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Anatomia II Letícia H. Cossa. ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS Órgãos genitais femininos internos: Ovários; Tuba uterina; Útero; Vagina; Órgãos genitais femininos externos: Pudendo/ vulva Monte púbico – região próxima à vulva que possui pelos para proteção. A pilificacção ocorre em região de púbis e grandes lábios. OVÁRIOS: São as gônadas femininas, com formato e tamanho semelhante à amêndoas. São glândulas endócrinas que produzem hormônios sexuais. É suspenso pelo mesovário, uma subdivisão de um mesentério maior do útero, o ligamento largo. Em mulheres pré-púberes, a túnica albugínea do ovário, que forma a superfície do ovário é coberta por uma lamina lisa de mesotélio ovariano ou epitélio superficial. Após a puberdade, há fibrose e distorção progressiva do epitélio superficial ovariano em razão da ruptura repetida de folículos ovarianos. Em mulheres que utilizam anticoncepcional, essa fibrose é menor. Os ovários se localizam na cavidade pélvica, por trás do ligamento largo do útero. Apresentam comunicação direta com a cavidade uterina (através do óstio uterino da tuba) e com a cavidade peritoneal (através do óstio abdominal da tuba). Ligamento suspensor do ovário: prega peritoneal que nervos, vasos sanguíneos e linfáticos cruzam na margem da pele. Ligamento largo: prega de reflexão do peritônio, que estende das paredes da cavidade pélvica até as margens laterais do útero. Ligamento redondo: cordões fibrosos que partem de cada lado da margem lateral do útero, abaixo da implantação das tubas uterinas para alcanças os grandes lábios. Quando o oócito é expelido, ele é laçado para a cavidade peritoneal. Síndrome dos ovários policísticos: caracterizada por hiperandrogenismo e anovulação crônica. TUBAS UTERINAS: Conduzem o oócito da cavidade peritoneal periovariana para a cavidade uterina. Local habitual de fertilização. Cerca de 10 cm de comprimento. Dividem-se em quatro partes: 1) Infundíbulo: extremidade distal afunilada da tuba que abre na cavidade peritoneal através do óstio abdominal. 2) Ampola: a parte mais larga e mais longa da tuba. 3) Istmo: a parte da tuba que tem parede espessa e entra no corno uterino. 4) Parte uterina: o segmento intramural curto da tuba que atravessa a parede do útero e se abre através do óstio uterino. Anatomia II Letícia H. Cossa. Como o sistema genital feminino comunica-se com a cavidade peritoneal através dos óstios abdominais das tubas uterinas, as infecções da vagina, do útero e das tubas uterinas podem evoluir para peritonite. Inversamente, a inflamação da tuba uterina (salpingite) pode resultar de infecções que se disseminam da cavidade peritoneal. Uma importante causa de infertilidade em mulheres é a obstrução das tubas uterinas, não raro consequência da salpingite. VASCULARIZAÇÃO DOS OVÁRIOS E TUBAS UTERINAS: Artérias ováricas: originam-se da porção abdominal da aorta. A veia ovárica direita ascende e entra na veia cava inferior, e a esquerda drena pra a veia renal esquerda. Artérias uterinas: são ramos da artéria ilíaca interna. Ambas terminam se bifurcando em ramos ováricos e tubários que irrigam ovários e tubas. As veias que drenam o ovário formam um plexo venoso pampinioforme (semelhante a trepadeira). As veias tubáricas drenam para as veias ováricas e para o plexo venoso uterino. INERVAÇÃO DOS OVÁRIOS E DAS TUBAS UTERINAS: Plexo ovárico e plexo uterino. Os ovários e as tubas uterinas são intraperitoneais e, portanto, estão localizados acima da linha de dor pélvica. Assim, fibras de dor aferentes viscerais ascendem retrogradamente com as fibras simpáticas descendentes do plexo ovárico e dos nervos esplâncnicos lombares até os corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais T11–L1. As fibras reflexas aferentes viscerais seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente através dos plexos uterino (pélvico) e hipogástrico inferior e dos nervos esplâncnicos pélvicos até os corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais S2–S4. ÚTERO: Órgão muscular oco piriforme, com paredes espessas. As paredes musculares se adaptam ao crescimento do feto e garantem a força para a sua expulsão durante o parto. O útero não grávido está localizado na pelve menor, com o corpo sobre a bexiga urinária e o colo entre a bexiga urinária e o reto. A posição do útero muda com o grau de enchimento da bexiga urinaria e reto, e também com a evolução da gravidez. O útero pode ser dividido em duas partes principais: o corpo e o colo. Corpo: forma os dois terços superiores do órgão. Inclui o fundo do útero, a parte arredondada situada superiormente aos óstios uterinos. Está situado entre as laminas do ligamento largo; É livremente móvel. Anatomia II Letícia H. Cossa. A sua face anterior se relaciona com a bexiga urinaria e a posterior com o aparato intestinal. O corpo e o colo do útero são separados pelo istmo; Colo: é o terço inferior cilíndrico e relativamente estreito do útero. Divide-se em porção supravaginal entre o istmo e a vagina, e uma porção vaginal, que se projeta para a parte superior da parede anterior da vagina. A cavidade do útero (em particular, o canal do colo do útero) e o lúmen da vagina juntos constituem o canal de parto. É a parte menos móvel do órgão em razão da sustentação passiva proporcionada por condensações de fáscia parietal da pelve (ligamentos) fixadas a ee, que também contém músculo liso. A parede do corpo do útero é formada por três camadas ou lâminas: 1) Perimétrio: revestimento seroso externo. 