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ANAIS _2020 - I SEMANA DO DIREITO FAL

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ANAIS 
 
CURSO DE DIREITO 
FACULDADE ALENCARINA DE SOBRAL - FAL 
 
 
22 A 25 DE JUNHO 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Mantenedor 
Daniel Rontgen Melo Rodrigues 
 
 
Direção Geral 
Nayara Machado Melo Ponte 
 
 
Diretoria Acadêmica 
Francisca Lopes de Souza 
 
 
Coordenação Geral da Semana 
Marcus Pinto Aguiar 
 
Comissão Científica 
Marcus Pinto Aguiar 
Marco César de Souza Melo 
Maria Vânia Abreu Pontes 
Rafaela Dantas de Siqueira 
Maria Valéria Abreu Pontes 
 
Comissão Avaliadora 
Marco César de Souza Melo 
Maria Vânia Abreu Pontes 
Rafaela Dantas de Siqueira 
Maria Valéria Abreu Pontes 
 George Luís Costa de Paula 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
DIREITO E CONSCIÊNCIA 
 
Autora: Profa. Vânia Pontes 
 
O Curso de Direito da FAL anda sempre de mãos dadas, 
Com a poética das leis sistêmicas e das leis dos homens. 
Tudo em prosaicas ações jurídicas, mais conscientizadas, 
Para inserção acadêmica nos sistemas das novas ordens. 
 
Quando o direito não basta, é preciso amor e consciência, 
Daí surgiu o direito sistêmico para dar mais reconhecimento, 
Dentro do judiciário a cada sujeito que possui uma história, 
Batendo na porta da justiça entre dor, amor e ajuizamento. 
 
São muitos os lugares de fala dentro de um processo jurídico, 
E o direito sistêmico vem dar voz às partes a partir do sentir. 
Não se impõe um julgamento dentro do caminho sistêmico, 
Todos são guardiões das relações para o humano construir. 
 
No centramento e na conexão com as leis naturais e positivas, 
Faz-se um novo caminho para aplicação do direito sob olhares, 
Que mostram o que precisa ser visto nas aparições subjetivas, 
Quando expressadas mostram a origem e a solução às lides. 
 
É neste movimento que a formação jurídica da FAL caminha, 
No avanço construtivo em prol da justiça para todos, no todo, 
Onde não se exclui, mas se reconhece pelo aberto lugar de fala, 
Que é benéfico à solução de conflitos e favorável ao recomeço. 
 
 
 
 
5 
 
APRESENTAÇÃO 
 
A Faculdade Alencarina de Sobral tem buscado ao longo de sua existência, 
contribuir com o desenvolvimento individual e coletivo, de seus alunos e das 
comunidades por eles representadas, de modo que o processo 
ensino/aprendizagem seja significativo e amplamente transformador. 
Para além do campo do conhecimento e da prática jurídica, sem descuidar 
destas áreas, o Curso de Direito da FAL compreende que o processo de educação 
e de formação devem fomentar a aproximação e interação do direito com as demais 
ciências e saberes. 
Nessa perspectiva, o planejamento para a I Semana do Curso de Direito da 
FAL buscou expressar esses sentimentos, afetos, lógicas e campos que formam o 
sistema do ensino jurídico, acolhendo seu público interno e externo em um 
movimento de consolidação de práticas de ensino, pesquisa e extensão 
significativas. Além disso, buscou apresentar temática relevante para reflexões sobre 
caminhos de superação do momento pandêmico vivenciado pela humanidade 
Assim, no período de 22 a 25 de junho de 2020, foi realizada a I Semana do 
Direito FAL, no formato on line, pela plataforma Google Meets, contando com a 
presença de palestrantes, painelistas e facilitadores que partilharam com o público 
participante, suas experiências práticas e conhecimento acerca de temáticas tão 
ricas quanto o Direito Sistêmico, Mediação, Conciliação, Justiça Restaurativa, 
Constelação Familiar, entre outras; inclusive com a apresentação de trabalhos 
submetidos por alunos e professores, tanto da FAL quanto de outras instituições de 
ensino superior locais, e nacionais. 
Nesse contexto, a presente obra busca expressar por meio dos trabalhos aqui 
publicados, um pouco do que foi vivenciado no formato on line, mas que alcançou 
as mentes e os corações dos participantes, produzindo frutos que possam alimentar 
a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. 
 
 
6 
 
Aproveitamos o ensejo para agradecer ao professor Hamilton Vale Leitão e à 
professora Claudia dos Santos Costa, pelo apoio dado à realização do evento em 
2020, na condição de Diretor Geral e Diretora Acadêmica, respectivamente, além da 
professora Tisiane Siqueira de Oliveira Guimarães, vice diretora geral. 
Esperamos que possam usufruir com alegria e bom proveito dos textos, e que 
estes possam contribuir com o fomento de reflexões críticas que permitam ações 
humanas capazes de fortalecer a igualdade, a liberdade e a fraternidade entre todos, 
contribuindo para a expansão do campo do amor que nos une. 
 
Prof. Dr. Marcus Pinto Aguiar 
Coordenação Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
PROGRAMAÇÃO 
22/06/2020 
17:30 - ABERTURA DO EVENTO 
 
18:30 – CONFERÊNCIA DE ABERTURA: Direito Sistêmico e os Desafios para 
as Relações Jurídicas 
Conferencista: Dr. Sami Storch 
Juiz de Direito no Estado da Bahia. Mestrado em Administração Pública e Governo (EAESP-FGV/SP). 
Graduado na Faculdade de Direito da USP. Autor da expressão "Direito Sistêmico" e do blog de 
mesmo nome. Recebeu prêmios do Tribunal de Justiça da Bahia e do Conselho Nacional de Justiça 
pela inovação na prática das constelações familiares e aplicação das ordens sistêmicas descobertas 
por Bert Hellinger na condução dos processos, obtendo alto índice de conciliações e soluções 
sistêmicas harmonizadoras em diversas áreas. Dá palestras e cursos no Brasil e no exterior. Docente 
da Escola Hellinger (Alemanha) e coordenador acadêmico da Pós-Graduação em Direito Sistêmico 
pela Hellingerschule/Faculdade Innovare. Formador credenciado da ENFAM – Escola Nacional de 
Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados. Pesquisador associado da UFMT - Univ. Federal do 
Mato Grosso. 
 
23/06/2020 
14:00 – 17:00 – MINICURSOS/OFICINAS 
MINICURSO 1: Guarda compartilhada em tempos de COVD 19 – 14h – 16h 
Facilitadora: Profa. Ma. Cláudia dos Santos Costa 
Advogada, Assistente Social. Mediadora e Conciliadora de Conflitos formada pelo NUPEMEC/CE. 
Mediadora Comunitária formada pelo Ministério Público do Ceará. Mediadora comunitária formada 
pelo Ministério Público do Estado do Ceará. É mestra em Gestão Pública. Doutoranda em Direitos 
Fundamentais pela Faculdade de Vitória. Atua como diretora acadêmica da Faculdade Alencarina em 
Sobral/CE e como coordenadora do curso de Gestão Pública na modalidade EAD do Centro 
Universitário UNINTA. Professora do curso de Direito da Faculdade Alencarina e Professora 
orientadora do Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade Estadual Vale do Acaraú. 
 
MINICURSO 2: Controle de Convencionalidade e a Proteção de Direitos 
Fundamentais - 14h – 16h 
Facilitador: Prof. Dr. Marcus Pinto Aguiar 
Pós-Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília/Faculdade Latino Americana de 
Ciências Sociais (UnB/FLACSO Brasil); Doutor e Mestre em Direito pela Universidade de Fortaleza 
(CE); Graduado em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC); Mediador e Conciliador 
Judicial formado pelo NUPEMEC do TJ/CE; Coordenador e Professor do Curso de Graduação em 
Direito da Faculdade Alencarina de Sobral - FAL. 
 
MINICURSO 3: Técnicas e Habilidades na Negociação colaborativa - 15h às 17h 
Facilitadora: Emmanuela Carvalho Cipriano Chaves 
 
8 
 
Possui formação em Negociação e Mediação de Conflitos pela Columbia Law School, University 
Columbia, NYC e em Theory and Tools of the Harvard Negotiation Project, Harvard University/CMI 
Interser, Cambridge; e em Práticas Colaborativas pelo Institute Collaborative Law, Edina, Minnesota. 
Atualmente cursa doutorado no Programa de Doutorado em Direito Constitucional da Universidade 
de Fortaleza (Fortaleza/CE) e é bolsista CNPQ para doutorado sanduíche na Columbia University. 
 
OFICINA 1: Mediação e conciliação 16h às 17h 
Facilitadora: Profa. Ma. Cláudia dos Santos Costa 
Advogada, Assistente Social. Mediadora e Conciliadora de Conflitos formada pelo NUPEMEC/CE. 
MediadoraComunitária formada pelo Ministério Público do Ceará. Mediadora comunitária formada 
pelo Ministério Público do Estado do Ceará. 
 
19:00 – PALESTRA: Gestão de Conflitos e os Desafios para o Poder Judiciário 
Palestrante: Dra. Jovina d’Ávila Bordoni 
Juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Ceará. Doutoranda e Mestra em Direito Constitucional 
Público e Teoria Política pela Universidade de Fortaleza (2015). Atua, também, na área de Mediação 
e Conciliação como professora e instrutora do Conselho Nacional de Justiça - CNJ; Formadora da 
Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (Esmec) e da Escola Nacional de Formação e 
Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). Foi Coordenadora do Centro Judiciário de Solução de 
Conflitos e Cidadania (Cejusc), de Fortaleza. 
 
 24/06/2020 
08:00 – 12:00 – APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS 
Apresentações nas salas virtuais via plataforma Google Meet. 
 
14:00 – 17:00 – MINICURSOS/OFICINAS 
MINICURSO 1: Perspectivas para a advocacia: prevenção e solução de conflitos -
15h às 17h 
Facilitadora: Emmanuela Carvalho Cipriano Chaves 
Possui formação em Negociação e Mediação de Conflitos pela Columbia Law School, University 
Columbia, NYC e em Theory and Tools of the Harvard Negotiation Project, Harvard University/CMI 
Interser, Cambridge; e em Práticas Colaborativas pelo Institute Collaborative Law, Edina, Minnesota. 
Atualmente cursa doutorado no Programa de Doutorado em Direito Constitucional da Universidade 
de Fortaleza (Fortaleza/CE) e é bolsista CNPQ para doutorado sanduíche na Columbia University. 
 
