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Caio Andrade – Medicina x ATLAS/C1 AXIS/C2 CEeRalVteraIiõCes AergoLnôGmiIcaAs OBJETIVOS: - REVISAR ASPECTOS ANATÔMICOS E MORFOFISIOLÓGICOS DA COLUNA CERVICAL - IDENTIFICAR OS PROCESSOS PATOLÓGICOS QUE CAUSAM A CERVICALGIA - ENTENDER COMO AS ALTERAIÕES ERGONÔMICAS PODEM INFLUENCIAR NO CASO A coluna cervical é composta por 7 vértebras cervicais e 8 nervos, sendo classificadas em típicas e atípicas e um plexo nervoso que inerva as regiões do membro superior. COMPOSIIÃO NERVOSA DO PLEXO BRAQUIAL Atlas: Não tem corpo vertebral e nem discos intervertebrais; NÍVEL AIÃO MOTORA AIÃO DE SENSIBILIDADE C5 Flexão do cotovelo (bíceps) Face lateral do braço C6 Extensão do punho Tabaqueira anatômica C7 Extensão do cotovelo Ponta do 3º dedo C8 Flexão do 3º dedo Borda ulnar do 5º dedo T1 Abdução dos dedos Parte medial do braço Caio Andrade – Medicina CERVICALGIA PORIÃO SUPERIOR - Movimentos Rotacionais PORIÃO INFERIOR - Flexão e Extensão !!! Articulações não-vertebrais (também conhecidas como articulações de Luschka) estão presentes nos segmentos espinhais C3 a C7, localizados na borda posterolateral do disco intervertebral e na porção anteromedial do forame intervertebral. !!! Essas articulações não são verdadeiras articulações sinoviais, mas podem hipertrofiar em associação com a degeneração do disco. Isso resulta no estreitamento do forame intervertebral, que é uma causa comum de radiculopatia cervical. !!! Forame intervertebral: Saem os nervos Existem oito nervos espinhais cervicais, cada um resultante da medula espinhal e constituído por uma raiz ventral e uma dorsal A raiz ventral contém fibras eferentes dos neurônios motores alfa no corno ventral da medula espinhal. A raiz dorsal transporta fibras aferentes sensoriais primárias das células no gânglio da raiz dorsal. A radiculopatia cervical pode ser causada por alterações degenerativas da coluna vertebral que afetam a raiz nervosa. Os achados variam com o nível de envolvimento da raiz nervosa. OBS: Um miótomo é o grupo de músculos inervados por um nervo espinhal. O diafragma é inervado pelos nervos espinhais C3 a C5, e a paralisia respiratória pode resultar de lesões na medula espinhal acima de C5. LEMBRAR -Os locais mais comuns que exibem alterações degenerativas estão entre C4 e C7; - As raízes nervosas que passam pelo forame intervertebral nessas áreas são C5, C6 e C7. - C5-T1 (Plexo braquial) e C1-C4 (Plexo cervical); Ramos ventrais- motor; TRAUMÁTICA DEGENERATIVA INFLAMATÓRIA INFECCIOSA TUMORAL Caio Andrade – Medicina → Maior parte é músculo-esquelética, mas também pode ser neurológica (Radiculopatia Cervical) ou não espinhal (Distúrbios de infecção, malignidade, doença reumatológica); MÚSCULO-ESQUELÉTICA 3.0 DEFORMAIÃO CERVICAL → Dor ou rigidez ao movimento do pescoço; → Histórico de lesão de músculos paraespinhais; → Resultado do estresse cotidiano, má postura e hábitos de sono; → O exame físico mostra sensibilidade a palpação dos músculos do pescoço e trapézio; → Manobras provocativas para radiculopatia cervical são negativas; 2.0 ESPONDILOSE CERVICAL → Alterações degenerativas da coluna vertebral, geralmente com produção de osteófitos; → Alterações degenerativas são achados comuns de imagem; → Pode haver radiculopatia associada; 3.0 DOR DISCOGÊNICA CERVICAL → Etiologia: Resultado da degeneração dos discos intervertebrais; → Sintomas: Dor e/ou rigidez no movimento do pescoço, que as vezes é associado a dor nas extremidades superiores; → Os sintomas são exacerbados quando o pescoço é mantido em uma posição por períodos prolongados; → Exame Físico: Diminuição da amplitude de movimento associada a dor; - Sinais radiculares cervicais geralmente estão ausentes; Caio Andrade – Medicina 