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1 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL ÚTERO • Órgão muscular oco, piriforme, com paredes espessas. • Local onde o embrião e o feto se desenvolvem. • LOCALIZAÇÃO: Útero não gravídico: pelve menor, com corpo sobre a bexiga urinária e o colo entre a bexiga e o reto. Útero gravídico: dependendo da evolução da gravidez, pode estar localizado até perto do diafragma. • POSIÇÃO E ORIENTAÇÃO: antevertido - inclinado anterossuperiormente em relação ao eixo da vagina; antefletido – fletido ou curvado anteriormente em relação ao colo, criando o ângulo de flexão. • A posição do útero muda com o grau de enchimento da bexiga e do reto, também com a gravidez. • MEDIDAS: cerca de 7,5cm de comprimento, 5cm de largura e 2cm de espessura, pesa cerca de 90g, • Dividido em duas partes: corpo e colo. CORPO DO ÚTERO • Forma os 2/3 superiores, inclui o fundo do útero. • Situado entre as lâminas do ligamento largo e é livremente móvel. • FACES: Anterior – relacionada com a bexiga. Posterior – intestinal. Anatomia do Útero e da Vagina 2 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL • É separado do colo pelo istmo do útero, com cerca de 1cm de comprimento. COLO DO ÚTERO • 1/3 inferior cilíndrico e estreito, comprimento aproximado de 2,5cm em adulta não grávida. • PORÇÃO SUPRAVAGINAL: entre o istmo e a vagina. Separada da bexiga urinária anteriormente por tecido conjuntivo frouxo e do reto posteriormente pela escavação retouterina. • PORÇÃO VAGINAL: se projeta para a parte superior da parede anterior da vagina. A porção vaginal arredondada circunda o óstio do útero e, por sua vez, é circundada por um recesso estreito – fórnice da vagina. CAVIDADE DO ÚTERO • Semelhante a uma fenda, possui cerca de 6cm de comprimento do óstio uterino até a parede do fundo do útero. • Cornos do útero: regiões súperolaterais da cavidade, onde penetram as tubas uterinas. • A cavidade continua inferiormente como o canal do colo do útero. • O óstio anatômico interno atravessa as porções supravaginal e vaginal e comunica o lúmen da vagina através do óstio uterino. • A cavidade uterina (em particular o canal do colo do útero) + o lúmen da vagina juntos formam o canal de parto. 3 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL CAMADAS DA PAREDE DO CORPO DO ÚTERO PERIMÉTRIO MIOMÉTRIO ENDOMÉTRIO Túnica serosa ou revestimento seroso externo – consiste em peritônio sustentado por uma fina lâmina de tecido conjuntivo. • Camada média de músculo liso – é muito distendido (mais extenso, porém muito mais fino) durante a gravidez. • Os principais ramos de vasos e nervos estão localizados nessa camada. • Durante o parto, a contração do miométrio é estimulada hormonalmente. • Durante a menstruação, as contrações podem causar cólica. • Túnica mucosa interna – está firmemente aderido ao miométrio subjacente. • Sofre modificações de sua estrutura a cada estágio do ciclo menstrual. • Se houver concepção, o blastocisto implanta-se nessa camada; se não houver, a face interna dessa camada é eliminada durante a menstruação. • COMPOSIÇÃO DO COLO DO ÚTERO: a quantidade de tecido muscular é bem menor do que no corpo. Ele é em sua maior parte fibroso e consiste em colágeno com uma pequena quantidade de músculo liso e elastina. LIGAMENTOS DO ÚTERO Ligamento útero-ovárico Fixa-se ao útero posteroinferiormente à junção uterotubárica. Ligamento redondo do útero* Fixa-se anteroinferioemente à junção uterotubárica até o lábio maior do pudendo, passando pelo canal inguinal. Ligamento largo do útero* • Dupla lâmina de peritônio que se estende das laterais do útero até as paredes laterais e o assoalho da pelve. • Ligamento que mantém o útero em posição. • As duas lâminas do ligamento largo são contínuas entre si em uma margem livre que circunda a tuba uterina. • Lateralmente, o peritônio do ligamento largo é prolongado superiormente sobre os vasos com o ligamento suspensor do ovário. • Entre as lâminas do ligamento largo de cada lado do útero, o ligamento útero-ovárico situa- se posterossuperiormente e o ligamento redondo do útero situa-se anterioinferiormente. Mesovário • Meso onde o ovário se situa. • Situa-se na face posterior do ligamento largo. Mesossalpinge • Meso onde as tubas uterinas se situam. • Situa-se na margem livre anterossuperior do largo. Mesométrio • Meso para o útero, inferior ao mesossalpinge e ao mesovário. *Estruturas frouxas, pouco papel no suporte do útero. 