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UNIDADE 1 A CULPABILIDADE É

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PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS
UNIDADE 1 – A CULPABILIDADE É 
ELEMENTO DO CRIME OU PRESSUPOSTO DE 
PENA?
André Adriano Nascimento da Silva
- -2
Introdução
Você já pensou nos motivos que levam alguém à prática de um crime? Se sim, provavelmente percebeu que, nem
sempre, a motivação é livre. Essa preocupação não é nova no direito penal. Na verdade, nasce com a própria
ideia de punição.
E se o agente de uma conduta humana típica e ilícita não possui capacidade para entender o caráter criminoso do
que faz? Imagine alguém com uma doença mental, totalmente incapaz de entender o mundo e as consequências
de sua conduta. Ele deve ser punido como outra pessoa com plena capacidade de entendimento?
E nas hipóteses em que o agente, embora completamente capaz, não tenha o exato conhecimento sobre o
proibido? Pode ele ser punido ou merece ter o caso analisado de acordo com a situação concreta em que se
encontrava?
Ainda sobre a liberdade daquele que age, ela é possível quando o sujeito está sob coação moral irresistível?
Quando pratica uma conduta, por exemplo, por ter sua família ameaçada?
Essas e outras questões serão objeto de nosso estudo. Você vai entender a liberdade daquele que pratica um
delito e como o direito penal deve resolver as diferentes questões envolvendo a reprovabilidade do autor de uma
conduta humana típica e ilícita.
Acompanhe com atenção e bons estudos!
1.1 Conceito analítico de crime
O conceito de crime é objeto das mais antigas análises da história do próprio direito. Designar o que é crime em
detrimento da maioria das condutas lícitas praticadas é uma tarefa muitas vezes complexa.
Por essa razão, é importante encontrar um norte interpretativo que permita ao legislador e, principalmente, ao
aplicador da lei penal uma série de elementos técnicos que habilitem o reconhecimento de uma conduta humana
como criminosa.
Nesse contexto, o conceito de crime se desenvolve de três maneiras diferentes, sendo a última espécie – o
conceito analítico – o mais importante. Segundo ele, o fenômeno crime é desenvolvido em suas menores partes,
de modo a favorecer o entendimento do todo.
É necessário, portanto, antes de tudo, fazermos uma revisão sobre o conceito de delito ou crime (trata-se de
expressões sinônimas).
1.1.1 Conceituação
Não há um conceito de crime no Código Penal, mas o desenvolvimento de seus principais elementos. Diversos
conceitos de crime, contudo, foram construídos ao longo do tempo pela doutrina. Cada conceito tem suas
peculiaridades, sendo que cada um traz um destaque diferente e uma finalidade pré-estabelecida.
• , crime seria toda conduta que contraria a lei penal, visando mostrar ao Conceito formal: a priori
operador do Direito Penal quais são os ilícitos penais dentro do nosso ordenamento jurídico. Há, contudo, 
importante desenvolvimento realizado pela Lei de Introdução ao Código Penal (1941). O art. 1º dela faz 
uma divisão formal do crime, diferenciando-o das contravenções penais pela pena:
Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer
isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração
penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou
cumulativamente (BRASIL, 1941, art. 1º).
Essa diferenciação, note, é meramente formal, mas de sua análise fica evidente uma maior gravidade dos crimes
•
- -3
Essa diferenciação, note, é meramente formal, mas de sua análise fica evidente uma maior gravidade dos crimes
em relação às contravenções penais, também definidas pela doutrina como “crime anão” ou “delito liliputiano”.
Lembre-se: crime e delito são, no Brasil, utilizados como sinônimos. Por fim, há um delito, previsto no art. 28 da
Lei 11.343/2006, que, embora não possua pena de reclusão ou detenção, foi considerado como delito pelo
próprio Supremo Tribunal Federal.
• toda ação ou omissão, consciente e voluntária, que viola um bem jurídico protegido. Conceito material:
Tal conceito visa limitar a atuação do legislador, impondo a ele um limite de quais comportamentos 
proibir na criação das normas penais. É o conceito mais complexo entre os três, pois a busca pelos 
elementos que toda conduta deve possuir para ser caracterizada como crime deve levar em consideração 
o contexto social em que se apresenta, de modo que há diversas variantes a serem consideradas, o que 
justifica sua inconstância entre os autores.
• preocupa-se em conhecer os elementos do crime e sua estrutura, Conceito analítico ou estratificado:
visando a aplicação racional e homogênea do Direito Penal. Ele direciona o aplicador do direito no 
momento da verificação do delito, observando se o fato é penalmente típico, se ele é ilícito (ou 
antijurídico) e se o agente é culpável. Após a análise desses três elementos se verifica se o agente deverá 
ou não ser punido (conceito de punibilidade). Esse conceito sofreu uma divisão doutrinária sobre os 
elementos constitutivos do crime, havendo, no Brasil, duas teorias acerca do tema:
• o crime seria constituído pela tipicidade e pela ilicitude, sendo a culpabilidade mero Teoria bipartida:
pressuposto de aplicação da pena.
• é majoritária no Brasil e na Europa. Para ela, o crime é composto da tipicidade, da Teoria tripartida:
ilicitude e da culpabilidade, pois não haveria que se falar em crime sem que o agente da conduta seja 
reprovável.
CASO
Até 2006 a legislação brasileira era clara em dividir os crimes e contravenções penais de
acordo com o critério formal adotado no art. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal. Com a
nova Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), contudo, essa realidade se modificou. O legislador
previu como penas autônomas ao delito de porte de droga para uso próprio (previsto no art.
28 da Lei 11.343/2006) apenas três restritivas de direitos, consistentes em advertência sobre
o uso de droga, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a
programa ou curso educativo. Foi, então, objeto de discussão na doutrina se essa infração
penal seria um crime, uma contravenção penal ou, até mesmo, uma infração sui generis. Coube
ao Supremo Tribunal Federal acabar com a celeuma, entendendo o porte de droga para uso
próprio como um crime (STF, RE 430.105 QO, 2009).
