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Práticas 3 - Bioquímica - Marcadores do IAM

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Letícia Cavalcante - FAHESP/IESVAP 
M A R C A D O R E S D O 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO 
 
SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS: Síndromes 
coronarianas agudas (SCA) resultam de 
obstrução aguda de uma artéria coronária. As 
consequências dependem do grau e local da 
obstrução e variam de angina instável a infarto 
do miocárdio sem elevação de segmento ST 
(IMSST), infarto do miocárdio com elevação do 
segmento ST (IMCST) e morte cardíaca súbita. 
 
IAM: O IAM consiste em área de necrose 
isquêmica de uma região do miocárdio causada 
por isquemia prolongada. Clinicamente, o infarto 
do miocárdio (IM) manifesta-se classicamente 
com dor precordial com características de 
opressão, pontada, queimação ou outras, 
podendo irradiar para os membros superiores, o 
pescoço ou o abdome; o paciente apresenta 
ainda palidez, mal-estar geral, dispneia e 
taquicardia. 
 
Em geral, essa isquemia é causada por 
trombose e/ou vasoespasmo sobre uma placa 
aterosclerótica. O processo migra do 
subendocárdio para o subepicárdio. A maior 
parte dos eventos é causada por rotura súbita e 
formação de trombo sobre placas vulneráveis, 
inflamadas, ricas em lipídios e com capa fibrosa 
delgada. Uma porção menor está associada à 
erosão da placa aterosclerótica. 
 
DIAGNÓSTICO DO IAM 
 
Vários biomarcadores têm sido utilizados para 
auxiliar no diagnóstico de infarto agudo do 
miocárdio (IAM), estratificação de risco, escolha 
do tratamento adequado e predição de eventos 
após a SCA. 
 
AGRUPAMENTOS DE BIOMARCADORES: Os exames 
bioquímicos podem ser agrupados, segundo os 
seus significados clínicos e/ou pelos processos 
físico-químicos responsáveis por suas elevações 
sistêmicas, nos seguintes marcadores de: os de 
lesão miocárdica, estresse biomecânico, 
inflamação e homeostase e remodelamento da 
matriz extracelular. Dentre os de lesão 
miocárdica estão: a troponina, a 
creatinoquinase fração MB (CK-Mb) e a 
mioglobina. 
 
PROCESSO INVESTIGATIVO: A Sociedade Brasileira 
de Cardiologia preconiza que no processo 
investigativo de IAM devem ser usados pelo 
menos dois marcadores: um precoce 
(mioglobina e CK-MB) e outro tardio definitivo 
(incluindo a CK-MB e as troponinas). 
 
 
Quadro 1. Comparativo intervalos de pico entre os marcadores. 
infarto 
Letícia Cavalcante - FAHESP/IESVAP 
 
Figura 1. Gráfico das reações dos marcadores do IAM. 
 
TROPONINA 
 
FIOLOGIA: A troponina é uma proteína muscular 
que, juntamente com a tropomiosina, regula a 
interação entre a actina e miosina no processo 
de contração muscular. 
 
SUBTIPOS: Há três polipeptídeos de troponina, os 
quais se ligam à tropomiosina (TnT), à actina 
(TnI) e ao cálcio (TnC). A TnT e a TnI foram 
descritas como biomarcadores para IAM pela 
sua especificidade cardíaca, diferente da TnC, 
que possui sequência de aminoácidos 
compartilhada com sua isoforma esquelética, 
 
PADRÃO OURO PARA INFARTOS: As troponinas são 
consideradas o padrão-ouro, devendo-se 
considerar que elas podem se elevar diante de 
pequenos (micro) infartos, mesmo em ausência 
de elevação da CK-MB. 
 