OFICINA 1: Competências Mediativas: Técnicas Da Comunicação Positiva - 14h às 
17h 
Facilitadora: Líllian Virgínia Carneiro Gondim 
 
9 
 
Mestre em Planejamento e Políticas Públicas pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em 
Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Graduada em 
Direito pela Universidade de Fortaleza. É Mediadora Judicial do Centro Judiciário de Solução de 
Conflitos do Fórum Clóvis Bevilaqua - CEJUSC. É Instrutora em Formação em Mediação Judicial pelo 
Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Tribunal de Justiça do Ceará - TJ-CE. 
 
19:00 – PALESTRA: Cultura e Círculos de Paz para a Efetividade do Direito 
Palestrante: Ma. Marianna de Queiroz Gomes 
Juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. Doutoranda em Ordem Jurídica 
Constitucional pela Universidade Federal do Ceará (UFC, 2016 - 2020). Mestra em Direito 
Constitucional pela UFC (2015). Especialista em Direito e Processo Tributário (UNIFOR). Especialista 
em Direito Processual Civil (UNICHISTUS). Graduada em Direito pela UFC (2010). 
 
25/06/2020 
08:00 – 12:00 – APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS 
Apresentações nas salas virtuais via plataforma Google Meet. 
 
14h – 17h – MINICURSOS/OFICINAS 
MINICURSO 1: Teoria e Prática de Justiça restaurativa - 14h – 16h 
Facilitador: Igor Barreto de Menezes Pereira 
Defensor público do estado do Ceará. Titular da 2.ª defensoria criminal da comarca de sobral. 
Graduado em direito pela universidade federal do Ceará (1999-2003). Especialista em filosofia 
moderna do direito (esmp.uece)(2008-2009). Cursou parcialmente mestrado em direito constitucional 
na universidade federal do Ceará (2009-2010). Bolsista do deutscher akademischer austauschdienst 
(daad). Winterkurs. Freiburg-im-breisgau universität (2004). Ex-advogado da pastoral carcerária do 
estado do Ceará (2003-2004; 2008-2010). Ex-membro do conselho estadual de segurança pública 
(2009). 
 
MINICURSO 2: Direito Sistêmico e as Constelações Familiares na Resolução de 
Conflitos - 14h às 16h 
Facilitadora: Profa. Ma. Maria Valéria Abreu Pontes 
Mestra em História e Culturas/UECE. Graduada em História/UVA (2009). Especialista em Gestão 
Educacional/INTA (2011). Psicopedagoga Clinica e Institucional/FAMETRO (2019). Atualmente é 
professora do Curso de Direito da Faculdade Alencariana de Sobral - FAL e diretora do Instituto de 
Desenvolvimento Humano Psicoalinhar - IPA que trabalha com Programação Neurolinguística, Direito 
Sistêmico e Constelação Familiar Sistêmica através de palestras, workshops e oficinas para 
professores, universitários e outros. 
 
MINICURSO 3: A Literatura como meio dialógico de formação humana no Direito - 
16h às 17:30 
Facilitadora: Profa. Ma. Maria Vânia Abreu Pontes 
 
10 
 
Graduada em Letras Português-Literatura e Especialista em Língua Portuguesa e Literatura pela 
Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão - 
FLF. Mestra em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará-UFC. Doutoranda em Psicologia pela 
Universidade Federal do Ceará-UFC. Advogada OAB/CE. 
 
MINICURSO 4: Educação em Direitos Humanos e Cultura de Paz - 14h – 16h 
Facilitador: Prof. Dr. Marcus Pinto Aguiar 
Pós-Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília/Faculdade Latino Americana de 
Ciências Sociais (UnB/FLACSO Brasil); Doutor e Mestre em Direito pela Universidade de Fortaleza 
(CE); Graduado em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC); Mediador e Conciliador 
Judicial formado pelo NUPEMEC do TJ/CE; Coordenador e Professor do Curso de Graduação em 
Direito da Faculdade Alencarina de Sobral - FAL. 
 
OFICINA 1: Conversa em Família e Diálogos Construtivos durante a Pandemia - 14h 
às 17h 
Facilitadora: Líllian Virgínia Carneiro Gondim 
Mestre em Planejamento e Políticas Públicas pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em 
Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Graduada em 
Direito pela Universidade de Fortaleza. É Coordenadora e Professora do Curso de Especialização em 
Resolução de Conflitos e Mediação da UNI7. É Mediadora Judicial do Centro Judiciário de Solução 
de Conflitos do Fórum Clóvis Bevilaqua - CEJUSC. É Instrutora em Formação em Mediação Judicial 
pelo Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Tribunal de Justiça do Ceará - TJ-CE. 
 
18:30 – Menção Honrosa aos alunos com trabalhos apresentados na I 
Semana do Direito da FAL 
19:00 – CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO: Por uma nova Justiça 
restauradora da vida 
Conferencista: Dr. Renato Pedrosa 
Atual Presidente do Instituto Terre des Hommes Brasil, e chefe da delegação da Foundation Terre 
des Hommes Lausanne no Brasil, trabalhando há mais de 25 anos na instituição, que desenvolve 
ações nas temáticas da Justiça Juvenil Restaurativa, da prevenção à violência e execução de 
Políticas de Proteção à Criança. Advogado e especialista em Mediação de Conflitos, com MBA em 
Direito Civil e Processual Civil pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), além de facilitador de práticas 
restaurativas. Foi presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescentes de 
São Luís (MA) e atualmente é Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do 
Adolescente, em Fortaleza e do Estado do Ceará. Integrante do Grupo de Trabalho do Protocolo 
Nacional de implementação da Justiça Restaurativa no Brasil. 
 
 
 
 
11 
 
EIXO TEMÁTICO 1: DIREITO E AS NOVAS TECNOLOGIAS 
DIGITAIS 
25/06/2020 - SALA 01 
RESPONSÁVEL: Prof. Marco César 
 
TÍTULO AUTOR(ES) 
FAKE NEWS VERSUS LIBERDADE DE 
EXPRESSÃO DESAFIOS NA JUSTIÇA 
ELEITORAL 
Antonio Reudo de Amorim 
Mourão; Larissa Pessoa Lobo 
A INTERNET COMO ÁGORA DIGITAL NA 
SOCIEDADE EM REDE: A 
CIBERDEMOCRACIA E SUAS 
PERSPECTIVAS 
Augusto de França Maia Luiza 
Beattrys Pereira dos Santos Lima, 
Rodrigo Vieira 
A RESPONSABILIDADE CIVIL DOS 
PROVEDORES DE APLICAÇÕES DA 
INTERNET PELOS DANOS DE CONTEÚDO 
GERADO POR TERCEIROS E O DIREITO 
AO ESQUECIMENTO NA SOCIEDADE 
INFORMACIONAL 
Luiza Beattrys Pereira dos Santos 
Lima, Augusto de França Maia, 
Rodrigo Vieira 
DIREITO DIGITAL – IMAGEM, 
INTEGRIDADE e CYBERBULLYING 
Letícia Soares De Farias, Larissa 
Gonçalves de Souza Magalhães, 
Greyce Gabriella Bastos Gomes 
A MEDIAÇÃO ONLINE: VANTAGENS E 
DESAFIOS EM TEMPOS DE 
PANDEMIA. 
Ana Thamires Gomes Fideles 
Francisca Moara CordeiroCarneiro 
Maria Izabelly Morais da Silva 
Thais Silva Araújo de Amorim 
Coelho 
Claudia dos Santos Costa 
MEDIAÇÃO ON-LINE E O PERCURSO 
ENTRE A FALA E A ESCUTA: 
ADAPTAÇÕES 
DA GUARDA EM PERIODO DE 
ISOLAMENTO SOCIAL 
Maria Izabelly Morais da Silva 
Francisca Moara Cordeiro 
Carneiro 
Ana Thamires Gomes Fideles 
Thais Silva Araújo de Amorim 
Coelho 
Claudia dos Santos Costa 
MEDIAÇÃO ON-LINE COMO ALTERNATIVA 
PARA A RESOLUÇÃO DE 
CONFLITOS ORIUNDOS DO DEVER DE 
PRESTAR ALIMENTOS EM 
TEMPOS DE PANDEMIA 
Thais Silva Araújo de Amorim 
Coelho 
Francisca Moara Cordeiro 
Carneiro 
Ana Thamires Gomes Fideles 
Maria Izabelly Morais da Silva 
Claudia dos Santos Costa 
 
 
 
12 
 
 
FAKE NEWS VERSUS LIBERDADE DE EXPRESSÃO – DESAFIOS NA JUSTIÇA 
ELEITORAL 
 
Larissa Pessoa Lobo1; 
Aluna do curso de direito do Centro Universitário INTA- UNINTA 
Antônio Reudo de Amorim Mourão2; 
Aluno do curso de direito do Centro Universitário INTA- UNINTA 
Maria Vânia Abreu Pontes3 
Orientadora. Graduação em Letras e Direito. Mestre e doutoranda pela Universidade 
Federal do Ceará - UFC. Professora e Gestora Pedagógica do Curso de Direito da 
Faculdade Alencarina de Sobral – FAL. 
 
Introdução: O presente trabalho tem como proposta de pesquisa analisar e abordar 
sobre as fakes News disseminadas no período eleitoral das campanhas presidenciais 
de 2018 e seus impactos diante das interfaces do direito de liberdade de expressão e 
o direito à informação. Com o aumento das divulgações das campanhas eleitorais nas 
redes sociais, presentes nas diversas plataformas digitais como Facebook, Instagram, 
entre outros meios de comunicação facilitam a propagação de notícias falsas e 
distorcidas conhecidas como Fake News, estão cada vez mais presentes, 
principalmente no âmbito das campanhas eleitorais, como ocorrido nas campanhas 
presidenciais de 2018. As consequências negativas trazidas trouxeram diversas 
ameaças à própria democracia, na medida em que podem deturpar os resultados 
eleitorais, o, corrompendo-se a liberdade de expressão e o direito à informação, dois 
dos principais trunfos da democracia ante os demais regimes políticos. A posição que 
atribui valor constitutivo à liberdade de expressão entende que esta deve ser 
amplamente protegida, mesmo quando caracterizada por falsidades. De acordo com 
esse ponto de vista, a proteção da liberdade de expressão justificar-se-ia não pela 
qualidade do conteúdo informativo ou pela qualificação de quem o emite, mas por sua 
existência enquanto direito individual, sem o qual não há democracia. Objetivos: O 
objetivo do estudo é analisar as notícias falsas (fake news), e as discussões jurídicas 
acerca do assunto, como os posicionamentos dos tribunais acerca do assunto, bem 
como se houve ou não interferências no resultado das eleições presidenciais de 2018 
e a insegurança jurídica causada pelas notícias falsas nas redes sociais. 
Metodologia: Para o desenvolvimento do trabalho em questão será utilizado a 
pesquisa de natureza bibliográfica com análise de artigos científicos e na legislação 
eleitoral brasileira e bem como estudo de material jornalístico dos casos de notícias 
ocorridas contra os candidatos ao cargo presidencial, bem como publicações em 
redes sociais. Resultados/discussão: Diante da análise foi possível inferir a 
importância dos debates acerca do tema, sobretudo diante dos necessários limites ao 
combate do problema, bem como colocando a insegurança dos princípios 
constitucionais como a liberdade de expressão e direito a informação. Como forma de 
solucionar o problema está em pauta um projeto de Lei O PL 2.630/202014 onde vai 
permitir que as plataformas digitais retire o conteúdo considerados parcialmente ou 
integralmente enganosos. Considerações finais: Conclui-se que deve a haver um 
melhor combate na conscientização e a educação da população acerca da divulgação 
de informações sem prévias verificações da veracidade dos fatos e das medidas 
punitivas. 
 