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Com base no que a doutrina majoritária adotada, temos como conceito de crime o analítico: sendo então o crime
uma conduta típica, ilícita e culpável.
Figura 1 - Segundo o viés analítico, os elementos do crime são a tipicidade, a ilicitude e a culpabilidade.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
Cabe, agora, tratarmos resumidamente de cada um dos elementos da infração penal.
1.1.2 Tipicidade
A tipicidade, segundo a teoria finalista, é composta por três elementos (BITENCOURT, 2010, p. 250):
• A é a intencional, oConduta dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva: conduta dolosa
agente tinha conhecimento e vontade de agir (por exemplo, quando A decide matar B,
realizando contra ele um disparo de arma de fogo que é causa eficaz de sua morte); conduta
 é aquela em que o agente infringe um dever de cuidado, hipótese na qual embora oculposa
agente não queira o resultado, acabou dando causa a ele por imprudência, imperícia ou
negligência (pense na hipótese do motorista que atropela pedestre que atravessava na faixa,
que não perceberá por estar manuseando o aparelho de telefonia celular); a conduta
 ocorre quando o agente volta a sua conduta para o cometimento de um ilícitocomissiva
penal de maneira positiva, agindo (como no caso do disparo de arma de fogo, por exemplo); e
por último, , ocorre quando o agente deixa de fazer algo que devia e podiaconduta omissiva
VOCÊ O CONHECE?
Nelson Hungria Guimarães Hoffbauer (1891-1969) foi um dos maiores penalistas brasileiros,
conhecido por ter sido um dos revisores do nosso atual Código Penal. Foi Ministro do Supremo
Tribunal Federal e seu Código Penal comentado ainda é referência na análise dos temas de
direito penal.
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penal de maneira positiva, agindo(como no caso do disparo de arma de fogo, por exemplo); e
por último, , ocorre quando o agente deixa de fazer algo que devia e podiaconduta omissiva
fazer, e em consequência disso se dá um resultado criminoso (pense no crime de omissão de
socorro previsto no art. 135 do Código Penal).
• se subdivide em resultado formal ou material; o resultado formal ocorre quandoResultado:
o tipo penal exige apenas a conduta para consumação do delito, não necessita da efetiva
modificação da natureza. Já o resultado material necessita de alteração do mundo
naturalístico para que ocorra o delito, por exemplo, no crime de homicídio, o resultado se dá
com a morte da vítima.
• é a relação entre a conduta do agente e o resultado.Nexo de causalidade:
Verificada a incidência desses elementos em um fato da vida, deve-se realizar o juízo de subsunção do fato à
norma penal, designado de tipicidade formal.
Há, ainda, a chamada tipicidade material, consistente, em resumo, na verificação da ofensividade da conduta. A
ofensividade consiste em verificação posterior à tipicidade formal, em que o aplicador do direito deve analisar se
a conduta, formalmente típica, é idônea, a ensejar a atuação do direito penal, e sua não verificação no caso
concreto leva o fato a ser considerado insignificante para a incidência do direito penal.
Sua conformação encontra respaldo na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que a partir de decisões do
Ministro Celso de Mello, acabou adotando quatro critérios para definir quando uma conduta não será
materialmente típica. Veja:
O princípio da insignificância – que deve ser analisado em conexão com os postulados da
fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal – tem o sentido de excluir ou
de afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu caráter material. Doutrina.
Tal postulado – que considera necessária, na aferição do , arelevo material da tipicidade penal
presença de certos vetores, tais como (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b) a
nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do
comportamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada – apoiou-se, em seu processo
de formulação teórica, no reconhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal reclama e
impõe, em função dos próprios objetivos por ele visados, a intervenção mínima do Poder Público. O
postulado da insignificância e a função do direito penal: “ ”. O sistemade minimis, non curat praetor
jurídico há de considerar a relevantíssima circunstância de que a privação da liberdade e a restrição
de direitos do indivíduo somente se justificam quando estritamente necessárias à própria proteção
das pessoas, da sociedade e de outros bens jurídicos que lhes sejam essenciais, notadamente
naqueles casos em que os valores penalmente tutelados se exponham a dano, efetivo ou potencial,
impregnado de significativa lesividade (STF, 2004, HC 84.412).
Nessa linha, percebemos que não é prerrogativa do direito penal se ocupar de condutas consideradas
desvalorizadas, “por não importar em lesão significativa a bens jurídicos relevantes – não represente, por isso
mesmo, prejuízo importante, seja ao titular do bem jurídico tutelado, seja à integridade da própria ordem social”
(STF, 2004, HC 84.412).
1.1.3 Ilicitude
A ilicitude ou antijuricidade é a contrariedade entre a conduta típica do agente e o ordenamento jurídico. É
importante registrar que parte da doutrina usa as expressões como sinônimas, mas há alguns autores que
afirmam ser a expressão “ilicitude” preferível, tendo em vista que é ilógico chamar o crime de antijurídico, pois
há todo um sistema legal que o analisa.
Não basta que a ação seja típica, ou seja, descrita em lei, deve ser também ilícita, e isso quer dizer que a conduta
do agente deve violar bens jurídicos protegidos, tal como a vida, patrimônio, liberdade etc.
Existem hipóteses em que embora a conduta seja típica, ela não será ilícita. São as chamadas excludentes de
•
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Existem hipóteses em que embora a conduta seja típica, ela não será ilícita. São as chamadas excludentes de
, e estão previstas no art. 23 do Código Penal.ilicitude
Para melhor esclarecimento, vamos expor breves explicações sobre os principais aspectos de cada uma das
excludentes previstas no Código Penal (clique para ler):
• Estado de necessidade
Agente sacrifica um bem jurídico de menor valor para garantir a proteção de outro de valor maior.
