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Fernanda Daumas Somestesia: nocicepção e termocepção • Nocicepção: coisas que podem ser consideradas perigosas e interprestadas no cérebro como dor. A nocicepção detecta baixas temperaturas e altas temperaturas enquanto a Termorrecepção detecta a temperatura do dia-dia. As terminações livres termorreceptivas só entram em potencial de ação na faixa de calor de 30 a 45 graus. Quando a temperatura passa de 45 graus são os nociceptores que são ativados levando informação de dor para o cérebro. (vira um térmico doloroso) ❖ A capsaicina dá o toque de ardência. Ela faz os neurônios termoceptores de calor os nociceptivos ativarem. • Receptores sensoriais: são as terminações livres. Elas podem ser termoceptivas ou nociceptivas. Os axônios são finos, com pouca mielina ou amielínicos. Esses receptores se abrem frente a estimulo mecânico, químico entre outros. Por conta dessa variedade chamamos-vos de poli modais (entram em potencial de ação de diversas formas). ❖ Terminações livres de temperatura: existem os termorreceptores para frio e outros para calor. Há um tipo de fibras C que são especializadas não na transmissão de dor e temperatura e sim de toque carinhoso. NOCICEPÇÃO • A nocicepção é o processo sensorial que fornece sinais que pode desencadear a experiencia da dor ou não, enquanto a dor é o aspecto cognitivo referente a ele. Nem sempre a ativação de um nociceptores é interpretada como dor. ❖ Pessoas com dificuldades de sentir dor tem problemas nessa via de nocicepção e dor. Em geral possuem uma menor expectativa de vida pela dificuldade de relacionar um ato como sendo algo nocivo para si. • A nocicepção é processada mais lentamente que outras sensações, provavelmente pela característica de sobrevivência e prevalência de axônios amielínicos. ❖ Suas fibras podem ser de duas formas: A delta e fibras C. as fibras A delta possuem maior velocidade que a fibra C. Quando um tecido é lesado os nociceptores captam a informação de dor. A primeira sensação que é a de dor aguda e de fácil localização é a primeira a chegar na medula levada por fibras A delta. Ao chegar no córtex e virar a dor ela é chamada de dor rápida. A segunda sensação de dor é chamada de dor lenta ou secundaria e é levada pelas fibras C. Essa dor é a sensação de ‘dolorido’ e de difícil localização. ❖ A informação chega no corno dorsal da medula assim como qualquer informação de processamento sensorial captado por nervos periféricos. No entanto, a subida até o tálamo e desse para S1 percorre outra via. A via que irá levar essa informação de dor, toque grosseiro, temperatura e toque carinhoso é a via espino- talâmica. Nesse caso, a via espino-talâmica sofre decussação assim que chega na medula subindo contra lateralmente. A informação segue o caminho todo já contra lateral. Essa informação também passa para o tálamo e depois S1. ❖ Para que haja processamento de dor a informação precisa chegar no córtex insular e no córtex singular anterior no lobo frontal. SISTEMA ANTERO LATERAL • É um conjunto de tratos que leva informação relativa a dor e temperatura medula acima. ❖ A via espino-talâmica leva informação até S1 onde são processados aspectos discriminativos (onde a dor está acontecendo: braço, perna interrogação). ❖ A via espino-reticular: a informação de dor pode seguir por outras vias também. Quando a informação de dor passa por essa via ela passa pela formação reticular no tronco encefálico e aumenta o estado de alerta. Aumenta consciência, atenção e diminui sonolência. ❖ A via espino-mesencefálica: ela guia nosso movimento ocular frente a uma dor. Esses tratos chegam em S1 e levam a informação que cada um tem como função. Quando eles passam por S1 e chegam no córtex insular e cingular é que há o processamento da dor. Se um indivíduo tem uma lesão na metade lateral da medula ela perde o tato discriminativo ipsilateral (do mesmo lado), não afeta dor e temperatura do mesmo lado, mas afeta dor e temperatura do lado contra lateral. Isso acontece pelo ponto de decussação em que essas vias ocorrem. ALTERAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE DOR • Como a dor depende do encéfalo ela pode ser modificada de alguma forma. Fernanda Daumas ❖ A dor referida: quando a pessoa acha que está com der em uma parte do corpo, mas é em outro lugar. Como no caso do infarto do coração em que o indivíduo sente dor no braço. Fisiologicamente essa dor ocorre pela chegada dessa informação na medula. Os receptores de nocicepção do coração e da pele chegam no corno dorsal e fazem sinapse com