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NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO
DIDÁTICA, TECNOLOGIA E A EDUCAÇÃO DO FUTURO
NOVA GERAÇÃO – ASSESSORIA EDUCACIONAL
CENTRAL - Núcleo de Pós Graduação em Educação, Segunda Licenciatura e Cursos Livres -
Rua Antonio Gama de Cerqueira, 325 – São Miguel Paulista São Paulo / SP –
Telefones: 11-2025-8405
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TEXTO PARA REFLEXÃO
Plante o futuro
Um senhor já idoso amava muito as plantas. Todo dia acordava bem cedo para cuidar de seu
jardim. Fazia isso com tanto carinho e mantinha o jardim tão lindo que não havia quem não
admirasse suas plantas e flores.
Certo dia resolveu plantar uma jabuticabeira. Enquanto fazia o serviço com toda dedicação,
aproximou-se dele um jovem que lhe perguntou:
- Que planta é essa que o senhor está cuidando?
- Acabo de plantar uma jabuticabeira! - respondeu.
- E quanto tempo ela demora em dar fruto? - indagou o jovem.
- Ah! Mais ou menos uns 15 anos - respondeu o velho.
- E o senhor espera viver tanto tempo assim? - questionou o rapaz.
- Não meu filho, provavelmente não comerei de seu fruto.
- Então, qual a vantagem de plantar uma árvore se o senhor não comerá de seu fruto O velho,
olhando serenamente nos olhos do rapaz, respondeu:
- Nenhuma, meu filho, exceto a vantagem de saber que ninguém comeria jabuticaba se todos
pensassem como você.
O rapaz, ouvindo aquilo, despediu-se do velho e saiu pensativo. Depois de caminhar um pouco,
encontrou à sua frente uma árvore e parou para descansar à sua sombra.
De repente olhou e percebeu que se tratava de uma jabuticabeira carregada de frutos maduros.
Pôde então saborear deliciosas jabuticabas. Enquanto comia, lembrou-se da sua conversa com
o velho e refletiu: "Estou comendo esta jabuticaba porque alguém há 15 anos plantou esta
árvore”. Talvez essa pessoa não esteja mais viva, mas seus frutos estão.
"O importante é plantar e saber que um dia alguém será beneficiado”.
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DIDÁTICA
Uma sociedade que não valoriza a educação e o professor perde a consciência do
futuro. O futuro de um país não está na tecnologia, nem em preparar excelentes
especialistas, mas sim em elevar o nível cultural, artístico e ético dos seus cidadãos. Essa
é a chave de uma cidadania cuja formação se reverterá para toda a sociedade. Mas a
qualidade transforma-se muitas vezes em um slogan de um discurso administrativo e
político, longe da prática docente, do reconhecimento social do professor, do investimento
na formação e na promoção de experiências inovadoras e criativas.
O melhor exemplo de qualidade humana é encontrado em escolas e instituições
criativas. Em escolas que se propõem a tirar o melhor de cada aluno e desenvolver seu
potencial. Delas sairão cidadãos e profissionais alegres e capazes de fazer avançar a
sociedade nas mais diversas áreas. Uma sociedade plural precisa de engenheiros,
advogados, médicos, administradores, mas também de artistas que são o fermento dos
valores humanos, que se entregam à criação e desfrutam do seu trabalho, como ocorre
com os bons professores.
Educar é tornar o homem consciente de si mesmo, de seus deveres e direitos, de sua
responsabilidade para com sua espécie. Educar é tornar o homem capaz de pensar em si
e nos seus relacionamentos com os outros de modo a perceber que é impossível que ele
se nutra autonomamente (EMERENCIANO, 1996:140) Educar é mostrar que a inter-
relação, a parceria, a colaboração são fundamentais para o crescimento pessoal e da
comunidade. Educar é despertar no homem a possibilidade da ação comprometida com o
interpessoal e a consciência de que toda ação tem reflexo para além do pessoal e atinge
os que estão ao seu redor.
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Desde o início da história da humanidade, os indivíduos e grupos travam
relações recíprocas diante da necessidade de trabalharem conjuntamente para garantir
sua sobrevivência. Essas relações vão passando por transformações, criando novas
necessidades, novas formas de organização do trabalho e, especialmente, uma visão do
trabalho conforme sexo, idade, ocupações, de modo a existir uma distribuição das
atividades entre os envolvidos no processo de trabalho. Na história da sociedade, nem
sempre houve uma distribuição por igual dos produtos do trabalho, tanto materiais quanto
espirituais. Com isso, vai surgindo nas relações sociais a desigualdade econômica e de
classe.
Uma nova educação para uma nova era
O ciclo infinito de idéias e ação,
Infinita experiência, infinita invenção,
Traz o saber do movimento, mas não da paz...