Exemplo: O agente, verificando que seu freio falhou, em vez de atropelar uma criança, joga seu carro
contra outro que estava estacionado.
Art. 24 do CP - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual,
que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um
a dois terços (BRASIL, 1940, art. 24).
• Legítima defesa
É o direito de se autodefender, ou de defender terceiros de uma conduta que lesa ou expõe a perigo um
bem jurídico tutelado.
Art. 25 do CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem (BRASIL, 1940, art. 25).
• Estrito cumprimento de dever legal
Ocorre quando o agente realiza um fato tipificado em lei como crime, em razão de seu dever de atuação.
É uma obrigação a ele imposta por lei. Exemplo: policial que prende um indivíduo em flagrante, ou oficial
de justiça que invade residência para cumprimento de ordem judicial.
• Exercício regular de direito
É a conduta realizada por um indivíduo comum que está autorizada pela existência de direito definido
em lei, ou seja, a lei deu ao agente a autorização para agir de determinada forma. O caso mais citado pela
doutrina é aquele previsto no art. 1.210 do Código Civil: “O possuidor tem direito a ser mantido na posse
em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de
ser molestado” (BRASIL, 2002, art. 1.210); e seu § 1º: “O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá
manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de
desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse” (BRASIL, 2002, art.
1.210, § 1º).
• Consentimento do ofendido
Embora sem previsão legal, parte da doutrina também considera o consentimento do ofendido como
hipótese de exclusão da ilicitude, citando, como exemplo, as lesões corporais decorrentes de uma
competição esportiva, como o MMA ou o boxe.
1.1.4 Culpabilidade
Pode ser entendida sobre três diferentes aspectos, sendo o primeiro e mais relevante para este estudo a ideia de
ser fundamento da pena. Nesse sentido, é composta pela imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e
exigibilidade de conduta diversa (BITENCOURT, 2010).
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1.2 Teoria da culpabilidade
A culpabilidade é o mais denso elemento do crime. Sua análise encerra a teoria do crime justamente por trazer a
necessidade de aprofundamento teórico acerca da mente do agente, sendo somente responsável pela exclusão
do crime em hipóteses excepcionais.
Vamos, agora, conceituar culpabilidade, falar sobre suas principais correntes e, na sequência, analisar suas
excludentes.
1.2.1 Conceito
Existem quatro teorias que visam explicar a culpabilidade, são elas: teoria psicológica, teoria psicológica-
normativa, teoria normativa pura ou extrema e teoria limitada (BITENCOURT, 2010, p. 394 e seguintes). Veja:
• tem como fundamento a teoria casualista. Para essaTeoria Naturalística ou Psicológica:
teoria a culpabilidade tem como elementos base a imputabilidade e o vínculo psicológico
entre o sujeito e o fato típico por ele cometido. Esse vínculo pode ser tanto doloso quanto
culposo,sendo esses dois elementos psicológicos.
• tem como fundamento a teoria neokantista.Teoria Normativa ou Psicologia-Normativa:
Essa teoria defende que a culpabilidade é soma da imputabilidade, dos elementos de dolo e
culpa e a exigibilidade de conduta diversa. Para essa teoria, a culpabilidade deixa de ser
somente um vínculo psicológico sujeito com o fato típico e passa a ser tratada também um
juízo de censura ou de reprovação pessoal. Então além dos elementos de dolo ou culpa, para
que o agente seja punido deverá ser verificado se diante do caso concreto poderia se exigir do
agente conduta diversa da praticada.
• tem como fundamento a teoria finalista: esta teoriaTeoria Normativa Pura ou Extrema:
afirma que a culpabilidade é a junção da imputabilidade, da potencial consciência da ilicitude
e da exigência de conduta diversa. Esses elementos são organizados hierarquicamente. Veja a
figura a seguir.
Para essa teoria, as descriminantes putativas são o erro de proibição. E dentro dela existe a , queteoria limitada
deriva da teoria normativa pura, mas dela se diferencia pelo fato de que, para ela, as descriminantes putativas se
dividem em descriminantes putativas de fato (erro de tipo) e descriminantes putativas de direito (erro de
proibição). Para a teoria normativa pura as descriminantes putativas sempre excluirão a culpabilidade.
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- -8
Figura 2 - As excludentes da culpabilidade são a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e a exigência 
de conduta diversa.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
O Código Penal brasileiro adotou a teoria limitada, ou seja, a culpabilidade é a soma da imputabilidade +
, e ainda, quando falarmos depotencial consciência da ilicitude + exigência de conduta diversa
descriminantes putativas, vamos, a depender do caso concreto, para verificar se é caso de aplicar o erro de tipo
ou o erro de proibição.
Existem duas teorias para explicar o juízo de reprovação: a teoria do livre arbítrio e a teoria do determinismo,
que são explicadas em direito penal pelas ideias de culpabilidade em sentido formal e culpabilidade em sentido
material.
VOCÊ QUER LER?
Fruto da tese de doutorado de Davi de Paiva Costa Tangerino, o livro “Culpabilidade” (2014),
da editora Saraiva é uma das obras mais abrangentes sobre o tema.
- -9
De acordo com a teoria da culpabilidade em sentido formal, o juízo de reprovação é definido de forma abstrata,
sendo realizado pelo legislador ao impor limites à pena atribuída às infrações penais. Já quanto à teoria da
culpabilidade em sentido material, sua constatação deve ser feita no caso concreto, isto é, direcionada ao agente
que cometeu um fato típico e antijurídico.
1.2.2 Excludentes de culpabilidade
Assim como há hipóteses de exclusão da ilicitude, temos as causas que excluem a culpabilidade do agente, sendo
as chamadas excludentes ou dirimentes de culpabilidade.
As dirimentes dividem a exclusão de culpabilidade por ausência de imputabilidade, por ausência de potencial
conhecimento da ilicitude e por ausência da culpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa.
