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Resumo de Obstetrícia, da fisiologia à problemas reprodutivos

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RESUMO DE OBSTETRÍCIA 
Introdução 
A obstetrícia é a área na medicina veterinária que visa o estudo 
e as práticas voltadas a reprodução, visando principalmente a fêmea 
gestante, mas também está vinculado a seleção do macho, a forma 
de concepção (monta natural, inseminação artificial, transferência de 
embrião) até o pós-parto. A obstetrícia também estuda doenças 
relacionadas a reprodução e os aspectos fisiológicos em geral da 
fêmea gestante. 
Fisiologia da Reprodução 
Abordando primeiramente como ocorre a ovulação, tudo se 
inicia no hipotálamo, onde é liberado o GnRH. O GnRH, após ser 
liberado vai para a hipófise, onde estimula a produção de FSH e LH. O 
FSH vai para o ovário, onde já existe folículos em crescimento, esse 
hormônio vai fazer com que esse folículo pré-existente cresça e 
quanto mais esse folículo cresce, menos ele vai precisar de FSH. Esse 
folículo, estimulado e crescendo consideravelmente, vai começar a 
produzir estradiol e inibina que fazem com que diminua a produção 
de FSH. Esse folículo grande vai produzir muito estradiol, que estimula 
o hipotálamo que produz mais GnRH e, como não consegue mais 
liberar FSH por causa do estradiol e inibina, vai liberar LH em grande 
quantidade, o que vai causar que a fêmea ovule. Após a ovulação se 
forma o corpo lúteo que produz progesterona que mantem a gestação. 
 
 
As ondas de desenvolvimento folicular vai depender da espécie 
da fêmea 
Gestação 
• Fecundação 
o Contato do espermatozoide com a zona pelúcida 
o Quando acontece o contato acontece a reação acrossômica 
▪ Bloqueia a zona pelúcida 
▪ Não deixa outros espermatozoides entrarem na zona 
pelúcida 
o Acontece a digestão da zona pelúcida 
o O espermatozoide entra no espaço perivitelino 
o Fusão da membrana acrossomal com a oolema 
o Entrada do núcleo e do centríolo 
▪ Fusão no núcleo com o óvulo 
• Desenvolvimento embrionário 
• Reconhecimento materno fetal 
o Equinos 
▪ Movimentação do embrião no útero 
o Ruminantes 
▪ Produção de interferon alfa pela células do trofoblasto 
o Cadelas 
▪ Não tem mecanismo de reconhecimento fetal 
• Não tem mecanismo que encurte o período de cio 
caso ela estiver prenhe 
o Porque ela naturalmente tem um intervalo 
fixo entre esses cios, por causa disso, ela 
não precisa de um reconhecimento fetal 
▪ Não tem mecanismo de antecipar o 
ciclo estral 
▪ Luteinização do folículo pré-ovulatório 
• Implantação/nidação 
o Cada espécie tem um dia de implantação de embrião 
Espécie Dia Da Implantação 
Vaca 18 
Égua 36-38 
Cabra 16 
Ovelha 16 
Porca 18 
Cadela 21 
Gata 21 
 
