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Bactérias dos Gêneros Bordetella e Moraxella Universidade Estadual do Ceará Faculdade de Veterinária - FAVET Disciplina de Microbiologia Veterinária I Docente: Dra. Adriana de Queiroz Pinheiro Discentes: Ana Thays dos Santos da Silva Evelyn de Castro Pinheiro Erica Carolina Kehl Francisco Geraldo Nogueira Costa Taynara Lira do Vale Abril/2020 OBJETIVOS • Descrever as principais características morfológicas, fisiológicas/bioquímicas e patológicas do gênero de bactérias Bortedella e Moraxella, focando nas espécies de importância na medicina veterinária, demonstrando sua relevância para saúde humana e animal. 2 Bordetella sp. 3 Dados Taxonômicos 4 Morfologia e Comportamento Tintorial ao Gram • Pequenos cocobacilos Gram (-) • Se movimentam através de flagelos peritríqueos 5 B pertussis, B. parapertussis e B. bronchiseptica Semelhanças quando se trata da morfologia da colônia formada após o seu crescimento, e o tamanho das células presentes Podem ser diferenciadas através de atividades bioquímicas e antígenos presentes na superfície celular. 6 Gram Negativas Coloração avermelhada Morfologia Microscópica Bordetella bronchiseptica (Coloração de Gram 100x) Disponível em: < https://www.researchgate.net/figure/a-Colony-morphology-of-B- b ronchiseptica-Eq128-strain-on-SBA-b-B-bronchiseptica_fig1_326226135> Acesso em: 31 de março de 2020, às 17:14 Morfologia e Comportamento Tintorial ao Gram http://www.researchgate.net/figure/a-Colony-morphology-of-B- Habitat 7 ➢Animais do sangue quente ➢Exemplos: Bordetella bronchiseptica Bordetella avium ● Trato respiratório superior 8 ➢Fastidiosas ou não Características Fisiológicas e Bioquímicas ➢Aeróbios estritos ➢Ágar MacConkey ➢Oxidase-positivos ➢Catalase-positivos ➢Maioria móveis ➢Aminoácidos Energia ➢Outras características bioquímicas são muito variáveis quanto às espécies 9 Características Fisiológicas e Bioquímicas Resistência A m b ie n ta l Sobrevivem curtos períodos Não possuem cápsula Não formam esporos 10 Resistência A n ti m ic ro b ia n o s Ampicilina Penicilina Espectinomicina Clindamicina Tilosina Tiamulina Laboratório de Sanidade Suína e Virologia, 2015. 154 cepas de B. bronchiseptica Cães, gatos, coelhos e suínos Todas as cepas testadas foram resistentes a esses antibióticos Ceftiofur, danofloxacina, tilmicosina, sulfadimetoxina e cotrimoxazol. 11 Virulência Adesinas Hemaglutinina filamentosa Fator de resistência à destruição bacteriana Perlactina Fímbrias Fator de colonização traqueal Toxinas Toxina pertussis LPS Adenilato ciclase Toxina dermonecrótica Osteotoxina Citotoxina traqueal 12 Virulência Comparação entre as quatro espécies mais estudadas do gênero Bordetella Fonte: Bordetella pertussis: Participação da arginase, TGF-β e TLR4 no controle da síntese de óxido nitríco em macrófagos derivados de medula óssea murina, ROSETTI,, A. S., 2009. 