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FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
FARMACOCINÉTICA 
Professora Paula Lima do Carmo – 01 de julho de 2021 
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA 
A farmacologia se divide em duas grandes áreas: a 
farmacocinética – que é como o nosso corpo reage sobre 
determinado fármaco, seus processos de absorção, 
distribuição, metabolização e eliminação – e a 
farmacodinâmica – como o fármaco age no organismo 
diretamente, em quais proteínas, enzimas, etc. 
 
Denominamos o composto, o fármaco de medicamento (Ex: 
dipirona – comercializada na forma de gotas, comprimido, 
xarope). Normalmente não usamos a palavra droga, pois dá 
a sensação que é uma substancia ilícita. 
Se for administrado na forma de comprimido, o 
medicamento passa por um processo de desintegração, 
desagregação e dissolução, como caracterizado na imagem. 
O processo de absorção nada mais é que a chegada desse 
fármaco na corrente sanguínea. Uma vez que ele já esteja 
nela, ele vai ser distribuído para todos os tecidos (os do alvo 
no tratamento farmacológico e também em outros tecidos). 
O processo de metabolização ocorre através de enzimas 
onde o fígado constitui o principal órgão dessa ação. 
Posteriormente, estudaremos o processo de eliminação 
(principalmente pela urina, mas também fezes, suor, ar 
expirado). 
Os processos da farmacocinética são divididos apenas 
didaticamente. Às vezes uma parte do fármaco está sendo 
dissolvida, enquanto a outra parte já está sendo 
metabolizada, etc. 
Uma vez que o fármaco esteja no seu local de ação, ele irá 
interagir com o receptor (interação fármaco-receptor) 
gerando o efeito farmacológico e então uma resposta 
clínica. A partir dela, observamos a eficácia da medicação e 
uma possível toxicidade (efeitos colaterais não pretendidos). 
Como o fármaco foi administrado, ele precisa passar por 
esses processos de absorção para que chegue no sangue. No 
sangue em si o fármaco pode se encontrar ligado a 
proteínas plasmáticas (onde permanece circulando e não 
consegue se ligar a receptores, isto é, agir no tecido) e/ou 
em fração livre (onde efetivamente terá acesso aos tecidos). 
Os tecidos inclusos são: os que possuem ação terapêutica, 
os tecidos com reação inesperada e os reservatórios 
teciduais, que acumulam esse fármaco (o principal, por 
exemplo, é o tecido adiposo = o que pode implicar em 
dificuldades no tratamento de pacientes obesos). 
A fração livre dos fármacos também terá acesso aos órgãos 
de metabolização ou biotransformação para que sejam 
gerados metabolitos e estes sejam excretados. Podemos ter, 
também, a excreção do fármaco sem passar pelo processo 
de metabolização, isto é, excreção do fármaco na forma in 
natura. 
 
Os fármacos vão atravessar as células por meio dos 
transportes celulares já estudados: transporte ativo, difusão 
passiva, difusão facilitada, junções lacunares, etc. 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA ABSORÇÃO 
AS PROPRIEDADES QUÍMICAS DO FÁRMACO 
- Natureza química: os fármacos ou são ácidos ou bases 
fracas. 
- Lipossolubilidade/hidrossolubilidade: as células são 
compostas por uma bicamada lipídica e para que o fármaco 
consiga ultrapassar essa MP, ele precisa se encontrar na 
forma lipossolúvel. 
- Grau de ionização do fármaco: é correlacionado o pKa do 
fármaco e o pH do meio. 
- Tamanho das partículas e formulação farmacêutica: 
temos fármacos de forma liquida e na forma de comprimido, 
FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
onde a forma líquida não precisa passar pelo processo de 
dissolução. 
FATORES FISIOLÓGICOS 
- Ph local e fluxo sanguíneo no sítio de absorção 
- Tamanho da área de superfície disponível para absorção 
- Tempo de contato com a superfície de absorção 
- Espessura da membrana do tecido 
- Eliminação pré-sistêmica = efeito do metabolismo de 
primeira passagem (antes dele ser absorvido, será 
metabolizado e eliminado) 
FATORES RELACIONADOS AO PACIENTE 
- Idade: o bebê, por exemplo, não consegue tomar um 
comprimido (fármaco precisa estar na forma líquida) 
- Doenças: em pacientes com vômito, por exemplo, não se 
indica fármaco por via oral, pois esse será eliminado 
- Uso de outros medicamentos: interação medicamentosa 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE FÁRMACOS 
SÓLIDAS: pó, cápsulas, comprimidos, drágeas ou 
comprimido revestido, comprimido efervescente, 
preparações de liberação controlada, granulados, pastilhas, 
pílula, supositório, óvulos, adesivos. 
➔ Não podemos alterar essa formulação, isto é, abrir 
a cápsula e tomar só o conteúdo ou esfarelar o 
comprimido e tomar o pó, pois os fármacos foram 
pensados e estruturados tendo em vista a ação com 
o tempo. 
LÍQUIDAS: soluções, injeções, infusões, xaropes, emulsões, 
suspensões, colírios, loções. 
SEMISSÓLIDAS: pomadas, pastas, creme, geleia, gel. 
GASOSAS: aerossóis, pulveirizantes. 
TAMANHO DAS PARTÍCULAS, GRAU DE 
SOLUBILIDADE E FÓRMULA MOLECULAR 
 