• são as causas que diminuem o discernimento do agente, não tendo no Ausência de imputabilidade:
momento do crime noção do que estaria fazendo. Podem decorrer de doença mental, do uso de 
substâncias alucinógenas, ou qualquer meio que possa eliminar ou afetar a capacidade de entender o 
caráter ilícito do fato ou a de exprimir sua vontade de acordo com esse entendimento, desenvolvimento 
mental incompleto (menor de 18 anos) ou retardado, por embriaguez acidental completa proveniente de 
caso fortuito ou força maior.
Inimputáveis
Art. 26 - CP É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Menores de dezoito anos
Art. 27 - CP Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às
normas estabelecidas na legislação especial.
Emoção e paixão
Art. 28 - CP Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força
maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de
VOCÊ QUER VER?
O documentário , de Débora Diniz (2012), traz um relato detalhado sobre a A casa dos mortos
rotina e o funcionamento do manicômio judiciário de Salvador, Bahia.
•
- -10
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de
caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento (BRASIL,
1940, art. 26-28).
• ocorre quando o agente tem uma falsa percepção Ausência de potencial conhecimento da ilicitude:
da realidade, são exemplos dessa ausência o erro de ilicitude inevitável, a discriminante putativa, esse 
erro pode recair tanto sobre os elementos que constituem o tipo penal como sobre a ilicitude da ação.
Erro sobre a ilicitude do fato
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta
de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da
ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência (BRASIL,
1940, art. 21).
• a exigibilidade de conduta Ausência da culpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa:
diversa é um dos elementos que compõem a culpabilidade, de modo que se ela não existir não tem como 
se falar em responsabilização penal por uma conduta em que o gente não tinha margem de escolha. São 
exemplos da ausência: coação irresistível e a obediência hierárquica.
Coação irresistível e obediência hierárquica
Art. 22 do CP - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem (BRASIL,
1940, art. 22).
Figura 3 - Os elementos de inimputabilidade.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
•
•
- -11
Esses três elementos detalhados são aqueles reconhecidos pela doutrina como componentes principais da
culpabilidade. Há, contudo, importante questão que merece destaque: a coculpabilidade.
1.2.3 Coculpabilidade
A desigualdade é evidente na sociedade, assim a personalidade dos indivíduos é moldada conforme as
oportunidades e realidades a eles oferecidas. É essa realidade social que leva o indivíduo a determinar se seguirá
ou não o ordenamento jurídico. A sociedade, não dando a todos a mesma oportunidade, abre uma brecha para o
indivíduo marginalizado se desviar do padrão aceitável de comportamento.
A coculpabilidade surge com a responsabilização do Estado pela prática de condutas ilícitas por indivíduos
marginalizados socialmente, os quais não tiveram concedidos seus direitos básicos de educação, trabalho,
moradia, saúde, assistência social etc.
A coculpabilidade está intimamente ligada à autodeterminação do agente e da influência que o meio social tem
em seu comportamento. Quando a sociedade deixa de oferecer iguais oportunidades, marginalizando o indivíduo
e negando a ele direitos constitucionais mínimos, a sociedade se torna corresponsável pelas infrações penaisque
esse indivíduo venha a cometer.
Nessas hipóteses, considera-se uma atenuante inominada em beneficio do réu, com o fim de reparar o
tratamento diferenciado e a culpa da sociedade em seu comportamento reprovável.
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou
posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei (BRASIL, 1940, art. 66).
E ainda se fala na coculpabilidade às avessas, que irá dizer que se os indivíduos excluídos da sociedade devem
ter penas mais leves, os mais favorecidos deverão ter penas mais severas. Essa ideia não se aplica ao
ordenamento jurídico por falta de previsão legal.
1.2.4 Culpabilidade x Punibilidade
Conhecendo o conceito de culpabilidade, e ciente de que é fundamento da pena, é importante distinguir tal
instituto do conceito de punibilidade. Desse modo, punibilidade refere-se ao poder-dever do Estado de punir
aquele que comente um crime. Todavia, esta prerrogativa não é temporalmente ilimitada, ou seja, há causas que
extinguem a chamada punibilidade.
O Código Penal brasileiro prevê, em seu art. 107, as causas de extinção da punibilidade, sendo que algumas delas
são de fácil compreensão, como a morte do agente e a denominada que se caracteriza por,abolitio criminis,
posteriormente, o ato ou a omissão deixarem de ser considerados ilícitos penais. Mas, por outro lado, há causas
que resultam da não-ação do Estado, seja por assim decidir, como no indulto, seja pelo decurso do tempo, como
ocorre na prescrição, ou, ainda, pela falta de interesse de agir, como na decadência.
Assim, as causas de extinção da punibilidade são:
a morte do agente, uma vez que o inciso XLV do art. 5º da CF preconiza que “nenhuma pena passará da pessoa do
condenado”, ressalvada a obrigação civil de reparação dos danos causados;
a anistia, graça ou indulto, sendo que a anistia é uma decisão que provém do Congresso Nacional, enquanto graça
e indulto decorrem de ato da Presidência da República. No entanto, todos afastam ou o procedimento criminal em
si ou a própria aplicação da pena;
a descriminalização do fato (abolitio criminis) que, por força da retroatividade da lei penal mais benéfica,
extingue a punibilidade, caso o ato ou a omissão tenham deixado de configurar crime;
a renúncia e o perdão pelo ofendido, que demonstram falta de interesse de agir do mesmo;
a retratação do agente que, aplicável aos crimes de calúnia, difamação, falsa perícia e falso testemunho, significa
- -12
a retratação do agente que, aplicável aos crimes de calúnia, difamação, falsa perícia e falso testemunho, significa
que o autor “voltou atrás”, desmentindo ou retificando uma opinião, parecer, ou testemunho anterior;
o perdão judicial que, admitido em determinados tipos penais, faculta ao juiz o afastamento da aplicação da pena,
quando considera que as consequências da infração atingiram o próprio agente de forma tão grave que a sanção
penal se torna desnecessária (art. 121, § 5º, do CP);
e, por fim, a prescrição, decadência e perempção que, por se tratarem de importante temática, explica-se, em
separado, os institutos.
