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Resumo de Farmacologia

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RESUMO FARMACOLOGIA 
HISTÓRICO 
Segunda metade do século XIX  técnicas de 
experimentações em laboratório, começa a ter registro 
DEFINIÇÃO 
Estuda a interação de substâncias químicas de natureza 
animal, vegetal, mineral ou sintética com os organismos 
vivos, qualificando e quantificando as alterações orgânicas 
induzidas por estes compostos na fisiologia destes 
organismos 
DIVISÃO 
1. Farmacologia aplicada 
2. Experimental 
3. Farmacognosia 
4. Farmacocinética 
5. Farmacodinâmica 
6. Toxicologia 
7. Imunofarmacologia 
8. Farmacoterapia 
9. Farmacogenética 
DEFINIÇÕES BÁSICAS 
• Dose – sempre considerar o peso do individuo 
 Dose efetiva (DE20, DE50, DE80) 
 Dose letal (DL20, DL50, DL70) 
 Indice terapêutico (DL50/DE50) 
Ex – antineoplasicos, de forma geral são muito tóxicos 
• Posologia – forma como o medicamento vai 
ser administrado 
 Forma farmacêutica 
 Droga 
Qualquer substancia de origem animal, vegetal, mineral 
ou sintética (- alimentos) que seja capaz de produzir 
efeito farmacológico – substancia capaz de alterar o 
funcionamento de um sistema orgânico – é uma droga 
Algumas drogas podem ser medicamentos 
dependendo da dose. 
Vitaminas não são drogas porque agem por meio de 
mecanismos bioquímicos não farmacológicos 
• Medicamento – possui dose letal, umas maiores 
e outras menores 
• Tóxico ou veneno 
• Fármaco 
Droga / medicamento de estrutura química conhecida, 
todos os fármacos são medicamentos mas nem todos 
os medicamentos são fármacos; (ex: plantas que fazem 
efeito mas não tem funcionamento conhecido) 
• Remédio – qualquer substancia química ou 
procedimento que traga beneficio ao paciente 
• Especialidade farmacêutica 
Medicamento produzido em escala industrial contendo 
dosagens e forma farmacêutica padronizadas; possui 
nome fantasia 
• Placebo 
Serve para fazer pesquisas e ver se um medicamento 
é útil ou não em testes duplo cego para que não haja 
influencia psíquica. 
FORMULA FARMACÊUTICA 
Descrição dos constituintes químicos de um 
determinado preparado farmacêutico; podem ser 
oficinais, magistrais ou especializadas 
FORMULAS OFICINAIS 
Constantes da farmacopeia brasileira ou de outros 
compêndios oficiais reconhecidos pelo MS; não devem 
ser alteradas 
FORMULAS MAGISTRAIS 
Constante de uma prescrição medica que estabelece a 
composição, a forma farmacêutica e a posologia; 
podem variar constituintes e doses de acordo com a 
terapia 
CONSTITUIÇÃO 
• Principio ativo – base medicamentosa 
• Coadjuvante terapêutico (trimetoprima + 
sulfametoxazol) 
• Coadjuvante técnico 
• Corretivo ou edulcorante 
• Veiculo (líquidos) ou excipiente (sólidos) 
Bactericida – mata a bactéria / Trimeto – interfere no 
desenvolvimento da bactéria 
Aminofilina – asma/broncodilatador 
FORMAS FARMACÊUTICAS 
Apresentação final de um preparado farmacêutico, 
devendo ser estável química e biologicamente; 
Ter, de preferencia, odor, sabor e aspecto atraente e 
possuir exatidão nas concentrações de seus 
constituintes, em especial o principio ativo 
O desenvolvimento de uma forma farmacêutica visa 
facilitar seu fracionamento, posologia, administração, 
absorção e conservação 
CLASSIFICAÇÃO 
• Uso interno – sólido / liquido / pastoso 
• Uso externo – tópico / retal / vaginal / 
intrauterina / cavidade oral / oftalmológicos ou 
otorrino / especiais 
Sólidos 
 Pós 
Mistura de fármacos e/ou substancias químicas 
finamente divididas e na forma seca, podendo ter 
aplicação interna ou externa 
São quimicamente mais estáveis; convenientes para 
dispersar altas concentrações de fármacos. 
Pós de fármacos solúveis apresentam velocidade de 
dissolução mais rápida e tem melhor biodisponibilidade 
que comprimidos e capsulas 
Pós a granel, sachet, para inalação, pós efervescentes ou 
para reconstituição 
 Aglomerados 
Pililas 
Pequenas, coloridas, lisas, baixa quantidade de princípio 
ativo 
Pastilhas – balas medicamentosas 
Comprimidos – sulcados ou não 
Capsulas – gelatinosas ou amilaceas 
Drágeas – mais lisas que os comprimidos, normalmente 
coloridas; não podem ser cortadas ao meio 
 