13 Formas da Doença: ❑ Tosse dos Canis ❑ Doença contagiosa ❑ Principais Patógenos: Bordetella bronchiseptica Vírus da parainfluenza canina 2 (PI-2) Adenovirus canino 2 (CAV-2) Epidemiologia: ❑ Doença sazonal: Meses frios ❑ Transmissão: Contato direto Secreções respiratórias Transferência mecânica Traqueobronquite Infecciosa Canina Traqueobronquite Infecciosa Canina: Patogenia: ❑ Primeiros dias: Multiplicação bacteriana ❑ Estabilização: Primeiros sinais clínicos ❑ B. bronchiseptica: Sinais clínicos mais severos Habitat Usual: Traqueia Brônquios Alvéolos ❑ Podem permanecer no trato respiratório e ser eliminados por vários meses após a recuperação clinica Traqueobronquite Infecciosa Canina: Sinais clínicos: Tosse (vários graus) Secreção nasal purulenta Asfixia Tratamento: ❑ Tosse por mais de duas semanas ou se houver broncopneumonia Antibioterapia Rinite Atrófica Suína: ❑ Enfermidade infecto-contagiosa do trato respiratório superior ❑ Bordetella bronchiseptica ❑ Acomete suínos de produção sob condições intensivas Suínos jovens ❑ Perdas econômicas ❑ Leitões jovens contato íntimo com as matrizes ❑ Introdução de animais infectados vindos de outros rebanhos Transmissão: Rinite atrófica suína: Patogenia: Resistência da mucosa nasal Ação toxinas dermonecróticas ❑ Colonização: P. multocida ❑ Infiltração de células inflamatórias B. bronchiseptica Sinais Clínicos: Espirros Obstrução do canal nasolacrimal Mucosa edematosa Destruição dos cornetos nasais Coriza dos Perus: ❑ Bordetelose ❑ Bordetella avium ❑ Baixa mortalidade ❑ Elevadas perdas econômicas ❑ Contato direto ❑ Aerossóis ❑ Fontes ambientais Transmissão: Coriza dos Perus: Sinais Clínicos: Muco nas narinas Respiração pelo bico Espirros Edema submandibular ❑ Adesão das bactérias ▪ Células ciliadas da mucosa oronasal ❑ Colonização para traqueia e brônquios ❑ Expansão a população bacteriana ▪ Inflamação aguda Patogenia: Crescimento in vitro e Diagnóstico: Amostras: suabes nasais, aspirados transtraqueais e exsudatos Isolamento primário: ASA / MC ou meio seletivo (aeróbica, 37oC, 24 a 48h); Os meios de cultura incubados devem ser mantidos úmidos Ágar sangue: colônias lisas e brilhantes, pequenas, convexas, hemólise variável Crescimento in vitro e Diagnóstico: ❑ MacConkey: não fermentadoras Produção da urease ❑ Perfil Bioquímico: Redução de nitrato ❑ Testes de aglutinação : Virulência ✔ Hemácias de ovinos e bovinos; ✔ Hemácias de cobaias Amplificação do Ácido Nucleico, Método DE PCR Critérios para identificação dos isolados: Diagnóstico Crescimento in vitro e Diagnóstico:: Moraxella sp. 24 Dados Taxonômicos 25 Morfologia e Comportamento Tintorial ao Gram • Bastonetes curtos, cocobacilos ou cocos • Todas as espécies tem fímbrias • São encapsulados • Gram Negativas 26 Coloração avermelhada Morfologia Microscópica Moraxella bovis (Coloração de Gram) Disponível em: <https://atlas.sund.ku.dk/microatlas/veterinary/bacteria/Moraxella_bovis/link2.htm> Acesso em: 31 de março de 2020. 27 Habitat ➢Animais do sangue quente ● Membranas mucosas ➢Ambientes aquáticos/úmidos ➢Suscetíveis à dessecação ➢Vida curta no ambiente 28 Moraxella catarrhalis Moraxella canis Moxarella ovis ➢Exemplos: Habitat 29 Características Fisiológicas e Bioquímicas Fastidiosa Imóveis Beta hemólise Esporos Substratos de açucar Aeróbios Oxidase positivo Catalase positivo 30 Características Fisiológicas e Bioquímicas ➢Outras características bioquímicas são muito variáveis quanto às espécies Resistência A m b ie n ta l Flexibilidade Suscetível à dessecação Vida curta Pode sobreviver até 72 na mosca 31 Resistência F a g o c it o se Fosfolipase B Hidrolisa os fosfolipídios de membranas biológicas Lise celular Resistência