterior, que drena as áreas do coração irrigadas 
pela artéria coronária esquerda (ventrículos 
esquerdo e direito e átrio esquerdo); 
➢ Veia interventricular posterior no sulco 
interventricular posterior, que drena as áreas 
irrigadas pelo ramo interventricular posterior da 
artéria coronária direita (ventrículos esquerdo e 
direito); 
➢ Veia cardíaca parva no sulco coronário, que 
drena o átrio direito e o ventrículo direito; 
@jumorbeck 
➢ Veias anteriores do ventrículo direito, que 
drenam o ventrículo direito e drenam 
diretamente para o átrio direito. 
 
Quando o bloqueio de uma artéria coronária priva o músculo cardíaco 
de oxigênio, a reperfusão, o restabelecimento do fluxo sanguíneo, 
pode danificar ainda mais o tecido. Este efeito surpreendente é 
decorrente da formação de radicais livres de oxigênio a partir do 
oxigênio reintroduzido. (TORTORA, 14ª ed.) 
Histologia do músculo cardíaco 
↠ Em comparação às fibras musculares esqueléticas, as 
fibras musculares cardíacas são mais curtas e menos 
circulares em um corte transversal. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Apresentam ramificação, que dão a cada fibra 
muscular cardíaca uma aparência de “degrau”. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Geralmente, existe um núcleo central, embora uma 
célula ocasionalmente tenha dois núcleos. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
 
As extremidades das fibras musculares cardíacas se ligam 
às fibras vizinhas por espessamentos transversais 
irregulares de sarcolema chamados discos intercalares. Os 
discos contêm desmossomos, que mantêm as fibras 
unidas, e junções comunicantes, que possibilitam que os 
potenciais de ação musculares sejam conduzidos de uma 
fibra muscular para as fibras vizinhas. As junções 
comunicantes possibilitam que todo o miocárdio dos átrios 
ou dos ventrículos se contraia como uma única unidade, 
coordenada. (TORTORA, 14ª ed.) 
As mitocôndrias são maiores e mais numerosas nas fibras 
do músculo cardíaco do que nas fibras musculares 
esqueléticas. As fibras musculares cardíacas têm o 
mesmo arranjo de actina e miosina, e as mesmas bandas, 
zonas e discos Z, que as fibras musculares esqueléticas. 
Os túbulos transversos do músculo cardíaco são mais 
largos, mas menos abundantes do que no músculo 
esquelético; há um único túbulo transverso por 
sarcômero no disco Z. (TORTORA, 14ª ed.) 
Sistema de condução 
↠ A atividade elétrica inerente e rítmica é o motivo das 
contrações cardíacas ao longo da vida. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
↠ A fonte desta atividade elétrica é uma rede de fibras 
musculares cardíacas especializadas chamadas fibras 
autorrítmicas, porque são autoexcitáveis. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
 
 
As áreas escuras que cruzam as fibras miocárdicas são 
referidas como discos intercalados; elas são, na verdade, 
membranas celulares que separam as células miocárdicas umas 
das outras. Em cada disco intercalado, as membranas celulares 
se fundem entre si, para formar junções “comunicantes” 
permeáveis (gap junctions), que permitem rápida difusão, 
quase totalmente livre, dos íons. Dessa forma, o miocárdio 
forma sincício de muitas células musculares cardíacas, no qual 
as células estão tão interconectadas que, quando uma célula é 
excitada, o potencial de ação se espalha rapidamente para 
todas. O coração é, na verdade, composto por dois sincícios; o 
sincício atrial e o sincício ventricular, que forma as paredes dos 
ventrículos. (GUYTON, 13ª ed.) 
 
As fibras possuem duas funções importantes: 
↠ Agem como marca-passo, definindo o ritmo da 
excitação elétrica que provoca a contração do coração. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Formam o sistema de condução do coração, uma 
rede de fibras musculares cardíacas especializadas que 
@jumorbeck 
oferecem uma via para que cada ciclo de excitação 
cardíaca se propague pelo coração. (TORTORA, 14ª ed.) 
 