O principio ativo está no núcleo, pois não deve ser 
absorvido no estomago e sim no intestino 
• Ter um ph muito ácido pode favorecer a 
absorção de alguns medicamentos e 
desfavorecer outros 
Líquidos 
 Soluções 
• Simples e compostas 
• Xaropes 
• Elixires 
Solução é quando temos o soluto completamente 
dissolvido no solvente – veiculo – 
Significa dizer que independentemente da porção que 
eu pegar daquela solução, a concentração do soluto será 
sempre a mesma 
Simples – só tem 1 princípio ativo 
Compostas – tem mais de 2 princípios ativos sendo que 
1 não reage com o outro 
Xarope – solução com grande quantidade de sacarose 
(pelo menos 2/3 do peso da preparação); principio 
ativo e os outros componentes da formula devem ser 
compatíveis. 
Xarope tem excelente conservação pelo alto teor de 
açúcar 
Elixir – preparações liquidas mas que tem como veiculo 
álcool e agua; usa-se álcool quando existe um ou mais 
componentes da reação que não dissolvem bem em 
agua. 
 Dispersões 
Não ocorre dissolução perfeita entre soluto e solvente 
Emulsões – mistura de óleo e agua na presença de 
“agente emulsionante” 
AGENTE EMULSIONANTE = molécula que serve como 
gancho, ligando as gotículas de óleo as gotículas de 
agua. O agente emulsionante é uma molécula anfipática 
(parte hidrofílica e parte lipofílica) 
Todas as emulsões possuem uma parte oleosa e outra 
aquosa; depois que se quebra não pode se reconstituir 
Os cremes e leite são emulsões 
 Suspensões 
Não há dissolução completa do soluto no solvente, 
forma-se precipitado dentro do frasco 
Normalmente deve-se agitar vigorosamente antes do 
uso (dispersas principio ativo em todo o volume do 
frasco) 
• Insulina é uma suspensão que não pode ser 
agitada porque é uma molécula muito grande e 
agitar iria quebrar a proteína por choque 
mecânico e isso desnaturaria-la) 
Cutânea (tópica) 
Normalmente, são de uso limitado na plele (superfície 
pequena) 
A finalidade de administração é um efeito local, por isso 
é raro ocorrer uma resposta tóxica sistêmica pelo uso 
tópico de uma preparação 
• Uma das exceções – sulfadiazina de prata 
(pomada utilizada em grandes queimados) 
• Quando há destruição do tecido pela 
queimadura grave, os vasos sanguíneos 
também são destruídos, portanto não tem 
circulação para levar um antibiótico até aquele 
local 
• Até esse tecido se reconstituir minimamente, 
não adiante tomar medicamentos por via oral, a 
presença da pomada inibe a ocorrência de 
infecções 
Pomada – à base de vaselina – preparação 
pastosa/semi-sólida; tempo de ação maior que o creme 
 inerte farmacologicamente 
Creme – emulsões mais pastosas, são mais hidrofílicos 
que as pomadas – reabsorvidos rapidamente 
Unguentos – normalmente com estratos vegetais 
Loções – preparações mais liquidas do que pastosas; 
tem água mas também tem óleo; constituição mais fina 
que o creme, mas pode ter sais dissolvidos 
Cataplasmas – adesivos, preparação em que uma parte 
é adesiva/colante e outra tem uma bolsinha onde está 
o medicamento com micrósporos; espaço pequeno da 
pele 
Retal 
Supositórios – como base manteiga de cacau (se 
dissolve à temperatura corporal), depois que introduzido 
ele amolece e libera o princípio ativo que cai na 
corrente sanguínea e se distribui 
Também existe supositório de glicerina que é usado 
para prisão de ventre 
Os supositórios podem ter diferentes tipos de 
medicamento; as vezes a pessoa tem lesão gástrica 
em que o uso oral de medicamento é cintraindicado – 
pode usar um supositório 
Enema (clister/clisma) – indicado quando a pessoa tem 
dificuldade de defecação maior (4 a 6 dias) 
• Risco de formação de fecaloma (fezes 
petrificadas)  obstrui a passagem de fezes 
pelo intestino grosso  pode romper alça 
intestinal e desenvolver uma peritonite  temque retirar a porção do intestino e juntar as 
outras extremidades 
 