13 
 
Palavras-chave: Eleições; Fake News; Liberdade de Expressão. 
[4] Projeto de lei que institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, 
estando em fase de tramitação. 
 
 
A INTERNET COMO ÁGORA DIGITAL NA SOCIEDADE EM REDE: 
A CIBERDEMOCRACIA E SUAS PERSPECTIVAS 
 
Augusto de França Maia1; 
Mestrando em Direito pela UFERSA1 
Luiza Beattrys Pereira dos Santos Lima2; 
 Mestranda em Direito pela UFERSA2; 
Rodrigo Vieira Costa3 
; Doutor em Direito pela UFSC e professor do PPGD da UFERSA3 
Introdução O avanço da tecnologia, a globalização e o surgimento das novas 
tecnologias da informação popularizaram o acesso à internet e a tornaram a principal 
forma de comunicação ao redor do mundo, superando meios tradicionais, como o 
rádio e a televisão, por exemplo. Ao mesmo tempo, a democracia brasileira, cujo 
modelo corresponde a um liame entre a participação direta e a representação 
política, perdeu fôlego com o distanciamento da sociedade do centro do poder 
decisório, sobretudo em razão de práticas políticas anacrônicas e processos de 
tomada de decisões que excluem a opinião e a participação da grande massa, no 
mais das vezes até se portando contra ela. Tal fato faz com que a participação 
popular direta na construção democrática brasileira se resuma, no mais das vezes, 
aos processos eleitorais, sendo necessária, então, a criação de um instrumento que 
restabeleça o elo entre o Estado e o povo. A alternativa pode estar na internet, que 
surgiu justamente da necessidade de estabelecer comunicação, encurtar distâncias 
e compartilhar soluções. É na ciberdemocracia, também chamada de democracia 
digital, democracia eletrônica, democracia virtual, e democracia, entre outras, que o 
sistema democrático, envolto a um mundo cada vez mais digital, globalizado e 
conectado, pode se aprimorar e encontrar resposta para os seus dilemas. Objetivos 
Analisar o potencial da internet como instrumento de promoção da participação direta 
dos cidadãos nas decisões políticas do país, com a aproximação entre a sociedade 
e os centros de poder, aperfeiçoando o sistema democrático pátrio e adequando-o à 
nova realidade mundial, de permanente e engajada atuação virtual. Metodologia 
Para alcançar os objetivos pretendidos, o trabalho é conduzido por uma pesquisa 
descritiva, de base bibliográfica e documental, observados a partir do método 
dedutivo. Resultados/discussão O sistema democrático representativo, 
caracterizado por uma ampla autonomia dos ocupantes de cargos eletivos e cuja 
construção, além de jurídica, é política e cultural, vive uma crise que tem como centro 
o sentimento de falta de representação política por parte da população. O exercício 
de mandatos à revelia do eleitorado e as frequentes tomadas de decisões que 
contrastam com o sentimento popular não têm oferecido as respostas pretendidas 
por uma sociedade cada vez mais heterogênea e complexa, que se vê afastada das 
grandes decisões nacionais e possuindo elevado descrédito em relação à classe 
política. Nesse contexto, se faz necessário uma urgente conciliação entre 
 
14 
 
representantes e representados, que pode ser possibilitada pelo estímulo 
a mecanismos de participação direta, que integrem com maior força a sociedade e 
os seus líderes políticos. Se os meios de participação direta elencados pela 
Constituição Federal, a exemplo dos plebiscitos, referendos e audiências públicas, 
não têm gerado resultados a contento, a internet, que permite aos cidadãos 
ocuparem um espaço onde podem verbalizar as suas dores, esperanças e 
exigências, além de possibilitar maior transparência da ação política e da 
administração pública, pode instrumentalizar o aperfeiçoamento do regime 
participativo, com o resgate da importante e necessária participação direta da 
sociedade civil nas discussões públicas. A transformação da democracia pela 
utilização de ferramentas e instrumentos da internet faz surgir a ciberdemocracia, na 
qual o cibercidadão tem potencializadoa sua capacidade de expressão, 
manifestação e informação. Trata-se, em verdade, de oportunizar a sociedade se 
debruçar sobre os problemas que lhe afligem, participar das deliberações que 
lhe afetam diretamente, visualizar com transparência a condução das políticas 
públicas e, em síntese, se auto-organizar, num processo em que a inteligência 
coletiva reatualiza o regime democrático. Assim, a ampla conectividade social, numa 
escala planetária sem precedentes, cria uma maior participação coletiva na esfera 
política, viabilizando uma rearticulação dos espaços públicos, cuja legitimação 
aumenta na medida em que a participação popular também cresce. Considerações 
finais: Desde o modelo ateniense, a democracia tem se transmutado e recebido 
novas formas e características conforme vai sendo moldada por cada sociedade. O 
advento da Constituição Federal de 1988, no Brasil então devastado pelo regime 
ditatorial militarista, é o principal marco da redemocratização do país, seja porque 
consagrou o retorno das eleições diretas, seja porque adotou um espírito em que o 
povo é tratado como centro do poder. Todavia, com o passar dos anos, esse poder 
distanciou-se de quem o emana, de maneira a ser imprescindível um reencontro com 
a essência democrática da efetiva participação popular. As novas tecnologias da 
informação, ao popularizarem e transformarem a internet em principal meio de 
comunicação do mundo, fazem brotar uma sociedade em rede na qual o 
cibercidadão exige passagem e voz, estando a internet mais uma vez responsável 
pela destruição de muros e pela criação de pontes, que nesse caso interligam o povo 
à refundação da democracia, na construção de uma grande ágora digital. 
Palavras-chave: Democracia. Ciberdemocracia. Internet. Participação popular. 
 
 
A RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROVEDORES DE APLICAÇÕES DA 
INTERNET PELOS DANOS DE CONTEÚDO GERADO POR TERCEIROS E O 
DIREITO AO ESQUECIMENTO NA SOCIEDADE INFORMACIONAL 
 
Luiza Beattrys Pereira dos Santos Lima1 
Mestranda em Direito pela UFERSA; 
Augusto de França Maia2; 
Mestrando em Direito pela UFERSA; 
Rodrigo Vieira Costa 
Doutor em Direito pela UFSC e professor do PPGD da UFERSA 
 
15 
 
 
 
Introdução: Notadamente com o advento dos avanços tecnológicos, percebe-se que 
a comunicação e a circulação de dados na sociedade informacional ganharam 
proporções tão gigantescas que chegam a ser veiculadas praticamente em tempo 
real. Não obstante, em determinadas circunstâncias, conteúdos indexados e gerados 
em provedores de internet por seus usuários acabam ensejando sérios atos ofensivos 
e ilícitos na esfera de direitos fundamentais. Recentemente, o Supremo Tribunal 
Federal suscitou pelo reconhecimento de repercussão geral sobre a matéria no 
Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) nº 660.861/MG, no qual se irá discutir pela 
(in)constitucionalidade do art. 19 do Marco Civil da Internet (Lei n° 12.965/2014), bem 
como sobre a possibilidade de se condicionar uma ordem judicial específica para a 
retirada de perfis falsos ou tornar conteúdo infringente indisponível. Objetivos: Nesse 
sentido, propõe-se no presente trabalho analisar o direito ao esquecimento no 
contexto jurídico do atual Marco Civil da Internet (MCI), delimitado pelos tribunais, ao 
responsabilizar civilmente os provedores de aplicações da internet pelos danos 
causados por conteúdo gerado por terceiros. Metodologia: Para tanto, o trabalho é 
conduzido por meio de uma pesquisa qualitativa com fins descritivos e análise 
jurisprudencial. Resultados/discussão: Os resultados apontam que o art. 2º, caput, 
e o art. 3º, inciso I, do MCI, partem da premissa de que o uso da internet tem como 
fundamento o respeito à liberdade de expressão e de muitos outros princípios, dentre 
eles, a garantia da liberdade de comunicação e manifestação de pensamento, 
conforme a Constituição Federal de 1988 (CRFB/88). O Marco Civil da Internet (MCI) 
trouxe a categoria dos provedores de aplicações de internet, na qual estão 
compreendidos os provedores de correio eletrônico, de hospedagem, de pesquisa e 
das redes sociais. Pode-se dizer que se confere uma proteção especial para as 
informações que circulam na rede digital, sendo uma delas a que diz respeito à 
responsabilização dos provedores de aplicações pelos danos de conteúdos gerados 
por terceiros, em que se evidenciam alguns precedentes emanados pelo Superior 
Tribunal de Justiça (STJ), dentre eles, em conformidade com art. 19 do MCI, que aduz 
pela responsabilização subjetiva do provedor de aplicações de internet por omissão, 
quando não retira o conteúdo ofensivo após a devida notificação de uma ordem judicial 
específica. Frisa-se que, sob pena de nulidade, a referida notificação judicial deve 
conter e preencher um rol de requisitos, a exemplo da necessária indicação dos 
endereços eletrônicos (URLs) objeto da remoção, resguardando sempre pela garantia 
da liberdade de expressão, vedação da censura e demais direitos fundamentais que 
serão ponderados casuisticamente. Em regra, a notificação extrajudicial não enseja o 
dever jurídico de retirada do material questionado ou ofensivo, salvo nos casos de 
conteúdos protegidos por direitos autorais (§2º do art. 19 do MCI) e para os casos de 
divulgação, sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de 
outros materiais contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado (art. 
21 do MCI). Contudo, excepcionalmente, os provedores possuem autonomia para 
aplicarem os termos de uso e políticas de sua plataforma digital, e assim adotarem 
medidas de filtragem, bloqueios ou remoções de conteúdos aparentemente ilícitos ou 
ofensivos, desde que tais medidas não contrariem as disposições do MCI, nem 
prejudiquem outros direitos fundamentais. Não obstante, é possível esquecer na era 
digital? A desindexação ou a remoção de conteúdos ofensivos gerados por usuários 
na internet, mesmo que juridicamente possível, surtiria os seus efeitos práticos? O 
Enunciando 531 da VI Jornada de Direito Civil, embora não vinculante, assegura que 
a tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade contemporânea engloba o 
 