RESUMO DAS FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO DO 
MIOCÁRDIO (GUYTON, 13ª ed.) 
➢ Fase 0 (despolarização), os canais rápidos de 
sódio abrem. Quando a célula cardíaca é 
estimulada e se despolariza, o potencial de 
membrana fica mais positivo. Os canais de sódio 
ativados por voltagem (canais rápidos de sódio) 
abrem e permitem que o sódio flua rapidamente 
para dentro da célula e a despolarize. O potencial 
de membrana alcança cerca de + 20 milivolts 
antes dos canais de sódio encerrarem. 
➢ Fase 1 (despolarização inicial), os canais rápidos 
de sódio encerram. Os canais de sódio encerram, 
a célula começa a repolarizar e os íons potássio 
saem da célula através dos canais de potássio 
abertos. 
➢ Fase 2 (platô), os canais de cálcio abrem e os 
canais rápidos de potássio encerram. Ocorre 
uma breve repolarização inicial e o potencial de 
ação alcança um platô em consequência de (1) 
maior permeabilidade dos íons cálcio; e (2) 
diminuição da permeabilidadedos íons potássio. 
Os canais de íons cálcio, ativados por voltagem, 
abrem lentamente durante as fases 1 e 0, e o 
cálcio entra na célula. Depois, os canais de 
potássio encerram e a combinação da redução 
do efluxo de íons potássio e o aumento do 
influxo de íons cálcio conduz a que o potencial 
de ação alcance um platô. 
➢ Fase 3 (polarização rápida), os canais de cálcio 
encerram e os canais lentos de potássio abrem. 
O fechamento dos canais de íons cálcio e o 
aumento da permeabilidade aos íons potássio, 
permitindo que os íons potássio saiam 
rapidamente da célula, põem fim ao platô e 
retornam o potencial de membrana da célula ao 
seu nível de repouso. 
➢ Fase 4 (potencial de membrana de repouso) 
com valor médio aproximado de –90 milivolts. 
 
 
 
Os potenciais de ação cardíacos se propagam ao longo 
do sistema de condução na seguinte sequência: 
(TORTORA, 14ª ed.) 
➢ A excitação cardíaca normalmente começa no 
nó sinoatrial (SA), localizado na parede atrial 
direita, discretamente inferior e lateral à abertura 
@jumorbeck 
da veia cava superior. As células do nó SA não 
têm potencial de repouso estável. Em vez disso, 
elas se despolarizam repetida e 
espontaneamente até um limiar. A 
despolarização espontânea é um potencial 
marca-passo. Quando o potencial marca-passo 
alcança o limiar, ele dispara um potencial de ação. 
Cada potencial de ação do nó SA se propaga ao 
longo de ambos os átrios via junções 
comunicantes nos discos intercalares das fibras 
musculares atriais. Após o potencial de ação, os 
dois átrios se contraem ao mesmo tempo. 
➢ Ao ser conduzido ao longo das fibras musculares 
atriais, o potencial de ação alcança o nó 
atrioventricular (AV), localizado no septo 
interatrial, imediatamente anterior à abertura do 
seio coronário. No nó AV, o potencial de ação 
se desacelera consideravelmente, como 
resultado de várias diferenças na estrutura 
celular do nó AV. Este atraso fornece tempo 
para os átrios drenarem seu sangue para os 
ventrículos. 
➢ A partir do nó AV, o potencial de ação entra no 
fascículo atrioventricular (AV) (feixe de His,). Este 
fascículo é o único local em que os potenciais 
de ação podem ser conduzidos dos átrios para 
os ventrículos. (Em outros lugares, o esqueleto 
fibroso do coração isola eletricamente os átrios 
dos ventrículos.) 
➢ Depois da propagação pelo fascículo AV, o 
potencial de ação entra nos ramos direito e 
esquerdo. Os ramos se estendem ao longo do 
septo interventricular em direção ao ápice do 
coração. 
➢ Por fim, os ramos subendocárdicos calibrosos 
(fibras de Purkinje) conduzem rapidamente o 
potencial de ação, começando no ápice do 
coração e subindo em direção ao restante do 
miocárdio ventricular. Em seguida, os ventrículos 
se contraem, deslocando o sangue para cima 
em direção às válvulas semilunares. 
Por conta própria, as fibras autorrítmicas do nó SA iniciariam 
um potencial de ação a cada 0,6 s, ou 100 vezes por minuto. 
Assim, o nó SA define o ritmo de contração do coração – é o 
marca-passo natural. Esta frequência é mais rápida do que a de 
qualquer outra fibra autorrítmica. Como os potenciais de ação 
do nó SA se espalham ao longo do sistema de condução e 
estimulam outras áreas antes que estas sejam capazes de 
produzir um potencial de ação no seu próprio ritmo, mais lento, 
o nó SA age como o marca-passo natural do coração. Os 
impulsos nervosos da divisão autônoma do sistema nervoso 
(SNA) e hormônios transportados pelo sangue (como a 
epinefrina) modificam sua sincronização e força a cada 
batimento cardíaco, mas não estabelecem o ritmo de base. Em 
uma pessoa em repouso, por exemplo, a acetilcolina liberada 
pela parte parassimpática do SNA atrasa a estimulação do nó 
SA para a cada aproximadamente 0,8 s, ou 75 potenciais de 
ação por minuto. (TORTORA, 14ª ed.) 
Ciclo cardíaco 
O conjunto dos eventos cardíacos, que ocorre entre o 
início de um batimento e o início do próximo, é 
denominado ciclo cardíaco. Cada ciclo é iniciado pela 
geração espontânea de potencial de ação no nodo 
sinusal. (GUYTON, 13ª ed.) 
Em cada ciclo cardíaco, os átrios e ventrículos se 
contraem e relaxam alternadamente, forçando o sangue 
das áreas de alta pressão às áreas de baixa pressão. 
Enquanto uma câmara do coração se contrai, a pressão 
arterial dentro dela aumenta. (TORTORA, 14ª ed.) 
O ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento, 
chamado diástole, durante o qual o coração se enche de 
sangue, seguido pelo período de contração, chamado 
sístole. (GUYTON, 13ª ed.) 
A duração total do ciclo cardíaco, incluindo a sístole e a 
diástole, é a recíproca da frequência cardíaca. Por 
exemplo, se a frequência cardíaca é de 72 
batimentos/min, a duração do ciclo cardíaco é de 1/72 
batimentos/min — aproximadamente 0,0139 minuto por 
batimento, ou 0,833 segundo por batimento. (GUYTON, 13ª 
ed.) 
Bulhas cardíacas 
 