• Desenvolvimento do feto 
o Endoderma 
▪ Parte de dentro 
▪ Epitélio de revestimento e glândulas do trato digestivo 
▪ Sistema respiratório 
▪ Fígado e pâncreas 
o Ectoderma 
▪ Parte de fora 
▪ Epiderme e anexos cutâneos 
▪ Estruturas do SN 
▪ Epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e 
anal 
o Mesoderma 
▪ Parte do meio 
▪ Parte interna da pele (derme) 
▪ Músculos lisos e esqueléticos 
▪ Sistema circulatório 
▪ Sistema esquelético 
▪ Sistema excretor e reprodutor 
• Placentação 
o Córion 
▪ Membrana na parte de fora no âmnio 
▪ Protege o embrião 
▪ Células penetram no endométrio 
▪ Ligado ao útero 
▪ Dá forma a placenta 
▪ Extremamente irrigado 
o Âmnio 
▪ Protege de traumatismo 
▪ Evita infecções 
▪ Mantem temperatura 
▪ Ajuda desenvolver sistema urinário, digestivo, 
musculoesquelético e pulmonar do feto 
o Alantoide 
▪ Estrutura ligada a parte posterior do intestino do 
embrião 
▪ Armazena excretas 
▪ Troca gasosa com o meio externo 
o Saco vitelínico 
▪ Anexo embrionário 
▪ Armazena substância nutritiva para o embrião 
o Circulação fetal 
▪ Artérias umbilicais 
▪ Ligado direto ao fígado do embrião 
• Manutenção da gestação 
o Placenta difusa 
▪ Equinos e suínos 
▪ Completa 
▪ Incompleta 
o Placenta zonária 
▪ Anular (carnívoros) 
▪ Discoidal (humanos e roedores) 
▪ Cotiledonaria (ruminantes) 
Diagnóstico de Gestação 
• Métodos de diagnóstico: 
o Diagnósticos clínicos 
▪ Sintomas maternos 
• Ocorrem na 2ª metade da gestação 
• Aumento do metabolismo, consumo energético 
maior 
• Taquipnéia 
• Anemia progressiva a partir da terceira semana 
de gestação 
• Queda da temperatura corpórea horas antes do 
parto 
• Aumento de volume abdominal 
▪ Sintomas fetais 
• Auscultação dos ruídos cardíacos fetais 
• Palpação do feto 
• Palpação transabdominal 
Técnica de palpação transabdominal 
• Decúbito lateral 
• Esvaziamento da vesícula urinária 
• Achados: 
o 18º ao 21º dias de gestação, formações de consistências 
firmes 
o 24º ao 31º dias de gestação, formações esféricas 
o 35º dias de gestação, o útero exibe uma constrição entre cada 
vesícula embrionária, com o crescimento dos embriões ocorre 
a perda dessa característica 
o 42º ao 50º dias de gestação, os fetos são facilmente palpáveis 
• Desvantagens: 
o Período impróprio de palpação 
o Fêmeas obesas e tensas 
o Gestação com feto único 
• Métodos de diagnóstico 
o Métodos complementares 
▪ Exame radiográfico 
• Número de fetos 
• Visualização dos fetos 
• Radiação 
• 42º a 45º dias de gestação, visualização do 
esqueleto fetal 
o Dosagem hormonal 
▪ Progesterona 
▪ Fêmeas gestantes não possuem 
▪ Relaxamina 
• Hormônio produzido pela placenta a partir de 20 
dias 
 
