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Prof(a) Ma: Julietty Morais E-mail:julietty@unifor.br FORJAMENTO O forjamento é um processo de conformação no qual a peça processada é comprimida entre duas matrizes, ora por meio de impacto ou a partir de uma pressão gradativa para dar forma à peça. É a mais antiga das operações de conformação de metais, datadas talvez em 5000 a.C. Atualmente, o forjamento é um importante processo industrial usado para fabricar uma variedade de componentes de alta resistência para aplicações automotivas, aeroespaciais, entre outras. Estes componentes incluem virabrequins de motores e bielas, engrenagens, componentes estruturais de aeronaves e peças de bocais de motores de turbinas. Além disso, indústrias de aços e outros metais usam o forjamento para obter a forma básica de grandes componentes que serão usinados posteriormente para as formas e dimensões finais. FORJAMENTO FORJAMENTO O forjamento é realizado de diversas formas diferentes. Uma maneira de classificar a operação de forjamento é em relação à temperatura de trabalho. A maior parte das operações de forjamento é conduzida a quente ou a morno, em razão da grande quantidade de deformação requerida pelo processo e a necessidade de reduzir a resistência e aumentar a ductilidade do metal em processamento. Entretanto, o forjamento a frio é também muito comum para certos produtos. A vantagem do forjamento a frio é a elevada resistência da peça como resultado do encruamento. O forjamento utiliza tanto impacto quanto uma pressão gradativa para realizar o processo. A distinção entre estes está mais ligada ao tipo de equipamento usado do que com as diferenças tecnológicas do processo. O equipamento que aplica uma carga de impacto para realizar o forjamento é chamado martelo de forjar, enquanto aquele que aplica uma pressão gradativa é chamado prensa de forjar. FORJAMENTO https://www.youtube.com/watch?v=EFvxESu9HsA FORJAMENTO Outra diferença entre as operações de forjamento é a forma pela qual o escoamento do metal processado está contido entre as matrizes. Segundo esta classificação, existem três tipos de operação de forjamento. (a) forjamento em matriz aberta ou forjamento livre, (b) forjamento em matriz fechada, FORJAMENTO e (c) forjamento sem rebarba. FORJAMENTO No forjamento em matriz aberta, a peça é comprimida entre duas matrizes planas (ou quase planas), permitindo assim que o metal escoe sem restrição na direção lateral em relação às superfícies das matrizes. No forjamento em matriz fechada, as superfícies das matrizes contêm uma forma ou cavidade que é conferida à peça durante a compressão, restringindo deste modo o escoamento do metal significativamente. FORJAMENTO https://www.youtube.com/watch?v=TWn8ITKlIcU Neste tipo de operação, uma porção do metal processado escoa para fora da cavidade da matriz formando uma rebarba, como é mostrado na figura. A rebarba é o excesso de metal que deve ser aparado depois. No forjamento sem rebarba, o metal está por completo contido na matriz e nenhum excedente de rebarba é produzido. O volume da peça inicial deve ser controlado com mais rigor de modo a preencher o volume da cavidade da matriz. FORJAMENTO FORJAMENTO EM MATRIZ ABERTA O caso mais simples de forjamento em matriz aberta envolve compressão de uma peça com seção transversal cilíndrica entre duas matrizes planas, tal como no ensaio de compressão. Esta operação de forjamento, conhecida como recalcamento ou recalque, reduz a altura da peça e aumenta seu diâmetro. Uma operação real de recalque não ocorre como descrita pela Figura anterior devido ao atrito que se opõe ao escoamento do metal nas superfícies das matrizes. Isto cria um efeito de embarrilamento mostrado na Figura abaixo. Quando realizado em uma peça processada a quente, por meio de matrizes frias, o efeito de embarrilamento é ainda mais pronunciado. Isto é resultado de elevado coeficiente de atrito típico do trabalho a quente e da transferência de calor nas superfícies das matrizes em suas vizinhanças, o que resfria o metal e aumenta sua resistência à deformação. FORJAMENTO EM MATRIZ ABERTA https://www.youtube.com/watch?v=Sn6kezbRQVw PRÁTICA DE FORJAMENTO EM MATRIZ ABERTA Este é um importante processo industrial. As formas geradas pelas operações de forjamento em matriz aberta são simples; eixos, discos e anéis são alguns exemplos de peças fabricadas por esse processo Em algumas aplicações, as matrizes possuem superfícies com contornos que auxiliam a dar forma à peça. Além disso, a peça deve ser sempre manipulada (por