↠ O som dos batimentos cardíacos é decorrente 
principalmente da turbulência do sangue causada pelo 
fechamento das valvas cardíacas. 
 
↠ Durante cada ciclo cardíaco, existem quatro bulhas 
cardíacas, mas em um coração normal apenas a primeira e a 
segunda bulhas cardíacas (B1 e B2) são auscultadas com um 
estetoscópio. 
 
↠ A primeira bulha (B1), a qual pode ser descrita como um 
som de tum, é mais forte e um pouco mais longa do que a 
segunda bulha. B1 é causada pela turbulência do sangue 
associada ao fechamento das valvas AV logo depois de a sístole 
ventricular começar. 
 
@jumorbeck 
↠ A segunda bulha (B2), que é mais breve e não tão forte 
quanto a primeira, pode ser descrita como um som de tá. B2 
é causada pela turbulência no sangue associada ao fechamento 
das valvas do tronco pulmonar e da aorta no início da diástole 
ventricular. 
 
Fatores que influenciam nos batimentos cardíacos 
 
➢ Controle parassimpático O neurotransmissor 
parassimpático acetilcolina (ACh) diminui a frequência 
cardíaca. A acetilcolina ativa os receptores 
colinérgicos muscarínicos que influenciam os canais 
de K e Ca2. A combinação dos dois efeitos faz a 
célula levar mais tempo para alcançar o limiar, 
atrasando o início do potencial de ação no marca-
passo e diminuindo a frequência cardíaca. 
(SILVERTHORN, 7ª ed.) 
➢ Controle simpático A estimulação simpática nas 
células marca-passo acelera a frequência cardíaca. As 
catecolaminas noradrenalina (dos neurônios 
simpáticos) e adrenalina (da medula da glândula 
suprarrenal) aumentam o fluxo iônico através dos 
canais If e de Ca2 . A entrada mais rápida de cátions 
acelera a taxa de despolarização, fazendo a célula 
atingir o limiar mais rapidamente e, assim, 
aumentando a taxa de disparo do potencial de ação 
Quando o marca-passo dispara potenciais de ação 
mais rapidamente, a frequência cardíaca aumenta. 
(SILVERTHORN, 7ª ed.) 
 
Determinados produtos químicos influenciam a fisiologia 
de base do músculo cardíaco e a frequência cardíaca. Por 
exemplo, a hipoxia (nível de oxigênio reduzido), acidose 
(pH baixo) e alcalose (pH elevado) deprimem a atividade 
cardíaca. Vários hormônios e cátions têm grandes efeitos 
sobre o coração: (TORTORA, 14ª ed.) 
 
