Buscar

REGULAÇÃO NERVOSA DA PRESSÃO ARTERIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

MARIANA AFONSO COSTA 
AULA 03 E 08 
Regulação Nervosa da Pressão Arterial 
INTRODUÇÃO 
* Tem mais de um caminho para se estabilizar a 
pressão = se um falhar, tem outros. 
* Precisamos de uma PA adequada para garantir a 
perfusão tecidual. 
* PA = sistema cardiovascular, renal, endócrino e 
nervoso. 
* Doença mais comum: hipertensão = pressão 
permanentemente alterada. 
 Várias vezes alterada, por vários meses. 
 Doenças graves se não tratada = 
insuficiência, AVC, infarto, insuficiência renal. 
 Hipertensão propriamente dita ou 
hipertensão secundária = causada por doença 
primária. 
SNA 
SN SIMPÁTICO 
 Mais importante 
 Fibras nervosas vasomotoras simpáticas saem da 
medula espinhal --> nervos espinhais torácicos e 
dois primeiros nervos lombares --> CADEIAS 
SIMPÁTICAS --> circulação por 2 vias: 
1. Nervos Simpáticos específicos: vasculatura das 
vísceras intestinais e coração 
2. Nervos Espinhais nos seus segmentos 
periféricos: vasculatura de áreas periféricas 
INERVAÇÃO SIMPÁTICA DOS VASOS SANGUÍNEOS 
 
o Presente na maioria dos vasos, exceto nos 
capilares; 
o Predomina em pequenas artérias e arteríolas; 
o Aumenta a resistência ao fluxo, diminuindo 
sua velocidade; 
o Veias: diminui seu volume de bombeamento 
para o coração. 
* Sistema Vasoconstritor simpático e controle pelo SNC: 
Nervos Simpáticos: maioria são fibras vasoconstritoras. 
Efeito vasoconstrição mais intenso: rins, intestinos, 
baço e pele. 
Menos intenso em musculo esquelético e cérebro. 
SN PARASIMPÁTICO 
→ Mais importante no TGI; 
→ Papel secundário na função vascular; 
→ Efeito circulatório mais importante: controle 
da FC; 
→ nervos vagos; 
→ Partem do Bulbo, a partir do Centro 
Vasomotor; 
→ Efeitos: 
 Acentuada diminuição da FC; 
 Redução ligeira de contratilidade. 
CENTRO VASOMOTOR – VM 
 Situada no Bulbo (Substância Reticular) e no 
terço inferior da ponte 
 Impulsos parassimpáticos --> nervos vagos --> 
coração 
 Impulsos simpáticos --> medula espinhal e 
nervos simpáticos periféricos --> artérias, 
arteríolas e veias 
1. ÁREA VASOCONSTRITORA BILATERAL: excitam 
neurônios vasoconstritores 
2. ÁREA VASODILATORA BILATERAL: inibe área 
vasoconstritora 
3. ÁREA SENSORIAL: recebem sinais dos nervos Vagos 
e Glossofaríngeo --> ajudam a controlar atividades das 
áreas vasoconstritoras e vasodilatadoras --> controle 
reflexo de muitas funções (Barorreceptor) 
 Controla a constrição vascular 
 Regula atividade cardíaca: 
- Estímulos Excitatórios Simpáticos 
- Eleva a FC e contratilidade 
- Para reduzir bombeamento cardíaco --
> estimula nervos vagos 
 Outras áreas podem estimular o CVM: Córtex, 
Hipotálamo 
TÔNUS VASOCONSTRITOR SIMPÁTICO 
 Normal: área vasoconstritora no Centro 
Vasomotor com impulsos contínuos – estimula 
fibras vasoconstritoras Simpáticas – 
Despolarização Repetitiva Contínua, chamada 
TÔNUS VASOCONSTRITOR SIMPÁTICO – 
mantêm um estado parcial de contração dos 
vasos Sanguíneos (TÔNUS VASOMOTOR) 
* O QUE OCORRE NUMA ANESTESIA ESPINHAL? 