2) Miométrio: camada média de músculo liso; 3) Endométrio: camada mucosa interna. Está firmemente aderido ao miométrio subjacente. O endométrio participa ativamente do ciclo menstrual. É nessa camada que o blastocisto se implanta. Caso isso não ocorra, o endométrio descama e a menstruação ocorre. Anatomia II Letícia H. Cossa. Ligamento útero-ovárico e ligamento redondo do útero são vestígios do Gubernáculo ovárico, relacionado com a mudança de posição da gônada de sua posição embrionária sobre a parede abdominal posterior. Fixam o ovário ao útero. Ligamentos importantes: suspensor do ovário, ligamento útero-ovárico, ligamento redondo do útero. A sustentação dinâmica do útero é proporcionada pelo A sustentação passiva do útero é proporcionada por sua posição – modo como o útero é antevertido e antefletido fica apoiado sobre o topo da bexiga urinária. Ligamentos transversos do colo: estendem-se da porção supravaginal do colo e das partes laterais do fórnice da vagina até as paredes laterais da pelve. Ligamentos retouterinos: seguem superiormente e um pouco posteroinferiormente das laterais do colo do útero até o meio do sacro. São palpáveis ao toque retal. Vascularização do útero: artérias uterinas e artérias ováricas. VAGINA: É um tubo musculomembranoso distensível. Estende-se do meio do colo do útero até o óstio da vagina. Serve como canal para o liquido menstrual e forma a parte inferior do canal de parto. Recebe o pênis e o ejaculado durante a relação sexual. Superiormente, se comunica com o canal do colo do útero e inferiormente com o vestíbulo. Situa-se anteriormente ao reto, passando entre as margens mediais do músculo levantador do ânus (puborretal). Há quatro músculos que atuam como esfíncter e comprimem a vagina: pubovaginal, esfíncter externo da uretra, esfíncter uterovaginal e m. bulboesponjoso. Limites: → Anteriormente, está relacionada com o fundo da bexiga e a uretra; → Lateralmente, está relacionada com o músculo levantador do ânus, a fáscia visceral da pelve e os ureteres. →Posteriormente,com o canal anal, o reto e a escavação retouterina. A vascularização da vagina se dá pelas artérias que se originam das artérias uterinas. As artérias que suprem as partes média e inferior da vagina são ramos das artérias vaginal e pudenda interna. As veias vaginais formam o plexo venoso vaginal. Inervação: a maior parte da vagina tem inervação visceral. Os nervos dessa região são derivados do plexo nervoso uterovaginal. TRATO GENITAL INFERIOR: Os órgãos genitais externos femininos compreendem: o monte púbico, os lábios maiores e menores do pudendo, o clitóris, os bulbos do vestíbulo e as glândulas vestibulares (maiores e menores). Vulva e pudendo são descritos como sinônimos. Enquanto a vulva é uma terminologia mais clinica, o pudendo serve para descrever um tecido sensitivo e erétil para excitação sexual, para orientar o fluxo da urina e evitar a entrada de material estranho nos sistemas genital e urinário. Anatomia II Letícia H. Cossa. Monte púbico: eminencia adiposa, arredondada e anterior à sínfise púbica. Após a puberdade, o monte púbico é coberto por pelos pubianos encrespados. Lábios maiores do pudendo: pregas cutâneas proeminentes que proporcionam proteção para o clitóris e os óstios da uretra e vagina. Lábios menores do pudendo: pregas arredondadas sem pelos e sem tecido adiposo. Fecham o vestíbulo da vagina. As suas duas laminas mediais se unem para formar o frênulo do clitóris e as laminas laterais se unem para formar o prepúcio do clitóris. Clitóris: órgão erétil localizado no ponto de encontro dos lábios menores do pudendo. - Possui raiz, corpo e glande e está coberto pelo prepúcio dos lábios menores. - Atua apenas como órgão de excitação sexual, não tendo relação nenhuma com a uretra. - É muito sensível e aumenta de tamanho com estimulação tátil. Vestíbulo da vagina: é o espaço circundado pelos lábios menores do pudendo no qual se abrem os óstios da uretra e da vagina e os ductos das glândulas vestibulares. Bulbos do vestíbulo: duas massas de tecido erétil alongado. São cobertos inferior e lateralmente pelos músculos bulboesponjosos. Glândulas vestibulares: ou glândulas de Bartholin, estão situadas no espaço superficial do períneo. Situam- se de cada lado do vestíbulo da vagina e inferiormente à membrana do períneo. Secretam muco para o vestíbulo da vagina. Vascularização do pudendo: artérias pudendas externa e interna e veias pudendas internas. órgãos genitais femininos
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