4 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL • SUSTENTAÇÃO DINÂMICA DO ÚTERO: propiciada pelo diafragma da pelve. Seu tônus nas disposições sentada e de pé e a contração ativa durante períodos de aumento da pressão intra-abdominal (espirro, tosse etc.) são transmitidos através dos órgãos pélvicos adjacentes e da fáscia endopélvica que o cercam. • SUSTENTAÇÃO PASSIVA DO ÚTERO: proporcionada por sua posição – o modo como o útero normalmente antevertido e antefletido fica apoiado sobre o topo da bexiga urinária. Quando a pressão intra- abdominal aumenta, o útero é pressionado contra a bexiga. O colo do útero é a parte menos móvel do órgão em razão da sua sustentação passiva proporcionada por condensações de fáscia parietal da pelve (ligamentos) fixadas a ele, que também contém músculo liso. • LIGAMENTOS TRANSVERSOS DO COLO (cardinais): estendem-se da porção supravaginal do colo e das partes laterais do fórnice da vagina até as pares laterais da pelve. Estruturas decorrentes da fáscia da pelve. • LIGAMENTOS RETOUTERINOS: seguem superiormente e um pouco posteriormente das laterais do colo do útero até o meio do sacro; são palpáveis ao toque retal. Juntas, essas sustentações passivas e ativas mantêm o útero centralizado na cavidade pélvica e resistem à tendência de que o útero cais, ou seja, empurrado através da vagina. 5 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL VASCULARIZAÇÃO DO ÚTERO Irrigação arterial Artérias uterinas, com possível irrigação colateral das artérias ováricas. Drenagem venosa Veias uterinas penetram nos ligamentos largos com as artérias e formam o plexo venoso uterino de cada lado do colo. As veias do plexo uterino drenam para as veias ilíacas internas. VAGINA • Tubo musculomembranáceo distensível (7 a 9cm de comprimento), estende-se do meio do colo do útero até o óstio da vagina. • O óstio da vagina, o óstio externo da uretra e os ductos da glândula vestibular maior e as glândulas vestibulares menores abrem- se no vestíbulo da vagina – a fenda entre os lábios menores do pudendo. RELAÇÕES DO ÚTERO Anterior Face superior da bexiga urinária, escavação vesicouterina, fossa supravesical Posterior Escavação retouterina, face anterior do reto Superior Peritônio Lateral Artéria uterina, ureteres, tubas uterinas, ovários, ligamentos útero ovárico, Inferior Canal vaginal 6 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL • FUNÇÕES: Canal para líquido menstrual. Forma a parte inferior do canal de parto, Recebe o pênis e o sêmen ejaculado durante a relação sexual. Comunica-se superiormente com o canal do colo do útero e inferiormente com o vestíbulo da vagina. • A vagina geralmente encontra-se colapsada. O óstio da vagina costuma estar colapsado em direção à linha mediana, de modo que suas paredes laterais ficam em contato de cada lado de uma fenda anteroposterior. • Superiormente ao óstio, porém, as paredes anterior e posterior estão em contato a cada lado de uma cavidade virtual transversal, com formato de H em corte transversal, com exceção de sua extremidade superior, na qual o colo do útero as mantém afastadas. VASCULARIZAÇÃO DA VAGINA Irrigação arterial Parte superior:originam-se das artérias uterinas. Partes média e inferior: ramos das artérias vaginal e pudenda interna. Drenagem venosa Veias vaginais formam plexos venosos vaginais ao longo das laterais da vagina e na túnica mucosa vaginal. Junto do plexo venoso uterino, formam o plexo venoso uterovaginal → drenam para as veias ilíacas internas através da veia uterina. RELAÇÕES DA VAGINA Anterior Fundo da bexiga urinária e uretra Posterior Canal anal, reto e escavação retouterina Superior Colo do útero, fórnice da vagina Lateral Músculo levantador do ânus, fáscia visceral da pelve e os ureteres Inferior Óstio da vagina, vestíbulo da vagina INERVAÇÃO DA VAGINA E DO ÚTERO Inervação somática da vagina Apenas os 2/5 inferiores da vagina têm inervação somática → nervo perineal profundo, ramo do nervo pudendo, que conduz fibras aferentes simpáticas e viscerais, mas não fibras parassimpáticas. Apenas essa parte inervada somaticamente é sensível ao toque e à temperatura. Inervação visceral da vagina e do útero 3/4 a 2/5 superiores da vagina tem inervação visceral. Os nervos para essa parte da vagina e para o útero são derivados do plexo nervoso uterovaginal → um dos plexos pélvicos que se estendem do plexo hipogástrico inferior até as vísceras pélvicas. Fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e viscerais atravessam esse plexo. Inervação simpática Origina-se nos segmentos torácicos inferiores da medula espinal e atravessa os nervos esplâncnicos lombares e a série de plexos intermesentérico-hipogástrico-pélvicos. Inervação parassimpática Origina-se nos segmentos S2-S4 da medula espinal e atravessa os nervos esplâncnicos pélvicos até o plexo hipogástrico inferior-uterovaginal. Inervação aferente visceral Fundo e do corpo do útero intraperitoneais: as fibras que conduzem impulsos de dor desses locais (acima da linha de dor pélvica) seguem a inervação simpática retrógrada para chegar aos corpos celulares nos gânglios sensitivos de nervos espinais torácicos inferiores- lombares superiores. Colo do útero e vagina subperitoneais: as fibras que conduzem impulsos de dor desses locais (abaixo da linha de dor pélvica) seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente através dos plexos uterovaginal e hipogástrico inferior e dos nervos esplâncnicos pélvicos para chegar aos corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais S2 e S4. 7 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 8 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL
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