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Síndromes do sono

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SÍNDROMES 
DO SONO
Ambulatório de Psiquiatria 2021
Sumário
05 06
03
04
01 02 Transtornos de Movimento Relacionado 
ao sono
O Sono Insônia
07 Parassonias
Transtornos do 
Sono vigília
Transtornos de 
Hipersonolência
Transtornos 
respiratórios 
relacionado ao 
Sono
01
O Sono 
● SARA
● Núcleo Supraquiasmático
● Glândula Pineal 
Neuroanatomia
Ritmo fisiológico que oscila em 
estado consciente (Vigíl) e 
inconsciente (Sono), em um 
período de 24 horas. É 
responsável pela regulação 
homeostática do metabolismo 
humano durante um dia 
completo. Sua modulação 
ocorre principalmente pela 
luminosidade.
Ciclo 
Circadiano
SONO
É o estado de inconsciência do qual a pessoa 
pode ser despertada por estímulo sensorial ou 
outro. Tem duração, em média, de 8 horas e é 
fundamental para a homeostase do Ritmo 
Circadiano. Há grande variabilidade individual 
em relação ao padrão e à necessidade de sono, 
além de variações por idade, sexo, IMC, 
presença de comorbidades, entre outros. 
Fases do Sono
Sono Não-REM (NREM)
● Sono Sincronizado
● SNAP SNAS
● Metabolismo em estado mínimo de 
funcionamento (FC, FR, PA, DC, MGI)
● Estágios:
○ 1 e 2: sono leve e superficial, sendo
o 2 com maior tempo total de
sono.
○ 3 e 4: sono mais profundo, com
ondas mais lentas. Difícil de
despertar.
Sono REM 
● Sono Dessincronizado
● Instabilidade do SNAS (variações no 
estado metabólico (FC, FR, PA, DC, MGI) + 
movimentos oculares rápidos e 
conjugados + atonia muscular
● Principal fase para a Homeostase do 
Ciclo Circadiano (“Sono reparador”)
● Sonhos
● O 1º REM é curto (10-110 seg), com o 
passar da noite eles se tornam mais 
longos e frequentes.
Queixas
Dificuldade de adormecer ou manter o sono, 
despertares noturnos, sono não restaurativo, 
comportamentos/movimentos durante a noite, fadiga 
ou sonolência diurna, dificuldade de concentrar, 
irritabilidade, ansiedade, depressão e dores
Investigação
Características das queixas (início, fatores precipitantes, 
predisponentes, perpetuadores, duração e frequência) 
+ sintomas noturnos e diurnos associados + uso de 
substâncias + comorbidades
Exame Físico
FC, FR, PA, IMC e circunferência do pescoço 
Avaliações 
Subjetiva e Objetiva
01
02
03
04
Semiologia
Anamnese
● Início da insônia
● Fatores desencadeantes
● Fatores de melhora e piora
● Tratamentos antecedentes
● Ambiente em que dorme
● Horário que vai para cama e que dorme
● Atividades na cama antes de adormecer
● Tempo que demora para adormecer
● Despertares noturnos
● Presença de ronco ou sono agitado
● Horário em que acorda e que se levanta
● Como se sente ao despertar (cansado, 
bem, restaurado, sonolento) e como 
passa o dia
● Dores no corpo
● Atividade Física (tipo, horário e 
frequência)
● Trabalho (tipo e horário)
● Medicamentos (tipo e horário)
● Ansiedade e/ou Depressão
● Histórico Familiar
● Relacionamento familiar e social
● Uso de álcool
● Refeições
● Ingesta de café
● Demais comorbidades
Exames 
Complementares
Diário do Sono
Controle semanal de 
avaliação, principalmente 
da higiene do sono
Actigrafia
Método não-invasivo 
para monitorar ciclos de 
atividade/descanso. 
Relógio com sensor, 
usados durante 7 dias.
Polissonografia (PSG)
Exame não invasivo que 
mede parâmetros 
fisiológicos durante o 
sono
Escala de Sonolência 
de Epworth
Avaliação qualitativa e 
cotidiana do sono
● Eletroencefalograma (EEG): serve para registrar 
a atividade cerebral durante o sono;
● Eletro-oculograma (EOG): permite identificar 
quais as fases de sono e quando começam;
● Eletro-miograma (EMG): registra o movimento 
dos músculos durante a noite;
● Fluxo aéreo da boca e nariz: analisa a 
respiração;
● Esforço respiratório: do tórax e abdômen;
● Eletrocardiograma (ECG): verifica o ritmo de 
funcionamento do coração;
● Oximetria (SPO2): analisa a taxa de oxigênio no 
sangue;
● Sensor de ronco: registra a intensidade do ronco.