o Ultrassonografia 
▪ Vantagens: 
▪ Método precoce de diagnóstico 
▪ 21 dias de gestação 
o Inócuo para fêmea e seus fetos 
▪ Pode ser repetido 
o Organogênese 
o Viabilidade fetal 
▪ batimentos cardíacos e movimento fetal 
o Avaliação da idade gestacional 
o Diagnóstico diferencial 
▪ Desvantagens 
▪ Interpretação das imagens 
▪ Determinação do número de fetos 
▪ Custo elevado 
Métodos de diagnóstico 
▪ Direto: Inspeção, Palpação, Auscultação, US e RX 
▪ Visual: Não retorno ao cio, Distensão abdominal, Comportamento, 
Apetite 
▪ Indireto: Dosagem hormonal 
BOVINOS 
• Primeira fase: 
o 10 a 28 dias, Cl palpável 
o Pouco eficiente 
o US doppler 
• Segunda fase: 
o 28 a 40 dias 
o Pequena bolsa gestacional 
o Assimetria dos cornos 
o 30-100 ml de líquido 
o Pouco eficiente 
o US 
• Terceira fase: 
o 40 a 50 dias 
o Bolsa gestacional 
o Teste do beliscamento 
o Feto de 4 a 6 cm 
o Palpação 
• Quarta fase: 
o 55 a 70 dias 
o Assimetria nítida 
o Flutuação 
o Feto de 8 a 10 cm 
• Quinta fase: 
o 75 a 100 dias 
o Apenas contorno do útero 
o Placentomas 
o Feto de 10 a 20 cm 
o US não auxilia mais 
• Sexta fase: 
o 100 a 150 dias 
o Feto de 20 a 30 cm 
o Artéria uterina 
o Balotamento 
• Sétima fase: 
o 6 meses 
o Útero não está ao alcance 
o Peso da cérvix 
• Oitava fase: 
o 7 a 9 meses 
o Feto e placentoma palpáveis 
DOPPLER 
• Us doppler mede fluxo 
• Não faz distinção entre venoso e arterial 
• Doppler positivo 
o Pode ou não estar gestante 
o Perda embrionária 
• Doppler negativo 
o Não está gestante 
 Importância de diagnóstico 
• Diagnóstico precoce 
• Identificar as vazias 
• Diagnóstico definitivo 
• Confirmar as gestantes 
• Possíveis problemas na propriedade 
o Não emprenhar 
o Perder a gestação 
EQUINOS 
▪ 18 a 21 dias, tônus uterina e cérvix ocluída 
▪ 28 a 30 dias, bolinha de tênis 
▪ 21 a 60 dias, base do corno uterino 
▪ 60 a 120 dias, dificuldade de apalpação, balotamento 
▪ corpo do útero mais proeminente 
Ultrassom 
▪ Idade gestacional 
▪ Viabilidade fetal 
Esquema de cores do US 
▪ Branco 
o Tecidos mais densos 
o Refletem mais as ondas 
o Extremo: tecido ósseo 
▪ Negro 
o Tecidos menos densos 
o Refletem menos as ondas 
o Extremo: coleções de líquido 
Transdutores 
• É a parte do aparelho que merece maior cuidado 
• É também a mais frágil e cara 
• Deve se adequar ao tipo principal de uso 
• Deve ser acoplado e desacoplado do aparelho somente com este 
desligado 
Características das imagens formadas 
• Atenuação: É o progressivoenfraquecimento das ondas sonoras ao 
longo de sua passagem pelos tecidos 
• Impedância acústica: É a resistência dos tecidos à propagação das 
ondas sonoras 
• Interfaces teciduais: São junções de tecidos que possuem diferentes 
densidades 
• Reflexão: É a proporção de ondas sonoras que retorna ao transdutor 
• Absorção: Refere-se aos tecidos capturando a energia das ondas 
sonoras, tipicamente aumentando a temperatura tecidual 
• Sombreamento: Causado por bloqueio ou desvio dos feixes sonoros, 
por exemplo devido a tecido denso (osso) 
• Intensificação: É a transmissão acentuada das ondas sonoras 
através de fluidos, resultando em ecos 
• Reverberação: Ocorre quando um eco salta entre duas interfaces 
fortes até exaurir os pulsos de ultrassom 
Aplicações práticas em reprodução de fêmeas bovinas 
• Avaliação do útero e ovários 
• Diagnóstico precoce de gestação 
• Sexagem Fetal 
• Diagnóstico de patologias 
• Aspiração folicular 
 Avaliação 
• Pode ser executado a partir de 30 dias 
• Cuidado com fragilidade das membranas 
• Presença de conteúdo líquido no útero 
• Presença do embrião/feto 
• Cuidados nessa fase 
o Animais próximos do cio 
o Veias e artérias 
Características ultrassonográficas indicativas de perda embrionária 
• Relativas ao feto 
o Ausência de batimento cardíaco 
o Anormalidades morfológicas 
o Desenvolvimento retardado 
• Relativas aos anexos fetais 
o Perda de volume e “enrugamento” da parede uterina 
o Fragmentação da vesícula amniótica 
o Presença de pontos ecogênicos indicando turvação e debris 
celulares 
Sexagem fetal 
• Pode ser executada de 55 a 90 dias 
• Baseia-se na posição do tubérculo genital 
• Antes desta fase: não migração do tubérculo 
• Após esta fase: difícil realização das imagens 
• Cuidados: 
o Confundir com inserção do cordão umbilical 
o Confundir com vértebras coccígeas e ísqueos 
Fatores que influenciam a duração da gestação 
• Gemelaridade: menor tempo de gestação nas grandes espécies 
• Idade da mãe: fêmeas mais velhas apresentam maior tempo de 
gestação 
• Tamanho e número de fetos: quanto maior o número de fetos 
menor o tempo de gestação 
• Estação do ano: maior quantidade de alimento, menor tempo 
de gestação 
 
Endocrinologia da gestação 
• Estrógeno 
• Relaxina 
• Progesterona 
• eCG 
• hCG 
• Lactogenio placentário 
 