16 
 
direito ao esquecimento. A despeito da imprecisão legislativa, o Superior Tribunal de 
Justiça (STJ), no julgamento de dois célebres casos, quais sejam, o caso Chacina da 
Candelária (REsp 1334097) e o caso Aída Curi (RE 1334097), entendeu que o direito 
ao esquecimento poderia ser aplicado e garantido, desde que a liberdade de 
expressão fosse preservada (mesmo que em graus diferentes). Contudo, há fortes 
discussões no que tange à aplicabilidade prática desse mecanismo jurídico frente à 
sociedade informacional, dentre elas, as implicações do “Efeito Streisand” e o fácil 
acesso na rede digital de conteúdos que deveriam ser “esquecidos”, incluindo os dos 
dois casos apresentados. É de se destacar o voto proferido pelo Ministro Marco 
Aurélio Bellizze, do STJ, no REsp nº 1.660.168-RJ (3ª Turma), que culminou com a 
determinação para que sites de busca criassem formas de evitar a associação do 
nome de uma promotora de Justiça a notícias que envolvam suposta fraude em 
concurso para a magistratura. O voto dispõe a imprescindibilidade da atuação do 
poder judiciário em casos que denotem a quebra da vinculação eternizada dos sites 
de busca, com o escopo de desassociar os dados pessoais do resultado cuja 
relevância se tenha tornado obsoleta pelo decurso do tempo, devendo a 
impossibilidade técnica de implantação de filtro por palavra-chave ser objetivamente 
comprovada pelos provedores. Ademais, afirma que a essência do direito ao 
esquecimento não se trata de efetivamente apagar o passado, mas de permitir que a 
pessoa tenha um razoável anonimato e que fatos desabonadores não sejam 
corriqueiramente rememorados e perenizados por sistemas automáticos de busca. 
Considerações finais: Destarte, defende-se que tais implicações poderiam reforçar 
o quantum indenizatório da responsabilidade civil em questão. O direito à liberdade 
de informaçãoe os direitos da personalidade, em especial o direito à privacidade, 
intimidade e imagem são direitos sensíveis, razão pelas quais as ponderações devem 
ser minunciosamente discutidas, adequadas e aplicadas em observância às 
peculiaridades casuísticas e a rapidez com que as informações são propagadas na 
era digital. 
Palavras-chaves: Marco Civil da Internet; Direitos Fundamentais; Provedores de 
Internet; Responsabilidade Civil; Direito ao Esquecimento. 
 
 
 
DIREITO DIGITAL – IMAGEM, INTEGRIDADE e CYBERBULLYING 
 
Letícia Soares de Farias 
Aluna do curso de direito da Faculdade Luciano Feijão 
Larissa Gonçalves de Souza Magalhães 
Aluna do curso de direito da Faculdade Lucinao Feijão 
Greyce Gabriela Bastos Gomes 
Aluna do curso de direito da Faculdade Lucinao Feijão 
 
Introdução Este trabalho tem por finalidade realizar um estudo sobre 
a conectividade exagerada, que acabou por gerar diversos problemas oriundos 
da interação cibernética, passando a ser necessário uma norma que regulasse 
 
17 
 
essas relações virtuais. A essa regulação, deu-se o nome de Marco Civil, e a partir 
da sua aprovação procedimentos são aplicados em casos de ataque a honra e injúria 
a uma pessoa, sendo passiveis de sansão com reparo financeiro por danos morais. 
Trata ainda sobre o cyberbullying, uma prática que recorre à internet para ameaçar, 
humilhar e intimidar alguém. É fato que o bullying, em qualquer forma, viola direitos 
e princípios individuais e fundamentais, o que acaba por ser agravado com o 
cyberbullying, devido ao maior potencial de disseminação dos atos, fazendo com que 
os agressores estejam sujeitos a pagar pelos danos causados à vítima, tanto pelo 
que está disposto no Marco Civil da Internet, quanto pelo Código Civil. Objetivos 
Esta pesquisa tem como objetivo entender a relação entre liberdade de expressão e 
crime motivado pelo preconceito na internet, os direitos que os usuários possuem ao 
utilizarem uma rede social baseados em Direito Digital e na Lei número 12.965/14 
(Marco Civil da Internet). Metodologia O presente trabalho apresenta método 
exploatório e descritivo, sendo baseado em pesquisa bibliográfica, a partir de livros, 
artigos e documentos legais, e também, pesquisa de campo realizada pelos autores 
trabalho onde aborda com alguns usuários escolhidos aleatoriamente nos cursos da 
Faculdade Luciano Feijão (Direito, Engenharia Civil, Administração e Psicologia), 
com faixa etária de 18 a 35 anos, sobre o que sabem realmente sobre seus direitos 
dentro das redes sociais, assim como possíveis consequências legais do uso 
incorreto destas redes no uso de sua liberdade de expressão. 
Resultados/discussão Para termos uma melhor compreensão da realidade sobre 
o assunto, decidimos por uma pesquisa de campo, de modo que pudéssemos 
comparar como as pessoas agem, sabem e pensam sobre o tema. Utilizamos de 
200 questionários focando principalmente no público entre 18 a 35 anos de idade, 
com as seguintes perguntas: 1°) Você sabe o que é cyberbullying?; 2°) Já viu alguém 
cometendo cyberbullying no Facebook ou no WhatsApp?; 3°) Você concorda que 
o cyberbullying é responsabilidade de cada cidadão que usa a internet e não 
denúncia?; 4°) Se alguém comete cyberbullying contra você e sua família, difamasse 
sua imagem, lhe insultasse com xingamentos e espalhasse mentiras sobre você nas 
redes sociais, você saberia se defender judicialmente?; 5°) Conhece a cláusula do 
termo de adesão do Facebook e do WhatsApp sobre o backup que eles fazem de 
tudo que você acessa e posta?. Os resultados mostraram que das 200 pessoas 
entrevistadas, 184 delas, a maioria, sabe o que é cyberbullying, e 176 dessas 
pessoas já viram (testemunharam) esse crime sendo cometido por terceiros, além 
de 185 dos entrevistados concordarem que é de responsabilidade também daqueles 
que testemunham denunciar. No entanto, apenas 67 dessas pessoas, saberia se 
defender juridicamente em uma situação dessa. Isso mostra que, referindo-se a esse 
tipo de delito, o quanto as pessoas têm consciência desta infração e não denunciam 
por falta de conhecimento de como fazê-lo, além de não saberem também as 
providencias que tomariam juridicamente quando presenciam o ato. De acordo com 
o Direito Digital, um simples “print” da tela se torna uma prova, sendo essa a primeira 
atitude que se deve tomar por parte daquele que denuncia para que possa se 
resguardar. Logo em seguida, a vítima deve fazer um boletim de ocorrência na 
delegacia. É importante também que a vítima possa reunir o maior número de 
testemunhas sobre o caso, podendo fazer isso algumas maneiras, como 
por exemplo, marcando pessoas para que vejam o ocorrido em seus perfis e possam 
testemunhar quando forem solicitados pela Justiça. Deve-se ficar atento para 
aqueles que compartilham o conteúdo criminoso na rede, pois esses serão os 
cúmplices e também serão alvo da denúncia por parte da vítima. Na última pergunta 
da entrevista, desejávamos saber se as pessoas liam o contrato virtual que 
 
18 
 
assinavam quando criavam seus perfis para acessar a rede, e dessa forma tinham 
conhecimento das ferramentas que as próprias redes disponibilizam para que elas 
se defendessem quando necessitassem, a resposta quase unânime foi não. 
Considerações finais: É inegável a relevância do alcance das redes sociais em 
nosso país. No entanto, a partir daí, devemos observar também o tamanho do campo 
para cometimento de crimes que, assim como as redes sociais, tem se proliferado, 
já que muitos usuários excedem seu direito de manifestar sua opinião e passam a 
denegrir a imagem de outros usuários. A consequência mais trágica do bullying e 
sua versão virtual, está em privar e depreciar da vítima um dos seus direitos de maior 
caráter fundamental: a sua dignidade. Dessa forma, há grande importância de os 
tribunais tratarem de tal assunto com a dimensão necessária, concretizando 
indenizações justas, e rapidamente aplicadas. Ações que visem a cessação do 
cyberbullying e reparação dos danos que podem minimizar esta prática que extrai 
das vítimas o mais importante atributo enquanto indivíduos, o valor moral e espiritual 
que nos pertence: a dignidade da pessoa humana, defendida no 1º artigo da 
Constituição Federal. Em suma, pode-se apontar meios como a educação e 
a conscientização moral e civil dos cidadãos, além de incentivo à leitura do que 
assinam nos contratos das mídias sociais. São possíveis caminhos que nos levariam 
a uma sociedade mais responsáveis e consequentemente cidadãos mais 
conscientes dos limites que não devem ser ultrapassados nas interações sociais que 
continuam evoluindo com o tempo. 
Palavras-chave: direito digital; tecnologia; cyberbullying; 
 
 
 
 
 
 
A MEDIAÇÃO ONLINE: VANTAGENS E DESAFIOS EM TEMPOS DE 
PANDEMIA. 
 
 
Ana Thamires Gomes Fideles¹ 
 Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão (FLF), Mediadora 
de Conflitos no Projeto Laços de Família. 
Francisca Moara Cordeiro Carneiro² 
 Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão (FLF), Advogada e Mediadora 
de Conflitos no Projeto Laços de Família. 
Maria Izabelly Morais da Silva³ 
Bacharel em Psicologia pela Faculdade Luciano Feijão (FLF), Psicóloga e 
Mediadora de Conflitos no Projeto Laços de Família, 
Thais Silva Araújo de Amorim Coelho4 
Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão (FLF), Advogada e Mediadora 
de Conflitos no Projeto Laços de Família, 
Claudia dos Santos Costa5 
Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão (FLF), Advogada e coord. adm. do 
Projeto Laços de Família, Doutoranda em Direitos Fundamentais pela 
FDV – Faculdade de Vitória5. 
 