Onde está a vida que perdemos vivendo?
Onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento?
Onde está o conhecimento que perdemos na informação?
T.S.Eliot, "The Rock"
Se pensarmos que cada vez mais o conhecimento deve tender à globalização e
não à especialização, como durante muito tempo se admitiu, obrigando a obter informação
das mais diversas áreas – para então criar o conhecimento – veremos que é impossível
acessar toda a informação ao mesmo tempo. Mais que isso, inútil.
Apesar dessa constatação, nossa escola continua tentando formar seus alunos
como se ainda estivessemos no século passado e não no limiar de uma nova era.
Ensinando fatos e cobrando sua memorização, num nítido desvio psitacista, a escola
esquece seu principal papel: o de ensinar a aprender.
A escola e a interdisciplinaridade
Conta a conhecida historinha que cinco cegos encontram um elefante. Cada um
apalpa um pedaço e sai relatando às demais pessoas como era o animal que "viu".
Infelizmente o nosso sistema educacional não se diferencia muito dessa visão cognitiva do
elefante. Ensina-se "trombologia" numa disciplina, "patalogia" em outra, e espera-se que o
aluno faça sozinho a parte mais difícil da tarefa, que é montar o elefante como um sistema
completo em seu arcabouço de representação mental.
A interdisciplinaridade, tão falada mas tão pouco praticada, não apenas leva à
formação mais completa do estudante e do cidadão, preparando-o para interagir com as
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informações esparsas e construir seu conhecimento, como também permite uma
compreensão mais profunda das próprias questões especializadas. Já se definiu
inteligência como a capacidade de formular analogias; compete à escola ser o ambiente
que forme tais competências, criando projetos de estudo multidisciplinares.
Podemos comparar o conhecimento a uma esfera que, à medida em que amplia seu
volume, aumenta o número de pontos em contato com o desconhecido, devido ao
aumento de sua superfície. Ao invés de pretender dominar o maior volume possível dessa
esfera, devemos aprender a navegar nela (os bons navegantes não decoram todas as
ondas e gotas de água, norteiam-se pelas estrelas e pelos mapas).
Por outro lado, a maior parte da informação é mero ruído quando não se encaixa
em algum modelo, quando não possui utilidade imediata. O indivíduo deve ser sabedor da
existência de determinadas informações e de onde se localizam para que, no momento
adequado, as acesse. Nesse sentido, é papel importante da escola criar ambientes de
aprendizagem fundamentados na pesquisa, enquanto busca e avaliação de informações.
As mudanças no mundo e o papel da educação
Com as rápidas transformações nos meios e nos modos de produção, resultado da
revolução tecnológica e científica está entrando em uma nova era da humanidade. A
natureza do trabalho e a relação econômica entre as pessoas e as nações sofrerão
enormes transformações, mudando a natureza do que hoje podemos entender por
profissão. Nestequadro a educação não apenas tem que se adaptar às novas
necessidades como, principalmente, tem que assumir um papel de ponta nesse processo.
O profissional do futuro (e o futuro já começou) terá como principal tarefa aprender.
Sim, pois para executar tarefas repetitivas existirão os computadores e robôs. Ao homem
compete ser criativo, imaginativo, inovador.
A carga horária de trabalho desse profissional do futuro vai imaginá-la em cinco
horas diárias. Dessas cinco horas, e sempre falando hipoteticamente, uma hora diária
seria dedicada ao que podemos chamar de produção propriamente dita e as demais
quatro horas seriam entregues ao estudo, à pesquisa, à aprendizagem. Isso não é mera
futurologia, pois hoje as profissões baseadas no conhecimento (e não na venda de força
de trabalho) já funcionam desta maneira. Uma única boa idéia justificará o salário de
vários anos de um empregado numa empresa.
A escola tem que preparar seus alunos para esta realidade, eles terão que aprender
a aprender, e aprender a fazê-lo com autonomia. O conceito de educação permanente
será mais válido do que nunca. O homo studiosus como realização dos mais velhos
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sonhos humanistas, libertando o homem das tarefas desumanizantes (aquelas que
qualquer máquina, robô ou computador pode fazer) e tornando a cultura, o saber e a arte
sua principal tarefa. Neste cenário, onde está a diferença entre a escola e a profissão?
A cruel piada de que "quem sabe faz, quem não sabe ensina" reflete bem a
desqualificação do profissional da educação. O amadorismo é hoje a maior "praga" da
profissão de professor (ambas as palavras comungam da mesma origem, talvez
possamos resgatar seu sentido). A idéia de sacerdócio justifica a incompetência e castiga
com os maus salários, a pedagogia do afeto (amor e ódio) asfixia a pedagogia do
intelecto. A própria gestalt das escolas reflete sua contradição com a exigência dos novos
tempos: seu visual geralmente está mais para um cartório de notas do que para um
ambiente estimulador do prazer intelectual.
