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APG 30 - UMBIGO ESTUFADO

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Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º Período 
 
APG 30 – UMBIGO ESTUFADO (ÚLTIMA, AMÉM? AMÉM! 
1. DESCREVER A ANATOMIA DA PAREDE 
ABDOMINAL ANTEROLATERAL, CAVIDADE 
PERITONEAL E PERITÔNIO 
 ABDÔMEN 
 O abdômen é uma região corporal localizada 
entre o tórax e a pelve, que contém a maior 
cavidade, servindo como um recipiente dinâmico 
e flexível, abrigando a maioria dos órgãos do 
sistema digestório e parte dos sistemas urinário 
e genital. 
 Seu limite superior que é constituído pelo 
músculo diafragma, que se estende sobre as 
vísceras abdominais como uma cúpula; 
 Seu limite inferior que é formado pelos músculos 
levantador do ânus e coccígeno, constituintes do 
diafragma pélvico. 
 Além dos limites, o abdômen pode ser dividido em 
duas porções, que também são denominadas de 
superior e inferior. A porção superior é 
constituída pela região abdominal e contém a 
maior parte do sistema digestório, pois parte 
deste está contida na cabeça, no pescoço, na 
cavidade torácica; esta parte superior também 
abriga o baço e partes do sistema urinário. Já a 
porção inferior é formada pela região pélvica e 
abriga parte do sistema urinário (bexiga e 
ureteres) e o sistema reprodutor. 
 PAREDE ABDOMINAL 
 “Parede abdominal” é termo que se refere a 
todo limite que circunda a região abdominal e 
para fins descritivos a parede abdominal é 
dividida em parede anterolateral e parede 
posterior do abdômen 
 PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDÔMEN 
 A parede anterolateral do abdômen se estende 
da caixa torácica até a pelve, ela é constituída 
por um composto de gordura, aponeuroses que 
são fixações musculares, suas fáscias e os 
próprios músculos, contendo, ainda, gordura 
extraperitonial e peritônio parietal na sua face 
interna. 
 Músculos da parede anterolateral do abdômen: 
 São cinco os músculos que compõem a 
parede anterolateral. Três desses músculos 
são considerados planos por possuírem a 
maioria das fibras no sentido paralelo, 
formando um leque, eles são os músculos 
oblíquos externos, oblíquos internos e o 
músculo transverso do abdômen. Os outros 
dois músculos, o músculo reto do abdômen 
e o piramidal, são considerados verticais. 
 
 PERITÔNIO E CAVIDADE PERITONEAL 
 O peritônio é uma túnica serosa transparente, 
contínua, brilhante e deslizante. O peritônio 
consiste em duas lâminas contínuas: o peritônio 
parietal, que reveste a face interna da parede 
abdominopélvica, e o peritônio visceral, que 
reveste vísceras como estômago e intestino. 
 As duas lâminas de peritônio consistem em 
mesotélio, uma lâmina de epitélio pavimentoso 
simples. 
 Os órgãos recobertos por peritônio são os 
órgãos intraperitoneais, como fígado, baço, 
estômago, intestino delgado distal, cólons 
transverso e sigmoide e parte superior do reto. 
 Os retroperitoneais são órgãos abdominais fixos 
contra a parede posterior do abdômen, onde o 
peritônio parietal encontra-se anterior aos 
órgãos como, os rins, pâncreas, reto, duodeno 
distal, cólon ascendente e descendente. 
 A cavidade peritoneal está dentro da cavidade 
abdominal e continua inferiormente até a 
cavidade pélvica. A cavidade peritoneal é um 
espaço potencial com espessura capilar, situado 
entre as lâminas parietal e visceral do peritônio. 
 
Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º Período 
 
 Não contém órgãos, mas contém uma fina 
película de líquido peritoneal, que é composto de 
água, eletrólitos e outras substâncias derivadas 
do líquido intersticial em tecidos adjacentes. 
 O líquido peritoneal lubrifica as faces peritoneais, 
permitindo que as vísceras movimentem-se 
umas sobre as outras sem atrito e permitindo 
os movimentos da digestão. Além de lubrificar as 
faces das vísceras, o líquido peritoneal contém 
leucócitos e anticorpos que combatem a 
infecção. Os vasos linfáticos, sobretudo na face 
inferior do diafragma, cuja atividade é 
incessante, absorvem o líquido peritoneal. 
 A cavidade peritoneal é completamente fechada 
nos homens. Nas mulheres, porém, há uma 
comunicação com o exterior do corpo através 
das tubas uterinas, cavidade uterina e vagina. 
Essa comunicação é uma possível via de infecção 
externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ao contrário do pericárdio e das pleuras, que 
revestem de modo regular o coração e os 
pulmões, o peritônio contém grandes pregas que 
se entrelaçam entre as vísceras. As pregas 
ligam os órgãos uns aos outros e às paredes da 
cavidade abdominal. Há cinco pregas peritoneais 
principais: omento maior, ligamento falciforme, 
omento menor, mesentério e mesocolo. 
I. O OMENTO MAIOR, a maior prega peritoneal, 
reveste o colo transverso e as serpentinas do 
intestino delgado como um “avental de gordura”. 
O omento maior é uma dupla camada que se 
dobra sobre si mesma, fornecendo um total de 
quatro camadas. Dos anexos ao longo do 
estômago e do duodeno, o omento maior se 
estende para baixo anteriormente ao intestino 
delgado, e então gira e se estende para cima e 
se insere ao colo transverso. Seu conteúdo de 
tecido adiposo pode aumentar muito com o 
ganho de peso, contribuindo para a 
característica “barriga de cerveja” vista em 
alguns indivíduos com sobrepeso. Os diversos 
linfonodos do omento maior fornecem 
macrófagos e plasmócitos que produzem 
anticorpos que ajudam no combate e contenção 
das infecções do canal alimentar. 
II. O LIGAMENTO FALCIFORME insere o fígado à 
parede abdominal anterior e diafragma. O fígado 
é o único órgão digestório que está inserido na 
parede abdominal anterior. 
III. O OMENTO MENOR surge como uma prega 
anterior na túnica serosa do estômago e do 
duodeno, e conecta o estômago e o duodeno ao 
fígado. É o caminho para os vasos sanguíneos 
que chegam ao fígado e contém a veia porta do 
fígado, a artéria hepática comum e o ducto 
colédoco, junto com alguns linfonodos. 
IV. Uma prega em forma de leque do peritônio, 
chamada MESENTÉRIO, liga o jejuno e o íleo do 
intestino delgado à parede posterior do 
abdômen. Esta é a maior prega peritoneal, e 
normalmente está cheia de gordura, e contribui 
bastante para a abdômen volumoso visto em 
indivíduos obesos. Estende-se da parede 
posterior do abdômen, circunda o intestino 
delgado e, em seguida, retorna à sua origem, 
formando uma estrutura de dupla camada. Entre 
as duas camadas estão vasos sanguíneos e 
linfáticos e linfonodos. 
V. Duas pregas separadas de peritônio, chamadas 
MESOCOLO, ligam o colo transverso (mesocolo 
transverso) e colo sigmoide (mesocolo sigmoide) 
do intestino grosso à parede posterior do 
abdômen. O mesocolo também abriga vasos 
sanguíneos e linfáticos para o intestino. Juntos, 
o mesentério e o mesocolo mantêm os intestinos 
frouxamente no lugar, possibilitando o 
movimento conforme as contrações musculares 
misturam e movem os conteúdos luminais ao 
longo do canal alimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º Período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Apesar de nos adultos o peritônio parecer estar 
espalhado por todo o abdome, existe uma razão 
embriológica por trás disso. Durante o 
desenvolvimento intrauterino, só existe o 
peritônio parietal, que forma um saco fechado 
e ocupando a maior parte da cavidade abdominal. 
Neste estágio, os órgãos abdominais são 
pequenos e pressionados contra a parede 
abdominal posterior. 
 A medida que os órgãos se desenvolvem e 
crescem, eles projetam-se em direção à 
cavidade peritoneal, sem contudo entrar dentro 
dela. A cavidade então tem seu formato 
modificado e se aperta para preencher qualquer 
espaço existente entre os órgãos abdominais, 
devido à pressão sofrida. É a mesma ideia de 
apertar sua mão contra um balão cheio de água, 
o balão muda sua forma ao redor da sua mão, 
mas sua mão não entra dentro do balão. Dessa 
forma, nenhum órgão fica neste espaço 
potencial. 
2. ENTENDER O DESENVOLVIMENTO 
EMBRIONÁRIO DO PERITÔNIO 
 No início de seu desenvolvimento, a cavidade 
embrionária do corpo (celoma intraembrionário)é revestida por mesoderma, o precursor do 
peritônio. 
 Em uma fase um pouco mais tardia, a cavidade 
abdominal primordial é revestida por peritônio 
parietal derivado do mesoderma, que forma um 
saco fechado. O lúmen do saco peritoneal é a 
cavidade peritoneal. 
 À medida que os órgãos se desenvolvem, eles 
invaginam em graus variáveis para o saco 
peritoneal, adquirindo um revestimento 
peritoneal, o peritônio visceral. Uma víscera 
como o rim se projeta apenas parcialmente para 
a cavidade peritoneal. 
 Portanto, é basicamente retroperitoneal, 
sempre permanecendo externa à cavidade 
peritoneal e posterior ao peritônio que reveste 
a cavidade abdominal. 
 Outras vísceras, como o estômago e o baço, 
protraem-se completamente para o saco 
peritoneal e são quase totalmente revestidas 
por peritônio visceral – isto é, são 
intraperitoneais. 
 Quando os órgãos se projetam para o saco 
peritoneal, seus vasos, nervos e linfáticos 
permanecem conectados à suas fontes ou 
destinos extraperitoneais (geralmente 
retroperitoneais), de modo que essas estruturas 
de conexão situam-se entre as lâminas do 
peritônio que formam seus mesentérios. 
 Inicialmente, todo o intestino primordial 
encontra-se suspenso no centro da cavidade 
peritoneal por um mesentério posterior fixado à 
linha mediana da parede posterior do corpo. À 
medida que os órgãos crescem, diminuem 
gradualmente o tamanho da cavidade peritoneal 
até que este seja apenas um espaço virtual 
entre as lâminas parietal e visceral do peritônio. 
 Consequentemente, várias partes do intestino 
localizam-se contra a parede posterior do 
abdômen, e seus mesentérios posteriores 
diminuem gradualmente por causa da pressão de 
órgãos sobrejacentes. 
 Por exemplo, durante o desenvolvimento, a 
massa espiralada crescente de intestino delgado 
empurra a parte do intestino que dará origem 
ao colo descendente para o lado esquerdo, e 
comprime seu mesentério contra a parede 
posterior do abdômen. O mesentério é mantido 
nesse lugar até que a lâmina de peritônio que 
formou o lado esquerdo do mesentério e a parte 
Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º Período 
 