Neste sentido, a perempção ocorre quando o querelante deixa de dar prosseguimento a ação penal privada já
iniciada. É quando o autor (querelante) “abandona a ação”, deixando, por exemplo, de se manifestar nos autos e
de cumprir prazos, ou seja, quando deixa de “dar andamento ao processo”.
Já a decadência ocorre quando, pelo decurso de determinado lapso temporal, afasta-se o direito de ação do
ofendido. Ou seja, afasta-se a possibilidade de representação na ação penal pública condicionada ou de se ajuizar
ação penal privada, pelo seu não exercício no prazo estipulado em lei.
Por sua vez, a prescrição é a perda da possibilidade de punir do Estado pelo decurso do tempo, pois, como
mencionado anteriormente, tal poder não pode ser eterno. Há que se homenagear a própria segurança jurídica
dos envolvidos, razão pela qual deve-se ter um prazo legal, razoável, para o Estado agir. Assim, a prescrição se
subdivide em (clique para ler):
prescrição da pretensão punitiva, que ocorre antes do trânsito em julgado da sentença condenatória; e
prescrição da pretensão executória, que ocorre após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Quanto a prescrição da pretensão punitiva, ou seja, aquela que ocorre antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória, é importante destacar que esta pode ser fixada a partir da pena em abstrato (pena máxima
prevista em lei), ou a partir da pena em concreto (pena aplicada em sentença condenatória).
Deste modo, diante da consumação de um crime, deve-se, em primeiro lugar, observar o art. 109 do Código
Penal, que regula a prescrição a partir do máximo da pena privativa de liberdade cominada em lei. Afinal, não há
se falar, ainda, em sentença condenatória.
Desta feita, iniciando a contagem da data de consumação do crime, a prescrição da pretensão punitiva ocorrerá:
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
Não sendo este o caso, ou seja, não ocorrendo a prescrição da pretensão punitiva nos termos do art. 109 do CP e,
sobrevindo sentença condenatória, considera-se a pena aplicada, caso em que a prescrição poderá ser (clique
para ler):
Retroativa
quando considera-se o lapso temporal entre o recebimento da denúncia e a sentença
condenatória recorrível; ou
Superveniente
quando se utiliza a pena aplicada para calcular o lapso temporal entre a sentença
condenatória recorrível e o seu trânsito em julgado.
Por consequência, apenas se não ocorrer a prescrição até o trânsito em julgado da sentença condenatória é que
se cogita a prescrição da pretensão executória, já que esta ocorre após o trânsito em julgado da sentença
condenatória e se refere à execução da pena já aplicada.
Neste caso, observada a pena aplicada, deve-se contar o tempo entre o trânsito em julgado da sentença
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Neste caso, observada a pena aplicada, deve-se contar o tempo entre o trânsito em julgado da sentença
condenatória e o início do cumprimento da pena. Então, não ocorrendo a prescrição, considera-se a continuação
do cumprimento da pena, observadas as causas de interrupção (como a fuga do preso, que reinicia a contagem) e
de suspensão (como enquanto o condenado está preso).
É importante ressaltar que existem causas que interrompem e outras que suspendem a prescrição, sendo que a
interrupção da prescrição faz com que a contagem do prazo se reinicie do zero, enquanto a suspensão apenas a
paralisa por um tempo, reiniciando a contagem do marco em que se encontrava. As causas de interrupção e de
suspensão da prescrição estão previstas nos arts. 117 e 116, do CP, respectivamente.
Por fim, salienta-se que, em se tratando de penas restritivas de direito, diz o parágrafo único do art. 109 do CP
que a prescrição se regula pelos mesmos prazos previstos para as penas privativas de liberdade.
1.3 Erros
O erro é a falsa percepção da realidade. Em direito penal, fala-se em erro de fato e erro de direito. O atual Código,
contudo, preferiu analisar o erro sob as perspectivas do erro de tipo (trabalhado junto à tipicidade) e o erro de
proibição, analisado quando do estudo da culpabilidade.
Vamos, na sequência, tratar das espécies de erro previstos em nosso Código Penal.
1.3.1 Erro de proibição
Há presunção legal de que todos têm conhecimento da lei, mas devemos frisar que a consciência da existência de
uma lei é diferente do conhecimento do seu conteúdo. Essa diferenciação faz surgir o erro de proibição, aquele
que recai sobre a compreensão da ilicitude da conduta. O agente, por erro, acredita estar em situação lícita,
pressupondoque a conduta proibida seja, na sua realidade, permitida.
O erro de proibição poderá ser escusável ou inevitável, ou, inescusável ou evitável:
• o agente age ou se omite sem consciência da ilicitude de sua ação, e na Escusável ou inevitável:
circunstância em que se encontrava não era possível identificar o caráter ilícito do fato. Nessa 
modalidade é afastada a consciência do caráter ilícito do seu comportamento, deixando assim o fato de 
ser culpável.
• o agente age ou se omite sem a consciência da ilicitude de sua ação. Porém, Inescusável ou evitável:
aqui, em circunstância que fosse possível a ele identificar o caráter ilícito do fato. Nessa modalidade, a 
punição será imposta sem alterar o caractere doloso da infração penal, porém a pena terá redução de um 
sexto a um terço.
Erro sobre a ilicitude do fato
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta
de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da
VOCÊ QUER LER?
Um dos melhores livros nacionais sobre o tema é: “Erro de Tipo e Erro de Proibição: uma
análise comparativa” (2013), de Cezar Roberto Bitencourt. O livro é da editora Saraiva.
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Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da
ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência (BRASIL,
1940, art. 21).
Figura 4 - As espécies de erro de proibição são: escusável e inescusável.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
Ainda podemos dividir o erro de proibição em três subespécies:
E r r o d e
proibição
direto
Ocorre quando o indivíduo se engana a respeito da norma proibitiva; o agente erra por não
conhecer a norma ou por conhecê-la mal ou não compreender como se dá sua aplicação.