➢ Hormônios: A epinefrina e a norepinefrina 
(provenientes da medula da glândula suprarrenal) 
melhoram a efetividade do bombeamento cardíaco. 
Estes hormônios afetam as fibras musculares 
cardíacas de modo muito semelhante à maneira 
como o faz a norepinefrina liberada pelos nervos 
aceleradores cardíacos – aumentam a frequência e 
a contratilidade cardíacas. O exercício, o estresse e a 
excitação fazem com que as medulas das glândulas 
suprarrenais liberem mais hormônios. Os hormônios 
tireoidianos também melhoram a contratilidade 
cardíaca e aumentam a frequência cardíaca. Um sinal 
de hipertireoidismo é a taquicardia, ou seja, uma 
frequência cardíaca de repouso elevada. 
➢ Cátions: Dado que as diferenças entre as 
concentrações intracelulares e extracelulares de 
vários cátions (p. ex., Na+ e K+) são cruciais paraa 
produção de potenciais de ação em todas as fibras 
nervosas e musculares, não é de se estranhar que 
os desequilíbrios iônicos possam comprometer 
rapidamente a efetividade do bombeamento 
cardíaco. As concentrações relativas de três cátions 
– K+, Ca2+ e Na+ – exercem efeito acentuado na 
função cardíaca. Níveis sanguíneos elevados de K+ 
ou Na+ diminuem a frequência e a contratilidade 
cardíaca. O excesso de Na+ bloqueia o influxo de 
Ca2+ durante potenciais de ação cardíacos, 
diminuindo assim a força de contração, enquanto o 
excesso de K+ bloqueia a produção de potenciais de 
ação. Um aumento moderado do nível intersticial (e, 
portanto, intracelular) de Ca2+ acelera a frequência 
cardíaca e fortalece as contrações cardíacas. 
 
Também influenciam na frequência cardíaca de repouso: 
➢ A idade; 
➢ O sexo; 
➢ A condição física; 
➢ A temperatura corporal; 
 
Toda substância química que afeta a contratilidade é chamada de 
agente inotrópico, e sua influência é chamada de efeito inotrópico. Se 
uma substância química aumenta a força de contração, ela possui um 
efeito inotrópico positivo. Por exemplo, as catecolaminas adrenalina e 
noradrenalina e fármacos, como os digitálicos, aumentam a 
contratilidade e, portanto, possuem efeitos inotrópicos positivos. 
Substâncias químicas com efeito inotrópico negativo diminuem a 
contratilidade. (SILVERTHORN, 7ª ed.) 
 
 
Artigo: Variabilidade da Frequência Cardíaca, 
Depressão, Ansiedade e Estresse em Intensivistas 
 
O presente estudo objetivou avaliar médicos e 
enfermeiros de UTI, com relação à presença ou não de 
ansiedade, depressão e estresse, e documentar durante 
o plantão possíveis alterações na VFC por meio da 
gravação dos batimentos cardíacos com Holter durante 
o período de 12 horas. 
Em relação às variáveis da VFC, evidenciou-se que seus 
componentes em quase sua totalidade estiveram 
alterados quando comparados aos valores considerados 
normais, principalmente HF e a relação LF/HF (domínio 
da frequência). 
Quando se analisam os componentes descanso e 
classificação do plantão, notam-se alterações nas variáveis 
que refletem a atividade parassimpática, com nítidas 
mudanças na VFC, sugerindo que o descanso durante o 
plantão de 12 horas influi de maneira importante a 
classificação do plantão pelos intensivistas. 
@jumorbeck 
 
Referências 
 
TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível 
em: Minha Biblioteca, (14th edição). Grupo GEN, 2016. 
 
JUNQUEIRA; CARNEIRO. Histologia Básica, 13ª ed. 
Guanabara Koogan, SP, 2017. 
GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica, 13ª ed. 
Editora Elsevier Ltda., 2017. 
MOORE. Anatomia Orientada para a Clínica, 7ª ed. 
Guanabara Koogan, SP, 2017 
Silverthorn, Dee U. Fisiologia Humana. Disponível em: 
Minha Biblioteca, (7th edição). Grupo A, [Inserir ano de 
publicação]. 
LONGHI, ALLAN; TOMAZ, CARLOS A. B. Variabilidade da 
frequência cardíaca, depressão, ansiedade e estresse em 
intensivistas. Revista Brasileira de Cardiologia, v. 23, n. 6 , 
páginas: 315-323, 2010. 
 
 
@jumorbeck

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