5.0 OSTEOARTRITE DE FACETA CERVICAL Grau 4: Fratura/Luxação - Manobras provocativas para radiculopatia cervical são negativas; 4.0 LESÃO POR CHICOTE → São lesões resultantes de um mecanismo de aceleração-desaceleração que causa extensão e flexão repentinas do pescoço; → Podem ser referidas como distensões ou entorses cervicais; → Lesões na articulação zigapofisária, comumente referida como articulação facetaria são uma das principais causas desse tipo de cervicalgia; → Comum após acidentes; → Outros sintomas podem incluir dor de cabeça, dor no ombro ou nas costas, tonturas, parestesias, fadiga e distúrbios do sono; → A fisiopatologia dessa condição não é clara. Sangramento microvascular e liberação local de mediadores inflamatórios podem explicar a lesão aguda, mas alguns pacientes permanecem sintomáticos por meses ou até anos. → Geralmente apresenta dor e / ou rigidez no movimento do pescoço; Lesão de flexão extensão; → Sintomas: podem ser somaticamente referidos aos ombros, região periscapular, occipital ou membro proximal; → Exame Físico: diminuição da amplitude de movimento associada ao espasmo do pescoço; → Manobras provocativas para radiculopatia cervical são negativas; → Alívio dos sintomas com injeção de anestésico local na inervação da articulação faceta; → Sinal da Campainha pode sugerir; 6.0 SÍNDROME DA DOR MIOFASCIAL → Distúrbio regional da dor associado a pontos-gatilho, bandas tensas e sensibilidade a pressão; → Dor profunda + queimação ou ardência; → Achados de pontos gatilhos ao exame físico; → Dor geralmente ocorre em uma região anatômica, como o lado direito do pescoço e ombro, o que facilita distinguir da fibromialgia, que normalmente está associada a uma dor generalizada; 7.0 HIPEROSTOSE ESQUELÉTICA DIFUSA → Síndrome de deposição óssea inadequada nas inserções dos ligamentos e tendões; → Pacientes com DISH podem ter dores no pescoço, coluna torácica, lombar e/ou extremidades; → Rigidez matinal da coluna vertebral é comum; Caio Andrade – Medicina → Alguns pacientes afetados podem se queixar de disfagia devido a hiperosteose vertebral anterior proeminente; CONDIIÕES NEUROLÓGICAS 3.0 RADICULOPATIA CERVICAL • Compressão ou disfunção da raiz do nervo espinhal; • Estenose do forame vertebral ou hérnia de disco; Herpes Zooster; • Sintomas: Dor + Anormalidades sensoriais e/ou fraqueza na extremidade superior; • Exame Físico: Padrão dermatomal alterado, reflexo diminuído e/ou fraque muscular localizada; • Diagnóstico: Manobras de provocação positivas + RNM com sinais de compressão nervosa + Clínica favorável; 2.0 MIELOPATIA ESPONDILÓTICA CERVICAL • Lesões da medular por ação degenerativas que estreitam o canal espinhal; • Sintomas: Queixas neurológicas + Sinal de Lhermitte positivo + Evitar fazer manobras provocativas Fraqueza nos MMII, Deficiência dos Esfíncteres... Choque Elétrico no pescoço que irradia pela espinha ou para os braços pela flexão do pescoço • Diagnóstico: Clínico + RNM (Confirma o estreitamento e anormalidade do sinal); • Tratamento: Descompressão precoce para manter a integridade nervosa; 3.0 OSSIFICAIÃO DO LIGAMENTO LONGITUDINAL POSTERIOR - Etiologia: Calcificação anormal do ligamento longitudinal posterior, geralmente na coluna cervical; - Sua patogênese é desconhecida; - Pode se associar a outras espondiloartropatias; - Diagnóstico: Rx, TC auxiliam no diagnóstico com evidências de calcificações fluidas ao longo da superfície posterior da vértebra, que podem ser contíguas em vários níveis; TC COM EVIDÊNCIA DE OSSIFICAÇÃO LONGITUDINAL POSTERIOR Caio Andrade – Medicina CAUSAS NÃO ESPINHAIS • Doença Cardiovascular • Doenças Infecciosas • Malignidade • Condições neurológicas - Cefaleia tensional, distonia cervical... • Dor no ombro referida; - Ruptura