Para alterarmos este quadro, não basta a lamúria, a mera boa-vontade ou mesmo a
determinação política: há que mirar-se nos demais avanços da humanidade e integrá-los
na escola. Por que a escola tem que ser mais atrasada e mais enfadonha do que a TV ou
um vídeo game? Afinal, nenhuma criança demonstra atração por esta espécie de
sadomasoquismo cognitivo. Uma das alternativas, e que pretendo aprofundar no resto
deste artigo, é o uso da tecnologia educacional.
Tecnologia educacional e ambientes de aprendizagem
Em um mundo tecnológico, integrar novas tecnologias à sala de aula ainda é
pouco frequente e um desafio para docentes. Em muitos casos, a formação não considera
essas tecnologias, e se restringe ao teórico, ou seja, o professor precisa buscar esse
conhecimento em outros espaços. Isso nem sempre funciona, pois frequentar cursos de
poucas horas nem sempre garante ao professor segurança e domínio dessas tecnologias.
Embora alguns ainda se sintam inseguros e despreparados, muitos educadores já
perceberam o potencial dessas ferramentas e procuram levar novidades para a sala de
aula, seja com uma atividade prática no computador, com videogame, tablets e até
mesmo com o celular.
O fato é que o uso dessas tecnologias pode aproximar alunos e professores, além
de ser útil na exploração dos conteúdos de forma mais interativa. O aluno passa de mero
receptor, que só observa e nem sempre compreende, para um sujeito mais ativo e
participativo. O ideal seria testar as novas tecnologias e identificar quais se enquadram na
realidade da escola e dos alunos. Uma das dificuldades é a falta de infraestrutura de
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algumas escolas e a falta de formação de qualidade para os professores quanto ao uso
dessas novas tecnologias
Nos dias de hoje, os diferentes usos dessas mídias (tecnologias) se confundem e
passam a ser característicos das tecnologias de informação e de comunicação, que
mudam os padrões de trabalho, do lazer, da educação, do tempo, da saúde e da indústria
e criam, assim, uma nova sociedade, novas atmosferas de trabalho, novos ambientes de
aprendizagem. Criando-se um novo tipo de aluno que necessita de um novo tipo de
professor. Um professor ligado e compromissado com o que está acontecendo ao seu
redor.
Desafio aos professores: aliar tecnologia e educação
Seja por meio de celular, computador ou TV via satélite, as diferentes tecnologias já
fazem parte do dia a dia de alunos e professores de qualquer escola. Contudo, fazer com
que essas ferramentas de fato auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala
de aula não é tarefa fácil: exige treinamento dos mestres. "Ainda não conseguimos
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desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso
dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis
no ambiente educacional."
O desafio é mundial. Mas pode ser ainda mais severo no Brasil, devido a eventuais
lacunas na formação e atualização de professores e a limitações de acesso à internet -
problema que afeta docentes e estudantes.
Normalmente se confunde "obter ou desenvolver tecnologia" com "adquirir
artefatos tecnológicos"; enquanto que a primeira envolve o conhecimento, a segunda
reflete a capacidade de aquisição apenas é pois tecnologia é, antes de tudo, uma questão
de cabeça.
Como contraponto ao conceito de tecnologia podemos mencionar o Kwait:
um país que pode comprar os computadores mais potentes, os carros mais velozes,
os videocassetes mais modernos... mas que não sabe construir ou sequer consertar
qualquer um deles. O inverso disso é Robinson Crusoe, o do clássico de Daniel
Defoe: de mãos nuas, escapado de um naufrágio, reproduz em sua ilha deserta toda
a tecnologia da época, usando apenas seu conhecimento e a vontade de
transformar a realidade.
Na educação (e também em outros setores) essa distinção é fundamental, pois
não há máquina que substitua o professor – e quando isso ocorre é porque o professor o
merece. Tecnologia educacional é, por exemplo, usar uma lata de água, um pedaço de
madeira e uma pedra para explicar a flutuação dos corpos; apertar a tecla de um vídeo
sobre o assunto e deixar os alunos o assistirem passivamente, em contrapartida, nada
tem de tecnologia.
Isso nos aponta para a formação de um novo educador. Por mais que pensemos
em utilizar o vídeo, o computador ou mesmo o velho e bom quadro-negro, é na formação
do professor que desenvolveremos a tecnologia educacional, preparando líderes,
mediadores e estimuladores, mais do que detentores de determinados conhecimentos. O
professor do final do século deve saber orientar os educandos sobre onde colher a
informação, como tratar essa informação, como utilizar a informação obtida. Esse
educador será o encaminhador da autoformação e o conselheiro da aprendizagem dos
alunos, ora estimulando o trabalho individual, ora apoiando o trabalho de pequenos
grupos reunidos por área de interesses.