exemplo, rotacionada em passos) para efetuar a mudança desejada de forma. PRÁTICA DE FORJAMENTO EM MATRIZ ABERTA A habilidade do operador humano é fator de sucesso nestas operações. Um exemplo de forjamento em matriz aberta na indústria de aço é a conformação de um grande lingote fundido de seção quadrada em uma seção transversal circular. As operações de forjamento em matriz aberta produzem peças brutas, e operações subsequentes são necessárias para beneficiar as peças para a geometria e as dimensões finais. PRÁTICA DE FORJAMENTO EM MATRIZ ABERTA Uma importante contribuição do forjamento a quente em matriz aberta é que ele cria um escoamento dos grãos e uma estrutura metalúrgica do metal favoráveis. PRÁTICA DE FORJAMENTO EM MATRIZ ABERTA Força de recalque em função da altura h e da redução de altura (h0 – h). Este gráfico é, às vezes, denominado curva força de deslocamento. FORJAMENTO EM MATRIZ FECHADA O forjamento em matriz fechada é realizado com matrizes que contêm o formato complementar à forma desejada para a peça. https://www.youtube.com/watch?v=lPt3XPYcrdY A peça no estado bruto é mostrada como uma peça cilíndrica similar àquela usada na operação anterior em matriz aberta. À medida que se aproxima da configuração final, a rebarba é formada pelo metal que escoa além da cavidade da matriz em direção à pequena abertura entre os pratos das matrizes. Embora esta rebarba deva ser cortada da peça em operação subsequente de rebarbação, na verdade, ela exerce uma função importante durante o forjamento em matriz fechada. FORJAMENTO EM MATRIZ FECHADA FORJAMENTO EM MATRIZ FECHADA Diversos estágios de conformação são usualmente necessários no forjamento em matriz fechada para transformar o esboço de partida na geometria final desejada. Cavidades separadas na matriz são necessárias para cada estágio. Os primeiros estágios são projetados para redistribuir o metal na peça, a fim de obter uma deformação uniforme e estrutura metalúrgica desejada nos estágios subsequentes. FORJAMENTO EM MATRIZ FECHADA Sequência do forjamento em matriz fechada: (1) antes do contato inicial com a peça bruta de trabalho, (2) compressão parcial, e (3) fechamento final da matriz provocando a formação de rebarba na abertura entre os pratos das matrizes. FORJAMENTO EM MATRIZ FECHADA No forjamento a quente, o valor apropriado para τe é o limite de resistência do metal em temperatura elevada. Em outros casos, a seleção do valor adequado da tensão de escoamento é dificultada, uma vez que, em formas complexas, a deformação varia por toda parte da peça. FORJAMENTO EM MATRIZ FECHADA O forjamento em matriz fechada não é capaz de fornecer tolerâncias apertadas de trabalho, e a usinagem é usualmente necessária para atingir as precisões demandadas. A geometria básica da peça é obtida a partir do processo de forjamento, com usinagem realizada naquelas porções da peça que requerem precisão de acabamento (por exemplo, furos, roscas e superfícies que se unem com outros componentes). As vantagens do forjamento, comparadas à usinagem completa da peça, são as elevadas taxas de produção, conservação de metal, maior resistência e orientação favorável de grãos do metal que resulta do forjamento. FORJAMENTO EM MATRIZ FECHADA Melhorias na tecnologia de forjamento de matriz fechada têm resultado na capacidade de produzir forjados com seções mais finas, geometrias mais complexas, reduções drásticas do esboço nas exigências das matrizes, tolerânciasmais apertadas, e a possibilidade de redução de retirada de material por usinagem. FORJAMENTO DE PRECISÃO No forjamento sem rebarba, a peça no estado bruto está completamente contida no interior da cavidade da matriz durante a compressão e nenhuma rebarba é formada. Os requisitos de controle do processo são mais exigentes no forjamento sem rebarba que no forjamento em matriz fechada. https://www.youtube.com/watch?v=NsweAeNThnw FORJAMENTO DE PRECISÃO O mais importante é que o volume da peça de trabalho de partida deve ser igual ao espaço da cavidade da matriz dentro de uma tolerância muito apertada. Se o esboço de partida for muito grande, pressões elevadas poderão causar dano à matriz ou à prensa. Se o esboço for muito pequeno, a cavidade poderá não ser preenchida. Em razão das demandas específicas exigidas pelo forjamento sem rebarba, este processo é mais indicado para geometrias que são usualmente simples e simétricas e para materiais de trabalho, tais como alumínio e magnésio e suas ligas. O forjamento sem rebarbas é frequentemente classificado como um processo de forjamento de