→ Cessa impulsos simpáticos da medula espinhal 
para a periferia 
→ PA cai = perda do tônus vasoconstritor 
 RESPOSTA: Aplicação de ADRENALINA = 
vasoconstritora 
NOREPINEFRINA 
- Substância das terminações dos nervos 
vasoconstritores; 
- Age diretamente sobre receptor alfa – 
musculatura lisa; 
- Impulsos Simpáticos --> Medula Adrenal --> 
secreção de NOR e EPINEFRINA – circulação --
> vasoconstrição 
MEDULAS ADRENAIS 
 Impulsos Simpáticos: para vasos sanguíneos e 
medulas; 
 Secreção de NOREPINEFRINA e EPINEFRINA 
 vasoconstrição na maioria dos tecidos 
CONTROLE RÁPIDO DA PRESSÃO ARTERIAL 
 Estímulo de funções vasoconstritoras e 
Cardioaceleradoras; 
 Inibição de sinais parassimpáticos; 
 Três mecanismos: 
1) Contração arteriolar – aumenta a RP total 
2) Contração venosa – aumenta volume nas 
câmaras cardíacas – estiramento – 
aumenta força dos batimentos 
3) Estímulo direto no coração – aumenta FC 
(em até 03 vezes), Força contrátil 
RAPIDEZ DO CONTROLE NERVOSO DA PA 
 Se inicia em segundos 
 Pode duplicar a PA em 5 a 10 segundos 
 Inibição da estimulação – pode reduzir PA até 
a metade em 10 a 40 segundos 
EXERCÍCIO MUSCULAR: 
→ Aumento de fluxo para mm devido a vasodilatação 
local; 
→ Estimulação simpática – eleva PA; 
→ Exercício vigoroso: PA se eleva 30 a 40%; 
→ Há estímulo nas áreas Vasoconstritoras e 
Cardioaceleradoras no Centro vasomotor; 
→ Ocorre o mesmo em outras situações de stress; 
→ REAÇÃO DE ALARME: pode aumentar de 75 a 100 
mmHg 
SÍNDROME VASOVAGAL 
- vasodilatação periférica causada por disautonomia do 
Sistema Nervoso Autônomo 
- Respostas Parassimpáticas: 
 Hipotensão = tontura, síncope com repetição 
(levantar membros inferiores promove o 
retorno venoso) 
 Esvaziamento gástrico = vômito 
MECANISMOS NEURAIS DE MANUTENÇÃO DA PA 
BARORRECEPTORES 
 
Os barorreceptores ou pressorreceptores são 
sensores de pressão, localizados nas paredes do seio 
carotídeo e do arco aórtico. Eles transmitem 
informações sobre a pressão arterial aos centros 
vasomotores cardiovasculares no tronco encefálico. 
Tendência de REPROGRAMAÇÃO do nível de 
PA depois de 1 a 2 dias (stress=hipertensão). 
É um sistema de feedback negativo e de 
resposta rápida. 
 CARÓTIDA: (seio carotídeo) nervo de Hering --> 
nervos Glossofaríngeos --> Trato Solitário do Bulbo. 
 AÓRTA: (arco aórtico) nervos vagos --> Trato 
Solitário. *respondem muito mais rapidamente às 
variações de pressão que a pressão estável* 
CASO CLÍNICO I 
TDS, 46 anos, enxaqueca e tontura. Ao ser 
examinado, o médico realiza a palpação do pulso 
carotídeo com uma pressão maior do que a normal. 
Qual tipo de resposta se espera? 
RESPOSTA 
 Uma maior pressão na carótida aumenta o 
estiramento dos barorreceptores, que reconhecem 
como o aumento da PA – hipertensão transitória – e, 
por feedback negativo, ocorre a redução da resposta 
simpática acarretando bradicardia e vasodilatação 
periférica, diminuindo temporariamente a pressão. Se 
a pressão na carótida se prolongar pode haver síncope 
(desmaio). 
MASSAGEM NO SEIO CAROTÍDEO 
 Estimula a reatividade da sensibilidade dos 
barorreceptores; 
 Controle de crise taquicardia; 
 Reduz taquiarritmia. 
QUIMIORRECEPTORES ARTERIAIS 
→ Células sensíveis a falta de Oxigênio 
→ Pequenos órgãos no corpo carotídeo e aorta 
com abundante fluxo sanguíneo 
→ Excitam fibras nervosas – nervos de Hering e 
Vagos – Centro vasomotor 
→ PA cai abaixo de nível crítico (reduz fluxo --> 
reduz Oxigênio, acumula Dióxido e íons H) 
excitam centro vasomotor 
→ Eficaz se PA menor que 80 mmHg 
RECEPTORES CARDIOPULMONARES 
 
- Natureza mecânica. 
- Sensíveis ao estiramento e pressão (detectam 
aumentos de volume) 
- Parede das câmaras cardíacas, coronárias e na 
artéria pulmonar. 