"Quanto menos informações inúteis colocarmos na cabeça de nossos alunos, mais
espaço sobrará para as grandes idéias", disse o físico russo Lev Landau quando propôs a
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mudança dos conteúdos de ensino de física em seu país – de cerca de 150 itens
curriculares ele os reduziu para apenas cinco!
Neste exercício de repensar a educação é importante não cair nas armadilhas da
"ditadura dos conteúdos", tantas vezes justificadora da falta de inovação ("como posso
mudar minhas aulas se mal tenho tempo para dar o conteúdo?"). Mais vale um aluno
entender bem e profundamente cinco princípios básicos da física do que não entender
nada de 150. Mais vale aprender menosconteúdos mas aprender a ter prazer com o uso
do intelecto, a apreciar a pesquisa, ler por conta própria e descobrir as demais
informações, usando o professor como um consultor para suas dúvidas.
Há que transformar a sala de aula num ambiente interativo facilitador da
aprendizagem. Uma espécie de bolha no espaço-tempo que leve a classe a navegar pela
história da humanidade, pelas galáxias e pelos mundos microscópicos, onde calcular e
argumentar sejam as ferramentas de interação lúdica entre os alunos e seus objetos de
reflexão e pesquisa.
Para obter tal efeito, várias técnicas se poderiam aplicar, desde o uso de vídeo e
jogos até mesmo arte dramática ou construção de maquetes. Porém, dada a dificuldade e
investimento de tempo para se obter o mínimo de resultados, podemos dispor hoje de um
instrumento que reúne todas estas possibilidades: o computador. Nele podemos trabalhar
com a escrita e com os números, com a imagem e com o som, simular fenômenos, brincar
com jogos, conectar outros países...
O computador na escola e o pensamento crítico na sala de aula
Quando se fala em computadores na escola sempre surgem as inevitáveis menções
à merenda escolar, às janelas quebradas e aos baixos salários dos professores. Sem
pretender entrar nessa discussão, pelo menos neste texto, não podemos deixar de
levantar que é apenas com muita e da melhor tecnologia que evitaremos uma clivagem
social ainda maior entre a escola pública e a privada (ou entre o Brasil e as nações
desenvolvidas). Como disse Seymour Pappert, criador da linguagem Logo, a um
interlocutor: "não morda meu dedo, olhe para onde estou apontando".
Nos parágrafos abaixo vamos nos deter exclusivamente nas possibilidades do uso
da informática na criação de um ambiente não só facilitador, mas principalmente
instigador, da reflexão crítica, do prazer pela pesquisa e da aprendizagem contínua e
autônoma – mas o mesmo pode ser feito com outros recursos ou, preferencialmente,
trabalhando com a junção deles.
A maioria dos computadores existentes nas escolas, quando não para uso
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administrativo, destinam-se ao ensino da informática propriamente dita – até por uma
estratégia de marketing dessas escolas. Mas poucas, com honrosas exceções, usam as
possibilidades multimídia do computador na educação. Por que não levar o micro para
dentro da sala de aula? Usá-lo como um instrumento do dia-a-dia do ambiente de estudo,
uma ferramenta quotidiana de aprendizagem, um gerenciador de simulações e jogos na
sala de aula, cruzando dados para pesquisas e fornecendo material para discussões e
levantamento de hipóteses.
Imaginemos um professor de biologia usando um computador em sua classe,
instigando uma pesquisa sobre felinos e seus hábitos. Os alunos pesquisando os animais,
suas velocidades em corrida, seus hábitos alimentares, predadores etc. Ao invés das
tradicionais redações de "pesquisa" as informações alimentariam um banco de dados, no
computador da sala de aula. A pesquisa não terminaria aí, pelo contrário, iniciar-se-ia. A
classe, estimulada pelo professor, levantaria hipóteses – por exemplo, quem corre mais:
os felinos de hábitos noturnos ou diurnos? A pesquisa no computador apontaria para uma
velocidade maior dos felinos de hábitos diurnos e o professor instigaria a discussão sobre
o resultado. A classe discutiria a camuflagem natural da noite, a maior importância da
velocidade à luz do dia etc.
Num mundo em que a quantidade de informação produzida diariamente supera a
que pode ser absorvida por um ser humano durante toda a sua vida, há que preparar a
relação com o saber na escola em bases completamente diferentes das que, hoje, são
praticadas. Não basta que os alunos simplesmente se lembrem das informações: eles
precisam ter a habilidade e o desejo de utilizá-las, precisam saber relacioná-las, sintetizá-
las, analisá-las e avaliá-las. Juntos, estes elementos constituem o que se pode chamar de
pensamento crítico. Este aparece em cada sala de aula quando os alunos se esforçam
para ir além de respostas simples, quando desafiam idéias e conclusões, quando
procuram unir eventos não relacionados dentro de um entendimento coerente do mundo.