 
19 
 
INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 11 de março de 2020, 
decretou a pandemia de COVID 19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-
Cov-2), sendo assim necessária a adoção de medidas de distanciamento social. O 
Estado do Ceará, através do decreto no 33.510, de 16 de março de 2020, decretou 
situação de emergência em saúde no Estado,deliberando medidas restritivas de 
enfrentamento da disseminação do novo coronavírus. Este novo cenário 
comprometeu, a princípio, os encaminhamentos que facilitam o acesso às políticas 
públicas com o viés de solucionar os impasses, através da promoção do diálogo. A 
propósito, a mediação online trouxe ao Projeto Laços de Família, a possibilidade de 
buscar o uso da tecnologia como meio indispensável para o atendimento as pessoas 
que buscam solucionar demandas familiares. OBJETIVO: Elucidar a realidade atual 
das demandas urgentes que não tem como aguardar a pandemia findar, adequando-
se a oportunidade de realizar mediações na modalidade online. METODOLOGIA: 
Foi utilizado o método reflexivo, para a análise da experiência de atuação com 
mediação familiar online. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A realização do 
atendimento de forma virtual, objetiva trazer novas ferramentas de acesso e inclusão 
nas comunidades, afim de efetivar a resolução dos impasses, promovendo aos 
envolvidos comunicação de maneira simples e acessível, com maior qualidade, 
trazendo soluções eficazes para o público hipossuficiente. Visto a imprevisibilidade 
da vivência do momento, principalmente no que se relaciona a mantença e 
convivência dos filhos que tem pais separados, considerando o risco de 
contaminação pelo vírus, há maior adesão a mediação para tratar sobre as questões 
de visitas no período de pandemia e após. Assim, o atendimento online tem 
proporcionado resultados satisfatórios para os assistidos, que buscam solucionar o 
impasse através da mediação, chegando a um consenso, ou seja, ganho mútuo 
quando observada a decisão equilibrada nas propostas e na 
negociação. CONCLUSÃO: A mediação se confirma na promoção da pacificação e 
transformação social, oportunizando ainda uma nova realidade para o público, sendo 
aplicada com mais ênfase nos últimos meses, tendo em vista a restrição imposta 
pelo distanciamento social, a mesma vem proporcionar celeridade, transparência e 
acesso a Justiça. Trazendo mais satisfação e segurança aos assistidos em poder 
solucionar suas demandas. 
PALAVRAS-CHAVE: Mediação Online; Pacificação social; Acesso à Justiça. 
 
 
MEDIAÇÃO ON-LINE E O PERCURSO ENTRE A FALA E A ESCUTA: 
ADAPTAÇÕES DA GUARDA EM PERIODO DE ISOLAMENTO SOCIAL 
 
 
Maria Izabelly Morais da Silva¹ 
Bacharel em Psicologia pela Faculdade Luciano Feijão (FLF) e Mediadora de 
Conflitos Familiares no Projeto Laços de Família. 
Francisca Moara Cordeiro Carneiro² 
Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão (FLF), Advogada e Mediadora 
de Conflitos Familiares no Projeto Laços de Família. 
Thais Silva Araújo de Amorim Coelho³ 
Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão (FLF), Advogada e Mediadora 
de Conflitos Familiares no Projeto Laços de Família. 
 
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Ana Thamires Gomes Fideles4 
Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão (FLF) e Mediadora de Conflitos 
Familiares no Projeto Laços de Família. 
Orientadora: Cláudia dos Santos Costa5 
Advogada, Assistente Social, mediadora e coordenadora administrativa do Projeto 
Laços de Família; Doutoranda em Direitos Fundamentais pela FDV-Faculdade de 
Vitória/ES5 
 
 
Introdução O propósito de construção desse estudo foi analisar a mediação on-
line como um instrumento para resolução de conflitos, diante do quadro de 
isolamento social, buscando enfatizar a guarda compartilhada como enfoque 
dessa prática. No decorrer do texto, examinaremos o movimento de revolução de 
acesso a essa prática uma vez ainda mais necessária e solicitada diante do 
isolamento socialmente vivenciado. A mediação como instrumento célere, 
econômica e informal geradora de resultados positivos para ambas as partes 
possibilitando cuidado nos fatores jurídicos, psicológicos e sociais. Objetivo: 
Analisar a prática da mediação. enquanto possibilitadora de transformação social 
através do diálogo pacífico mesmo diante de estímulos externo estressores. 
Metodologia: A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, bem como 
sites, buscando, desta forma, uma análise geral das novas atualizações do 
judiciário em meio a pandemia. Quanto à metodologia utilizada na elaboração do 
presente trabalho, foi através da pesquisa bibliográfica. Resultado e Discussõe: 
Durante o período de pandemia, e perante os inúmeros desafios no campo 
econômicos, social e político acarretarem ao campo jurídico diversas decorrências 
geradas pelo confinamento social diversas possibilidades de atuação foi sendo 
desenvolvida. A situação preventiva já reverbera no Direito de Família. Na esfera 
da guarda compartilhada os efeitos são mais velozes tendo em vista a modificação 
diretiva da convivência dos genitores com os menores. Durante o enfrentamento 
do COVID-19 é necessário que surjam novas ferramentas de auxilio judicial, como 
a tecnologia para viabilizar a resolução de conflitos ou a resolução de disputas e a 
mediação on-line afim de equiparar as arestas que estão expostas. Conclusão: A 
mediação on-line viabiliza a possibilidade de diálogo em torno da nova logística de 
convivência. A mediação na guarda compartilhada é de extrema relevância para 
que os sentimentos e vivências sejam compreendidos além de auxiliar na melhor 
compreensão daquela decisão feita. 
 
Palavras-chave: Guarda; Mediação on-line; Isolamento Social. 
 
 
MEDIAÇÃO ON-LINE COMO ALTERNATIVA PARA A RESOLUÇÃO 
DE CONFLITOS ORIUNDOS DO DEVER DE PRESTAR ALIMENTOS EM 
TEMPOS DE PANDEMIA 
 
Thais Silva Araújo de Amorim Coelho¹ 
Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão (FLF), Advogada e 
Mediadora de Conflitos Familiares no Projeto Laços de Família. 
 
21 
 
Maria Izabelly Morais da Silva² 
Bacharel em Psicologia pela Faculdade Luciano Feijão (FLF) e Mediadora de 
Conflitos Familiares no Projeto Laços de Família. 
Ana Thamires Gomes Fideles³ 
Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão (FLF) e Mediadora de 
Conflitos Familiares no Projeto Laços de Família. 
Francisca Moara Cordeiro Carneiro4 
Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão (FLF), Advogada e Mediadora 
de Conflitos Familiares no Projeto Laços de Família. 
Cláudia dos Santos Costa5 
Advogada, Assistente Social, mediadora e coordenadora administrativa do 
Projeto Laços de Família; Doutoranda em Direitos Fundamentais pela FDV-
Faculdade de Vitória/ES5 
 
INTRODUÇÃO: A Carta Magna brasileira indica como um dos fundamentos da 
República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana. Assim, as leituras de 
Dias (2020) revelam que tal fundamento deve ser considerado sob a ótica de duas 
perspectivas: o direito de viver, não bastando, todavia, estar vivo, mas também 
gozar de uma vida pautada na dignidade. O direito de perceber alimentos, portanto, 
confere a preservação do fundamento em voga, haja vista ser alicerce para a 
manutenção da vida e da integridade física. No mesmo sentido, conforme bem indica 
Dias (2020) a obrigação de alimentar também decorre dos laços de parentalidade, o 
que reforça o princípio da solidariedade entre pais e filhos, por exemplo, embora não 
se resuma a este grau de parentesco. Já Farias (2015) reforça que os alimentos 
seriam o conjunto do necessário para a existência de um indivíduo, abrangendo o 
ponto de vista físico, intelectual e psíquico. Neste contexto, é possível que o encargo 
de prestar alimentos com relação aos filhos seja fixado por meio de título executivo 
judicial ou extrajudicial, podendo nesta última hipótese, ser originário do 
procedimento de mediação. Entretanto, os termos estabelecidos ou acordados não 
se mantêm engessados ante a possibilidade de mutação do contexto econômico 
do alimentante e do alimentado, como tem ocorrido reiteradamente no cenário 
pandêmico ocasionado pela COVID-19, com fundamento objetivo nos artigos 1.699 
do Código Civil Brasileiro e 15 da lei 5.478/68. Assim, por conta da aludida situação, 
a mediação on-line tem se apresentado como uma alternativa satisfatória e célere 
para resolução de conflitos no âmbito familiar provenientesda necessidade de 
revisão ou suspensão dos valores de pensão alimentícia. OBJETIVO: Indicar a 
importância da mediação on-line para a resolução de conflitos no âmbito familiar em 
períodos de pandemia, em especial, no que for referente a desacordos ou às 
dificuldades no cumprimento de pensão alimentícia fixada judicialmente ou 
extrajudicialmente em momento anterior, e de igual maneira, enfatizar a importância 
do diálogo facilitado no contexto de isolamento social, como forma de conter a 
potencialização de conflitos. METODOLOGIA: O percurso metodológico 
fundamenta-se, inicialmente, em uma abordagem bibliográfica, especialmente em 
Dias (2020) e Farias (2015), bem como na análise no que tange à legislação vigente. 
De fato, a principal fonte de pesquisa possui abordagem etnográfica a partir da 
reflexão e observância acerca das vivências e experiências enquanto mediadora de 
 