do manguito rotador... • Condições reumatológicas • Síndrome do desfileiro torácico • Condições vasculares- Dissecção da artéria vertebral ou carótida • Etiologias Viscerais 1.0 MANOBRAS DE PROVOCAIÃO - Melhora da queixa álgica; - Aumenta a raiz espinhal; - Confirma que é uma lesão neurológica; MANOBRA DE SPURLING - Comprime e faz uma rotação para o Lado da dor; - Positivo: Compressão no forame; - Reprodução de dor radicular; TESTE DE TENSÃO DO MEMBRO SUPERIOR DE ELVEY - Tensão da raiz da extremidade superior; - Cabeça é girada contralateralmente e o braço abduzido com o cotovelo estendido; - A reprodução dos sintomas do braço é considerada positiva; 2.0 ABORDAGEM GERAL - Identificação de “Sinais de Alertas”: - Necessitam de avaliação urgente; - Dor cervical + Fraqueza em MMII, dificuldade em marcha e esfíncters - Dor associado à febre ou perda de peso inexplicada; - Achados neurológicos; Caio Andrade – Medicina ROTAIÃO: Comprometimento da coluna cervical superior (C1 a C3); FLEXÂO LATERAL: Proeminente com a doença da coluna cervical inferior (C4 a C7); SENSIBILIDADE PARAESPINHAL: Trauma no pescoço, cabeça ou parte superior; SENSIBILIDADE TRAPÉZIO: Tensão cervical, fibromialgia, etc... (INESPECÌFICO) • Feito em todos os pacientes com dor no pescoço de início recente, trauma, sintomas moderados ou persistentes de dor no pescoço, ombro ou braço; • Força Muscular; • Testes Sensoriais; • Reflexos; • Marcha e avaliar sinais dos neurônios motores superiores; • Um exame neurológico negativo sugere baixa probabilidade de compressão da raiz nervosa; 3.0 HISTÓRIA E EXAME FÍSICO - História: caracterizar a dor e excluir bandeiras vermelhas; - Identificar Início, duração, características, até que ponto ela limita a atividade e os sinais neurológicos; - Avaliação dos movimentos, sua amplitude e se há tensão cervical; Presença ou não de torcicolo; - Palpação Muscular: Músculos paraespinhais e trapézio superior para determinar o grau de sensibilidade e espasmo; - A postura cifótica dorsal coloca o trapézio sob tensão constante, mostrando rigidez e uma dor leve; - Exame Neurológico: 4.0 AVALIAIÃO DA GRAVIDADE - Auxilia/Orienta na tomada de decisões e a urgência de cuidados; - Dores leves e moderadas não atrapalham as atividades diárias, enquanto que as graves sim; - Grau 1 e 2: Tratar com mudanças posturais e exercícios para manter a amplitude de movimento e/ou analgésicos orais; - Grau 4: Requer avaliação e tratamento urgentes; 5.0 AVALIAIÃO E SOLICITAIÃO DE EXAMES DE IMAGEM - Não deve ser feita em todo mundo, somente em pacientes com: 1. Achados Neurológicos 2. Sintomas constitucionais (febre, calafrios, perda de peso inexplicada) Caio Andrade – Medicina 3. Risco Infeccioso 4. História de malignidade 5. Dor no pescoço moderada a grave persistente (>6 semanas); - Na ausência de bandeiras vermelhas, a avaliação por imagem é desnecessária; - PADRÃO OURO: RNM com ou sem contraste; • Principalmente se suspeita de malignidade ou de infecção; • Mielopatia com fraqueza em MMII: RNM sem contraste; • Radiculopatia progressiva: RNM sem contraste; PA E PERFIL - Para pacientes com histórico de dor persistente por semanas a Radiografia deve ser o exame de escolha; - RNM é contraindicada: Cardiopatas com implantes vasculares e claustrofóbicos graves; - OBS: INFECIÕES E MALIGNIDADE DEVEM SER CONTRASTADOS; - TC em último caso ou quando não tiver nenhum outro disponível; 6.0 EXAMES LABORATORIAIS COMPLEMENTARES - Marcadores da inflamação: VHS e PCR; - Contagem completa de células sanguíneas; - Exame de urina e química básica do soro para avaliação de pacientes com suspeita de malignidade; - ECG e Troponina para causas não vertebrais como infarto;
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