● Sensor de movimento: MMII
Polissonografia 
(PSG)
02
Insônia
INSÔNIA
Definido por pessoa que dorme pouco ou 
dorme mal. O paciente tem uma queixa de 
insatisfação com a quantidade e/ou 
qualidade do sono, que ocorre no mínimo três 
vezes na semana, por pelo menos três meses. 
É um sintoma e um transtorno.
Tipos de Insônia
Insônia Inicial
Dificuldade para iniciar o sono
Insônia Terminal
Despertar muito precoce (3-
5 horas da manhã) 
Insônia de Manutenção
Despertares noturnos (sono 
entrecortado)
Sono não reparativo
Qualidade do sono ruim
● Epidemiologia: acomete cerca de 10% da população. Acomete mais o sexo feminino, idosos, baixa renda, 
desempregados, aposentados, divorciados ou pessoas que passaram por separação.
● Fisiopatologia: ativação noturna excessiva, decorrente de um desequilíbrio hormonal e por 
neurotransmissores que pode ser gerado por estímulos externos ou orgânicos. Pode ser pelo excesso de 
ativadores ou pela deficiência de desativadores.
○ ATIVADORES: histamina, acetilcolina, noradrenalina, dopamina, serotonina (esses fazem parte do 
SARA), glutamato, orexina/hipocretina. 
○ DESATIVADORES: melatonina e GABA.
● Manifestações: estresse, ansiedade, angústia, depressão, dores crônicas, dificuldade de atenção 
(hipotenaz e hipovigilante), alterações de humor, alterações de memória, redução da produtividade.
● Diagnóstico: clínico e de exclusão. Insônia Crônica é a que ocorre por no mínimo três meses, ao menos 
três vezes na semana, duração menor é classificado como insônia aguda (mudanças contextuais). 
● Exames Complementares: PSG (polissonografia) e Actigrafia.
● Tratamento: causas base/gatilhos, Higiene do sono, TCC, Farmacoterapia (quando falha das opções 
anteriores).
Insônia
1º escolha:
● Agonista Seletivo de receptor GABA A: Zolpidem, Eszopiclone, Zoplicone e Zaleplon.
3º escolha: 
● Benzodiazepínicos (Gabaérgicos): Triazolam, Temazopan, Alprazolam, Bromazepam e 
Lorazepam. 
● Agonista de receptor da melatonina: Ralmenton e Transimelton.
● Antagonista de Orexina: Suvorexant (não possui no BR).
Farmacoterapia Insônia
Off label:
○ Melatonina (3 a 10mg por dia)
○ Anticonvulsivantes: Pregabalina e Gabapentina.
○ Antidepressivos sedativos: ADT (Amitriptilina, Doxepina e Imipramina), Mirtazapina, 
Trazodona e Agomelatina. É a 2º opção de tratamento farmacológico, antes do 
Benzodiazepínico.
○ Antipsicóticos: Quetiapina, Olanzapina, Clorpromazina e Sulpirida.
○ Fitoterápicos: Valeriana, Passiflora e Camomila.
Farmacoterapia Insônia
03
Transtornos de Movimento 
Relacionado ao sono
SD. DAS PERNAS INQUIETAS
Definida pela necessidade de mover as pernas, 
acompanhada pela sensação de desconforto, 
podendo ocorrer sensações parestésicas, se 
intensifica com o repouso e melhora com o 
movimento 
Mioclonias noturnas em 80% dos casos 
FR: sexo feminino, envelhecimento e HF (associações genômicas)
Cuidado com pacientes ansiosos! 
Causa: desconhecida; relacionada com dopamina, deficiência de Fe, 
mecanismos genéticos e medicações 
Pernas Inquietas (SPI)
● A situação deve ocorrer pelo menos 3 x por semana em um 
período mínimo de 3 meses 
● Investigação Clínica: 
Hemograma
Horm. tireoidianos 
Metabolismo do Fe
Ac Folico
Mg
Diagnóstico 
Exercício Físico
Higiene do sono
Compressas mornas
Farmaco:
- Agonistas dopaminérgicos: Pramipexol e Ropinirol 
- Precursores de dopamina: Levodopa, Benzodiazepinicos, 
Opiáceos e Gabapentina
Tratamento
04
Transtornos respiratórios 
relacionado ao Sono
APNÉIA DO SONO
PERIFÉRICACENTRAL
Esforço 
Respiratório
APNÉIA OBSTRUTIVA 
DO SONO - AOS
Definida pela obstrução total ou parcial da VAS 
durante o sono 
Apnéia: Obstrução de 90% ou + das VAS por 10 segundos associado a 
dessaturação e/ou despertar
Hipopnéia: Obstrução de 30% ou + das VAS por 10 segundos associado a 
dessaturação de 3% e/ou despertar 
Causa: Desoxigenação e Fragmentação do sono
Ronca alto?Snoring
Tired
Observed
Pressure
Body mass index
Age
Neck size
Gender
FATORES DE RISCO 
> 50 anos
IMC > 10% do ideal 
HAS?