do peritônio visceral do colo situada contra a 
parede do corpo se fundam ao peritônio parietal 
da parede do corpo. Consequentemente, o colo 
é fixado à parede posterior do abdômen no lado 
esquerdo e o peritônio cobre apenas sua face 
anterior. Assim, o colo descendente (bem como 
o colo ascendente no lado direito) tornou-se 
secundariamente retroperitoneal, tendo já sido 
intraperitoneal. 
 As lâminas do peritônio agora estão fundidas por 
uma fáscia de fusão (fáscia de Toldt), um plano 
de tecido conjuntivo entre o retroperitônio e o 
mesocolo descendente prévio onde persistem os 
nervos, os vasos e os linfonodos do colo 
descendente. Assim, o colo descendente do 
adulto pode ser separado da parede posterior 
do corpo (mobilizado cirurgicamente) por incisão 
do peritônio ao longo da margem lateral do colo 
descendente e depois por dissecção romba ao 
longo do plano da fáscia de fusão, elevando as 
estruturas neurovasculares da parede posterior 
do corpo até que seja atingida a linha mediana. O 
colo ascendente pode ser mobilizado da mesma 
forma no lado direito. 
3. COMPREENDER AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS 
DA HÉRNIA UMBILICAL 
 Quando os intestinos retornam à cavidade 
abdominal durante a 10ª semana e 
posteriormente se herniam novamente através 
de um umbigo fechado de maneira imperfeita, 
forma-se uma hérnia umbilical. Esse tipo comum 
de hérnia difere de uma onfalocele. Em hérnias 
umbilicais, a massa protrusa (que geralmente 
consiste em uma parte do grande omento e do 
intestino delgado) é coberta por tecido 
subcutâneo e pele. 
 Geralmente, a hérnia não atinge o seu tamanho 
máximo até o final do período neonatal (28 dias). 
Em geral, varia de 1 a 5 cm de diâmetro. O 
defeito por meio do qual a hérnia ocorre está na 
linha alba (uma banda fibrosa na linha média da 
parede abdominal anterior entre os músculos 
retos). 
 A hérnia se protrai durante o choro, esforço ou 
tosse e pode ser facilmente reduzida através 
do anel fibroso do umbigo. Normalmente, a 
cirurgia não é realizada, a menos que a hérnia 
persista até os 3 a 5 anos de idade. 
 
REFERÊNCIAS 
 MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a 
clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2014. 
 TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. 
Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
 MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 
10.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

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