22 
 
conflitos familiares no âmbito do Projeto Laços de Família. RESULTADOS 
E DISCUSSÃO: Em 11 de Março de 2020 a Organização Mundial da Saúde 
decretou estado de pandemia em razão do vírus Sars-Cov-2 e especificamente no 
Estado do Ceará, em 3 de abril foi aprovado projeto de decreto legislativo que 
reconheceu o estado de calamidade pública no aludido estado até o final do corrente 
ano. Dessarte, inúmeras são as consequências negativas derivadas da COVID-19, 
dentre elas a queda do número de brasileiros com vínculo empregatício. Em 
verdade, os índices de desemprego e de diminuição do ritmo de prestação de 
serviços informais subiram para 12,2%, consoante se extrai da Pesquisa Nacional 
por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). Este acréscimo significativo representa modificação na situação econômica 
dos brasileiros atingidos, o que, consequentemente pode vir a comprometer o 
pagamento de pensões alimentícias que anteriormente haviam sido acordadas ou 
fixadas. Assim, considerando que a revisão dos valores ou até mesmo a suspensão 
dos pagamentos no que tange à pensão de alimentos não são automáticas, 
a mediação on-line tem desempenhado um papel relevante no sentido de propiciar 
o diálogo entre alimentante e alimentado ou representante legal deste, a depender 
do caso concreto. De fato, a interlocução virtual entre os envolvidos na demanda 
proporciona momentos de mútua compreensão, traduzindo-se como ocasião em que 
o alimentante poderá expor os motivos pelos quais está inadimplente ou justificar a 
motivação para alteração dos valores outrora vigentes com o fito de obter alteração 
dos termos da pensão alimentícia ou até suspensão dos pagamentos. Neste sentido, 
a mediação tem evitado o crescimento dos conflitos inseridos nessa seara, além de 
proporcionar um atendimento seguro, célere e completo, eis que não se faz 
necessário deslocamento físico dos participantes até fóruns ou núcleos de 
mediação, não sendo necessário, ainda, aguardar o fim do isolamento social para 
procurar auxílio na resolução da problemática. Ademais, tem sido possível 
a comunicação facilitada pelo mediador através de plataformas virtuais, como o 
zoom e whatsapp, sendo praticável a mediação em todas as suas fases, com o 
devido respeito às técnicas e aos princípios voltados para esta prática, tais como: 
escuta ativa, confidencialidade, oralidade, informalidade, igualdade das partes, 
imparcialidade, dentre outros. Ao fim do procedimento, o novo acordo acerca da 
pensão alimentícia, sendo esta a hipótese, é devidamente válido, eis que há 
comprovação da realização deste através de gravação da leitura do termo em que 
constam os detalhes e especificidades da negociação, bem como da anuência dos 
participantes com relação ao que fora escrito, sendo, finalmente, submetido à 
homologação judicial em seguida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A mediação on-line 
tem sido uma alternativa eficaz, na seara consensual, para as pessoas que a buscam 
no intuito de regularizar os pagamentos de pensão alimentícia nas situações em que 
este direito é diretamente atingido pela situação econômica dos envolvidos. De fato, 
não se faz necessário aguardar o fim da pandemia para buscar a solução para a 
aludida problemática, o que, certamente, poderia potenciar o conflito no âmbito das 
famílias. Entretanto, faz-se necessário que os interessados busquem núcleos de 
mediação que estejam realizando atendimentos virtuais, eis que a revisão ou 
suspensão do pagamento de uma pensão alimentícia pré determinada não ocorre 
automaticamente. Portanto, o procedimento tem sido um meio alternativo para 
garantir a dignidade da pessoa humana, sob a ótica dos laços de parentalidade que 
fazem surgir o dever de alimentar. 
 
 
23 
 
PALAVRAS-CHAVE: Pandemia; Crise Econômica; Resolução de Conflitos; 
Mediação On-line; Pensão Alimentícia; 
 
 
EIXO 2: FILOSOFIA, DIREITO E TEORIA DA JUSTIÇA 
24/06/2020 - SALA 01 
RESPONSÁVEL: Prof. Marco César 
 
TÍTULO AUTOR(ES) 
ÉTICA E POLÍTICA EM ARISTÓTELES Adriana da Silva Gomes; Benilo Araújo 
Carneiro, Laís Fernandes Lino Cruz, 
Yanka Arruda Maia de Freitas, Maria 
Nayara Xavier da Costa, Mikael Edson 
Vasconcelos Amorim 
A JUSTIÇA CONTRATUALISTA COMO 
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS ENTRE 
OS HOMENS EM THOMAS HOBBES 
Francisco Soares da Silva 
A CONCEPÇÃO DE JUSTIÇA EM 
THOMAS HOBBES E A LIGAÇÃO 
ENTRE SOCIEDADE, LEI, POLITICA E 
DIREITO 
Joaquim Wagner Teixeira do 
Nascimento 
Marco César de Souza Melo 
REALISMO POLÍTICO DE NICOLAU 
MAQUIAVEL 
Maria Dilene Vasconcelos Amorim 
Eduardo Almendra 
RELAÇÕES DE PODER EM AXEL 
HONNETH: BARBARIZAÇÃO 
COGNITIVA E O DISCURSO DA PÓS 
VERDADE 
Vitória Arruda Borges 
Ana Kelvia Capistrano 
Francisco Rômulo Alves Diniz 
O ENFRENTAMENTO À BARBÁRIE 
ATRAVÉS DA LUTA POR 
RECONHECIMENTO A PARTIR DE 
ADORNO E AXEL HONNETH 
Ana Kelvia Capistrano 
Vitoria Arruda Borges 
Francisco Romulo Alves Diniz 
O ESTADO DEMOCRÁTICO DE 
DIREITO E O DIREITO 
DEMOCRÁTICO DO ESTADO: UMA 
ANÁLISE DA DEMOCRACIA NA OBRA 
DE CHANTAL MOUFFER. 
Ivo Silva de Oliveira 
 
 
24 
 
UM OLHAR SOBRE O 
FUNCIONALISMO DA AÇÃO 
POPULAR ENQUANTO ELEMENTO 
CONSTRUÍDO PELO POVO 
Vinícius Pereira de Sousa 
Marcus Pinto Aguiar 
 
 
 
 
ÉTICA E POLÍTICA EM ARISTÓTELES 
 
Adriana da Silva Gomes 
Aluna do curso de direito da FAL 
Benilo Araújo Carneiro 
Aluno do curso de direito da FAL 
Laís Fernandes Lino Cruz 
Aluno do curso de direito da FAL 
Yanka Arruda Maia de Freitas 
Aluno do curso de direito da FAL 
Maria Nayara Xavier da Costa 
Aluno do curso de direito da FAL 
Mikael Edson Vasconcelos 
Amorim 
Aluno do curso de direito da FAL 
Prof. Me. Marco César de Souza Melo 
Orientador e Professor do curso de direito da FAL 
 
 
 
RESUMO: O estudo deste artigo, tem como prioridade falar como era a forma de 
pensar sobre a ética e política em relação a justiça, nos tempos antigos, quando 
se deu início a filosofia. Isto tendo em vista o pensamento de Aristóteles. Nosso 
roteiro tem como direcionamento uma fala inicial sobre a vida e as obras de 
Aristóteles, em seguida falaremos sobre o tema da ética aristotélica e por fim 
faremos uma reflexão sobre a política e a justiça na esteira do pensamento do 
estagirita. Dessa forma o artigo foi realizado através de pesquisa bibliográfica, 
consultando as obras Ética a Nicômaco e A Política, bem como artigos de 
comentadores. Ademais percebe-se que a ética se relaciona com a política, visto 
que esta última se divide em ética, pois ela mostra interesse pela felicidade da 
população, tentando suprir todas as suas necessidades básicas para que possa 
ser proporcionado a melhor condição de vida possível. Além disso há outro ponto 
em que a ética se relaciona com a política, este ponto é o fato de que a sociedade 
deve ser organizada e gerida com base na ética, para que haja equilíbrio da 
organização social, possibilitando a existência de uma sociedade ética e justa. 
Noutro âmbito infere-se que tanto a ética quanto a política estão diretamente 
relacionadas com a ciência do Direito, poisé ele quem irá assegurar a justiça legal, 
positivando o direito natural e sancionando os atos considerados como infrações, 
mantendo, dessa forma, uma sociedade pacífica. Portanto, conclui-se que a ética 
é essencial para a administração da sociedade, pois ela é necessária, para que 
 
25 
 
não haja abuso de poder, orientando os seus representantes políticos a uma 
administração justa, além de manter um convívio pacífico dentro da sociedade. 
 
Palavras-chave: Ética; Política; Aristóteles; Direito. 
 
 
A JUSTIÇA CONTRATUALISTA COMO RESOLUÇÃO DE CONFLITOS ENTRE 
OS HOMENS EM THOMAS HOBBES 
 
Francisco Soares da Silva 
Acadêmico do Curso de Direito da FAL e pesquisador do Grupo de estudos e 
Pesquisas: O problema da Justiça na Filosofia e no Direito 
Orientador: Prof. Me. Marco César de Souza Melo 
Docente do Curso de Direito da FAL 
 
RESUMO: O objetivo desse trabalho é apresentar o conceito de contrato social no 
pensamento do filósofo contratualista Thomas Hobbes. Almejamos, além disso, 
demonstrar como o contrato social firmado entre os indivíduos pode ser capaz de 
não só originar o Estado, entendido por Hobbes como grande Leviatã, mas, acima 
de tudo, resolver a situação de conflito constante entre os homens. O homem atual 
vive em busca de soluções, como que buscando um abrigo, um estado de paz, algo 
que lhe conforte e que possa lhe dar como saída e solução, a tranquilidade de 
convivência com os demais semelhantes, em um contexto geral de atribuições legais 
assim como justas perante todas as sociedades, mas nem sempre foi assim. Nem 
sempre se pode contar com esse interesse de justiça e paz dentro das sociedades, 
com isso veio a necessidade de se encontrar uma saída para o que até então se 
tinha como um estado de constantes conflitos. As guerras entre os homens fazendo-
se presente pelos mais diversos motivos, razões de posse onde o poder sendo a 
ameaça para tantas desventuras, desvirtuando pessoas onde o mais habilidoso 
sempre tinha a sorte de levar a melhor de alguma forma, a injustiça prevalecia 
naquele meio onde ninguém vinha intervir em favor ou em benefício de alguma das 
partes, levando o conflito a se expandir de forma autoritária dentro de cada situação 
encontrada. Nesse meio, surge a ideia de um consenso, algo que poderia e que viria 
a pôr fim a tantos conflitos, ao rompimento de tantos desacordos entre partes, uma 
intervenção por parte de um terceiro membro que surgiria junto com o documento 
onde seria visto, comprovado, testemunhado e conhecido por todos, como uma obra 
revolucionária que estabelecida entre os homens. Isso traria então, a obediência 
imposta por esse órgão regulamentador, assim também como esse compromisso 
conhecido como contrato social, estabelecido pelos homens em consenso dando 
origem ao estado, um órgão regulamentador que poria limites aos conflitos, 
desavenças e para melhor, estabeleceria a paz entre os homens nas comunidades 
dentro de uma sociedade organizada e coesa. O estado viria agora atuar diretamente 
como aquele ao qual todos devem obediência, no sentido de impor regras, limitar 
poderes, manter a ordem, assim como promover a justiça, e para que se não 
 
26 
 
tivessem que descumprir ou se encontrarem acima do poder do estado de direitos, 
não bastando somente a existência do estado, seria também necessário o contrato 
como forma de registro, registro esse onde se teria ali, a confirmação de que alguém 
aceitou ser limitado, ceder no sentido de compartilhar o direito de ser igual ao 
semelhante, de forma que agora, todos poderiam ser e ter direitos iguais, sendo 
representados por uma ordem superior onde aquele que se achando capaz de 
desafiar o poder do estado, agora teria que responder por seus atos, tendo em vista 
que o estado agora seria a força maior no sentido de manter a ordem. 
Palavras-chave: Hobbes; Contrato social; Estado. 
 