Vaginal 
 Cremes 
 Comprimidos 
 Geleias 
 Óvulos 
O ph dessas preparações tem que ser compatível com 
o do aparelho reprodutor senão pode produzir lesões; 
liberação local dos princípios ativos 
Cavidade oral 
 Gargarejo 
 Colutório – gel que é espalhado pela língua 
Oftalmológicas e otorrino 
Colírios – tem que ter ph e viscosidade compatíveis 
com a da lagrima; normalmente com prazo de validade 
pequeno 
Gotas auriculares – tem controle de ph, mas a questão 
da viscosidade já não é tao importante 
Pomadas / cremes 
FORMAS FARMACÊUTICAS PARENTERAIS 
AMPOLAS – de uso parenteral e na aplicação de 
pequenos volumes 
CONTRASTES RADIOLÓGICOS – sulfato de bário ou 
iodo em exames de imagens renais, gastrointestinais, 
vasculares e tomografias 
FARMACOCINÉTICA 
Estudo quantitativo da cronologia dos processos 
metabólicos de absorção, distribuição, biotransformação 
e eliminação da droga de um organismo 
 
DROGA DEPOSITADA – passou para os líquidos 
corporais (sangue) 
RESERVATÓRIO – algumas drogas ficam sequestradas 
por tecidos do organismo porque tem maior afinidade 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Representam as diferentes formas de aplicação de uma 
droga no organismo 
São reconhecidas mais de 100 diferentes vias, que são 
classificadas de diferentes formas 
DIVISÕES 
 Enterais – orais e retal 
 Parenterais 
• Por difusão (sem injeção ou infusão) – 
transdermica, transmucosa e inalatória 
• Por infusão (com injeção) – intradermica, 
subcutânea, submucosa, intramuscular... 
VIAS ENTERAIS 
Via oral 
Via de acesso à circulação sistêmica através do TGI 
Comprimidos, pós, capsulas, drágeas, xaropes, 
emulsões, soluções, suspensões etc 
• Vantagens = comodidade para o paciente; é 
possível a retirada do medicamento em caso 
de superdosagem; preços mais baixos 
Variáveis – ph do meio e área disponível 
• Desvantagens = fármaco em forma solida só 
estará disponível após sofrer alguns processos 
biofarmaceuticos (desintegração / dissolução e 
absorção); absorção depende do ph local, 
temperatura corporal, motilidade gastrointestinal, 
presença ou ausência de alimentos no TGI, 
características da preparação farmacêutica... ; 
requer a cooperação do paciente e 
normalmente há metabolismo de primeira 
passagem 
METABOLISMO DE 1° PASSAGEM – a droga é 
metabolizada antes de chegar ao tecido em que 
deveria agir, algumas moléculas conseguem escapar já 
outras, não 
• Contra-indicações = presença de vômitos ou 
irritações graves do TGI; quando enzimas do 
TGI inviabilizam a ação do fármaco, a droga 
tem alto peso molecular e/ou é tóxica por via 
sistêmica (insulina, adrenalina, polimixina, 
bacitracina) 
• Na presença de alimentos que formem 
quelatos com medicamento – tretaciclina forma 
quelato com magnésio, cálcio, zinco etc 
• Leite e derivados, as preparações vitamínicas, 
os antiácidos e os catárticos podem também 
prejudicar a absorção desses fármacos 
Via retal 
Acesso à circulação sistêmica através do epitélio retal 
Supositórios e enemas (cliteres ou clismas) 
• Vantagens = quando a adm oral não é possível; 
absorção ideal é nas porções inferiores e 
medianas do reto, pois a droga cai diretamente 
em veias que afluem para veia cava inferior; 
absorção em regiões superiores do reto, o 
fármaco passará primeiro pelo fígado 
(metabolismo de 1° passagem) 
Pessoas com tumor no reto vão desenvolver 
metástase hepática 
VIAS PARENTERAIS – SEM INJEÇÃO / INFUSÃO 
Vias tópicas 
• Escolhida quando se deseja um efeito local, 
normalmente utiliza-se áreas restritas do corpo 
• Cremes, pomadas, colírios, gotas auriculares, 
loções, unguentos, spray 
Transdermica 
 Pele: anestésicos, cicatrizantes, analgésicos, 
anti-inflamatórios, antibacterianos, anti-
micóticos 
• Vantagens = reduz-se possibilidades de efeitos 
sistêmicos, metabolização sistêmica da droga é 
desprezível, pode-se medicar pessoas com 
distúrbios do TGI, evita-se tratamentos 
dolorosos com injetáveis 
Transmucosa 
 Mucosa conjuntival – anti-inflamatórios, 
antibióticos, drogas colinérgicas (glaucoma) 
 Mucosa vaginal – anti-bacterianos, 
antimicóticos, anti-inflamatórios 
 Mucosa nasal – vasoconstritores 
adrenérgicos, anti-histaminicos, 
antiinflamatórios, antissépticos 
 Mucosa do assoalho bucal: analgésicos, 
ansiolíticos e vasodilatadores coronarianos 
Via sublingual 
• Vantagens = acesso a circulação sistêmica pelo 
assoalho bucal, rápida absorção, evita-se o 
metabolismo de primeira passagem; não sofre 
influencia do suco gástrico 
• Desvantagens = poucas drogas podem ser 
utilizadas pois a absorção é irregular, errática, 
nem todos os pacientes aderem ao tratamento 
Via inalatória 
Via de acesso rápido aos pulmões com promoção de 
efeitos sistêmicos e/ou locais; usada na adm de 
anestésicos gerais, broncodilatadores, anticolinérgicos, 
anti-inflamatórios etc 
VIAS PARENTERAIS – COM INJEÇÃO 
Via intradermica 
Administração de certas vacinas e testes de alergia; 
absorção errática, lenta, pequena, aplicação lenta com 
ângulo de 15° e bisel para cima 
 