a fagocitose 32 Resistência A n ti m ic ro b ia n o s Eritromicina Lincomicina Novobiocina Conceição et al., 2004 Cepas de M. bovis (Argentina, Brasil e Uruguai) Ampicilina, cefalosporina, estreptomicina, gentamicina, neomicina, nitrofurantoína, rifampicina e tetraciclina 33 Virulência Fímbrias Hemolisinas (Citolítica) Propriedades corneotóxicas e leucotóxicas. Mecanismos patogênicos pré- requisitos para a indução da CI Formas piliadas e hemolíticas Formas não piliadas e não hemolíticas Fímbrias Q (pili)Aderência dos microrganismos à córnea Fímbrias I 34 Virulência Outros fatores Proteínas associadas à superfície da membrana externa Filamentos hemaglutinantes Fosfolipases B Lipopolissacarídeos Capacidade de se ligar a lactoferrina bovina Transferina bovina 35 Formas da Doença Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina: ❑ Moraxella bovis ❑ Altamente contagiosa Bovinos jovens ❑ Doença ocular Estrutura superficial dos olhos 36 Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina: Habitat Usual: Formas de transmissão: 37 Nasofaringe Ductosnasolacrimais Vagina Contato direto Aerossóis Descarga nasal Moscas Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina: ❑ Recobrindo totalmente o tecido aderido Patogenia: ❑ Cepa de Moraxella bovis patogênica Vetores (moscas) Microbiota ocular ❑ Sintetize: Fímbrias de aderência Conjuntiva Conduto lacrimal Córnea Fixar ❑ Exotoxinas com atividade enzimática Lipopolissacarídeo Lesões na superfície da córnea (edema) ❑ Invasão das bactérias 38 Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina: Sinais Clínicos: 39 Conjuntivite Fotofobia Lacrimejamento Opacidade da córnea Úlcera corneal Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina: ❑ Aplicação: Tópica Pomadas Aerossóis Tratamento: Cefalosporinas Tetraciclinas 40 ❑ Isolamento dos animais afetados ❑ Redução da exposição a irritantes mecânicos ❑ Uso de inseticidas nas etiquetas da orelha Controle: Crescimento in vitro e Diagnóstico: Amostra: Secreção lacrimal para M. bovis, extremamente sensível à dessecação, processamento imediato Técnica de anticorpos fluorescentes Isolamento primário: As amostras cultivados em ASA e MC (aeróbica a 37°C por 48 a 72 horas). Ágar sangue: Colônias redondas, lisas, pequenas, brilhantes com 1 a 3 mm de diâmetro, levemente esbranquiçadas Crescimento in vitro e Diagnóstico: ❑ MacConkey: não ocorre crescimento; ❑ Ágar sangue: linhagens virulentas rodeadas por uma zona de hemólise completa; - oxidase; - Redução de Nitrato ❑ Perfil Bioquímico: - PADase - liquefação da gelatina ❑ Testes de aglutinação : linhagens virulentas auto-aglutinam-se em salina; Amplificação do Ácido Nucleico, Método DE PCR Critérios para identificação dos isolados: Diagnóstico Crescimento in vitro e Diagnóstico: 43 Referências Bibliográficas • Disponível em: <http://www.tecsa.com.br/assets/pdfs/CERATOCONJUNTIVITE%20INFECCIOSA% 20BOVINA.pdf> Acesso em: 28 de mar. 2020 • Disponível em: <http://nelsonferreiralucio.blogspot.com/2016/10/rinite-atrofica-dos- suinos.html> Acesso em: 28 de mar. 2020. • Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/6035741/bordetella-bacterias-de-interesse-medico-especializacao Acesso em: 30 de mar. 2020. • Conceição, F.R; Turnes, C.G. 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