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GLÂNDULAS SALIVARES As glândulas se desenvolvem a partir de uma proliferação do epitélio que penetram no tecido conjuntivo subjacente. No caso das glândulas salivares, a partir de um epitélio oral primitivo formará glândulas exócrinas que vão produzir e liberar a saliva para a cavidade bucal. As glândulas salivares são subdividas em maiores e menores. Glândulas salivares maiores São organizadas em pares. Parótidas -2 Sublinguais – 2 Submandibulares – 2 Glândulas salivares menores São diversas, espalhadas nesses locais: Boca (lábio, bochecha língua) Orofaringe Trato sinonasal Laringe Arvore respiratória inferior CONSTITUINTES As glândulas salivares são subdividas em duas partes: parênquima e estroma. O parênquima compreende a unidade secretora e sistema ductal, composto por epitélio. O estroma é composto por tecido conjuntivo. Esse tecido se organiza em capsula da glândula salivar, septos e nervos. Além de dividir o parênquima em lobos e lóbulos, responsável por dar sustentação. PARÊNQUIMA A unidade funcional da glândula salivar é o ADENÔMERO. O adenômero compreende o sistema ductal e suas unidades secretoras, de forma que a uva seria essas unidades secretoras e os talos seria o sistema ductal. Unidades secretoras terminais → podem ser chamadas de ácinos ou túbulos. Além das células secretoras, serosas e mistas, ainda possuem células mioepiteliais que encontram-se em torno da unidade secretora e tem papel fundamental na excreção da saliva. Ácinos serosos (circular) – produzem secreção serosa Ácinos mucosos (túbulos) – produzem secreção mucosa Semilua - produz ambas secreções Ductos → Intercalares Estriados Excretores Células serosas São células que possuem um componente glicoproteico, por isso elas são células seromucosa. Possuem formato piramidal, com uma base mais larga e um ápice um pouco mais estreito, e na base, se encontra o núcleo, arredondado. O ápice da célula está voltado para região de ducto, possuem rugosidades que permite um contato intrínseco com as células adjacentes, permitindo as trocas. Possuem uma grande quantidade de organelas, voltadas para a síntese proteica, bem basofilica, secretam amilase salivar. Normalmente, compõem os ácinos seroso ou unidades terminais acinais. CÉLULAS MUCOSAS Formato piramidal colunar, com um núcleo basal, porém mais achatado, possui um citoplasma mais claro. Responsável pela produção de grandes cadeias de carboidrato. Secretoras de mucinas. Normalmente compõem os túbulos. CÉLULAS MIOEPITELIAIS Geralmente tem uma célula mioepitelial para cada unidade secretora, encontra-se entre a lâmina basal e a membrana plasmática da célula parenquimatosa. Tem uma função contrátil. Possuem diversos prolongamentos que vão envolver a unidade secretora, como um polvo. Células de origem epitelial com componente muscular, ela permite que haja uma contração da unidade secretora, de forma que faz uma propulsão da saliva para que ela vá aos ductos e sigam seu caminho à cavidade bucal. SISTEMA DE DUCTOS DUCTO INTERCALAR: São os menores ductos do sistema, vão levar saliva da unidade secretora para o caminho externo do sistema ductal. São os primeiros na saída do sistema ductal. Células cubicas de citoplasma escasso e núcleo central. Os ductos nas glândulas mucosas são curtos, enquanto nas glândulas serosas são mais desenvolvidos. DUCTO ESTRIADO: São células colunares de núcleo central, ficam no início da porção secretora. Possui aspecto estriado na região basal, devido as invaginações da membrana. Nessas invaginações tem a presença de muitas mitocôndrias. DUCTO EXCRETOR: Leva a saliva para a cavidade bucal, faz a comunicação do adenômero à cavidade bucal. Possui duas porções, uma porção intralobular, no qual seu revestimento epitelial é PSEUDOESTRATIFICADO e uma porção interlobular possui um epitélio ESTRATIFICADO. ESTROMA É composto de tecido conjuntivo frouxo, abriga os elementos sanguíneos e nervosos. Além disso, divide o parênquima glandular em lóbulos e aloja os ductos excretores interlobulares. ORGANIZAÇÃO DAS GLÂNDULAS As glândulas maiores encontram-se fora da cavidade bucal e sempre em pares. GLÂNDULA PARÓTIDA → Sua unidade secretora terminal é o ácino seroso, logo a saliva será primordialmente serosa. Possui uma intimidade muito grande com o nervo facial, quando abordada cirurgicamente deve ter muita cautela, devido a essa intimidade. Tem ductos intercalares alongados e ramificados. O seu ducto excretor sai na cavidade oral e é o Ducto de Stenon. GLÂNDULA SUBMANDIBULAR → São glândulas mistas, embora sejam predominantemente serosas. Por isso há em maior quantidade ácinos do que túbulos. Possuem ductos intercalares mais curtos e ductos estriados mais longos e ramificados. O Ducto de Wharton é seu ducto excretor desemboca no assoalho bucal. GLÂNDULA SUBlLINGUAL → Conjunto de glândulas muito próximas ligadas por um estroma comum, é uma glândula mista, porém predominantemente mucosa. Presença de Semilua serosa. Possui ductos intercalares curtos. Aqui pode-se ter múltiplos ou apenas um ducto. Quando o ducto é único chamamos de Ducto de Bartholin. GLÂNDULAS SALIVARES MENORES Estão localizadas em todas as regiões da cavidade oral ou submucosa, com exceção da gengiva e porção anterior do palato. Desembocam no tecido conjuntivo ou tecido muscular. As suas unidades secretoras são mucosas ou semiluas. Glândulas de Von Ebner → São as únicas glândulas salivares menores, serosas. Estão localizadas na base das papilas valadas da língua. Responsável pela limpeza dos sulcos da língua, principalmente por sua composição mais liquida. SALIVA É um liquido incolor, com certa viscosidade e pH levemente ácido. Sua produção está dividida em: 85% glândulas salivares maiores 70% submandibular 25% parótida 5% sublingual Secreção das glândulas salivares menores Meio a 1 litro por dia Função: Lubrificação e formação do bolo alimentar Proteção e imunidade oral – presença de imunoglobulinas Maturação e remineralização do esmalte Composição: Proteínas Glicoproteínas Células Bactérias Vírus Ig Íons Enzimas
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