 
O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO 
E O DIREITO DEMOCRÁTICO DO ESTADO: UMA ANÁLISE DA 
DEMOCRACIA NA OBRA DE CHANTAL MOUFFER. 
 
 
Ivo Silva de Oliveira1. 
Graduando em Direito pela faculdade Alencarina – FAL Sobral Ceará. 
Professor Dr. Eduardo Almendra Martins2. 
Orientador 2Professor da Faculdade Alencarina Sobral Doutor em Direito 
Constitucional. 
INTRODUÇÃO: A relação entre governo e povo haverá sempre um 
paradoxo existente, é nesse sentido que a democracia em Chantal Mouffe se insere 
no centro dessa relação como pressuposto essencial de uma conditio sine qua non 
fundada a partir de uma ideia, um proposta inovadora de democracia remetida ao 
século XXI. Tem-se na tradição liberal constituída pelo império da lei, a defesa dos 
direitos humanos e o respeito à liberdade individual, por outro lado, a tradição 
democrática cujas ideias principais são a igualdade, identidade entre governantes e 
governados e soberania popular representa uma ascensão lógica contemporânea 
fundamental. Não existe uma relação necessária entre essas duas tradições 
distintas, somente uma imbricação histórica contingente. Diante do exposto, faz-se 
necessário implicações lógicas para a realização da pesquisa de modo a colocar a 
democracia no epicentro dessas relações políticas entre governantes e governados. 
A presente pesquisa tem como OBJETIVOS GERAL conhecer a Democracia como 
patamar central localizado entre Estado e o povo, na ótica de Chantal Mouffe 
proporcionando, tanto um estado democrático de direito ao povo, como moldando 
um Estado soberano ao promover a sensação de democracia àqueles indivíduos 
compartilhadores de um mesmo território fazendo uso de suas garantias individuais. 
O OBJETIVO ESPECÍFICO se detém sobre a ótica da democracia 
moderna reguladora dos atos de governo emitidos ao povo. Desta forma, a chave 
central aqui pesquisada é o princípio da democracia que tanto deve haver no Estado 
Soberano constituído por governantes, como no âmbito da população, constituído 
por governados levados a efetivação de um estado de direito posto mediante leis. 
Deste modo, justifica se este estudo na busca incessante de entender as duas 
vertentes do seguimento da democracia, uma, o Estado soberano, outra, a lei posta 
promovendo a satisfação do estado democrático de direito moderno voltados para o 
 
27 
 
cidadão. É nesse sentido que a democracia se torna um regime fundamental e 
necessário de autoavaliar-se constantemente a fim de desenvolver no cerne da 
sociedade uma conceituação significativa do termo demos-cracia. A pesquisa, 
contudo, tem como problemática principal abordar a antítese entre governante e 
povo onde nem sempre o Estado Político se mostra como democrático ao propor, 
legislar, decretar leis e por sua vez, nem sempre a lei em seu sentido puro se 
manifesta causando uma sensação de estado democrático entre os membros de 
uma sociedade. METODOLOGIA. Diante do exposto, esta pesquisa se desenvolve 
na análise teórica bibliográfica das obras de Chantal Moufe e faz-se necessário 
também a leitura das obras de John Rawl, Eduardo Bittar, Habermas e Hanna 
Arendt, dentre outros autores que se propõe a contribuir para o diálogo proposto. As 
obras analisadas de Chantal Mouffe desrespeitam a: La paradoja Democrática: El 
Perigo del Consenso en la politica Contemporánea publicada em Abril de 2012 em 
Barcelona-Espanha, e a obra Sobre o Político, dentre outras obras que direciona 
para o tema Democracia. Para a autora em pesquisa a necessidade que o mundo 
deve pensar uma condição de democracia mais efetiva consiste em negar 
pensamento Político tal qual está definido hoje. Pra Ela, o Pensamento democrático 
racional é considerado um erro. Chantal Mouffe considera o pensamento 
democrático do século XXI um erro, na medida em que este pensamento age como 
universal e racional buscando harmonia aos discursos contraditórios. Desta forma, 
ela apresenta as bases fundamentais pra a construção de uma harmonia 
democrática dos contrários seguida pelos os termos agonismo que surge a partir de 
suas preposições. Para Mouffe o que realmente interessa é o agonismo,ou seja uma 
forma de simplificar os conflitos existentes nas relações políticas sociais, onde os 
inimigos passam a ser adversários. RESULTADO E DISCURSÕES: A pesquisa 
entende que Mouffe propõe, portanto, uma nova Democracia na atuação entre 
governantes e governados. Para a autora, a democracia requer uma articulação 
entre tradições diferentes e isso é o que torna de grande relevante valor social para 
o Século XXI. O tema propõe salientar a pesquisa satisfatória como um meio jurídico 
ao aplicador do direito na sua formação. Este projeto, portanto, pretende demostrar 
a necessidade de compreensão da democracia centralizada nos atos de governo 
bem como da situação do povo frente às leis impostas para a 
sociedade. CONCLUSÃO: Chantal Mouffe apresenta seus pressupostos axiológicos 
para uma melhor estrutura das premissas práticas no cotidiano frente aos seus 
conflitos e isso se remete ao pesquisador de modo a desenvolver conceitos-formas, 
com bases estruturadas ao dia, o que leva a pressupostos irrefutáveis para o século 
XXI. A grande problemática principal da pesquisa é entender esta antítese entre 
governante e governado que se apresenta de modo peculiar na sociedade, onde 
nem sempre o Estado se mostra como democrático ao propor, legislar ou decretar e 
por sua vez, nem sempre as leis postas se manifestam causando uma sensação de 
estado democrático de direito no cotidiano social. Diante do exposto, entender a 
Democracia a partir dos elementos constitutivo da filosofia política de Chantal 
Mouffe consiste cada vez mais maximizar o diálogo existente a partir da premissa 
evolutiva nessas questões apresentadas. Portanto, considerar a questão resolvida 
seria um erro no que se refere a sua finalidade última. Considera-se que para 
Chantal Mouffe essa questão ainda se encontra em constante indagação o que 
levará esta proposta de pesquisa a anseios mais intensos frente ao seu tema 
pesquisado. Para tanto, é de fundamental importância uma recondução constante 
do termo, a fim de significá-lo para uma melhor adequação em âmbito político social. 
O presente trabalho se lança incansavelmente nas argumentações de Mouffe sobre 
 
28 
 
o modelo agonístico de democracia, nos princípios éticos-políticos-sociais indo 
contra o pluralismo político e revelando a democracia no centro entre o povo, 
governo, Estado e Direito. 
PALAVRA-CHAVE: Democracia; Estado; Direito; Lei e Povo. 
 
 
 
 
A CONCEPÇÃO DE JUSTIÇA EM THOMAS HOBBES E A LIGAÇÃO ENTRE 
SOCIEDADE, LEI, POLITICA E DIREITO. 
 
 
 Joaquim Wagner Teixeira do Nascimento 
Acadêmico do Curso de Direito da FAL 
 Me. Marco César de Souza Melo 
 Orientador e Professor do Curso de Direito da FAL 
 
 
RESUMO: O presente trabalho irá tratar sobre justiça e a ligação existente entre 
sociedade, lei, política e direito no pensamento de Thomas Hobbes, considerado o 
grande filosofo e um dos principais pensadores do contratualismo, pois conseguiu 
expor de forma racional o direito positivo com os valores do jusnaturalismo. O 
trabalho se dará a partir de uma análise textual do artigo apresentado por Rodrigo 
Toaldo Cappellari, colocando de forma explicita as relações existentes entre esses 
elementos, afim de que possamos fazer ponderações sobre as relações por ele 
citados. No mesmo texto também encontraremos outros autores, filósofos que 
compartilham da mesma ideia de Hobbes mesmo fazendo algumas ressalvas, 
teremos outros que são contra essa concepção exposta por ele. Dentre essas 
concepções, Hobbes irá falar sobre o estado de natureza humano, a guerra de todos 
contra todos, a necessidade da Lei Civil, as leis naturais, o contrato social, justiça 
comutativa e distributiva. Diante dessa análise, temos como objetivo tentar 
compreender essas relações expostas por Hobbes dentro da ciência do Direito, para 
que a partir daí termos uma noção em lato sensu de como esses elementos possam 
estar de fato ligados, e a principal contribuição que eles podem ter pra que possamos 
atingir uma maior efetividade da justiça. A metodologia utilizada para o seguinte 
trabalho, foi uma leitura analítica do Artigo “A concepção de Justiça em Thomas 
Hobbes e a ligação entre sociedade, lei, política e direito de Rodrigo Toaldo 
Cappellari extraindo do texto informações importante no qual possibilitou alcançar os 
objetivos citados acima. Como resultado dessa leitura e analise desse artigo 
podemos perceber a forma de que Hobbes idealiza a justiça como sendo algo de 
valor na razão humana, principalmente após a criação do estado onde o conceito de 
justiça é colocado de forma a garantir a legitimidade da extrutura juridica e permitindo 
a estabilidae dos pactos entre os homens. Conforme o exposto acima percebemos 
que essa pesquisa foi de extrema importância para o campo da Filosofia do Direito 
além de ampliar nossos conhecimentos acerca desse filósofo, podemos conhecer 
um pouco de suas concepções sobre o Direito, a sociedade, a justiça, pensamentos 
que estão em evidência até os dias de hoje, cada vez mais presente nas sociedades 
ao redor do mundo. 
 