- Possuem receptores de baixa pressão 
- Minimizam variações de PA 
- Alterações de volume (Não detectam a PA 
sistêmica) 
REFLEXOS ATRIAIS QUE ATIVAM OS RINS 
- Reflexo de volume 
- Estiramento dos átrios (dilatação reflexa das 
arteríolas aferentes renais) e diminui a 
secreção de ADH 
- Eleva a pressão Glomerular = Aumento da 
Filtração 
- Reduz absorção de água dos túbulos 
- REDUZ VOLUME SANGUÍNEO 
REFLEXOS DE BAINBRIDGE 
→ Reflexo de controle da FC; 
→ Aumento da Pressão atrial provoca aumento 
da FC em até 75%; 
→ Estira nódulo sinusal: eleva a FC em até 15%; 
→ Resposta de Bainbridge: eleva de 40 a 60% a 
FC; 
→ Estiramento dos átrios – aferência pelo Vago – 
Bulbo – eferência pelo Vago e Simpáticos – 
eleva FC e Força de contração. 
RESPOSTA ISQUÊMICA DO SNC 
 Fluxo diminui no centro vasomotor causando 
isquemia – excita neurônios vasoconstritores e 
cardioaceleradores 
 Relação direta com aumento de CO2. 
O grau de vasoconstrição simpática causado pela 
intensa isquemia cerebral, é com frequência tão 
elevado que alguns dos vasos periféricos ficam quase 
ou totalmente obstruídos 
 *SISTEMA DE EMERGÊNCIA* = não ésignificativa até cerca de 60 mmHg e atua em fluxo 
sanguíneo cerebral próximo do letal. 
REFLEXO DA COMPRESSÃO ABDOMINAL 
→ Sinais para os músculos abdominais – junto ao 
reflexo barorreceptor/quimiorreceptor; 
→ Compressão de reservatórios venosos; 
→ Se houver paralisia, haverá tendência a 
hipotensão. 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA 
CORAÇÃO 
 Para aumentar a PA (abaixo do normal): 
 Aumento da atividade simpática = estímulo das 
propriedades cardíacas (B1). 
 Aumento da frequência cardíaca, aumento do VES, 
aumento no DC e aumento da PA. 
 Diminuição da atividade parassimpática (M2). 
 Aumento da força contrátil 
 Para diminuir a PA (acima do normal): 
 Diminuição da atividade simpática 
 Diminuição da FC, diminuição do VES, diminuição 
no DC e diminuição da PA. 
 Aumento da atividade parassimpática. 
 Diminuição da força contrátil. 
VASOS SANGUÍNEOS 
 Para aumentar a PA (abaixo do normal): 
* Aumento da atividade simpática (α1). 
* Vasoconstrição, aumento RVP, venoconstrição, 
aumento do retorno venoso (mecanismo Frank/ 
Starling – aumenta o volume diastólico final), aumento 
do débito cardíaco e aumento da PA. 
* Diminuição da atividade parassimpática. 
 Para diminuir a PA (acima do normal): 
* Aumento da atividade parassimpática. 
* Vasodilatação, diminuição de RVP, venodilatação, 
diminuição do retorno venoso (mecanismo Frank/ 
Starling – diminui o volume diastólico final), diminui o 
débito cardíaco e diminui a PA. 
* Diminuição da atividade simpática. 
ATIVIDADES DE CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL. 
ATIVIDADE 1 – CONTROLE NEURAL DA PA 
“Na tarde do último domingo, Roberto, 
funcionário público de 57 anos, foi encontrado caído 
inconsciente no calçadão da rua Halfeld, em frente ao 
Cine Teatro Central. O Serviço de Atendimento Móvel 
de Urgência (SAMU) foi acionado e logo foi constatada 
uma parada cardiorrespiratória (PCR). Durante o 
atendimento, além das medidas de reanimação 
cardiopulmonar (RCP) com massagem cardíaca, foram 
administradas duas ampolas de adrenalina. Ao se 
deparar com a cena, uma senhora de 68 anos ficou 
visivelmente nervosa e, após ser monitorizada pelo 
técnico de enfermagem que acompanhava a Unidade 
de Suporte de Avançado, percebeu-se elevação aguda 
da pressão arterial, sudorese e taquicardia.” 