E r r o d e
proibição
mandamental
Ocorre nos crimes omissivos, em que o agente se engana com relação a uma norma que
manda que ele faça algo.
E r r o d e
proibição
indireto ou
e r r o d e
permissão
Ocorre quando o agente se equivoca sobre a existência ou sobre os limites em hipóteses de
excludente de ilicitude.
Portanto, o erro de proibição funciona como causa dirimente de culpabilidade, quando escusável; ou como causa
de diminuição e pena, quando inescusável.
1.3.2 Descriminantes putativas
As descriminantes são causas de exclusão da ilicitude, elencadas no art. 23 do CP: estado de necessidade,
legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito. O termo putativo indica algo
falsamente atribuído; é algo que se supõe ser, mas não é. É aparente. Descriminantes putativas são, então, as
causas de exclusão de ilicitude que não existem de verdade; a situação somente existe na imaginação do agente.
Descriminantes putativas
Art. 20, § 1º do CP - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o
erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo (BRASIL, 1940, art. 20).
- -15
As descriminantes estão presentes em três situações:
Erro relacionado aos pressupostos de fato de uma causa de excludente de ilicitude
O agente imagina estar diante de uma situação em que está amparado por causa excludente de ilicitude
erroneamente. Quando age supondo estar numa situação de excludente, mas não estando, ele age com culpa,
pois imagina que a situação realmente existe, e se efetivamente fosse real, sua conduta teria sido legítima. Isso
configura um erro de tipo, pois o erro recai sobre um pressuposto fático. Nos demais casos de descriminantes
falaremos de erro de proibição.
Erro relacionado à existência de uma causa de exclusão de ilicitude
O agente supõe existir uma descriminante que na verdade não existe no ordenamento jurídico.
Erro relacionado aos limites de uma causa de exclusão de ilicitude
O agente conhece as hipóteses de descriminantes, mas não conhece o limite a elas impostos, de modo a
extrapolar com sua conduta.
1.3.3 Diferença entre erro de tipo e erro de proibição
Primeiramente, devemos entender o que é o erro de tipo. Ele nada mais é do que a hipótese em que o agente se
equivoca sobre um elemento que constitui o tipo penal. Um exemplo clássico é o indivíduo que está numa caçada
e acerta um ser humano achando se tratar de um animal. Já no erro de proibição, como vimos, não há equívocos
sobre o fato. O agente conhece exatamente a situação em que se encontra, mas seu erro está em achar que sua
conduta seja lícita quando na verdade a norma a proíbe.
1.4 Concurso
Concurso, como gênero, designa a pluralidade de elementos de alguma coisa. No caso do direito penal, temos
duas espécies de concursos: de crime e de agentes.
No caso do concurso de crimes há uma pluralidade de infrações praticadas pelo mesmo agente ou pelos mesmos
agentes, enquanto no concurso de agentes há mais de um agente que pratica o mesmo fato penal. Veja a seguir.
1.4.1 Concurso de crimes
O concurso de crimes se dá quando o agente pratica vários crimes mediante uma ou várias condutas. Os crimes
apresentam uma independência no seu cometimento. A maioria dos crimes admitem o concurso de crimes e
ainda pode existir concurso entre um crime doloso e um culposo. Há, ainda, crimes em que a repetição de
condutas é necessária para a própria existência do crime, como é o caso dos crimes habituais, que só se
caracterizam pela reiteração de uma determinada conduta, como no caso do crime de curandeirismo (BRASIL,
1940, art. 284).
Não confunda o concurso de crimes com a consunção, que ocorre quando um crime menos grave é cometido por
ser este necessário para a execução do crime mais gravoso. Nessa hipótese responde o agente pelo delito mais
gravoso. Também não se pode confundir com os crime de ação múltipla ou de conteúdo variado, em que o
agente, ainda que pratique mais de uma conduta integrante do tipo penal, só irá responder por um único crime.
O concurso de crimes se divide em: material, formal e continuado.
• ocorre quando há pluralidade de condutas e pluralidade de resultados, Concurso de crime material:
podendo ser tanto crimes idênticos como distintos. Nessa hipótese, será aplicado o sistema de cúmulo 
material ou de cumulação, em que as penas de cada crime serão aplicadas individualmente e, em seguida, 
serão somadas.
•
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Art. 69 do CP - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja
incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro
aquela.
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não
suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste
Código.
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente
as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais (BRASIL, 1940, art. 69).
• ocorre quando há unidade de condutas, ou seja, quando os atos são Concurso de crime formal:
realizados num mesmo contexto de tempo e espaço e há pluralidade de resultados, podendo ser tanto 
crimes idênticos quanto distintos. O concurso formal se divide em próprio ou impróprio:
• não há intenção de se produzir mais de um crime, podendo ser Concurso de crime formal próprio:
tanto a ocorrência de um crime doloso + culposo, quanto de um crime doloso + doloso. Nessa hipótese, 
aplica-se o sistema de exasperação, no qual o juiz irá aplicar uma só pena, se forem idênticas, ou a pena 
maior, se distintas, com aumento de 1/6 até a metade. No entanto, se esse sistema se mostrar o mais 
prejudicial ao réu, deverá ser aplicado o sistema do cúmulo material, pela proteção trazida pelo princípio 
do .in dubio pro réu
• há intenção de se produzir mais de um crime com uma única Concurso de crimeformal impróprio:
conduta, ocorrendo essa modalidade apenas em crimes dolosos. É a ideia de um crime eficiente: o agente 
planeja obter dois resultados por meio de uma só conduta. Nessa hipótese, será aplicado o sistema de 
cúmulo material, ou seja, as penas dos delitos serão somadas igualmente ao concurso material.