Se triturarmos o comprimido estaremos acelerando o 
processo de absorção e a chegada na corrente sanguínea, ou 
seja, alterando o processo do fármaco. 
Os fármacos podem ser ácidos ou bases fracas. Dependendo 
do pH que se encontram, eles vão formar moléculas 
ionizadas ou não ionizadas. As moléculas não ionizadas são 
preferenciais pois são mais lipossolúveis e, com isso, 
capazes de se difundir pela membrana celular. 
O que vai determinar se o fármaco vai estar na forma mais 
ionizada ou não ionizada? O pKa do fármaco e o ph do meio. 
O pKa é uma propriedade particular de cada fármaco e é um 
valor numérico. Exemplo: o pKa do fármaco é 6. Se o fármaco 
for para um meio de ph 6, ele se desintegrará 50% em 
moléculas ionizadas e 50% em não ionizadas. Essa relação 
advém da equação de Henderson-Hasselbach. 
 
Assim, avaliando essas equações chegamos a uma seguinte 
conclusão: 
- Os fármacos ácidos vão ser absorvidos mais facilmente 
quando o ph também estiver ácido, porque calculando na 
equação terei a conclusão que a quantidade de moléculas 
não ionizadas será bem maior. 
- Os fármacos básicos, da mesma forma, vão ser absorvidos 
mais facilmente quando o ph estiver básico. 
O contrário também ocorre: quando tenho o fármaco ácido 
num ph básico isso irá dificultar o processo de absorção. 
FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
 
O ácido fraco PROTONADO e a base fraca NÃO PROTONADA 
atravessam mais facilmente a MP. 
LOCAL DE ABSORÇÃO 
O estômago possui a característica de ter um pH ácido, em 
torno de 2. É de se pensar, então, que os fármacos ácidos 
serão mais facilmente absorvidos nesse órgão. E no 
intestino, por ser mais básico, seriam os fármacos básicos. 
Porém, essa relação química não é possível de ser feita 
diretamente pois existem características fisiológicas que 
influenciam consideravelmente no processo de absorção. 
Por exemplo: 
- Área de superfície: a área de superfície no intestino é 
milhares de vezes maior que a do estômago; 
- Fluxo sanguíneo: o fluxo sanguíneo no intestino também é 
muito maior (devido às vilosidades – que aumentam o fluxo 
nessa região); 
- Tempo de contato: tempo de contato é muito maior no 
intestino que no estômago. Quanto maior o tempo de 
contato, maior a absorção. 
- Espessura da membrana: a espessura da membrana do 
intestino é mais delgada no intestino que do estomago 
porque este tem uma camada mais espessa e muito muco 
protetor; 
Assim, independente do fármaco for ácido ou básico, a 
absorção será muito maior no intestino. 
Além disso, o processo de ionização é uma reação química 
reversível. Por isso, a questão do ph local não é demonstrada 
apenas no TGI, ela aparece também, por exemplo, quando 
temos uma região inflamada (nesta o ph local está mais 
ácido – o que dificulta a absorção de um fármaco básico, por 
exemplo). 
Outra questão pertinente é o fluxo sanguíneo. Ele influencia 
bastante no processo de absorção onde quanto maior o 
fluxo, maior absorção e quanto menor o fluxo, menor 
absorção. No caso da via intramuscular,a musculatura 
esquelética é altamente irrigada, ou seja, haverá uma alta 
absorção. Em compensação, em outras áreas como a pele – 
que têm baixo fluxo sanguíneo – podemos observar uma 
absorção mais diminuta. 
O fluxo também pode ser alterado por condições 
patológicas: choque, edema, insuficiência cardíaca = 
desencadeiam em baixo fluxo sanguíneo. 
EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM 
No caso da via oral, sabemos que o fármaco passa pelo o 
estômago e vai chegar no intestino. Uma vez neste, o 
fármaco pode ter acesso ao fígado pela veia porta antes 
mesmo de alcançar a circulação sistêmica – isto é, antes 
mesmo de ser absorvido para o sangue. Por isso, pode ser 
que uma parcela desse medicamento seja parcialmente 
metabolizada e excretada mesmo antes de chegar à 
circulação sistêmica. 
Por exemplo: tendo uma medicação de 100mg, pode ser que 
20 mg passe para a circulação via veia porta e atinja o fígado, 
onde será metabolizada e excretada mesmo antes de agir. 
Dessa forma, o “saldo” de ação desse medicamento seria de 
80mg. 
O nome dessa passagem para o fígado é denominado “efeito 
de primeira passagem” e acontece em medicamentos orais 
e retais (também possuem acesso à circulação porta). 
➔ Esse efeito irá diminuir a quantidade de fármaco 
disponível na corrente sanguínea, conceito 
denominado biodisponibilidade. 
 