Mas sua aplicação mais importante está fora da sala de aula – e é para lá que a
escola deve voltar seu esforço. A habilidade de pensar criticamente pouco valor tem se
não for exercitada no dia-a-dia das situações da vida real. É aí que as simulações, feitas
em computador ou não, têm seu papel, fornecendo o cenário para interessantes aventuras
do intelecto. Existem simulações para quase todas as áreas: viagens por dentro do corpo
humano, construção de cidades, viagens marítimas ou interplanetárias, aventuras em
diversas épocas da história etc.
A tomada de decisões, "motor" básico de quase toda a simulação, pode levar
o aluno a se colocar uma série de perguntas, visando algumas abordagens que a
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resolução de problemas implica: análise da situação (o que eu sei? o que preciso
saber?); definição de metas e objetivos (o que é mais importante para mim? como
eu quero que a situação se defina?); procura de analogias (quais são algumas
situações semelhantes e quais são diferentes? como elas se ajustam?);
consideração de opções (quais são as conseqüências de minhas opções? o que me
levará em direção às minhas metas?); enfrentar as conseqüências (estou disposto a
correr o risco? estou preparado para enfrentar as conseqüências?); rever decisões
(me aproximei mais de minhas metas? este resultado exige uma ação posterior?);
avaliação (como decidi o que fazer? o que posso aprender através destes
resultados?); transferência de conhecimentos (como posso usar este processo
novamente? o quanto isto é significativo para minha vida?).
Claro que tudo isto não ocorre espontâneamente, e aí entra o papel do professor,
encorajando os alunos a fazerem conexões com eventos externos ao mundo da
simulação, descobrindo a ligação entre a situação vivida e os conteúdos curriculares.
Existem muitas táticas simples que o professor pode utilizar e que podem ser
enormemente motivadoras, estimulando processos de transferência, tais como: encorajar
os alunos a dramatizarem papéis que tenham diferentes perspectivas, para ver a situação
por outros pontos de vista; elaborar vocabulários (incluindo palavras como objetivos,
analogias, prioridades, conseqüências etc.) que os alunos possam usar em outras
ocasiões; solicitar historietas pessoais que possam servir como analogias úteis e ajudem
os alunos a tomar decisões.
É importante não cair nas "armadilhas" que a rotina do ensinar tantas vezes impõe.
Dar todo o tempo para as respostas (o silêncio é um grande aliado), pois respostas
pensadas, não apressadas, são as metas do pensamento crítico. Encorajar os alunos a
explicarem como chegaram a suas conclusões, pedindo para eles verbalizarem como
estão pensando sobre um problema enquanto raciocinam. Essas são algumas
abordagens possíveis, mas a principal é usar a imaginação – sempre visando fazer do
ambiente da sala de aula um estímulo que promova uma sensação de prazer pelo uso do
intelecto.
Não só o uso do computador na sala de aula permite lidar com novas tecnologias,
como também promove uma efetiva "subversão" das tépidas rotinas da didática – qual um
cavalo de Tróia que carrega em seu bojo o novo e o desconhecido.
Além de poder usar programas em outras línguas, para ensiná-las – tornando
assim em qualidade o que poderia ser um limitador de uso – o computador também
permite uma interessante utilização de programas feitos com outras finalidades que não
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as educacionais. Destacam-se nesse campo os jogos. Geralmente muito bem feitos e
motivacionais, podem tornar-se uma interessante ferramentadidática nas mãos de um
professor, criando um ambiente lúdico que pode ser a base para uma abordagem
diferenciada da matéria.
Esse uso do computador exige, mais que nunca, um professor preparado,
dinâmico e investigativo, pois as perguntas e situações que surgem na classe fogem do
controle pré-estabelecido do currículo. Essa é a parte mais difícil desta tecnologia.
Educação versus treinamento
Até hoje se considera que o lugar da educação é na escola e que no ambiente
profissional as tarefas da aprendizagem devam ficar a cargo do chamado treinamento –
terminologia que sempre faz lembrar o adestramento de animais.
Tal distinção não faz mais sentido no limiar do século 21. Deve ser papel da
escola formar seus alunos para o mundo profissional, uma vez que o conhecimento e a
capacidade de ser um sujeito crítico e autônomo deixam de ser apenas um apanágio da
cidadania e passam a ser o fundamento da atividade profissional. Também a empresa, por
outro lado, deixa de precisar de sujeitos prontos e acabados (formados) para usar na
produção, pois o aprender passa a ser sua nova linha de montagem. O tradicional
"treinamento" deve ser cada vez mais substituído pela educação permanente no ambiente
profissional.