INTERVALO DE AÇÃO: Sua utilidade na detecção 
de lesão miocárdica recorrente (reinfarto) é 
limitada, porque os seus níveis permanecem 
elevados por período prolongado. Além disso é 
possui o pico tardio, sendo mais utilizada como 
marcador definitivo. A troponina só atinge o pico 
sistêmico por volta de 12 horas e permanecendo 
elevada por até 4-7 dias para TnI e 10-14 dias 
para TnT. 
 
 
 
CK-MB 
 
FISIOLOGIA: A CK-total é enzima reguladora da 
produção e uso do fosfato de alta energia nos 
tecidos contráteis. 
 
TIPOS: É composta de subunidades B (brain) e M 
(muscle) que se combinam formando a CK-MM 
(muscular), CK-BB (cerebral) e CK-MB 
(miocárdica). A especificidade da CK-total é 
baixa para lesões do músculo cardíaco, diferente 
da CK-MB, que é encontrada 
predominantemente no músculo cardíaco. 
 
INTERVALO DE AÇÃO: A atividade da CK-MB 
aumenta dentro de 4-6 horas após a ocorrência 
do infarto, com pico em torno de 18 horas e 
retornando ao normal após 48 horas. A CK-MB, 
por ter meia-vida curta em comparação com a 
da troponina, constitui-se em medida de grande 
utilidade para diagnóstico de reinfarto 
(considerada padrão outro para reinfarto). A 
CK-MB também tem sido útil na avaliação da 
lesão miocárdica após intervenção coronariana, 
quando leve aumento de sua concentração 
pode associar-se à maior mortalidade. 
 
MIOGLOBINA 
 
FISIOLOGIA: A mioglobina é uma proteína 
citoplasmática de baixo peso molecular 
presente nos músculos esqueléticos e cardíacos, 
cujas principais funções são o fornecimento de 
oxigênio às mitocôndrias. Constitui-se em 
complexo auxílio no controle da isquemia 
tecidual, envolvendo a biossíntese de óxido 
nítrico. 
 
INTERVALO DE AÇÃO: Sua elevação ocorre 1-2 
horas depois do início da isquemia, atingindo o 
seu máximo em torno de 6-9 horas e 
normalizando-se entre 12 e 24 horas. Porém, por 
seu pico precoce é o principal marcador de fase 
aguda, indicando lesões nas primeiras horas. 
 
Letícia Cavalcante - FAHESP/IESVAP 
OUTROS 
 
PROTEÍNA DE LIGAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS-
CARDÍACA: A H-FABP é abundantemente 
encontrada no tecido do coração e faz parte da 
família de proteínas citosólicas cujo padrão de 
distribuição é relativamente específico nos 
tecidos, que se ligam e transportam ácidos 
graxos. No IAM a H-FABP aparece no plasma 
decorrido duas horas da injúria e atinge o pico 
de concentração após 4-6 horas. É 
extremamente agudo (diagnóstico precoce). 
 
PEPTÍDEO NATRIURÉTICO ATRIAL E SEU FRAGMENTO: 
uOs níveis do peptídeo natriurético cerebral 
(BNP) e seu fragmento N-terminal inativo (NT-
proBNP) são usados para o diagnóstico e 
prognóstico da insuficiência cardíaca, 
estratificação de risco após síndrome 
coronariana aguda e para predizer eventos 
adversos mortaliassociados à angina estável e 
em pessoas aparentemente saudáveis.6 São 
considerados dos melhores marcadores do 
estresse mecânico 
 
REFERÊNCIAS 
 
DE MIRANDA, Marciano Robson; LIMA, Luciana 
Moreira. Marcadores bioquímicos do infarto 
agudo do miocárdio. Rev Med Minas Gerais, v. 24, 
n. 1, p. 98-105, 2014. 
 
Pesaro, Antonio Eduardo Pereira, Serrano Jr., 
Carlos Vicente e Nicolau, José CarlosInfarto 
agudo do miocárdio: síndrome coronariana 
aguda com supradesnível do segmento ST. 
Revista da Associação Médica Brasileira [online]. 
2004,

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