BIODISPONIBILIDADE 
É também chamada de fator de biodisponibilidade (F). 
Apenas na via intravenosa o fator será de 100% (F=1), ou 
seja, tudo que foi administrado estará no sangue sem ser 
FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
‘’perdido’’. Já no caso de outras vias, a biodisponibilidade 
será menor que 1 (F < 1). Exemplo: na administração pela 
pele perdemos ao encostar, respiratória perdemos 
expirando, etc. 
A biodisponibilidade pode ser medida a partir da área sob a 
curva do gráfico abaixo, que seria a fração que ficou 
biodisponível. 
Assim: 0 < F ≤ 1 
 
 
BIOEQUIVALÊNCIA 
Para que dois fármacos sejam bioequivalentes eles precisam 
ter a mesma área sob a curva (então, precisam ter a mesma 
biodisponibilidade). Além disso, precisam ter outros 2 
fatores: 
- Ter a mesma formulação farmacêutica (ou seja, um 
comprimido nunca vai ser o mesmo de um xarope mesmo 
que sejam o mesmo fármaco) 
- Ter as mesmas características farmacocinéticas iguais (isto 
é, serem absorvidos, metabolizados ao mesmo tempo). 
Assim, para serem bioequivalentes precisam ter: a mesma 
biodisponibilidade, a mesma formulação farmacêutica e as 
mesmas características farmacocinéticas. 
Os fármacos genéricos precisam ser bioequivalentes aos de 
marca! Precisamos estudar os genéricos porque o paciente 
que vai escolher qual comprar, por conta de disponibilidade 
também financeira, etc. 
Existem ainda os fármacos similares, onde estes não passam 
por todos os testes de bioequivalência, o que não significa 
também que eles sejam ruins. 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Temos as vias enterais (quando o medicamente entra em 
contato com qualquer um dos segmentos do trato 
gastrointestinal) e parenterais. 
 
VIAS ENTERAIS 
VIA ORAL 
VANTAGENS 
É a mais utilizada devido sua praticidade. Ela não causa dor, 
é uma das mais seguras (podendo ser reversível, a 
depender da quantidade e tempo da medicação ingerida = 
lavagem gástrica, vômito, uso carvão ativado), mais 
conveniente (já que permite que a própria pessoa possa 
administrar), mais econômica e existem várias formas de 
apresentação. 
DESVANTAGENS 
Sofre efeito de 1ª passagem, pode causar irritação da 
mucosa gastrointestinal (como anti-inflamatórios), depende 
FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
da cooperação do paciente (ou seja, se o individuo estiver 
inconsciente ou sedado ele não consegue realizar a 
autoadministração), a absorção pode ser irregular e pode ser 
afetada por motilidade gastrointestinal, fluxo sanguíneo, 
tamanho das partículas, tipo de formulação. 
VIA SUBLINGUAL 
VANTAGENS 
Os comprimidos colocados embaixo da língua causam uma 
rápida absorção, onde o medicamento passa diretamente na 
circulação sistêmica (cai diretamente na veia cava superior) 
e há ausência do efeito de 1ª passagem. 
DESVANTAGENS 
Precisa ser uma pequena área de absorção, onde o 
medicamento tem que ser bem pequeno. Pode haver perdas 
na saliva e o fármaco precisa apresentar alta 
lipossolubilidade, o que pode ser uma limitação. 
VIA RETAL 
VANTAGENS 
Apresenta rápida absorção por ser uma área muito irrigada. 
É uma via mais administrada em crianças, pacientes em 
coma ou em condição de êmese (vomito). Apresenta 
também um menor efeito de 1ª passagem do que na via oral 
porque apenas uma parte da circulação local vai ter acesso à 
veia porta e sua chegada no fígado. 
DESVANTAGENS 
Possibilidade de irritação local e de causar um reflexo de 
defecação tornando a absorção irregular e incompleta. Além 
de ser bastante desconfortável, o que gera baixa adesão. 
VIAS PARENTERAIS 
VIA INTRAVENOSA 
VANTAGENS 
Há acesso direto na circulação sistêmica, não havendo efeito 
de 1ª passagem. Também permite administração de grandes 
volumes de medicação (com bolsa de soro de 500ml por 
exemplo). Ela também possui baixa latência (demora pouco 
tempo para fazer efeito). É bastante usada na emergência e 
em pacientes inconscientes. Além disso, é a via que mais 
facilita uma precisão na dosagem (tratamento bastante 
individualizado para que se evite efeitos adversos – com 
relação à peso, etc.) 
 