precisão. FORJAMENTO DE PRECISÃO Forjamento sem rebarba: (1) antes do contato inicial com a peça, (2) compressão parcial, e (3) fechamento final do punção e matriz. Os símbolos v e F indicam o movimento (velocidade) e força aplicada, respectivamente. PRODUTOS http://somel.it/prodotti/stampaggio_a_caldo_automotive-motociclo/ http://esperancaforjados.com.br/automotivo.php http://www.azerra.com.br/conexoes-forjadas-latao https://www.fbmforjaria.com.br/pecas-automotivas-forjadas http://forjaria.weebly.com/forjamento-livre.html LAMINAÇÃO A laminação é um processo de conformação no qual a espessura do metal é reduzida por esforços compressivos exercidos por meio de dois cilindros. Como ilustrado na Figura abaixo, os cilindros giram para puxar e, ao mesmo tempo, comprimir o metal que está compreendido entre eles. O processo básico mostrado na figura é o de laminação de planos, usado para reduzir a espessura de uma peça com seção transversal retangular. Processo muito semelhante é o de laminação de perfis, no qual uma peça com seção transversal quadrada é conformada até alcançar uma forma tal como a de uma viga I. LAMINAÇÃO A maioria dos processos de laminação demanda investimento grande de capital, pois seus equipamentos contêm componentes robustos, chamados trem de laminação, para realizá-los. O alto custo de investimento exige que os laminadores sejam usados para produção em grande escala de itens padronizados, tais como chapas finas e grossas. A maioria dos processos de laminação é realizada por meio de trabalho a quente, chamado laminação a quente, em razão da necessidade de grande volume de material a ser deformado. https://www.youtube.com/watch?v=VAssU9XAuls LAMINAÇÃO O metal laminado a quente é geralmente isento de tensões residuais, e suas propriedades são isotrópicas. Desvantagens da laminação a quente são relacionadas com a impossibilidade de serem obtidos produtos com tolerâncias estreitas e a superfície apresentar uma camada característica de óxido. LAMINAÇÃO A fabricação de aço utiliza a aplicação mais corriqueira de operações de laminação. Vamos acompanhar a sequência de etapas em um laminador de aço para ilustrar a variedade de produtos fabricados. Etapas similares podem ser encontradas em outras indústrias de metais primários. O metal inicia sob a forma de um lingote de aço fundido recém-solidificado. Enquanto este ainda se encontra quente, o lingote é colocado em um forno no qual permanece por muitas horas até alcançar temperatura uniforme em todo o corpo; assim, o metal escoará de forma consistente durante a laminação. No aço, a temperatura desejada para laminação é em torno de 1200°C (2200°F). A operação de aquecimento é chamada encharcamento, e os fornos nos quais esta etapa é realizada são denominados fornos poços. A partir do encharcamento, o lingote é movido para o laminador, onde é laminado a uma das três formas intermediárias: blocos, tarugos ou placas. Um bloco tem a seção transversal quadrada de pelo menos 150 mm × 150 mm (6 in × 6 in). Uma placa é laminada a partir de um lingote, ou bloco, e tem uma seção transversal retangular de pelo menos 250 mm (10 in) de largura e pelo menos 40 mm (1,5 in) de espessura. Um tarugo é laminado a partir de um bloco e tem dimensões de uma seção quadrada com 40 mm (1,5 in) em seus lados. Estas formas intermediárias são posteriormente laminadas para as formas finais do produto. LAMINAÇÃO LAMINAÇÃO Blocos são laminados para produzir formas estruturais e trilhos para linhas ferroviárias. Tarugos são laminados para produzir barras quadradas e barras de seção circular, e estes produtos são usualmente as matérias-primas em processos de usinagem, trefilação de arames, forjamento e outros processos de transformação dos metais. Placas são laminadas para produzir chapas grossas, chapas finas e tiras. Chapas grossas laminadas a quente são usadas na construção naval, pontes, caldeiras, estruturas soldadas para diversas máquinas pesadas, tubos com costura e muitos outros produtos. A Figura abaixo mostra alguns destes produtos laminados de aço. LAMINAÇÃO O desempenamento — operação realizada nas chapas grossas e finas laminadas a quente — é comumente obtido por laminação a frio, e seu objetivo é prepará-las para operações de conformação de chapas. A laminação a frio aumenta a resistência do metal e permite tolerâncias mais estreitas na espessura. Além disso, a superfície da chapa laminada a frio é isenta de carepas, e geralmente melhor se comparada ao correspondente produto laminado a quente. Estas características tornam as chapas