Via subcutânea 
Útil para preparações cuja absorção a partir do tecido 
subcutâneo deve ser lenta – formação de depósitos – 
insulina; se não há depósitos = absorção mais rápida 
Usada na anestesia local infiltrativa, com ou sem 
vasoconstritor 
 
Via submucosa 
Utilizada para adm de anestesicos locais na odonto, 
pode ser usada com vasoconstritores 
Via intramuscular 
Utilizada quando se deseja absorção rápida; a velocidade 
de absorção depende da vascularização no local 
(quanto mais, mais rápida absorção) 
Pode-se utilizar veículos oleosos, aquosos e 
preparações “depot” 
Recomenda-se aspiração por 5 a 10s 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Via endovenosa 
• Vantagens = não há absorção; pode-se 
ministrar drogas irritantes; permite que se 
calcule a dose exata disponível no sangue; ação 
farmacológica é imediata; permite a adm de 
grandes volumes 
• Desvantagens = não se pode errar a dosagem 
nem a droga; pode provocar a liberação de 
autacóides; não se pode adm soluções oleosas 
ou suspensões; deve se observar a inexistência 
de bolhas de ar 
Via intra-arterial 
• Quando se deseja que toda a dose da droga 
atinja um órgão especifico; adm de 
antineoplasicos, radiofarmacos.. uso hospitalar 
 
Via intracardiaca 
• Uso emergencial em paradas cardíacas 
Via intra-óssea 
• Droga depositada na medula óssea e cai na 
circulação; de uso hospitalar; rapidamente 
distribuída; também utilizada em punções 
 
Via intraperitoneal 
• Na administração de grandes volumes; dialise 
peritoneal; útil em experimentos laboratoriais; 
pouca utilização na clinica medica humana 
• Vi 
VOU USAR O DA LAIS!!!!!!!!!!!!!1

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