DESVANTAGENS 
É uma ação irreversível, em função disso apresenta um 
maior risco de reações adversas. A injeção precisa ser lenta 
para que não se perca o acesso venoso e não ocorra lesão na 
região. Além disso, não podem ser utilizadas soluções 
oleosas ou insolúveis porque corre-se o risco de formar 
êmbolos. É desconfortável e precisa de um material estéril e 
assepsia local e de um profissional especializado (o que 
aumenta o custo). 
VIA INTRAMUSCULAR 
VANTAGENS 
Há uma absorção bastante rápida. A biodisponibilidade fica 
em torno de 75 a 100%. O volume administrado é moderado 
(até 5ml) e podem ser formulações oleosas e de depósito 
(com o objetivo de lentificar o processo de absorção). Ex: uso 
de anticoncepcionais que são administrados a cada 3 meses. 
São utilizadas injeções nos glúteos máximos, deltoide e coxa 
(no vasto lateral – bastante utilizadas em crianças). 
A aplicação se dá pela agulha comprida (bisel longo) inserida 
perpendicularmente no músculo. 
 
DESVANTAGENS 
Pode causar uma irritação local, é bastante dolorosa 
(principalmente as oleosas como benzetacil) e também 
demanda assepsia e técnica. 
VIA SUBCUTÂNEA 
VANTAGENS 
A absorção é mais lenta, contínua e segura, o que pode gerar 
um efeito mais sustentado. Podem ser utilizadas suspensões 
insolúveis (deposito) e aplicação de pellets (microchips – 
implantadas embaixo da pele) que permitem uma absorção 
bastante lenta (pode durar até anos dissolvendo). Pode ser 
FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
associado com vasoconstritor, mais especifico para 
anestésicos locais (precisa-se que o fármaco permaneça 
naquele local – permite um efeito com menor dosagem). 
A aplicação é feita de maneira mais angulada, em torno de 
45º se a agulha apresentar bisel longo. Com bisel curto pode 
ser feita também a 90º. 
DESVANTAGENS 
Não podem ser administradas substancias irritantes e 
podem causar dor ou lesão tecidual. O volume utilizado 
também é pequeno. 
 
VIA TÓPICA 
VANTAGENS 
Administração ocorre sobre as mucosas. O efeito pode ser 
local (ex: descongestionante nasal) ou sistêmico. A absorção 
é rápida e também pode ser aplicada na forma de adesivos 
(liberação sustentada e fluxo contínuo). 
DESVANTAGENS 
A pele precisa ser analisada se está integra ou escoriada, no 
último caso não deve ser aplicada. A absorção vai depender 
do fluxo sanguíneo, temperatura local, grau de hidratação da 
pele. 
VIA INTRADÉRMICA 
Bem pouco utilizada.A seringa é posicionada em torno de 
15º, bem deitada e seu volume máximo é de 0,5ml. 
 
VIA PULMONAR 
VANTAGENS 
Tem uma absorção bastante rápida já que o epitélio 
pulmonar e suas membranas mucosas são bem delgadas e 
com grande fluxo sanguíneo. O efeito pode ser local 
(broncodilatadores) ou sistêmico (via inalatória para 
anestesia geral). Há uma grande área de superfície e 
vascularização e não sofre efeito de 1ª passagem hepática, 
apesar de poder ter uma pequena perda durante a 
expiração. 
DESVANTAGENS 
Fármacos precisam ser gasosos e voláteis ou que sofrem o 
processo de atomização das partículas (bombinha, líquido 
que dissolve no soro e coloca no nebulizador, etc.) 
 
FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
 
MÉTODOS PARA RETARDAR A ABSORÇÃO DE 
FÁRMACOS 
Objetivos: 
- Diminuir as ações sistêmicas para fármacos usados para 
efeito local 
- Aumentar a duração da ação de um fármaco 
Exemplos: 
→ uso de vasoconstritores como adrenalina e 
noradrenalina que são utilizados a anestésicos locais a fim 
de restringir a ação naquele local. 
→Fármacos de liberação lenta – sais, ésteres, complexos 
pouco solúveis. Exemplo: penicilina procaína, acetato de 
medroxiprogesterona, insulina zinco 
→Implante de pallets 
DISTRIBUIÇÃO 
Vimos que como os fármacos serão absorvidos. A partir daí 
eles serão distribuídos para os tecidos alvos ou outros 
tecidos, podendo ou não causar efeitos tóxicos. 
Volume aparente de distribuição 
No nosso corpo temos em torno de 42 litros de líquido, 
incluindo plasma, volume intersticial e volume intracelular. 
O volume aparente de distribuição é o volume necessário 
para conter todo o fármaco no corpo na mesma 
concentração encontrada no sangue ou plasma. Ou seja, 
seu valor pode ultrapassar o valor do plasma (4L). 
Um fármaco com grande volume aparente de distribuição 
(acima de 4 litros) extrapola a circulação sanguínea, se 
distribuindo bastante nos tecidos. Já aquele com um menor 
volume de distribuição (menor que 4 litros) se retem mais 
nessa circulação. 
Cada fármaco possui um valor em litro/kg. 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA DISTRIBUIÇÃO 
1- FLUXO SANGUÍNEO 
Quanto maior o fluxo sanguíneo, maior será a distribuição. 
Assim, podemos observar que essa distribuição ocorre mais 
rapidamente para tecidos mais perfundidos, em 
detrimento aos menos perfundidos. Quando observamos a 
concentração no plasma decaindo no gráfico, não significa 
que esse fármaco está sendo eliminado e sim que ele está 
agindo nos tecidos. 
O indivíduo adulto tem um debito cardíaco em torno de 
5400ml/min e observamos que tecidos como fígado, rins 
recebe o fármaco mais rapidamente pois apresentam maior 
fluxo sanguíneo tecidual. Em contrapartida, os com menor 
fluxo sanguíneo tecidual irão atuar como um reservatório, 
pois vão abrigar o fármaco por mais tempo. 
 
Isso pode influenciar num paciente obeso, pois como ele irá 
ficar com o fármaco retido no tecido adiposo, em algum 
momento ele irá retornar à corrente sanguínea podendo 
causar efeito adverso. 
FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
 
2 – PERMEABILIDADE CAPILAR 
A maioria dos capilares são permeáveis a passagem de íons, 
água e será permeável ao fármaco de dentro do sangue 
para acesso aos tecidos. Porém existem duas barreiras a 
serem consideras: 
➔ Barreira placentária: há uma glicoproteína P que 
faz um efluxo (repele qualquer substancia que 
bate ali para fora). Apesar disso, há um sistema de 
afluxo com o sistema de fornecer da mae pro feto 
os nutrientes. Na verdade, então a barreira 
placentária para os fármacos não serve como 
barreira. Por isso as gestantes tem que tomar 
bastante cautela com a administração de 
medicamentos. 
➔ Barreira hematoencefálica: possui a glicoproteína 
P (sistema de efluxo), possui astrócitos que 
envolvem os capilares e junções tipo GAP bastante 
estreitas = protegem contra a entrada de 
substancias tóxicas e também de muitos fármacos. 
Os que conseguem atravessar essa região tem alta 
lipossolubilidade para conseguir vencer essa HCE. 
3 – COEFICIENTE DE PARTIÇÃO EFETIVO (C. P.E) 
É um valor obtido através da multiplicação da fração não 
ionizada do fármaco e o coeficiente de partição 
lipídio/água. 
Devemos lembrar que o grau de ionização do fármaco 
depende do ph do meio e do pKa dos fármacos. 
 
Analisando o tiopental e o barbital, que possuem pKa 
parecidos, notamos que sua fração não ionizável em ph 7,4 
é de 60%. Poderíamos achar que a absorção de ambos seria 
semelhante por conta disso, no entanto, precisamos 
considerar também o coeficiente de partição lipídio água. 
Ao fazer essa análise, nota-se que o CPE dos dois é 
diferente, sendo o do tiopental maior e o seu tempo de 
ação menor. 
Assim: 
Quanto maior o CPE, menor o tempo de acesso aos 
tecidos, ou seja, maior a sua velocidade de distribuição. 
4 – LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS 
Os fármacos ácidos tendem a se ligar à albumina e os 
básicos tendem a se ligar à glicoproteína alfa1-ácida. 
 
