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Discente: Yasmin Alves Rodrigues Curso: odontologia Odontogênese É o processo que compreende a formação do germe dentário. Dividimos a odontogênese em 6 fases: Fases 1,2,3: fases de muita proliferação e baixa especialização Fases 4,5,6: baixa proliferação e alta especialização -Nessas fases (4,5,6), inicia-se a morfogênese (formação de estruturas) citodiferenciação ( diferenciação de células) e histodiferenciação (diferenciação de tecidos) 1º fase: lâmina dentária e lâmina vestibular 2º fase de botão 3º fase de capuz 4º fase de campânula 5º fase de coroa 6º fase de raiz Fase de lâmina dentária e vestibular: Marcada pelo espessamento do epitélio, que foi gerado pela interação das células do epitélio oral (que reveste o estomódeo, a nossa boca primitiva) com as células ectomesênquimais (células com capacidade de diferenciação) subjacentes, formando esse espessamento denominado: banda epitelial primária. Uma vez formada essa banda epitelial, ela continua se proliferando, gerando duas proeminências: a lâmina vestibular e a dentária. A lâmina vestibular sofre uma degeneração em seu centro, abrindo espaço para a formação do fundo do saco do sulco vestibular. A lâmina vestibular se encerra nessa fase, enquanto a dentária irá prosseguir nas demais fases. Fase de Botão: Fase predominantemente de proliferação Eventos formação de 20 esférulas (10 sup. e 10 inf.); Ivaginação do epitélio oral em direção ao ectomesênquima Fase que marca o início da formação do germe dentário -Representa o verdadeiro início da formação de cada dente. Ivaginação do epitélio oral em direção ao ectomesênquima: -Na fase de botão, a lâmina dentária proveniente da fase anterior, continua se proliferando em direção ao ectomesênquima, formando botões (germes dentários) Apesar de os dentes decíduos começarem sua formação a partir da lâmina dentária, a época de estabelecimento do botão não é necessariamente a mesma para todos. Por isso, em certa fase do desenvolvimento, apenas alguns botões são observados na lâmina dentária. Fase de Capuz: Fase de intensa proliferação celular O botão antes formado, prolifera-se dando a forma e nome de capuz. Eventos: formação do órgão do esmalte (futuramente esmalte) e a papila dentária. (futuramente polpa e dentina) Os botões formados na fase anterior vão caminhar para formar o órgão do esmalte, enquanto as células ectomesenquimais vão caminhar para formar a papila dentária (futuramente a polpa e dentina) Observe o órgão do esmalte na imagem suprajacente -Órgão do esmalte= epitélio externo + epitélio interno+ estrato intermediário + retículo estrelado. -Epitélio interno: células localizadas na concavidade adjacente à condensação ectomesenquimal; células cilíndricas, baixas, com núcleo central -Estrato intermediário: composto de duas a três camadas de células pavimentosas -Epitélio externo: constituído pela porção convexa do capuz, apresentando células achatadas e pavimentosas -O retículo estrelado é caracterizado por células hidrofílicas, que se tornam esparsas e com aspecto estrelado devido ao acumulo de líquido extracelular. -O órgão do esmalte futuramente dará origem ao esmalte. Fase de Campânula Fase de histodiferenciação e morfodiferenciação. Eventos: início da formação do folículo dentário; degeneração da lâmina dentária; formação da alça cervical. Fase que se consolida o órgão do esmalte, papila dentária e folículo dentário Baixa proliferação Na fase de campânula, ocorre a condensação das células ectomesenquimais, e assim, o estrato intermediário se transforma em pré-ameloblasto. -A formação do pré ameloblasto serve de estímulo para que a papila dentária faça com que os odontoblastos (secreta dentina) se organizem e comecem a produzir dentina -Quando se forma a primeira camada de dentina, quem é pré ameloblasto passa a ser ameloblasto (secreta esmalte), e assim inicia-se a secreção de esmalte -Esse evento é denominado indução reciproca, pois as fases induzem umas as outras. ATENÇÂO: a transformação de pré ameloblasto em ameloblasto, é marcada por uma inversão da polaridade