finas, tiras e bobinas laminados a frio as matérias-primas ideais para estampas, painéis externos e outros componentes de produtos, desde automóveis a utensílios e material de escritório. O coeficiente de atrito na laminação depende da lubrificação, do material de trabalho e da temperatura de trabalho. Na laminação a frio, este valor está em torno de 0,1; na laminação a morno, o valor típico é cerca de 0,2; e, na laminação a quente, está em torno de 0,4 [16]. ANÁLISE DA LAMINAÇÃO DE PLANOS A laminação a quente é frequentemente caracterizada por uma condição chamada agarramento, na qual a superfície da peça quente adere aos cilindros de trabalho sobre o arco de contato. Esta condição ocorre com frequência na laminação de aços e ligas de altas temperaturas. Quando ocorre agarramento, o coeficiente de atrito pode alcançar valores tão altos quanto 0,7. A consequência do agarramento é que as camadas superficiais da peça estão restritas a moverem-se na mesma velocidade que a velocidade do cilindro de trabalho vr; e abaixo da superfície, a deformação é mais severa para permitir a passagem da peça através da abertura entre cilindros. ANÁLISE DA LAMINAÇÃO DE PLANOS Vista lateral da laminação de planos, indicando as espessuras inicial e final, velocidades da peça, ângulo de contato com os cilindros e outras características. ANÁLISE DA LAMINAÇÃO DE PLANOS Variação típica da pressão ao longo do comprimento do arco de contato na laminação de planos. O pico de pressão está localizado no ponto neutro. LAMINAÇÃO DE PERFIS Na laminação de perfis, a peça é deformada para ter o formato da seção transversal desejada. Exemplos dos produtos fabricados pela laminação de perfis são vigas I, L e U; trilhos para estradas de ferro; e barras redondas e quadradas e fio-máquina. O processo é realizado pela passagem da peça através de cilindros que possuem a geometria complementar da forma desejada ao perfil. LAMINAÇÃO DE PERFIS A maior parte dos princípios que se aplicam à laminação de planos é também aplicável à laminação de perfis. Os cilindros de laminação de perfis são mais complexos; a peça, usualmente com forma inicial quadrada, necessita de transformação gradual por meio da passagem por vários cilindros para obtenção da seção transversal final. LAMINAÇÃO DE PERFIS O projeto de sequência das formas intermediáriase cilindros correspondentes é chamado plano de passes ou calibração.* O objetivo da realização de diversos passes é alcançar uma deformação uniforme por meio da seção transversal em cada redução. Caso contrário, algumas porções da peça ficam mais reduzidas que outras, provocando maiores alongamentos nestas seções. As consequências de uma redução não uniforme podem ser o empenamento e o aparecimento de trincas no produto laminado. Tanto cilindros horizontais quanto verticais são utilizados para obter reduções consistentes do material de trabalho. LAMINADORES Várias configurações de laminadores ou cadeiras de laminação estão disponíveis para lidar com a variedade de aplicações e problemas técnicos no processo de laminação. O laminador típico consiste em dois cilindros opostos e é denominado laminador-duo, mostrado na Figura. Os cilindros destes laminadores têm diâmetros que variam de 0,6 a 1,4 m. A configuração de laminador-duo pode ser tanto reversível quanto irreversível. LAMINADORES Na cadeira de laminação irreversível, os cilindros sempre giram no mesmo sentido, e a peça sempre passa através dos cilindros pelo mesmo lado. A cadeira de laminação reversível autoriza a reversão do sentido de rotação do cilindro, de modo que a peça possa ser laminada em ambas as direções. Isto permite uma série de reduções a serem realizadas com o mesmo conjunto de cilindros, simplesmente pela passagem da peça a partir de direções opostas em múltiplos passes. A desvantagem da configuração reversível é o significante momento angular alcançado pelos grandes cilindros rotativos e os problemas técnicos associados à reversão. LAMINADORES Vários arranjos alternativos estão ilustrados na Figura. Na configuração de cadeira trio, Figura (b), existem três cilindros em uma coluna vertical, e a direção de cada cilindro permanece inalterada. Para obter uma série de reduções, a peça pode ser laminada em ambos os lados pela elevação ou abaixamento da tira após cada passe. O equipamento de uma cadeira de laminação trio torna-se mais complicado devido a um mecanismo de mesa elevatória necessário à movimentação da peça. LAMINADORES A cadeira de laminação quádruo usa dois cilindros menores para contato com a peça e dois