Figura 5 - As espécies de concurso de crimes.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
• ocorre quando o agente pratica vários crimes de uma mesma espécie em Crime continuado:
continuação ao primeiro crime praticado por meio de várias condutas.
Crime continuado
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da
mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes,
devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só
dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a
dois terços.
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave
•
•
•
•
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dois terços.
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave
ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo
único do art. 70 e do art. 75 deste Código (BRASIL, 1940, art. 71).
O crime continuado pode ser dividido em genérico ou específico:
• previsto no do art. 71 do CP, há uma pluralidade de crimes em Crime continuado genérico: caput
mesmas condições de tempo, lugar e modo de execução.
• estão no mesmo tipo penal e violam o mesmo bem jurídico.Os crimes de mesma espécie:
• : intervalo entre um crime e outro. A jurisprudência determina, em As mesmas condições de tempo
regra, entre os fatos penais, o prazo de trinta dias (o “Supremo Tribunal Federal, todavia, lançou luz sobre 
o tema ao firmar, e a consolidar, o entendimento de que, excedido o intervalo de 30 dias entre os crimes, 
não é possível ter-se o segundo delito como continuidade do primeiro: HC 73.219/SP, Rel. Min. 
MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 26/04/1996, e HC 69.896, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJ de 02/04/1993” 
(STF, 1ª T., HC 107.636, rel. Min. Luiz Fux, j. 06.03.2012)). 
• o crime acontece na mesma comarca ou em comarcas vizinhas.Mesmas condições de lugar:
Figura 6 - Os elementos do crime continuado.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
O Código Penal adotou a teoria objetiva ao crime continuado, de modo que para que este seja reconhecido é
necessária a presença dos requisitos objetivos: a condição de tempo, lugar, maneira de execução e outras
semelhantes. Entretanto, os Tribunais Superiores têm considerado que é necessário o aspecto subjetivo de
continuidade, sendo necessário então uma unidade de desígnios ou um vínculo subjetivo entre os fatos,
consistente na adoção da chamada teoria mista. Assim entende o Superior Tribunal de Justiça:
De acordo com a Teoria Mista, adotada pelo Código Penal, mostra-se imprescindível, para a aplicação 
da regra do , o preenchimento de requisitos não apenas de ordem objetiva – crime continuado 
mesmas condições de tempo, lugar e forma de execução – como também de ordem subjetiva – 
unidade de desígnios ou vínculo subjetivo entre os eventos (6ª T., AgRg no REsp 1629450, rel. Min. 
Nefi Cordeiro, j. 26.09.2017, DJe 04.10.2017).
Nesse caso, o juiz levará em consideração a pena de um único crime, se forem condutas idênticas; ou, se
•
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•
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Nesse caso, o juiz levará em consideração a pena de um único crime, se forem condutas idênticas; ou, se
diferentes, a pena maior, com um aumento de 1/6 a 2/3.
• previsto no do art. 71, parágrafo único do CP. Há uma pluralidade Crime continuado específico: caput
de crimes dolosos de mesma espécie. Embora em mesmas condições de tempo, as vítimas são diferentes e 
existe a condição de que tenham sido praticados os crimes com violência ou grave ameaça.
O magistrado levará em conta uma única pena quando os crimes forem idênticos, ou quando distintos o crime
com pena maior, tendo um aumento de 1/3 até o triplo.
• não importa a modalidade do concurso de crimes, o agente, Pena de multa no concurso de crimes: 
independentemente de em qual se enquadrar, terá as penas de multa somadas. O artigo 72 (BRASIL, 
1940) define que as multas no concurso de crimes são aplicadas distinta e integralmente.
Quadro 1 - Os concursos de crimes comparados.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Uma vez analisado o concurso de crimes, o próximo passo de nosso caminho é analisar o concurso de pessoas,
isto é, a pluralidade de agentes de uma mesma conduta.
1.4.2 Concurso de pessoas
O concurso de pessoas, também conhecido como concurso de agentes, acontece quando há concorrência de duas
ou mais pessoas para o cometimento de um tipo penal.
•
VOCÊ SABIA?
As hipóteses de concurso formal e continuado servem para favorecer o agente. Se, em qualquer
caso, sua situação for piorada, sempre deverá ser utilizado o cúmulo material.
•
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Do concurso de pessoas
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na
medida de sua culpabilidade.
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena
deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais
grave (BRASIL, 1940, art. 29).
Para que ocorra o concurso de pessoas serão necessários a pluralidade de agentes culpáveis, a conduta
relevante, o vínculo subjetivo e uma unidade de crime imputada a todos.
Pluralidade
de Agentes
Culpáveis
Para haver concurso de pessoas é necessário pelo menos a participação de duas pessoas e
consequentemente uma conduta penalmente relevante imputada a cada um deles.
A norma prevista do art. 29 do CP será aplicada apenas aos crimes unissubjetivos ou de
concurso eventual. Para os crimes plurissubjetivos ou de concurso necessário, o fato típico
já está completo, o próprio crime já prevê o concurso de agente (ex.: associação criminosa).
Conduta
relevante
O trecho “quem, de qualquer modo...” previsto no início do art. 29 do CP deve ser
entendido como a colaboração pessoal, física ou moral, seja ela direta ou indiretamente,
comissiva ou omissiva, seja ela anterior ou no momento da execução do crime. A conduta
individual de cada agente deve interferir diretamente no resultado.
Vínculo
subjetivo
Os indivíduos estão unidos entre si por um nexo psicológico, eles devem revelar a vontade
semelhante de se produzir um mesmo resultado. Desse modo, não há como haver
contribuição em crime doloso num crime culposo, e nem o contrário. Esse vínculo não
precisa ser previamente ajustado, basta que o agente tenha ciência do fato e auxilie para
que o seu resultado venha a ocorrer.
Unidade de
c r i m e
imputada a
todos os
agentes
Os agentes devem praticar a mesma infração penal para que haja o concurso de pessoas.