Isso é bem variável. Devemos lembrar que os fármacos só 
conseguem atuar na forma de percentual livre, ou seja, sem 
estarem ligados a essas proteínas. Existem condições que 
alteram a conformação livre e consequentemente a ação 
farmacológica como: 
- Competição pelos sítios de ligação entre 
benzodiazepínicos e varfarina. Em torno de 99% da 
varfarina fica ligada a albumina e apenas 1% age nos 
tecidos. Os benzodiazepínicos também se ligam à albumina. 
Por isso, se administrarmos esses dois fármacos juntos, 
haverá uma competição pela albumina, o que pode 
aumentar a concentração livre de varfarina 
(anticoagulante), aumentando um sangramento (efeito 
adverso). 
- Hipoalbuminemia (em caso de doença hepática severa ou 
síndrome nefrótica): há uma redução na concentração de 
albumina o que pode comprometer a ação de fármacos 
FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
ácidos deixando-os mais livres e podendo causar reações 
adversas. 
- Alto nível de glicoproteína alfa-ácida (em caso de câncer, 
artrite, infarto do miocárdio e doença de Chron): pode 
haver uma menor fração livre de fármacos básicos que 
ficarão “mais ligados” a essas proteínas diminuindo sua 
ação farmacológica. 
5 – LIGAÇÃO TECIDUAL 
Os fármacos podem se ligar a alguns tecidos ficando 
armazenados ali. Por exemplo: 
- Olhos: melanina da retina (acúmulo de clorpromazina, 
cloroquina) 
- Ossos: absorção na superfície cristalina/reservatório de 
liberação lenta 
- Tecido adiposo: reservatório de liberação lenta, fármacos 
muito lipossolúveis. 
REDISTRIBUIÇÃO 
 
 
METABOLIZAÇÃO 
O processo de metabolização tem como objetivo pessoal 
transformar os fármacos em metabolitos que podem 
possuir, ou não, atividade farmacológica ou tóxica. 
É importante entender o efeito de primeira passagem e a 
biodisponibilidade nesse processo. A eliminação de 
fármacos lipossolúveis e término de sua atividade também 
são ações importantes nesse processo. 
Os órgãos com capacidade metabólica são: fígado, TGI, rins, 
pulmão. 
As substancias lipossolúveis irão passar por reações de 
metabolização para que se tornem mais hidrossolúveis e se 
tornem mais fáceis de ser eliminadas. São duas fases de 
metabolização: fase I e fase II. 
 
OBS: Existem os pró-fármacos que são fármacos que em sua 
conformação original são inativos, mas quando passam pela 
fase I de metabolização se tornam ativos – ou seja, formam 
metabólitos ativos. 
Existem também fármacos que possuem sua conformação 
original ativa e ainda formam metabólitos ativos após a fase 
I, como é o caso da morfina. 
O fármaco pode passar pela fase I e pela fase II, mas não é 
obrigatório passar pela fase II e ficar pronto para eliminar. 
Pode haver fármacos que são eliminados diretamente sem 
passar diretamente, sem passar por reações enzimáticas – 
denominada eliminação in natura. 
 
REAÇÕES DE FASE I 
Ocorrem num sistema de enzimashepático denominado 
sistema do citocromo P450 monooxigenase: uma 
superfamília de proteínas heme-tiolato abreviadas de CYPs. 
Existem mais de 50 CYPs ativas no homem. 
Não precisa decorar qual CYP metaboliza qual fármaco. 
Dentro desse sistema são feitas reações oxidativas, reações 
de redução e reações de hidrólise. 
REAÇÕES DE FASE I I 
FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 
Não ocorrem nesse sistema de CYP, mas também ocorrem 
no fígado. Ocorrem em 4 reações: 
- Glicuronidação 
- Sulfatação 
- Acetilação 
- Conjugação com glutationa 
Existem alguns fármacos que passam mais de uma vez na 
mesma fase porque ele precisa de reações químicas 
diferentes, como por exemplo o paracetamol que precisa 
sofrer glicuronidação, sulfatação e conjugação com 
glutationa. 
 
O paracetamol é o fármaco com maior potência de causar 
efeitos tóxicos no fígado. Isso porque podes se esgotar os 
níveis de glutationa hepático e o metabólito gerado antes da 
reação é altamente lesivo o que pode causar essa 
hepatoxicidade. 
Por exemplo: dois fármacos da mesma classe química que 
são os benzodiazepínicos. O Diazepam precisa passar 2 vezes 
na fase I e posteriormente 1 vez na fase II e fica pronto para 
ser eliminado. Os dois primeiros metabolitos dele também 
possuem atividade farmacológica, então eles voltam para 
corrente sanguínea e também possuem ações. Por isso, o 
diazepam tem um tempo muito mais duradouro que o 
lorazepam. 
 