Nesse sentido, a exposição feita acima, acerca das potencialidades dos
ambientes interativos de aprendizagem gerados por simulações com computadores, cabe,
cada vez mais, no ambiente da empresa. O uso de jogos, a mais antiga forma de
simulação da humanidade (homo ludens), expande-se nas empresas e seus resultados
revelam-se muito positivos. Tais jogos, ao contrário do que se possa pensar, não
necessitam obrigatoriamente simular o ambiente de trabalho. Ao contrário, colocar um
grupo de profissionais numa situação de jogo que fuja de seu dia-a-dia (suponhamos, uma
caça ao tesouro numa ilha de piratas) obriga à criatividade, à descoberta e permite fazer
analogias e transposição de conhecimentos. Um jogo do controle de estoque, além de
possivelmente enfadonho, permitiria a aplicação mecânica de "regrinhas" decoradas, sem
o repensar que um ambiente totalmente novo obriga.
Repensar o gap que existe entre a escola e a empresa, assim como entre ricos e
miseráveis, entre produção e felicidade, são os desafios que temos na construção de uma
sociedade humanista e democrática. Nesse processo, a educação tem um papel
fundamental, como aponta Adam Schaff: "a educação contínua há de ser um dos métodos
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(talvez o principal) capazes de garantir ocupações criativas às pessoas estruturalmente
desempregadas".
Reflexões sobre os quatro pilares de uma educação para o século XXI e suas
implicações na prática pedagógica.
O livro Educação, um tesouro a descobrir, sob a coordenação de Jacques Delors,
aborda de forma bastante didática e com muita propriedade os quatro pilares de uma
educação para o século XXI, associando-os e identificando-os com algumas máximas da
Pedagogia prospectiva e subsidia o trabalho de pessoas comprometidas com a busca por
uma educação de qualidade. Diz o texto na página 89: "À educação cabe fornecer, de
algum modo os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo
tempo, a bússola que permite navegar através dele". Segundo o autor, a analogia com a
prática pedagógica se mostra quando diz que a educação deve preocupar-se em
desenvolver quatro aprendizagens fundamentais, que serão para cada indivíduo os pilares
do conhecimento:
-aprender a conhecer, indica o interesse, a abertura para conhecimento, que
verdadeiramente liberta da ignorância;
-aprender a fazer, mostra a coragem de executar, de correr riscos, de errar mesmo
na busca de acertar;
- aprender a conviver, aqui temos o desafio da convivência que apresenta o
respeito a todos e o exercício de fraternidade como caminho do entendimento e,
finalmente;
- aprender a ser, visto, como o mais importante, por explicitar o papel do cidadão e o
objetivo de viver.
Os pilares são quatro, os saberes e competências a se adquirir são
apresentados, divididos.
Estas quatro vias não podem, no entanto, se dissociar por estarem imbricadas,
constituindo interação com o fim único de uma formação holística do indivíduo.
Jacques Delors (1998) aponta como principal conseqüência da sociedade do
conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda vida, fundamentada
em quatro pilares, que são, pilares do conhecimento e da formação continuada.
http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/reflexoessobreosquatropilares.htm
http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/reflexoessobreosquatropilares.htm
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A seguir, uma síntese dos quatro pilares para a educação do século XXI.
Aprender a conhecer - É necessário tornar prazeroso o ato de compreender,
descobrir, construir e reconstruir o conhecimento para que não seja efêmero, que se
mantenha através do tempo, que valorize a curiosidade, a autonomia e a atenção,
permanentemente. É preciso também pensar o novo, reconstruir o velho, reinventar o
pensar.
Aprender a fazer - Não basta preparar-se com cuidados para inserir-se no setor do
trabalho. A rápida evolução por que passam as profissões pede que o indivíduo esteja
apto a enfrentar novas situações de emprego e a trabalhar em equipe, desenvolvendo
espírito cooperativo, de humildade na re-elaboração conceitual e nas trocas, valores
necessários ao trabalho coletivo. Ter iniciativa, gostar de uma certa dose de risco, ter
intuição, saber comunicar-se, saber resolver conflitos e ser flexível. Aprender a fazer
envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas.
Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros - No mundo atual este é
um importantíssimo aprendizado por ser valorizado quem aprende a viver com os outros,
a compreender os outros, a desenvolver a percepção de interdependência, a administrar
conflitos, a participar de projetos comuns, a ter prazer no esforço comum.
Aprender a ser - É importante desenvolver sensibilidade, sentido ético e estético,
responsabilidade pessoal, pensamento autônomo e crítico, imaginação, criatividade,
iniciativa e desenvolvimento integral da pessoa em relação à inteligência. A aprendizagem
precisa ser integral não negligenciando nenhuma das potencialidades de cada indivíduo.
