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Formação dos Estados Nacionais O que são? Estado = Governo Nação = Povo, ligado a laços étnicos ou culturais. É possível que existam nações sem Estado, como os exemplos atuais dos povos curdos, na Ásia Menor ou os palestinos. Características ‘’Aliança entre o rei e a burguesia’’; enquanto o rei tem a função de governar, a burguesia inicialmente pratica as relações comerciais. Limites territoriais Idioma oficial Padronização de pesos e medidas Unificação monetária Exército profissional Leis Formação do Estado Nacional Português Revolução de Avis (1383-1385) João, Mestre de Avis. A Península Ibérica era ocupada pelos reinos de Castela, Navarra, Leão e Aragão, que resistiam as incursões muçulmanas. Em 1095, através de aliança militar com os franceses, o reino de Leão, concede o condado de Portucale a Henrique de Borgonha. Em 1125, Afonso Henriques, filho de D. Teresa de Leão e Henrique de Borgonha, declara a independência de Leão, nascendo Portugal; Em 1380, Portugal era governado por D. Fernando, que era casado com D. Leonor Teles, tendo como filha D. Beatriz, que era casada com João I, rei de Castela; Com a morte de D. Fernando, D. Beatriz se tornou regente (governante provisório-governa, mas não reina), e assim deveria ser até que filho atingisse 14 anos de idade, mas não o fez, pretendendo se tornar rainha; Revolta da crescente burguesia portuguesa, que não queria se tornar vassala do reino de Castela; Em 1383, D. João, Mestre de Avis, filho bastardo de Pedro I (Antecessor de D. Fernando), inicia a revolução, com apoio da burguesia portuguesa e da Inglaterra; Em 1385, D. João, Mestre de Avis, derrota Castela e transforma Portugal em Estado Nacional. Formação do Estado Nacional Espanhol Fragmentação da Espanha em reinos (Castela e Leão, Aragão, Navarra e Granada, que estava sob domínio muçulmano); Casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão em 1469, unificando e centralizando os reinos (reis católicos); Conquista do reino de Granada com a expulsão dos Mouros (Africanos do norte do continente, de religião islã); Inquisição Espanhola: perseguição aos muçulmanos e aos cristãos-novos (judeus convertidos ao cristianismo) @med.urca Formação dos Estados Modernos Absolutismo O que foi? Antigo Regime Regime aristocrático (poder centralizado) Poder centralizado nas mãos do monarca Conflitos com a burguesia Utilização de teóricos para justificar o poder Thomas Hobbes (Inglaterra, século XVII) Obra: Leviatã Estado de natureza: Estado prévio, sem leis, em constante guerra. ‘’O homem é o lobo do próprio homem’’; Os homens abdicam de sua liberdade na escolha de um monarca para centralizar o poder através das leis surgindo o Estado organizado – contrato social Esse estado deve definir leis, ter o poder militar e religioso. Como foi estabelecido pelo povo, o monarca deve entender as necessidades gerais. Nicolau Maquiavel (Florença, séculos XV e XVI) Obra: O Príncipe A Politica está acima da Moral ‘’O fim justifica os meios’’? O Príncipe (governante) deve contar com a fortú (sorte) e com a virtú (capacidade) É preciso ter a astúcia da Raposa e a força do Leão Seria melhor ser temido e amado ao mesmo tempo, mas essa tarefa é difícil, então, é melhor ser temido do que amado, mas nunca odiado. Não confie nos súditos, pois são mesquinhos e podem tramar contra o seu poder. Jacques Bossuet (França, século XVII) Obra: a Politica segundo a Sagrada Escritura Influencia na corte de Luís XIV (Rei Sol) e seu filho Delfim Fundador do Galicanismo: vertente cristã que defendia que o Estado francês deveria cuidar de assuntos religiosos: I. O papa tem poder apenas espiritual, os reis franceses não devem obedecê-lo. Tentativa de conciliar os Huguenotes (protestantes franceses) ao catolicismo Os reis franceses eram superiores aos outros reis, pois foram ungidos no santo óleo de uma santa âmbula, por um pombo branco; Teoria do Direito Divino Mercantilismo O que foi? Modelo econômico utilizado pelos Estados Nacionais, nos séculos XV, XVI, XVII, XVIII. Características Intervenção direta do Estado Busca pela balança comercial favorável (menos importações e mais exportações) Protecionismo alfandegário; Expansão Marítima; Comércio de especiarias; Bulionismo ou Metalismo; Pacto Colonial (Colonização de novos continentes); Utilização de monopólios comerciais nas colônias; @med.urca Companhias privadas de exploração. Importante Colbertismo: Prática mercantilista utilizada na França do século XVII, através do Ministro de Finanças Jean- Batiste Colbert, que defendia o crescimento econômico através do fortalecimento de manufaturas nacionais, produzindo artigos de luxo para exportação. Anotações: Renascimento Cultural O que foi? Séculos XVI e XV Transformações culturais, envolvendo as artes, o cotidiano e as mentalidades. Itália, o berço do renascimento. Características Humanismo Cristão: Crença no livre arbítrio Antropocentrismo: O ser