APARATO ENZIMÁTICO DAS REAÇÕES I E REAÇÕES 
I I 
 
FATORES QUE ALTERAM O METABOLISMO DOS 
FÁRMACOS 
- Variação genética (acetiladores lentos x rápidos = um 
acetilador lento, por exemplo, vai metabolizar o fármaco de 
uma forma mais lenta, consequentemente teremos a 
permanência desse fármaco por mais tempo no sangue o 
que pode abrir margem para reações adversas). 
- Indução e inibição enzimáticas 
- Débito sanguíneo hepático 
- Fatores ambientais 
- Doenças 
- Idade 
- Gênero 
VARIAÇÃO GENÉTICA 
Existem muitos fatores que se correlacionam com a 
constituição genética. Exercício, doença, dieta, função 
imunológica, estresse, idade, ingestão de álcool, etc. Tudo 
isso pode influenciar na capacidade de metabolização do 
fármaco. 
INDUÇÃO E INIBIÇÃO ENZIMÁTICA 
São fenômenos que ocorrem com a administração de dois 
ou mais fármacos concomitantemente. 
Inibição: 
Existem vários fármacos com a capacidade de inibir as 
enzimas do citocromo P450 (cimetidina, cetoconazol, 
quinidina). Assim, quando esses fármacos chegam ao fígado 
eles inibem algumas enzimas e, quando um segundo 
fármaco for metabolizado, este último não sofrerá aquelas 
reações (visto que as enzimas estão inibidas pelo primeiro). 
Dessa forma, pode haver acúmulo dos dois fármacos na 
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corrente sanguínea o que aumenta a chance de efeitos 
adversos. 
Indução: 
É o contrário. Alguns fármacos induzem certas enzimas do 
P450 a trabalharem (etanol, omeprazol, fenobarbital, 
tabagismo, etc.) Quando um segundo fármaco for 
introduzido, este sofrerá uma rápida metabolização sem dar 
tempo de gerar seu efeito farmacológico. Isso é gerado a 
partir do uso contínuo dos fármacos primários. 
DOENÇAS 
Também influenciam bastante na metabolização. Como: 
- Hepatopatia 
- Hepatite, doença alcóolica do fígado, fígado gorduroso, 
cirrose, hepatocarcinomas 
- Insuficiência cardíaca severa/choque hipovolêmico 
IDADE 
Não observamos grandes diferenças entre as faixas etárias 
exceto nas extremidades (neonatos = ausência da formação 
de todo o aparato enzimático; idosos = sistema de 
metabolização em falência). 
SEXO 
Também não são observadas muitas diferenças. Exceções: 
- Gestantes que tem uma indução enzimática no 3 a 9 meses 
de gestação 
- Contraceptivos orais: alguns podem gerar inibição 
irreversível potente de CYP 
ELIMINAÇÃO 
A principal via de eliminação dos fármacos é através da 
urina, mas existe também através da bile, ar expirado leite, 
suor, lágrimas. 
EXCREÇÃO RENAL 
Temos 3 etapas principais: 
1. Filtração glomerular 
2. Secreção tubular ativa 
3. Reabsorção tubular: onde íons e moléculas/h20 
serão reabsorvidos de volta para o sangue 
1)Filtração glomerular 
O fármaco chega ao sangue ligado as proteínas plasmáticas 
ou na forma livre – onde apenas a ultima será capaz de ser 
filtrada pra urina. 
2)Secreção tubular ativa 
Dependente de transportadores, o que pode tornar o 
processo saturável. 
3)Reabsorção tubular passiva 
Influenciada pelo tamanho molecular, lipossolubilidade, ph 
urinário. 
Exemplo de pH urinário x excreção renal: Gráfico de 
excreção da metanfetamina 
Num pH controle temos a curva do meio. A metanfetamina 
é uma substância básica que é mais absorvida no meio 
básico, ou seja, menos excretada. No ph da urina ácido, a 
substancia fica mais hidrossolúvel e está mais propensa à 
excreção. 
 
FÁRMACOS EXCRETADOS INALTERADOS NA URINA 
A taxa de eliminação renal será o principal fator que 
determinará seu tempo de ação. É preciso cuidado com 
paciências com insuficiência renal e idosos – o que pode 
dificultar a eliminação desses fármacos. 
EXCREÇÃO BILIAR: CIRCULAÇÃO ÊNTERO -HEPÁTICA 
Durante esse processo, o fármaco virá na forma de 
conjugado do fígado (pela metabolização) e será eliminado 
na bile - que vai ser levada em direção ao intestino. Neste 
existem bactérias intestinais que podem realizar a hidrólise 
desse conjugado alterando-o em fármaco, que, através da 
circulação êntero-hepática pode voltar ao fígado e 
posteriormente à circulação geral. Assim, dependendo da 
faixa de extensão dessa circulação, isso pode promover um 
prolongamento significativo na presença desses fármacos no 
sangue e de seus efeitos no organismo. 
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EXCREÇÃO PULMONAR 
- Fármacos administrados pela via inalatória 
- Substâncias gasosas ou voláteis 
- Difusão do sangue para o ar alveolar 
- A taxa de remoção depende da ventilação pulmonar, 
quanto maior, maior a eliminação; 
EXCREÇÃO NO LEITE MATERNO 
O ph do leite é de 6,5. A concentração do fármaco no leite 
depende da quantidade do fármaco no sangue materno, de 
sua lipossolubilidade, seu grau de ionização e extensão da 
secreção ativa. Normalmente os fármacos mais lipossolúveis 
acumulam-se na gordura do leite. A maior exposição à 
fármacos ocorre quando a amamentação começa pouco 
depois da administração materna do fármaco. 
DEPURAÇÃO 
Também chamada de clearence. É a eficácia do organismo 
na eliminação fármaco. O clearence sistêmico depende de 
outros clearence. 
 