A notícia veiculada no jornal Tribuna de Minas, 
de Juiz de Fora, aborda um caso corriqueiro na prática 
médica: o atendimento de uma parada 
cardiorrespiratória. Além disso, traz, indiretamente, 
conceitos relacionados ao funcionamento do Sistema 
Nervoso Autônomo. O perigo, o stress e a ansiedade 
são situações que fazem com que o nosso corpo reaja 
de maneira automática e autônoma, preparando-se 
para enfrentar uma das seguintes alternativas: lutar ou 
fugir. 
Desse modo, responda ao que se pede: 
a) Descreva o papel da adrenalina no contexto do 
paciente. 
A adrenalina atua como neurotransmissor e é 
responsável por provocar a vasoconstrição periférica 
na intenção de levar mais sangue para o coração e 
recuperar a circulação espontânea, além de aumentar 
a pressão arterial que aumenta a frequência cardíaca. 
b) Explique o mecanismo citado – reação de fuga ou 
luta – nos diferentes sistemas corporais, 
mencionando qual a sua relação com o sistema 
nervoso autônomo e relacionando os 
neurotransmissores envolvidos no processo. 
Ao desencadear uma resposta de fuga e/ou luta, o 
organismo ativa as respostas simpáticas do sistema 
nervoso autônomo liberando adrenalina e 
noradrenalina, que são os principais 
neurotransmissores. As respostas simpáticas nos 
sistemas são: aumento da frequência cardíaca, 
vasoconstrição periférica, broncodilatação, midríase 
(dilatação da pupila), aumento da pressão arterial etc. 
c) Discuta a regulação da pressão arterial pelo 
sistema nervoso simpático e pelo sistema nervoso 
parassimpático. 
O sistema nervoso simpático atua na regulação da 
pressão arterial aumentando-a através do aumento da 
frequência cardíaca. O parassimpático atua diminuindo 
a frequência cardíaca consequentemente diminuindo a 
pressão arterial. 
ATIVIDADE 2 – BARORRECEPTORES 
Jairo , 60 anos, sexo masculino, taxista, chega 
ao Pronto Atendimento da cidade de Matias 
Barbosa/MG com queixa de dor abdominal em região 
epigástrica, em queimação, associada a quadro de dois 
episódios de hematêmese (vômito com sangue) 
volumosos prévios em sua casa e outro logo após a 
internação na sala de emergência. 
Ao exame físico: sinais de choque 
hipovolêmico, com queda importante da pressão 
arterial, taquicardia, taquipneia, enchimento capilar 
lento e extremidades frias. Durante a coleta da história 
clínica, o paciente informou que há cerca de 30 dias 
havia se envolvido em um acidente de bicicleta, tendo 
colidido com um carro no cruzamento de uma rua 
próxima à sua residência. Na época, além do 
tratamento das feridas, foi prescrito antibiótico e um 
anti-inflamatório para uso no período de cinco dias. 
Todavia, Jairo fez uso contínuo do anti-inflamatório. O 
médico logo desconfiou que se tratava de um quadro 
de Hemorragia Digestiva Alta, cuja etiologia estaria 
vinculada à úlcera péptica, provocada pelo uso 
prolongado de AINEs (anti-inflamatórios não 
esteroides). A conduta foi a estabilização 
hemodinâmica e o encaminhamento para o centro de 
referência mais próximo para a realização de uma 
endoscopia digestiva alta. 
O nosso corpo consegue atuar nas variações agudas da 
pressão arterial. O reflexo originado nos 
barorreceptores arteriais constitui o principal 
mecanismo de controle (feedback ou 
retroalimentação) efetivo da pressão arterial a curto 
prazo. 
a) Identifique se temos um exemplo de feedback 
negativo ou positivo. Justifique a sua resposta. 
Sistemas de barorreceptor é mecanismo de feedback 
negativo, já que a baixa pressão arterial do paciente 
estimula a reatividade da sensibilidade dos 
barorreceptores que acarreta o aumento da resposta 
simpática com o intuito de aumentar pressão arterial. 
b) Cite três outras situações em que também ocorra 
o mesmo mecanismo. 
Exemplos de feedback negativo: regulação dos 
hormônios tireoidianos (feedback tireoidiano), 
feedback respiratório, regulação do açúcar no sangue 
etc. 
c) Explique a atuação dos barorreceptores na 
homeostase da pressão arterial no caso acima e 
quais estruturas nervosas envolvidas. 
Os barorreceptores são sensores da pressão arterial 
localizados nas paredes do seio carotídeo e do arco 
aórtico que transmitem informações sobre a pressão 
arterial aos centros vasomotores no tronco encefálico. 