Se sentecansado durante o dia?
Alguém já observou você interromper a respiração/engasgar pela noite
> 17'' H e > 16''M
Masculino?
Outros: Uso de álcool, medicamentos relaxantes, alterações anatômicas, 
sobrecarga de fluido 
Sonolência diurna
Ronco alto 
Engasgos
Falta de energia/ fadiga
Cefaléia matinal
Anamnese 
Noctúria
Alterações de disposição 
Sintomas cognitivos
Sintomas psiquiatricos 
Impotência Sexual
Exame Físico 
Peso, altura, IMC, circunferência do pescoço, FC, PA
AVALIAR: rosto, mandíbula, orofaringe (Mallampati)
Diagnóstico 
A. 1 queixa ao mínimo
+
PSG > 5 eventos 
A. PSG > 15 eventos 
Padrão ouro
Avalia o índice de apnéia e hipopnéia (IAH)/ hora
5-15 : leve
15-30: moderado
>30: grave
Outros exames pouco utilizados: Nasofibroscopia; RM ou TC de VAS; cefalometria;
sonoendoscopia
Polissonografia
Leve
Medidas comportamentais (todos os estágios)
. Perda de peso
. Evitar uso de alcool
. Atividade fisica
. Terapia posicional (decúbito lateral)
. Cessar tabagismo
. Higiene do sono
. Fonoterapia
TRATAMENTO
Moderado
Medidas comportamentais
Aparelhos de pressão positiva - CPAP
Aparelhos Intraorais
Fonoterapia
Grave
Todos acima
Cirurgia - correções anatômicas para passagem de ar
Fármacos - sem evidência para AOS
TRATAMENTO
05
Transtornos sono-
vigília
Alteração do Ciclo Circadiano
No Transtorno de Sono-Vigília, ocorre perturbação recorrente 
ou persistente do padrão de sono do indivíduo, em que há 
desequilíbrio entre o ciclo circadiano endógeno (ritmo biológico) 
e os horários de sono e de vigília impostos ou normatizados pelo 
ambiente externo - luminosidade, social, familiar e profissional. 
Por causa disso, pacientes queixam-se de insônia quando se 
tenta dormir durante a fase de vigília do relógio biológico ou 
sonolência ao tentar permanecer em vigília durante a fase de 
sono do relógio biológico. Não resulta de um distúrbio dos 
mecanismos que geram o ciclo circadiano, mas sim dos que 
promovem a regulação circadiana.
Subtipos
TSV Primários 
ou Persistentes
TSV Secundários 
ou Transitórios
● Síndrome do Atraso da Fase 
do Sono
● Síndrome do Avanço da 
Fase do Sono
● Tipo Padrão Irregular
● Tipo Ciclo Sono-Vigília 
diferente de 24 hTranstornos 
do Sono-
Vigília
De acordo com a 
ICSD-3
● Transtorno do Sono 
Relacionado com a 
Mudança de Fusos Horários 
(Jet Lag)
● Transtorno do Sono do 
Trabalhador em Turnos
● Tipo Inespecificado
Diagnóstico
Clínico
Anamnese detalhada 
com especificação do 
padrão do sono.
Podem ser feitas escalas.
Diário do Sono
Durante 7 dias. Exames 
Complementares
Polissonografria (PSG) e 
Actigrafia
02
03
01
Definição Manifestações Tratamento
Tipo Fase 
Atrasada
Dormir e acordar tardios, 
geralmente de 2 hrs, mais 
comum em adolescentes e 
jovens
Paciente tem dificuldade de 
iniciar o sono e acaba acordando 
mais tarde (Insônia + SED)
Higiene do sono, Atrasar a hora de 
dormir 2-3 hrs por noite até atingir o 
horário convencional, Luminosidade 
intensa durante 1-2 hrs no período de 
acordar e Melanina de 0,3 a 3 mg ao 
entardecer
Tipo Fase 
Avançada
Dormir e acordar precoces, 
2-4 hrs mais cedo que o 
convencional
Queixa de sonolência extrema 
no final da tarde e despertar 
espontâneo e precoce
Higiene do sono, atrasar o horário de 
sono, de 1 a 3 h a cada 2 dias, até 
alcançar o horário esperado de sono e 
fototerapia
Tipo Padrão 
Irregular
Padrão indefinido do ritmo 
circadiano do ciclo-sono-
vigília
Sonolência ou insônia intensa de 
acordo com o horário do dia, 
com vários cochilos
Fixar horário de sono (adesão rígida), 
fototerapia, atividades ativas durante 
vigília e melatonina ao entardecer 0,3 
a 3 mg.