cilindros de encosto ou apoio, conforme mostrado na Figura (c). Em razão das forças de laminação elevadas, quando ocorre a passagem da peça, os cilindros menores podem fletir elasticamente entre os mancais de rolamento, a menos que cilindros de encosto de maior diâmetro sejam usados para apoiá-los.). Outra configuração que permite utilizar cilindros de trabalho menores contra a peça é a cadeira com cilindros agrupados ou laminador Sendzimir, Figura (d). LAMINADORES Para obter maiores taxas de laminação de produtos padronizados, um trem laminador é usualmente empregado. Esta configuração é composta de uma série de cadeiras de laminação, como representado na Figura (e). Embora apenas três cadeiras sejam mostradas em nosso esquema, um trem típico de cadeiras de laminação pode ter oito ou dez cadeiras, cada uma fazendo uma redução de espessura ou mudança de forma na peça fabricada que passa por elas. A cada passo de laminação, a velocidade da peça aumenta, e o problema de sincronização das velocidades dos cilindros torna-se importante. LAMINADORES OUTROS PROCESSOS RELACIONADOS COM A LAMINAÇÃO Laminação de Roscas: É usada para conformar roscas em peças cilíndricas laminando-as entre duas matrizes. Este é o mais importante processo comercial para produção seriada de componentes com rosca externa (p. ex., porcas e parafusos). A maior parte das operações de laminação de roscas é realizada por trabalho a frio em máquinas de laminação de roscas. As taxas de produção na laminação de roscas podem ser elevadas, atingindo até oito peças por segundo para pequenas porcas e parafusos. Também existem outras vantagens sobre a usinagem: (1) melhor utilização de material, (2) roscas mais resistentes devido ao encruamento, (3) superfícies mais suaves, e (4) melhor resistência à fadiga devido às tensões compressivas introduzidas pela laminação. OUTROS PROCESSOS RELACIONADOS COM A LAMINAÇÃO Laminação de Anéis: É um processo de conformação no qual um anel de parede grossa de menor diâmetro é laminado em um anel de parede fina de maior diâmetro. A laminação de anéis é usualmente realizada como um processo de trabalho a quente para produzir grandes anéis e como processo de trabalho a frio para pequenos anéis. As aplicações da laminação de anéis incluem pistas de rolamentos de esferas e roletes, aros de aço para rodas de estradas de ferro e anéis para tubos, vasos de pressão e máquinas rotativas. As paredes dos anéis não são limitadas a seções transversais retangulares; o processo permite a laminação de formas mais complexas. Existem várias vantagens da laminação de anéis sobre outros métodos alternativos para fazer a mesma peça: economia de material, orientação de grãos ideal para a aplicação e aumento de resistência por meio do trabalho a frio. OUTROS PROCESSOS RELACIONADOS COM A LAMINAÇÃO Laminação de Engrenagens: É um processo de trabalho a frio para produzir alguns tipos de engrenagens. A indústria automotiva é um importante usuário destes produtos. O arranjo na laminação de engrenagens é similar ao da laminação de roscas, exceto no que diz respeito aos aspectos de deformação do esboço cilíndrico ou do disco que estão orientados paralelos ao seu eixo (ou a certo ângulo, no caso de engrenagens helicoidais), em vez da forma em espiral como na laminação de roscas. As vantagens da laminação de engrenagens sobre a usinagem são similares àquelas da laminação de roscas: altas taxas de produção, melhores resistência ao endurecimento e à fadiga, além de perdas reduzidas de material. https://www.tornifuso.com.br/ OUTROS PROCESSOS RELACIONADOS COM A LAMINAÇÃO Laminação de Tubos sem Costura com Mandril: É um processo especializado de conformação a quente para produção de tubos de paredes grossas sem costuras. Este processo utiliza dois cilindros opostos, sendo, portanto, classificado como processo de laminação. O processo é baseado no princípio do desenvolvimento de elevadas tensões trativas no centro quando uma peça cilíndrica sólida é comprimida na sua circunferência, como mostrado na Figura. As tensões compressivas são aplicadas a um tarugo sólido cilíndrico por dois cilindros, cujos eixos estão orientados em pequenos ângulos (~ 6°) em relação ao eixo do tarugo, de modo que suas rotações tendam a puxar o tarugo através dos cilindros. Um mandril é utilizado para controlar o tamanho e acabamento do furo criado por essa ação. Os termos laminador de tubos com mandril e processo Mannesmann são também adotados para este operação de fabricação de tubos.
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