o mesmo neurônio. Ao chegar no córtex ele tende a processar a dor para a região mais provável, ou seja do lado externo pois a área de processamento para regiões internas é bem menor do que para áreas externas. Isso ocorre também na apendicite, crise renal etc. Não há terminações livres para dor nos órgãos internos, eles estão apenas nas membranas ou vasos sanguíneos desses órgãos. Quando falamos de receptores nociceptivos do coração nos referimos a receptores de vasos que irrigam ele. HIPERALGESIA • Quando o limiar de ativação dos nociceptores para dor é diminuído de modo que estímulos leves que antes não ativariam os receptores agora ativam. Quando temos um corte em uma região por exemplo e ela fica além de dolorida fica sensível. Na dor de cabeça os vasos sanguíneos dilatados ativam os nociceptores daquela região. ❖ A lesão tecidual libera substancias que vão recrutar células do sistema imunológico. Em seguida essas células recrutadas liberam outra substancia que faz com que os neurônios nociceptivos dessa região facilite o seu potencial de ação. Conforme as substancias se espalham pelo meio extracelular outras regiões adjacentes também tem seus nociceptores sensibilizados. ANALGESIA • Resposta de dor diminuída. Existe analgesia por meio de emoções ou por meio de substancias. ❖ Existe uma via chamada de via descendente de controle da dor ela é um trato que libera neurotransmissor nas regiões inferiores e vai inibir a informação nociceptiva que está subindo. Vem do mesencéfalo da região do PAG e desce a medula inibindo a nocicepção. Ela vem do bulbo, passa pelos núcleos da rafi e desce aos vários seguimentos medulares. La ela impede que o neurônio que está subindo levando informação de dor não entre em potencial de ação no corno dorsal. Qualquer coisa que ative essa via será algo analgésico. MANEIRAS DE ANALGESIA: regulação aferente da resposta de dor. Em termos gerais a ativação de mecanorreceptores para tato consegue fazer com que a informação de dor não seja processada na medula. Isso ocorre ao esfregarmos uma região após uma batida. Isso se chama a teoria da comporta espinhal ou do portão para dor. ❖ No corno dorsal da medula existe um interneurônio que pode liberar substancias que inibem o neurônio que sobe contra lateral pela via espino talâmica que leva informação de dor (neurônio de projeção). Nesse caso, quando ativamos mecanorreceptores de tato essa informação chega pela via do lemnisco medial e faz sinapse com o interneurônio que é capaz de inibir o neurônio de nocicepção. Como a informação tátil possui mais mielina, apesar de ser feita depois da dor ela consegue chegar na medula praticamente na mesma hora. ❖ Existe analgesia por esportes ou emoções intensas como estresse. Essas emoções em geral liberam hormônios como adrenalina ou substancias chamadas de opioides que vão atuam na via descendente de controle da dor. Após o final do esporte ou estresse os níveis de hormônios caem, mas as substancias liberadas pelo corte ou machucado continuam e agora a informação nociceptiva consegue subir pela medula. É devido a isso que não sentimos dor quando estamos sob fortes emoções ou perigo e só sentimos depois. PROPRIOCEPÇÃO• A propriocepção nos permite saber em qual posição nosso corpo ocupa no espaço mesmo de olhos fechados. Os receptores de propriocepção estão nos músculos. Existem dois tipos principais de receptores. ❖ Receptores fuso muscular: fica dentro dos músculos. Ele informa o quanto o musculo está estirado. Eles funcionam como mecanorreceptores, estiramentos abrem os canais de sódio para que eles entrem em potencial de ação. ❖ Receptores órgão tendinoso de golgi: fica na junção entre o musculo e o tendão. Quando o musculo contrai ele pressiona o tendão e como os receptores estão nessa junção acabam sendo abertos por mecanorreceptores. ❖ Outros receptores nas articulações e ligamentos também são mecanorreceptores e vão dar informação de ângulo. INTEROCEPÇÃO Fernanda Daumas • Para que o SNC exerça controle sobre os demais órgãos do corpo é preciso que haja constantemente chegada de informações sensoriais sobre como os órgãos estão. Essa informação sensorial é camada de interocepção. Ela é toda informação interna que não é proprioceptiva (referente aos músculos). Os órgãos irão apresentar nociceptores para dor, receptores de pressão alta ou baixa, termorreceptores principalmente em vasos sanguíneos do hipotálamo já que ele precisa saber se o indivíduo está com febre ou não, além de mecanorreceptores de estiramentos internos.
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