celular. (O pré ameloblasto tem seu núcleo na parte inferior da célula, enquanto o ameloblasto passa a ter o núcleo na parte superior da célula). O epitélio interno e externo continua a se condensar, gerando a união de ambos em um ponto, esse ponto de união é denominado alça cervical Após a formação da alça cervical, a lâmina dentária se rompe, separando-se do órgão do esmalte Fase de coroa É nessa fase que ocorre de fato a deposição de esmalte e dentina (amelogênese e dentinogênese, respectivamente) -A deposição de esmalte que é feita pelo ameloblasto, ocorre de dentro para fora (centrífuga) -Enquanto a deposição de dentina, que é realizado pelo odontoblasto, acontece de fora para dentro (centrípeta) Essa fase é também denominada de campânula tardia Na fase de coroa, temos essa estrutura: Fase de Raiz: Ocorre enquanto o dente erupciona Evento: formação da bainha epitelial de hertwig e o diafragma epitelial e formação de estruturas do periodonto de inserção (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) Quando se inicia essa fase, a alça cervical formada na fase de campânula, forma duas estruturas: a bainha epitelial de hertwig e o diafragma epitelial. Formação de estruturas do periodonto (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) -Quando a alça cervical aumenta no sentido de formar a raiz do dente, esse prolongamento vai estimular as células que estão na periferia da papila dentária a se diferenciar em odontoblastos, para agora depositarem dentina na raiz. Conforme essa alça vai crescendo, chega um momento em que ela deixa de ter função, e se fragmenta, os fragmentos desse prolongamento (bainha epitelial de hertwig ou diafragma epitelial) formam os restos epiteliais de malassez. Esses restos epiteliais ficam soltos, e podem ser ativados em qualquer fase da vida, levando a consequências positivas (auxiliar na movimentação dentária) e negativas (formação de cistos) Portanto, os restos epiteliais de malassez, são frutos da fragmentação da bainha epitelial de hertwig, uma vez que essa deixou de exercer função. A fase de raiz e, portanto, o processo de odontogênese propriamente dito, é concluida com a formação da dentina radicular, até o fechamento do ápice (final do dente). Os tecidos que compõem o periodonto de inserção (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) são também formados nessa fase. E como ocorre a formação dos tecidos que compõe o periodonto (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar)? -O folículo dentário se transforma em cementoblasto (para gerar cemento), fibroblasto (para gerar ligamento periodontal) e osteoblasto ( para gerar o osso alveolar). Nessa fase, ainda temos as fibras de sharpey, que se inserem entre cemento e osso, constituindo a matriz do cemento e do osso alveolar. E quando se inicia a erupção dentária, os epitélios interno e externo se fundem formando um epitélio só, o epitélio reduzido. -O epitélio reduzido recobre o esmalte até a erupção se completar. Enquanto ocorre a fase de raiz e o dente erupciona, na coroa, aumenta o teor de mineral do esmalte durante sua maturação pré-eruptiva. Então, o órgão do esmalte colapsa completamente, constituindo o epitélio reduzido do esmalte, recobrindo esse tecido até o aparecimento da coroa na cavidade oral. Após a completa erupção do dente, o epitélio reduzido contribui para a formação do epitélio juncional da gengiva. Resumo: Quando se forma o esmalte e a dentina, a alça cervical continua se proliferando e forma a bainha epitelial e o diafragma epitelial, uma vez formados essas estruturas, inicia-seum estímulo nas células ectomesenquimais para produzirem dentina radicular, uma vez que a dentina radicular foi produzida, inicia-se um estímulo para que o folículo dentário se diferencie formando cementoblasto, fibroblasto e osteoblasto, e assim, as estruturas do periodonto de inserção. Referências:KATCHBURIAN,Eduardo;ARA NA,Victor. Histologia e embriologia oral;texto,atlas e correções clínicas. 3º ed. rev. atual. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
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