Estrógeno 
• Após o estro os estrógenos diminuem até a metade do ciclo, 
embora continuem a ser secretados em quantidades menores 
• Durante a gestação esta secreção tende a aumentar atingindo 
um pico entre a metade e o final, ou no final da gestação 
• Produzido principalmente pela placenta 
 
 Relaxina 
• Sintetizada pelo CL e Placenta na maioria das espécies 
• Apresenta picos variáveis na metade final da gestação 
• Tornar maleável o ligamento da sínfise púbica, ampliando o 
canal do parto 
-Atua na cérvix: facilitando sua abertura 
-Atua no útero: inibindo a contração (inibe ocitocina) 
-Atua na glândula mamária: inibindo a lactação 
 
Hormônios da gestação 
• Progesterona (P4) 
• Esteroide 
• Esteroidogênese 
• Sintetizada pelo Corpo Lúteo (CL) 
 
Funções da Progesterona 
• Estimulação das glândulas endometriais 
• Secreção de fluidos uterinos 
• Eliminação da resposta leucocitária no interior do útero 
• Bloqueio progestacional: impedindo as contrações uterinas 
• Ação na glândula mamária 
 
Endocrinologia da gestação 
VACA 
• CL- principal fonte de P4 
• E2- aumenta conforme progride a gestação 
• FSH e LH- baixos durante a gestação 
• PRL- triplica próximo ao parto 
 
OVELHA 
• P4- aumenta gradual até 60 dias, última semana cai 
• Final da gestação- placenta produz 5x mais P4 que o ovário 
• E2- baixo durante a gestação e aumenta antes do parto 
• PRL- aumenta 20x na hora do parto 
 
CABRA 
• P4 placentária- não é suficiente para manter a gestação 
• E2- mais elevado que ovelha 
 
PORCA 
• P4- aumenta durante a gestação, cai no parto 
• E2- aumenta 2-3 semanas antes do parto 
 
CADELA 
• Fase luteínica prolongada, mesmo sem gestação 
• P4- manutenção da gestação 
• E2- eleva até o parto e decai com o mesmo 
• PRL- aumenta durante a primeira fase, aumenta na segunda e 
48h antes do parto aumenta no máximo 
 
GATA 
• P4- aumenta pós ovulação, declina 48h antes do parto 
• E2- ocorre aumento discreto no final da gestação e queda 
antes do parto 
 
EQUINO 
• P4- durante 16 dias, queda até os 35 dias até o início de uma 
elevação secundária aos 40 dias, Corpo Lúteo- entre 35 até 150 
dias de gestação 
• Progesterona placentária- secreta P4 para manter a gestação a 
partir dos 100 dias 
• Prolactina- ligeiro aumento no final da gestação 
 
Mudanças nos órgãos reprodutivos 
• Vagina e vulva 
-Durante a gestação: mucosa vaginal é pálida e seca, no 
final da gestação torna-se edemaciada e friável 
• Cérvix 
-Durante a gestação: orifício externo ocluído, presença de 
muco altamente viscoso no canal cervical 
• Útero 
-Durante a gestação: suspensão do estro 
• Ligamento Pélvico 
-Relaxamento ocorre durante a gestação, sendo mais 
acentuado próximo ao parto 
-Está relacionado a ação da relaxina e de altos níveis de 
estrógeno no fim da gestação 
 
Hormônios produzidos pela placenta 
• Estrógenos e Progesterona 
• hCG 
• eCG/PMSG 
• Lactogênio placentário 
 
Formas especiais de gestação 
• Superfecundação 
-Fêmeas com estro prolongado que são cobertas por um 
ou vários machos (ninhadas maiores do que o previsto para a 
raça) 
• Superfetação 
-Animal com estro e cobertura durante a gestação. Pode 
ocorrer em equinos suínos e felinos. 
• Gestação múltipla patológica 
-Ocorre em fêmeas monotócicas. 
• Gestação extra uterina ou ectópica 
-Pode ser ovárica, tubárica(comum em humanos), 
abdominal (peritonial). 
 