29 
 
Palavras-chave: Justiça; Sociedade; Estado; Lei 
 
 
 
 
REALISMO POLÍTICO DE NICOLAU MAQUIAVEL 
 
Maria Dilene Vasconcelos Amorim 
Graduanda do 3º período do Curso de Direito da FAL. 
Orientador: Professor Dr. Eduardo Almendra 
 
 
INTRODUÇÃO: Esse trabalho se dispõe em falar da filosofia política de Maquiavel, 
que a partir dela compreende-se que seus estudos vieram a ser de fundamenta 
importância em duas revoluções no campo da filosofia política. Temos como um dos 
entendimentos principais que foi a retomada antropológica das preocupações da 
filosofia política, sendo o retorno do homem para as questões filosóficas, 
caracterizando assim a primeira revolução. Já no que se entende como segunda 
revolução, vem a ser a mudança do modo como se fazia filosofia política, 
anteriormente a ele se preocupava com o “deve ser”, ou seja, como deveriam ser os 
governos, uma estrutura que pode ser chamada de deontologia. OBJETIVOS: Esse 
trabalho objetiva falar da filosofia política a partir de Maquiavel, visando discorrer 
sobre os seus elementos constitutivos, assim como também objetiva apontar seus 
momentos de atuação, como também traçar um histórico do que veio antes dele e 
de como ele possibilitou um novo olhar sobre a ideia de filosofia política. 
METODOLOGIA: A forma como o trabalho foi elaborado através da pesquisa 
bibliográfica, levantamento de debates e apontamentos de estudos sobre o tema. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: É a partir das ideias de Maquiavel que é feito a 
divisão entre Estado e Igreja, sobre moral e ética, criando uma nova ciência, a ciência 
política. Na sua teoria é voltada para o campo empírico, o Estado voltada pra ação 
presente, para a resolução de fatos acontecidos naquele período de tempo, falava 
da importância de pesquisar o passado com entender porque os governantes 
daquela época tomaram determinada decisão, e não utiliza as atitudes deles para 
resolver com os problemas enfrentado no presente. O objetivo de Maquiavel era 
transmitir clareza em suas ideias, e em seu pensamento político entende a política 
como um fim em si mesma. A avaliação das ações de um governante toma por base 
os fatos que se apresentam e não valorações de qualquer âmbito. Há um 
direcionamento assertivo quanto ao objetivo de seu príncipe conquistar e 
permanecer no poder. Entretanto os meios práticos de conseguir resultados 
satisfatórios dependiam de inúmeras circunstâncias, por isso na leitura dessa obra 
encontramos o conceito de fortuna e virtú. Sendo assim, para Maquiavel a virtú 
representaria a inteligência, a sagacidade que o governante que estivesse no poder 
deveriam ter.Por fortuna, entendia-se que era a sorte, que poderiam trazer 
benefícios ou infortúnios, mas isso nada tinha a ver com causas sobrenaturais, mas 
sim, do curso natural da vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esse trabalho veio a 
contribuir sobre um período muito importante da história da filosofia política,que foi 
o rompimento, uma passagem, do teocentrismo para o antropocentrismo, uma 
 
30 
 
mudança radical na forma de pensar as estruturas políticas que até os dias de hoje 
ainda são levantadas discussões nesse sentido. No mais conclui-se que se objetivou 
o ponto de destaque desse trabalho que é uma produção conjunta acerca do 
pensamento político de Maquiavel de forma a contribuir para nossa formação 
acadêmica como também para a própria disciplina de filosofia política. 
PALAVRAS-CHAVES: Virtú; Antropocentrismo; Forma de governo. 
 
 
RELAÇÕES DE PODER EM AXEL HONNETH: BARBARIZAÇÃO COGNITIVA E 
O DISCURSO DA PÓS VERDADE 
 
Vitória Arruda Borges 
Mestranda Especial em Filosofia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú 
(UVA). Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão. 
Ana Kelvia Capistrano 
Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão. 
Francisco Rômulo Alves Diniz 
Orientador: Mestre em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba (2000) e 
doutorado em Filosofia (UFPB-UFPE-UFRN) (2012). 
 
 
Considera o filósofo e sociólogo alemão Axel Honneth os conceitos de liberdade, 
reconhecimento e emancipação como conceitos de grande importância na 
abordagem sobre a filosofia política na atualidade. Nesta finalidade, objetiva-se 
desenvolver a concepção elaborada por Honneth e sua articulação com processos 
de aprendizagem, processo de apreensão de juízos valorativos a partir de 
convicções partilhadas entre o ser que reconhece e o ser que é reconhecido, em 
oposição a práticas sociais de dominação e regressão dadas nas sociedades que 
levariam a uma barbarização cognitiva. Procedendo, em especial, do livro O Direito 
de liberdade, no qual o autor apresenta desenvolvimentos de princípios de justiça 
social a partir de uma análise da sociedade, demonstrando a importância das 
relações intersubjetivas de reconhecimento. Sendo considerável a ideia de 
progresso cognitivo, onde busca-se o entendimento para a autonomia. Axel Honneth 
(Essen, 1949) atenta que na medida em que se compreende que o ato de 
reconhecimento deriva da percepção de valor de uma pessoa, deve-se entender que 
as considerações de valor decorrem de um processo de aprendizagem. 
Compreende-se que na intenção de uma reconstrução normativa institucional 
recorrendo às relações sociais, põe-se como fundamental a clareza quanto aos 
valores que seriam desenvolvidos na vida social, assim, o autor argumenta que para 
o entendimento dos juízos de valores, estes devem advir de convicções normativas 
na coparticipação entre o ser que reconhece e o ser que é reconhecido. Relevante, 
dessa forma, a compreensão de que a reflexão acerca das concepções normativas, 
do fazer sobre os entendimentos dos juízos de valores desenvolvidos na vida social, 
trata-se de um agir humano dado pela razão, e, para Honneth, esses valores seriam 
os valores dados pela liberdade e garantidores da liberdade. E, para o valor liberdade 
de maneira justa é necessária a análise de precondições sociais e considerações 
 
31 
 
recíprocas entre os indivíduos (HONNETH, 2015, p.10). Honneth não assimila uma 
visão metafísica, como em Hegel, o que pode abrir perspectivas de que a história 
possa resultar em progressos, mas também podendo resultar em recaídas e até 
mesmo possibilitando barbáries. Desta forma o filósofo defende a ideia de um 
progresso gradual. O filósofo utiliza, assim, para sua reconstrução normativa, de 
perspectivas progressivas e positivas, reconhecendo por outro lado a existência de 
patologias sociais e também de desenvolvimentos equivocados, valendo-se o autor 
da esperança dada à solidariedade e aos cuidados compartilhados. Importante, 
todavia, analisar que, nas sociedades contemporâneas, ainda pode-se perceber 
problemas relativos a regressos. Na análise social entende-se aqui necessária a 
compreensão da importância da educação para o processo de desenvolvimento 
correto em um Estado democrático. O regresso se dá ao preço de uma barbarização 
cognitiva. A cognição implica acreditar que a razão pode ser um meio adequado na 
identificação do que é correto. Todavia, um entusiasmo pela cognição revela, por 
outro lado, a revolução da ignorância, aqui apresentada como a não aceitação da 
razão e a recusa da saída da menoridade, onde nesta o ser é incapaz de fazer uso 
do entendimento sem que outra pessoa oriente esse uso. Dessa maneira revelando 
também manipulações dadas ao conhecimento por aqueles que querem o poder, e 
armadilhas da linguagem praticadas por aqueles que preferem omitir a verdade e 
partilhar uma obediência programada. Desse modo, os ideais de justiça social e sua 
correspondência com a autonomia do indivíduo apenas poderiam regredir no caso 
da barbarização cognitiva, o que ocasionaria a todos indivíduos uma indignação 
moral, o que seria árduo na finalidade da liberdade socialmente mediada, uma vez 
que nesta barbarização já não é possível um valor garantidor de liberdade. Tem-se, 
assim, o objetivo de apresentar o projeto de Honneth para a reformulação de um 
modelo de justiça contra uma perspectiva normativa na qual esteja restrita a 
princípios formais, examinando a importância da relação entre a filosofia política 
contemporânea e a análise social, apresentando uma crítica reconstrutiva. Assim, 
busca-se explicar, em um primeiro ponto, sobre a atualização e diálogo de Honneth 
com Hegel em sua Filosofia do Direito, para melhor compreensão acerca da ideia de 
bararização cognitiva e sua relação com um projeto de poder. 
PALAVRAS-CHAVE: Liberdade. Análise social; Relações de poder; Barbarização 
cognitiva. 
 
 
O ENFRENTAMENTO À BARBÁRIE ATRAVÉS DA LUTA POR 
RECONHECIMENTO A PARTIR DE ADORNO E AXEL HONNETH 
 
Ana Kelvia Capistrano1 
Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão. 
Vitoria Arruda Borges2 
Mestranda Especial em Filosofia pela Universidade Estadual do Vale do Acaraú. 
Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão. 
Francisco Romulo Alves Diniz3 
Doutor em Filosofia (UFPB-UFPE-UFRN) (2012). 
 
32 
 
RESUMO: Quando se aproximava o final da Segunda Guerra Mundial, o mundo 
assistiu ao massacre de judeus, homossexuais, ciganos, dentre outros, encabeçados 
pelo Partido Nazista alemão. Theodor Adorno e Max Horkheimer (1895-1973), 
escreveram um livro chamado de Dialética do Esclarecimento, a qual foi publicado 
em 1947, dois anos após a Segunda Guerra Mundial. Para estes dois filósofos, 
o Nazismo provocou uma tamanha barbárie, sendo esta entendida por Adorno como 
a falta de educação e civilização. Com base nas contribuições de Adorno, Axel 
Honneth (1949) e outros filósofos dedicaram se a discutir acerca dos caminhos que 
guiam a sociedade à barbárie e analisar as formas e contribuições para que se evite 
a barbarização dos conflitos sociais entre os indivíduos e a sociedade. Em sua 
obra, Adorno não nega seu temor ao retorno do nazismo e por esta razão defende a 
educação como meio para impedir o retorno dos bárbaros. A civilização possui a sua 
própria contradição, a barbárie é um dos possíveis resultados, sendo assim, não há 
um modelo uniforme e estático de civilização, por isso faz-se necessário que haja 
uma nova epistemologia que abarque as adversidades das sociedades, bem como 
é preciso o implemento da educação para estimular os indivíduos a perceberem e 
interagirem com as contradições provocadas pela barbárie. Na visão de Adorno e 
Axel Honneth, quando há o predomínio da pressão geral sobre o particular, começa 
a haver a desintegração da particularidade e da individualidade, diminuindo assim a 
possibilidade de resistência, atitude que requer um indivíduo autônomo para o seu 
exercício. Atualmente, muitos acontecimentos são reconhecidos pela sociedade e 
pelas vias de comunicação como barbárie, pois diariamente chega ao conhecimento 
da população acontecimentos e crimes tidos como bárbaros, sejam eles 
relacionados à xenofobia, intolerância da divergência de opiniões, princípio da 
liberdade e da dignidade humana, entre diversos outros.

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