O seio carotídeo é ligado aos nervos de Hering que se 
ligam aos nervos glossofaríngeos no trato solitário do 
bulbo, e o arco aórtico é ligado aos nervos vagos que 
chegam até o trato solitário do bulbo. 
ATIVIDADE 3 – QUIMIORRECEPTORES 
Paulo Renato, 68 anos, professor aposentado, 
foi atendido na sala de emergência do Hospital e 
Maternidade Therezinha de Jesus, de Juiz de Fora/MG, 
com queixa de dor precordial em aperto, sudorese, 
náuseas e vômitos. História patológica pregressa sem 
comorbidades. Tabagista, com carga tabágica de 40 
anos/01 maço ao dia. Ao exame físico: pressão arterial 
de 60/30 mmHg e frequência cardíaca de 240 
batimentos por minuto. Ritmo cardíaco regular em 
dois tempos, sem sopros. Diagnosticado com 
taquicardia ventricular após monitorização cardíaca. O 
paciente foi sedado com fentanil e midazolam e 
submetido a uma cardioversão elétrica sincronizada, 
retornando ao ritmo sinusal. O cardiologista de plantão 
logo concluiu que se tratava de uma taquiarritmia 
desencadeada por um evento isquêmico (infarto 
agudo do miocárdio). 
Além da regulação neural da circulação e 
pressão arterial, através do sistema nervoso 
autônomo, existem os chamados mecanismos de 
controle rápido da pressão arterial, como os 
barorreceptores e os quimiorreceptores. 
a) Citar quais íons / moléculas são importantes no 
mecanismo de controle pressórico exercido pelos 
quimiorreceptores, bem como diferenciar do 
reflexo barorreceptor.As moléculas importantes para os quimiorreceptores 
são o oxigênio, dióxido de carbono e íons H+. Os 
quimiorreceptores se ativam com a falta de oxigênio e 
o acúmulo de dióxido de carbono, já os 
barorreceptores são sensíveis ao aumento ou 
diminuição da pressão arterial, eles ativam respostas, 
respectivamente, após o estiramento ou 
estreitamento deles. 
b) Explicar como se dá a ativação dos 
quimiorreceptores e relacionar sua importância 
em relação ao controle respiratório. 
A ativação dos quimiorreceptores ocorre quando há a 
diminuição de oxigênio e o acúmulo de dióxido de 
carbono, dessa forma, é um importante mecanismo de 
controle respiratório por possibilitar a homeostase do 
ciclo respiratório ao “avisar” o organismo e estimular o 
aumento da disponibilidade de oxigênio normalizando 
os níveis dos gases. 
ATIVIDADE 4 – QUESTÃO 6 A2 
O papel dos pressorreceptores na patogênese 
da hipertensão arterial tem sido sugerido desde os 
trabalhos fundamentais de Hering, 1927, Heymans e 
Bouckaert, 1930, e Koch e Mies, 1929, que 
descreveram um aumento súbito da pressão arterial 
após a desnervação de áreas sino- aórticas. O reflexo 
pressorreceptor é considerado um sistema de controle 
que mantém a pressão arterial dentro de limites 
normais em períodos de segundos a minutos. A 
rapidez desse sistema regulatório é obtida através de 
um sistema de retro-alimentação pelo sistema nervoso 
autônomo. Contudo, está bem estabelecido que tanto 
animais como pacientes com hipertensão arterial 
apresentam atenuação importante da sensibilidade do 
reflexo barorreceptor. Na hipertensão primária ou 
experimental o grau de diminuição da sensibilidade do 
barorreflexo para o controle da freqüência cardíaca é 
muito maior, assim, as respostas reflexas de 
freqüência cardíaca estão atenuadas não apenas para 
as alterações breves, mas também para as alterações 
mais longas de pressão arterial. O grau de atenuação 
do barorreflexo, presente nas diferentes formas de 
hipertensão (primária ou secundária), tem correlação 
importante com a severidade da hipertensão. 
a) Apontar o motivo pelo qual os barorreceptores 
têm suas respostas atenuadas em quadros de 
hipertensão arterial mantida. Indicar o mecanismo 
neural de funcionamento dos barorreceptores. 
Os barorreceptores são sensíveis ao estiramento das 
paredes do seio carotídeo e do arco aórtico, causado 
pelo aumento da pressão arterial, atuando como 
mecanorreceptores rápidos da pressão. Assim, quando 
o paciente apresenta uma hipertensão contínua, esses 
receptores entendem que aquela é a pressão normal, 
tendendo a “reprogramação”.

Continue navegando