Problemas Reprodutivos 
Existem muitos problemas reprodutivos que podem ocorrer com 
os reprodutores antes, durante e após a gestação, em geral, os 
problemas mais comuns que levam a falhas na reprodução e até 
mesmo a infertilidade estão ligadas com o estresse, manejo 
inadequado, infecções virais, fúngicas e bacterinas, problemas 
hormonais e manejo nutricional. 
Cisto folicular 
o cisto folicular ocorre quando há problemas na ovulação, 
o folículo permanece no ovário e causa o cisto. Enquanto existe 
a presença desse cisto, o animal fica infértil. O diagnostico do 
cisto folicular é feito por palpação retal e ultrassonografia e o 
tratamento consiste em induzir ovulação 
Molas 
Molas é um processo patológico placentário que vai causar 
a morte do embrião. O animal gestante não apresenta sintomas 
clínicos, o que dificulta o diagnóstico. Quando diagnosticado, é 
recomendado a interrupção da prenhes. 
 Hidropisia dos anexos fetais 
Nessa doença acontece uma presença muito grande de líquido 
fetal que pode acontecer no saco amniótico e no alantoide. Os 
sintomas dessa patologia é a distensão abdominal, taquipneia, 
dispneia, respiração superficial, taquicardia, diminuição do apetite, 
dificuldade de ruminar, defecar e urinar. Essa doença pode causar a 
morte da gestante devido a inanição. 
 
 
Hidroalantóide 
É caracterizado pela produção exacerbada de liquido 
alantoideano, geralmente ocorre em casos de gestação gemelar ou 
quando há poliúria e distúrbio renal fetal. 
Hidroâmnion 
É uma alteração no mecanismo de deglutição fetal, geralmente 
causado por anomalias de genes autossômicos recessivos, formando 
os chamados “monstros fetais”. Esses monstros fetais são fetos 
defeituosos, comumente apresentando anencefalia, hipoplasia 
hipofisária, hidrocefalia e monstros complexos. Monstros complexos 
existem quando a falha na divisão inicial do embrião, existindo por 
exemplo: 
• Diprosopus: duas faces 
• Dicephalus: duas cabeças 
• Thoracopagus: união torácica 
• Thoracogastropagus: união torácica, umbilical e abdominal 
• Ischiogastropagus: união da pele e abdômen• Duplicatas posterior: divisão da região posterior a partir do 
abdome 
Retenção de anexos fetais 
É definido pela falha na expulsão da placenta no período 
aceitável para cada espécie. 
Espécie Tempo 
Cadela e gata Variável 
Vaca Até 12 horas 
Égua 20 min a 3 horas 
Pequenos ruminantes 30 minutos a 8 horas 
Porca Variável 
Existem fatores predisponentes para essa condição, sendo esses: 
• Esforços expulsivos insuficientes do miométrio 
• Falha da placenta em se separar do endométrio: 
o Alterações inflamatórias 
o Imaturidade placentária 
o Desequilíbrios hormonais 
o Deficiência de imunidade 
• Obstrução mecânica (fechamento parcial da cérvix) 
Quantos os sintomas dessa condição, podemos observar restos 
placentários na urina, odor fétido, corrimento sero-sanguinolento, 
hipertermia, inapetência e diminuição da produção de leite. 
O tratamento consiste no uso de antibióticos e PGF, sendo que 
em alguns casos recomenda-se o uso de ocitocina e anti-
inflamatórios. 
 
O Parto e Pós-Parto 
Parto Eutócico 
É um conjunto de fenômenos mecânicos, fisiológicos e 
endócrinos que culminam com a expulsão do feto e seus anexos para 
o meio exterior. 
Puerpérrio 
É o período que decorre desde o parto até que os órgãos genitais 
e o estado geral da fêmea voltem às condições anteriores à gestação. 
Para isso acontece a expulsão dos anexos fetais, a involução uterina 
e o retorno da atividade cíclica. 
 
 
Desaparecimento da contaminação bacteriana 
A contaminação pós-parto é considerada normal e o 
desaparecimento dessa contaminação se dá pela fagocitose por 
leucócitos locais no endométrio, sendo que a atividade estrogênica 
reforça a capacidade uterina em eliminar as bactérias via cérvix. 
Reinício da função ovariana 
A lactação inibe a liberação de GnRH hipotalâmico necessário 
para a restauração do ciclo estral, sendo essa inibição causada pelo 
estímulo da sucção do filhote ou pelo uso de corticoides, prolactina e 
ocitocina.

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