A partir dessa visão dos quatro pilares do conhecimento, pode-se prever grandes
conseqüências na educação. O ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de
conhecimento, que tem sido objeto de preocupação constante de quem ensina, deverá
dar lugar ao ensinar a pensar, saber comunicar-se, saber pesquisar, ter raciocínio lógico,
fazer sínteses e elaborações teóricas, ser independente e autônomo, enfim, ser
socialmente competente.
Uma educação fundamentada nos quatro pilares acima elencados sugere alguns
procedimentos didáticos que lhe seja condizente, como:
Relacionamento do tema com a experiência do estudante e de outros personagens
do contexto social;
Desenvolvimento da pedagogia da pergunta (Paulo Freire e Antonio Faundez - Por
uma Pedagogia da Pergunta - Paz e Terra, 1985);
Relação dialógica com o estudante;
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Envolvimento do estudante num processo que conduz a resultados, conclusões ou
compromissos com a prática;
Processo de auto-aprendizagem, co-responsabilidade no processo de
aprendizagem;
Utilização do jogo pedagógico com o princípio de construir o texto.
DOCÊNCIA NO FUTURO E TECNOLOGIAS
O professor, antes de tudo, deve ensinar o aluno a ser protagonista do processo
de absorção do conhecimento e que, nesse processo, o docente é cada vez mais
importante. Ele acredita que o futuro contempla uma educação universal,com trocas
permanentes, inclusive no formato digital.
Educar é permitir, aos interlocutores educativos, a dúvida, o erro, a possibilidade
de revisar e alterar posições - a partir de argumentação sólida.
O que assistimos, entretanto, como educação, no âmbito escolar, em geral, não
se configura dessa forma. Muitas escolas permanecem como que impermeáveis às
mudanças que afetam tanto a sociedade estruturalmente quanto as atividades de
produção e de trabalho. As novas gerações freqüentam uma escola semelhante aquela
que nossos avós freqüentaram.
O homem do futuro precisa ser rápido na identificação de novos relacionamentos,
crítico nos seus julgamentos, isto é, cada indivíduo precisa ter habilidades e competência
para aumentar sua capacidade de adaptação às mudanças contínuas. Além de
compreender o passado e o presente, o homem necessita antever o futuro e antecipar
mudanças, através de pressuposições, precisa saber definir, debater, sistematizar e atuar
(TOFFLER, 1970). E educação escolar não pode esquecer essas competências uma vez
que cada vez mais a educação se dá não apenas na escola, mas também na família, na
comunidade, com profissionais e ao longo de toda a vida, não de maneira isolada e
solitária, mas através das relações com outros estudiosos, com outros cidadãos, com
outras pessoas.
Aprender significa ser capaz de reelaborar e reconstruir conhecimento através da
formulação de questionamentos, de análise e síntese das descobertas. O indivíduo
aprende é ao ser capaz de dialogar com o seu interlocutor, seja ele o professor, o livro, o
jornal, o programa de TV. Dependendo do grau de escolaridade, aprender envolve saber
questionar as verdades apresentadas, refletir, investigar suas dúvidas e elaborar nova
síntese que lhe satisfaça a inquietação inicial.
Aprender significa ser capaz de pesquisar com olhos inquisidores, orientados
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por inquietações que tragam contribuições ao crescimento individual e coletivo. É um
processo multifacetado e estimulante se interconectar diversas áreas do conhecimento
mediadas pelas mídias impressa, audiovisual e digital em uma rede de relações
interpessoais.
Um bom professor deve ter três tipos de competências básicas:
- didática para saber comunicar, atrair, impressionar e motivar a
autoaprendizagem;
- psicopedagogia para saber adaptar o conteúdo à idade e maturidade dos
alunos; e
- domínio dos conteúdos curriculares para saber recriá-los, transformá-los e
enriquecê-los com as experiências de vida, que são as principais fontes de aprendizagem.
As duas primeiras competências são comuns a qualquer professor. Um bom
professor precisa ainda ter criatividade para surpreender, estimular e despertar no aluno a
crença de que ele pode aprender por si mesmo. Um professor tem que dominar o código
do seu campo de forma teórica e prática. Se ensina pintura, tem que saber pintar; se
música, compor; se artes plásticas, modelar ou esculpir; se artes cênicas, desempenhar
papéis diferentes. Um bom professor cria espaços e cenários para o estudante se
surpreender e surpreender o seu professor com suas criações. Quando ele conseguir isso,
terá deixado uma marca criativa em seus alunos.