humano é o centro de suas ações Desenvolvimento da ciência na busca por explicações, como o Héliocentrismo, com a defesa de que a terra girava em torno do sol. Crítica a Idade Média Influência do mundo greco-romano Artes Individualismo do artista, que passa a assinar a própria obra. Mecenato: presença do mecenas; financiador de obra de arte, podendo ser um Nobre, burguês ou do alto clerto. Noção de profundidade Busca por uma técnica que procura chegar à realidade estética Guerra das Duas Rosas (1445-1485) O que foi? Disputa pelo poder na Inglaterra Iorque (rosa branca) Lancaster (rosa vermelha) Ambas as famílias era descendentes da família Plantageneta, que reinava na Inglaterra desde o século XII. Consequência da Guerra dos Cem Anos (1337-1453) com o rei Henrique VI (Lancaster) considerado fraco para governar, influenciado por sua esposa, Margarida de Anjou Fases da Guerra Ricardo, Duque de Iorque, se alia a nobres e através da batalha de Saint Alba, captura o rei Henrique VI. Ricardo se torna rei, mas é assassinado, e seu filho Eduardo IV se torna rei. O antigo rei Henrique VI consegue fugir, mas ao longo da guerra é capturado três vezes, até a sua morte em 1471, na Torre de Londres Em 1483, Eduardo IV morre, e seu filho, Eduardo V se tornaria rei aos 12 aos de idade, mas foi preso pelo seu tio Ricardo III, e faleceu na torre de Londres. Resolução Sem o trono, os Lancaster passaram a apoiar Henrique Tudor, que vivia na Bretanha, (oeste da França) Henrique Tudor invade a Inglaterra e derruba Eduardo III se coroando rei Henrique VII, se casando com Isabel de Iorque (filha de Eduardo IV). Conciliação entre as duas famílias Consequências Estabelecimento da Dinastia Tudor, que seguiu com Henrique VII, Henrique VIII e Elisabeth I. Maior enfraquecimento da nobreza feudal, com maior centralização politica dos reis. Formação do Estado nacional Reformas Religiosas (século XVI) Razões Martinho Lutero (1517), um monge Agostiniano (seguidor das ideias de Santo Agostinho). Motivações Religiosas: Pelo fim da venda de indulgências (remissão da pena para a justiça divina, mediante pagamento ainda em vida). Pelo fim da Simonia (venda de favores divinos, cargos eclesiásticos e objetos sagrados). Motivações Políticas: Disputas pelo poder entre a Igreja Romano e reinos católicos Motivações Econômicas: Busca por maior autonomia da burguesia,que almejava acumular capitais, mas que, no entanto, sofria com a condenação da usura pela Igreja. Martinho Lutero (1483-1546) Sacro Império Romano-Germânico 95 teses na porta da Catedral de Winttenberg Discussões para a reforma dentro da Igreja Católica Em 1517, foi aberto processo contra Lutero, e em 1521, foi excomungado pelo Papa Leão X. Dieta de Worms (1521) Assembleia ocorrida na cidade de Worms, que promoveu o Édito de Worms, que condenou Lutero e todos que o defendessem. Lutero recebe apoio do príncipe Frederico III que o escondeu no castelo de Wartburg, onde ocorreu a tradução da Bíblia para o Alemão. Principais Ideias e críticas de Lutero Salvação pela fé A Bíblia é a única fonte confiável Apenas dois sacramentos: Batismo e Eucaristia Critica ao culto aos santos Critica ao Celibato Clerical João Calvino (1509-1564) França e Suíça Vítima de perseguição aos Huguenotes (puritanos franceses) Importante para a propagação do protestantismo pela Europa (Escócia, França, Suíça, entre Outros). Pensamento em criar uma nova Igreja Cristã desde o inicio, diferente de Lutero, que inicialmente procurou reformar a Igreja Católica. Anglicanismo Criado em 1534, na Inglaterra pelo rei Henrique VIII. Atos de Supremacia (1534): O rei é o chefe supremo na Terra da Igreja da Inglaterra Todos devem jurar lealdade perante o rei Motivações pessoais: pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão ao papa Clemente VII Motivações Politicas: controle de terras da Igreja Católica e maior centralização administrativa Manutenção de liturgias católicas Contrarreforma Movimento criado pela Igreja Católica, como resposta ao protestantismo. Concilio de Trento (1545-1563): Convocado pelo Papa Paulo III Condenar o protestantismo e reafirmar os dogmas católicos Colaboração de reis católicos (Portugal e Espanha) Criação de seminários Reafirmação dos sete sacramentos (batismo, crisma, eucaristia, reconciliação, unção dos enfermos, ordem e matrimônio). Companhia de Jesus (Jesuítas): criada em 1540 pelo espanhol Inácio de Loyola e reforçada pelo concilio, tendo como objetivo a propagação da fé católica na Europa, Ásia, América e África. Adam Smith (1723-1790) Concílio de Trento (1545-1563): Retomada do Tribunal de Santo Ofício, com a perseguição aos infiéis, tratados como hereges. Index Librorum Prohibitorum (índice de Livros Proibidos): alguns dos autores proibidos a sua época foram Galileu Galilei, Nicolau Maquiavel, Nicolau Copérnico, Martinho Lutero, João Calvino, Erasmo de Roterdão, entre outros. Anotações:
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