TSV Primário ou Persistente
Tipo CSV 
diferente de 24 
hrs
Síndrome hipernictemérica; 
maior duração do ciclo, 
apresentando em média de 25 
hrs
Insônia e sonolência excessivas 
( sincronização anormal entre 
o ciclo claro/escuro das 24 h e 
o ciclo-sono-vigília)
Melatonina administrada em horários 
adequados, na dose de 0,5 mg, ao 
entardecer
Definição Manifestações Tratamento
Tipo Jet Lag
Síndrome da Mudança de Fuso 
Horário, dura em torno de 2 a 
14 dias de acordo com o 
número de fusos horários 
atravessados, da direção da 
viagem e da idade e capacidade 
física do viajante
SED, insônia noturna (atraso de início e 
despertares frequentes que acontecem 
na primeira metade do sono), 
desconforto gastrintestinal, dificuldade 
de evocação da memória, concentração 
e coordenação prejudicadas, fraqueza, 
tonturas, cefaleias, fadiga, mal estar e 
hiporexia
Higiene do sono antes, durante e 
após a viagem, Zolpidem (5 a 
10mg); Benzodiazepínicos 
Loprazolam (1mg), Midazolam 
(7,5-15mg) ou Alprazolam (0,5-
6mg), 30 minutos antes de dormir 
e Melatonina (3mg via oral) 4 a 5 h 
antes de deitar)
Tipo 
Trabalhador em 
Turnos
Mudança de esquema de 
trabalho repetidamente e 
rapidamente, gerando 
descompasso entre a escala 
desejável e o débito do marca-
passo
Período misto de insônia e sonolência, 
diminuindo a vivacidade e o 
desempenho, problemas somáticos -
CAde mama, colorretal e próstata - e 
afecções cardíacas (HAS, Dislipidemia e 
medidas eletrocardiológicas anormais, 
como QTc longo), TGI (gastrite e úlcera 
péptica) e reprodutivas
Medicações estimulantes e 
exposição à luz brilhante à noite 
ou medicação sedativa/hipnótica e 
isolamento do ambiente de sono 
durante o dia (ou ambos)
Tipo 
Inespecificado
Padrão indefinido do ritmo 
circadiano do ciclo-sono-vigília
SED e insônia, cochilos são comuns Fixar sono, fototerapia e Melatonina 
na dose de 3 mg ao entardecer (útil 
para crianças com déficit psicomotor 
grave, mas não tem utilidade em 
idosos com Alzheimer)
TSV Secundário ou Transitório
06
Transtornos de 
Hipersonolência
SONOLÊNCIA 
EXCESSIVA DIURNA 
(SED)
É um sintoma crônico definido pela incapacidade de se 
manter acordado e/ou alerta durante o dia, resultando 
em sonolência e lapsos de sono não intencionais. Pode 
ser secundário à algum TS, privação e má qualidade do 
sono, comorbidades e uso de drogas, ou pode ser 
primária.
Ocorre mesmo com o paciente 
tendo dormido pelo menos 7 horas 
por dia. Além da queixa de SED, 
podem relatar não se sentirem 
totalmente acordados depois de 
despertares abruptos, aparentando 
confusão, desorientação e ataxia 
ao acordar. São pacientes que 
possuem o sono noturno normal, 
conseguindo dormir rapidamente e 
com boa eficiência do sono.
Hipersonolência
NARCOLEPSIA
Transtorno neurodegenerativo crônico 
caracterizado por SED e manifestações 
dissociativas do sono REM durante o dia, 
como: cataplexia, alucinações 
hipnagógicas e paralisia do sono.O 
paciente tem ataques ou períodos 
recorrentes de necessidade irreversível 
de dormir com perda bilateral de tônus 
muscular e manutenção da consciência, 
sendo geralmente desencadeado por risos 
ou brincadeiras. É um TS incapacitante. 
Narcolepsia
● Epidemiologia: prevalência de cerca de 0,5% da população (doença rara). Tem início na adolescência (nos 
primeiros 20 anos) e acomete homens e mulheres igualmente. 
● Etiologias: genética ou imunológica (autoimune).