Para a aplicação da sanção no contexto do concurso de pessoas, o Código Penal adota a chamada teoria unitária,
. Segundo ela, todos os que concorrem para o mesmo fato penal recebem a mesma pena,igualitária ou monista
isto é, recebem o mesmo tratamento quanto à classificação jurídica desse fato, cabendo ao juiz, contudo, no caso
concreto, entre os limites mínimo e máximo, determinar a sanção de cada um dos sujeitos da infração penal.
De forma abstrata, portanto, autor e partícipe incorrem na mesma pena, pelo teor do art. 29 do CP. Porém, para
que haja a correta aplicação da pena é necessário que cada agente responda conforme o seu grau de
culpabilidade.
Dentro do concurso de pessoas teremos, assim, a figura do autor e a do partícipe. Nesse ponto, o Código Penal
adotou a sobre a diferenciação entre autore partícipe: teoria objetiva, restritiva ou dualista autor é o agente
que realiza o núcleo do tipo penal, enquanto partícipe é aquele que de alguma forma auxilia na prática
do crime sem praticar o núcleo do tipo (seja de maneira intelectual, induzindo ou instigando, seja de
maneira material).
Lembre-se, contudo, de que a teoria monista tem duas exceções importantes previstas no Código Penal. São duas
situações em que, embora os agentes tenham concorrido para a prática da mesma infração penal, acabam sendo
punidos de formas diversas. A primeira hipótese é o delito de corrupção: o funcionário público corrompido
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punidos de formas diversas. A primeira hipótese é o delito de corrupção: o funcionário público corrompido
pratica o delito de corrupção passiva (art. 317 do Código Penal), enquanto o particular corrompedor pratica a
corrupção ativa (art. 333 do Código Penal). A segunda exceção principal é a do crime de aborto: a gestante que
autoriza a realização do aborto por terceiro pratica o crime do art. 124 do Código Penal, enquanto o terceiro que
efetiva o delito pratica o crime – mais grave – do art. 126 do Código Penal.
Antes de encerrar, lembre-se de que as expressões ou são sinônimas. Oconcurso de agentes de pessoas
relevante é a pluralidade de pessoas que praticam a infração penal.
Síntese
Concluímos o capítulo. Agora você já conhece esse importante elemento do crime, a culpabilidade, e sabe de sua
importância para a determinação da reprovabilidade do agente que praticou uma conduta humana típica e ilícita.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• aprender que o conceito analítico de crime majoritário no país conceitua crime como conduta humana 
típica, ilícita e culpável;
• entender que esse conceito serve para a melhor compreensão dos diferentes aspectos sobre o delito, 
para permitir seu melhor estudo e aplicação no direito;
• aprender que a tipicidade se refere às questões material (a ofensividade da conduta) e formal, que diz 
respeito aos aspectos objetivos (conduta, nexo e resultado) e subjetivos (dolo e culpa);
• compreender que os aspectos objetivos e subjetivos da tipicidade permitem verificar a ocorrência de 
uma conduta que se amolda ao modelo legal previsto;
• aprender que a ilicitude significa a contrariedade da conduta típica com o ordenamento jurídico, 
podendo ser afastada na hipótese das excludentes de ilicitude (estado de necessidade, legítima defesa, 
estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de um direito);
• entender a culpabilidade a partir de seu conceito e suas principais correntes justificadoras;
• compreender as excludentes de culpabilidade e seus elementos: a inimputabilidade, a potencial 
consciência da ilicitude e a inexigibilidade de conduta diversa;
• aprender sobre o erro e suas hipóteses de incidência (o erro de tipo e o erro de proibição);
• compreender o que significa concurso de agentes e analisar as suas diferentes possibilidades (o 
concurso material, o concurso formal e o crime continuado);
• entender o que é concurso de agentes e como são punidos os coautores e os partícipes de uma mesma 
VOCÊ SABIA?
No caso do mensalão, o Supremo Tribunal Federal inovou na jurisprudência da Corte adotando
a teoria do domínio do fato para a justificação da punição de diversos autores do ilícito contra
os quais não havia prova direta da participação como executores, porque figuravam apenas na
posição de mandantes. A teoria do domínio do fato é atualmente a principal forma de
explicação do concurso de agentes, definindo autor aquele que detém – por sua vontade – a
possibilidade de determinar ou impedir a realização de um fato penal. Ela resolve de maneira
mais lógica a antiga tentativa de diferenciação entre o autor mediato (mandante) e autor
imediato (executor), permitindo a categorização de ambos simplesmente como autores.
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• entender o que é concurso de agentes e como são punidos os coautores e os partícipes de uma mesma 
infração penal;
• compreender, por fim, o instituto da punibilidade.
Bibliografia
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/ r e v i s t a / d o c u m e n t o / m e d i a d o / ?
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Acesso em: 07/10/2018.
TANGERINO, D. de P. C. . 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.Culpabilidade
TOLEDO, F. A. . 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1994.Princípios básicos de direito penal
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http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2685850
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http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=443566
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http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1833848
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https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1641055&num_registro=201602576969&data=20171004&formato=PDF
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http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=443566
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	Introdução
	1.1 Conceito analítico de crime
	1.1.1 Conceituação
	1.1.2 Tipicidade
	1.1.3 Ilicitude
	Estado de necessidade
	Legítima defesa
	Estrito cumprimento de dever legal
	Exercício regular de direito
	Consentimento do ofendido
	1.1.4 Culpabilidade
	1.2 Teoria da culpabilidade
	1.2.1 Conceito
	1.2.2 Excludentes de culpabilidade
	1.2.3 Coculpabilidade
	1.2.4 Culpabilidade x Punibilidade
	1.3 Erros
	1.3.1 Erro de proibição
	1.3.2 Descriminantes putativas
	1.3.3 Diferença entre erro de tipo e erro de proibição
	1.4 Concurso
	1.4.1 Concurso de crimes
	1.4.2 Concurso de pessoas
	Síntese
	Bibliografia

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