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Ancilostomíase e Necatoríase part 2

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CICLO BIOLÓGICO
** (1) A. duodenale dura de 35 a 60 dias
** (2) Necator dura de 42 a 60 dias
·	Ovos nas fezes (1e2): fêmeas eliminam os ovos no intestino delgado do hospedeiro, principalmente no duodeno
·	Dos ovos no ambiente eclode a L1 - larva rabdtóide, ela nutre-se de matéria organisca e microorganismos (1e2)
·	L2 no ambiente com a mesma alimentação (1e2)
·	L3 - larva filarióide infectante (1e2): não se alimenta, adquire aquela "capinha", tem um periodo de 3 a 4 semanas para encontrar um ser humano
·	 Infecção (1e2)
- Via oral (1): mecanismo passivo - o necator é destruido no estomago
→ L4 no duodeno (células de Lieberkun)
→ L5 dão origem aos adultos: faz um caminho de volta, e as fêmeas liberam os ovos
- Penetração da mucosa e pele (1e2): mecanismo ativo **
→ Vasos sanguíneos
→ Coração
→ Pulmões (Ciclo de Looss - passa de L3 para L4 ao nível dos alvéolos que pode resultar a sindrome de Lofler)
→ Deglutição
→ L5 no duodeno - gera os adultos (liberam os ovos)
** Deixa um sinal de porta de entrada: lesões puntiformes que provocam prurido, parece com a entrada da LMC com a diferença que cai na corrente sanguínea
As populações que mais sofrem com essa doença são as populações rurais pelo contato dos pés descalço em solo contaminado e ausência de saneamento básico nesses locais- eles têm grande taxa de anemia
PATOLOGIA
·	1ª: migração e instalação dos parasitos no hospedeiro
·	2ª: permanencia dos parasitos no hospedeiro - gera fenômenos bioquímicos e hematológicos
1.	ETIOLOGIA PRIMÁRIA: intensidade das lesões - números de larvas e sensibilidade do hospedeiro
- Penetração pela pele: lesões traumáticas e fenomenos vasculares, dermatite urticariforme, edema, "sensação de picada". Pode ocorrer infecção secundária
** O necator americano costuma danificar mais a pele em sua penetração
- Alterações pulmonares: tosse e febrícula. Pode haver síndrome de Loeffler.
2. ETIOLOGIA SECUNDÁRIA: intensidade dos sintomas - numeros de parasitos adultos já no intestino do individuo
- Sintomas abdominais: dor epigástrica, diminuição do apetite, indigestão, cólica, indisposição, nauseas e vômitos
SINTOMATOLOGIA DA FASE CRÔNICA
·	Costuma haver hipotensão arterial, com o aumento da diferença entre a pressão máxima e mínima
·	Tonturas, vertigens, zumbidos nos ouvidos (falta de oxigenação no nervo ótico) e manchas no campo visual (falta de oxigenação no nervo óptico)
·	Dores musculares sobretudo nas pernas ao caminhar, cefaléia e dores precordiais
- pela anemia, vai usar mais a via anaeróbica, produzindo mais lactato que causa dor muscular e caimbras
·	Amenorreia, redução de libido e impotência
·	Mudanças de personalidade, mesmo em adultos, e em crianças - dificuldade cognitiva, preguiça
·	Sopros cardiacos, falta de ar aos esforços e icc - podem ocorrer
PATOLOGIA
·	Não usa toda a hemoglobina que ele consome, ele elimina 30 a 40% de ferro intactos, mas chega uma hora que ele não é o suficiente para o hospedeiro
- A anemia não acontece de uma hora para outra, depende da reserva de ferro do individuo e da dieta dele
·	O A. duodenale pega mais sangue, é maior hematofagismo
·	Diarréia sanguinolentas, diminuição do apetite e apetite depravado (comer terra e pedra - instindo para ingerir sais minerais, geofagia)
·	Em casos fatais podem haver, jejuno-ileíte, ulcerações, hemorragias, supuração, necrose, gangrena e peritonite → ação traumática do verme
SINTOMAS ABDOMINAIS
·	Fase aguda: penetração das larvas e fixação no intestino
·	Fase crônica: presença dos vermes no intestino
- primários: diretamente ligados a atividades dos parasitas - cessam com o tratamento
- secundários: decorrentes da anemia e hipoproteinemia, são mais frequentes - cessam com a dieta rica em ferro
FATORES QUE FAVORECEM O DESENVOLVIMENTO DAS LARVAS
·	Solo arenoso, poroso, úmido, rico em matéria orgânica e sombreado
·	Clima: com umidade e temperatura entre 23 e 30° para Ancylostoma e 30 a 35° para Necator
·	Diminuição da contaminação do solo: cultivo de capim cidreira, margaridas, arruda e hortelã
PROFILAXIA
·	Andar calçado
·	Lavar bem frutas, verduras e legumes
·	Tratar os doentes
·	Educação sanitaria
·	Saneamento básico
DIAGNÓSTICO
·	Anamnese associando sintomas cutâneos, pulmonares, intestinais e anemia
·	Exame parasitológico de fezes: métodos qualitativos e quantitativos (método de Stoll) - permite saber se é infecção leve, intensa ou muito intensa
·	Coprocultura
- Cloca as fezes numa estufa e espera, depois coleta o material da superficie das fezes e coloca num microscópio
TRATAMENTO
·	Albendazol 
·	Mebendazol
·	Levamisol
·	Pomoato de pirantel
·	Após o tratamento entrar com uma dieta rica em proteínas e vitaminas, além de ferro e sulfato ferroso (tratar a anemia)
- Repetir o tratamento após cerca de 20 dias porque podem ter vermes ainda fazendo o ciclo pulmonar

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