SALA DE AULA INVERTIDA
Outra educação é possível, na qual o aluno é o protagonista e aprende de forma
mais autônoma, com o apoio de tecnologias. Isso é o que os estudiosos da área
defendem há décadas, mas na maior parte das instituições de ensino brasileiras perdura o
modelo tradicional de ensino: o professor expõe os conteúdos e os alunos ouvem e
anotam explicações para, em seguida, estudar e fazer exercícios.
Como alternativa, uma nova didática vem sendo adotada de forma crescente em
vários países, colocando-se como uma das tendências da educação: a sala de aula
invertida (flipped classroom). Nela, o aluno estuda os conteúdos básicos antes da aula,
com vídeos, textos, arquivos de áudio, games e outros recursos. Em sala, o professor
aprofunda o aprendizado com exercícios, estudos de caso e conteúdos complementares.
Esclarece dúvidas e estimula o intercâmbio entre a turma.
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Na pós-aula, o estudante pode fixar o que aprendeu e integrá-lo com
conhecimentos prévios, por meio de atividades como, por exemplo, trabalhos em grupo,
resumos, intercâmbios no ambiente virtual de aprendizagem. O processo é permeado por
avaliações para verificar se o aluno leu os materiais indicados, se é capaz de aplicar
conceitos e se desenvolveu as competências esperadas.
A metodologia tem alcançado resultados positivos, com impacto nas taxas de
aprendizagem e de aprovação, como também no interesse e na participação da turma.
Disseminada nos últimos anos pelos professores norte-americanos Jon Bergmann e
Aaron Sams, foi testada e aprovada por universidades classificadas entre as melhores do
mundo, como Duke, Stanford e Harvard.
Em Harvard, nas classes de cálculo e álgebra, os alunos inscritos em
aulas invertidas obtiveram ganhos de até 79% a mais na aprendizagem do que os que
cursaram o ensino tradicional. Na Universidade de Michigan, um estudo mostrou que os
alunos aprenderam em menos tempo. O MIT (Massachusetts Institute of Technology)
considera a Flipped Classroom fundamental no seu modelo de aprendizagem. O método é
adotado em escolas da Finlândia e vem sendo testado em países de alto desempenho em
educação, como Singapura, Holanda e Canadá.
Poderíamos discutir até que ponto a sala de aula invertida é mesmo uma inovação.
Vygotsky (1896-1934), por exemplo, já destacava a importância do processo de interação
social para o desenvolvimento da mente. Seymour Papert, na linha de Piaget, já defendia
na década de 60 uma didática em que o aluno usasse a tecnologia para construir o
conhecimento. E, sem ir tão longe, o próprio Paulo Freire era adepto de que o professor
transformasse a classe num ambiente interativo, usando recursos como vídeos e
televisão. “Não temos que acabar com a escola”, disse num diálogo com Papert em 1996,
mas sim “mudá-la completamente até que nasça dela um novo ser tão atual quanto a
tecnologia”.
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Em todo caso, seja um método novo ou apenas um nome diferente para o que há
muito se pensa para a educação do futuro, é fundamental que escolas e faculdades
brasileiras conheçam mais sobre essa pedagogia. Sobretudo porque ela apresenta
contribuições importantes para alguns dos maiores desafios do nosso alunado: motivação,
hábito de leitura, qualidade da aprendizagem.
Além disso, a sala de aula invertida valoriza o papel do professor, como orientador
dos percursos de pesquisa e mediador entre estudantes e conhecimentos. E pode ajudar
a desenvolver competências como capacidade de autogestão, responsabilidade,
autonomia, disposição para trabalhar em equipe.
Sem cair no erro de importar tal e qual um modelo estrangeiro, nada impede que,
no Brasil, o método seja estudado, sejam realizados estudos, ensaios e experiências e, na
sequência, se adaptem alguns dos princípios e recursos para as necessidades do nosso
contexto. Algumas escolas e universidades já vêm fazendo isso e, em breve, talvez
verifiquemos resultados surpreendentes.
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CONCLUSÃO
Presenciamos um momento muito importante em nosso país, o da demanda
por educação, que ao crescer, faz com que sociedade e instituições, em uníssono,
movimentem-se no atendimento a esta urgência nacional. Esta é uma tarefa importante e
é isso que se espera que o Brasil faça. Temos materiais e temos idéias.
É preciso pôr em prática todos os estudos e projetos para a modernização daeducação.
Para mudar nossa história e lograr conquistas precisamos ousar em cortar as cordas que
impedem o próprio crescimento, exercitar a cidadania plena, aprender a usar o poder da
visão crítica, entender o contexto desse mundo, ser o ator da própria história, cultivar o
sentimento de solidariedade, lutar por uma sociedade mais justa e solidária e, acima de
tudo, acreditar sempre no poder transformador da Educação.
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S.A., 2011.
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