● Fisiopatologia: deficiência ou ausência de hipocretinas (orexina-A e orexina-B) no LCR. Esses 
neuropeptídeos são responsáveis por excitar receptores ox1 e ox2, responsáveis pela modulação do ciclo 
circadiano (sono-vigília). 
● Manifestações: SED, cataplexia, paralisia do sono, alucinações hipnagógicas e fragmentação do sono. A 
cataplexia consiste no enfraquecimento súbito e incontrolável de parte ou de todo o corpo após situações 
de emoção. Geralmente não ocorre perda da consciência, embora em alguns relatos se observe 
associação com sono profundo. A cataplexia é patognomônica da narcolepsia. Outras manifestações 
associadas: parassonias, comportamentos automáticos, pesadelos, défict cognitivo, obesidades e DMII.
● Diagnóstico: clínico (anamnese detalhada) + Escala de Epworth + PSG.
● Exames Complementares: pesquisa em LCR e TMLS(teste de múltiplas latências do sono).
● Tratamento: mudanças de hábitos de sono e atividades cotidianas (regularizar horário e criar higiene do 
sono) + apoio psicológico + farmacoterapia.
Narcolepsia
Controle da SED:
● Metilfenidato: 10 mg, VO, 2-3x/ dia. Versão de liberação lenta 20-30 mg 1x/dia. É importante orientar o 
paciente a não usar a medicação nos fins de semana ou escolher dois dias na semana para ficar sem usá-
la, para evitar a habituação.
● Modafenil (Pró-vigíl): 100 mg, VO, 3x/dia. Não disponível no BR.
Controle da Cataplexia:
● Antidepressivos Tricíclicos (TC): 
○ AMITRIPTILINA: 25 mg, VO, até três comprimidos ao deitar-se, diariamente.
○ IMIPRAMINA: 50 a 125 mg, VO, ao deitar-se, diariamente.
○ CLORIMIPRAMINA: 25mg, VO, até 2 comprimidos ao deitar-se, diariamente.
Outras Opções:
● Fluoxetina: 20 a 40 mg,VO, ao dia pela manhã.
● Venlafaxina: 150 a 300 mg, VO, ao dia ao deitar-se.
● Citalopram: 20 a 40 mg, VO, ao dia pela manhã.
Farmacoterapia Narcolepsia
07
Parassonias
PARASSONIAS 
Definido por fenômenos verbais ou motores 
que surgem do sono ou na transição vigília-sono
TRANSTORNO DO DESPERTAR
Despertar confusional - sentar na cama, se mexer e falar
Sonambulismo - movimentos simples, levanta e anda
Terror Noturno - gritos, choros, medo
TRANSTORNO ALIMENTAR RELACIONADO AO SONO
Paciente come de forma bizarra (coisas esquisitas)
Parassonias NREM 
TTO
Medidas de proteção 
ambiental
Despertar programado
Grave: tricíclicos
TRANSTORNO DE PESADELOS
Pesadelos intensos e recorrentes
PARALISIA DO SONO ISOLADA RECORRENTE
Despertar sem perder atonia
Sensação de paralisia quando acorda (60% da pop ja teve)
T. COMPORTAMENTAL DO SONO REM
"Acting out" - perda de atonia no sono REM
Comportamentos motores complexos
Parassonias REM 
TTO TCREM
BZD baixa dose e 
malatonina 
Exame Compl: PSG de vídeo
Referências
DALGALARRONDO, Paulo. Síndromes Relacionadas ao sono. In: DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e Semiologia dos 
Transtornos Mentais. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. cap. 36.
NEVES, Gisele S. Moura L.; MACEDO, Philippe; GOMES, Marleide da Mota. TRANSTORNOS DO SONO: Atualizações. Revista Brasileira 
de Neurologia, Rio de Janeiro, v. 53, ed. 3, p. 19-30, 2017.
SANTOS, Lucas Cardoso et al. TRANSTORNOS DO CICLO SONO-VIGÍLIA/ CIRCADIANO: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Brazilian 
Journal of Surgery and Clinical Research, [s. l.], v. 7, n. 22, p. 38-43, 10 jun. 2014.
ALOÉ, Flávio et al. Brazilian guidelines for the diagnosis of narcolepsy. Revista Brasileira de Psiquiatria, [s. l.], ano 2010, v. 32, n. 3, p. 
294-304, 9 abr. 2010.
COELHO, FERNANDO MORGADINHO SANTOS et al. Narcolepsia. Revista Brasileira de Psiquiatria, [s. l.], ano 2006, v. 34, n. 3, p. 133-
138, 17 nov. 2006.

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