MEIA VIDA 
A meia vida é o tempo necessário para as concentrações 
plasmáticas serem reduzidas em 50%. Devemos lembrar que 
quando observamos uma queda na concentração plasmática 
não significa que o fármaco não está sendo só eliminado, ele 
também está sendo distribuído. Assim, o tempo de meia vida 
é diretamente proporcional ao Vd e inversamente 
proporcional ao clearence. 
 
 
 
A grande maioria dos tratamentos será feita com várias 
doses o que vai fazer com que ocorra um acúmulo de meias 
vidas do fármaco no organismo. Durante esse acúmulo 
podemos observar que a partir do 4º ou 5º tempo de meia 
vida tem-se um equilíbrio na concentração plasmática. 
Quando o tempo de meia vida do fármaco é muito 
elevado, a tendência ao equilíbrio se torna mais difícil. 
 
➔ O tempo de meia vida é bastante variável entre os 
fármacos. 
➔ Quanto maior a meia vida, mais tempo do 
fármaco no organismo! 
FATORES QUE ALTERAM A MEIA VIDA 
Fatores que influenciam no volume de distribuição: 
- Envelhecimento (diminuição da massa muscular → 
diminuição da distribuição) → DIMINUI A MEIA VIDA 
- Obesidade (aumento da massa adiposa → aumento da 
distribuição) → AUMENTA 
- Líquido patológico → AUMENTA 
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Efeitos sobre a depuração: 
- Indução do citocromo P450 → DIMINUIÇÃO 
- Inibição do citocromoP450 → AUMENTO 
- Insuficiência cardíaca → AUMENTO 
- Insuficiência hepática → AUMENTO 
- Insuficiência renal → AUMENTO 
O objetivo do tratamento é que esse equilíbrio seja mantido 
dentro da janela terapêutica. Essa janela é o intervalo entre 
a concentração mínima eficaz do fármaco e a concentração 
mínima toxica dele. 
 
Exemplo: 
Varfarina – janela terapêutica reduzida, onde a dose 
terapêutica é próxima à dose do efeito adverso. 
Penicilina – janela terapêutica grande, onde pode-se 
administrar diversas doses terapêuticas sem atingir o efeito 
adverso. 
A) Dosagem terapêutica: a dosagem atinge a janela 
terapêutica; 
 
B) Dosagem terapêutica com dose de ataque: 
fármacos com meia vida muito grande e em 
situações emergenciais (não se pode esperar essa 
meia vida de dias) 
 
C) Dosagem tóxica: substância ultrapassou a janela 
terapêutica; 
 
D) Dosagem subterapêutica: tratamento não 
alcançou a janela terapêutica 
 
TERAPIAS COM DOSES REPETIDAS 
Em estado de equilíbrio a taxa de administração = a taxa de 
eliminação. 
DOSE DE ATAQUE X DOSE DE MANUTENÇÃO 
A dose de manutenção ocorre em tratamentos 
prolongados, que visam manter constante a concentração 
plasmática. A dose de ataque é necessária para alcançar a 
janela terapêutica com o temo ode meia vida mais elevado 
ou em caso de emergência. 
ADMINISTRAÇÃO ORAL INTERMITENTE X INFUSÃ O 
IV CONTÍNUA 
Por diminuição 
do metabolismo 
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A concentração no plasma só será uma reta quando houver 
infusão IV continua. 
A digoxina apresenta uma meia vida de 1.6 dias, em torno de 
39 horas. Isso significa que ela demora 6 dias para alcançar 
esse platô de equilíbrio de concentração plasmática no 
sangue. 
 
O intervalo entre as doses será determinado com o objetivo 
de alcançar a janela terapêutica e obter o tratamento de 
uma forma eficaz. 
 
 
-Linha preta: administração intravenosa de 28 mg/h 
-Linha laranja: administração a cada 8 horas de 224mg 
-Linha azul: administração a cada 24h de 672mg. 
Em cada um dos 3 casos, a concentração média no plasma 
em estado de equilíbrio será de 10 mg/L. 
É bastante importante, então, que o esquema terapêutico 
proposto deve ser mantido com bastante rigor em relação 
aos horários. Exemplo de quebra desse tratamento: 
A quebra dele faz com que para retornar o equilíbrio 
plasmático demore muito tempo e o meio tempo até 
recupera-lo a pessoa pode recuperar os sintomas.

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