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ANTI-INFLAMATÓRIOS Prof Ellen Tanus Rangel n Dois grupos de substâncias possuem atividades anti-inflamatórias 1. Anti-inflamatórios não esteróides, ou não hormonais (AINES) 2. Corticosteróides, ou corticóides, ou anti- inflamatórios hormonais Fosfolipídios Ácido aracdônico Ácido 5-hidroxiperoxi eicosatetraenoico 5-HEPTE 5-HETE leucotrienos TxA2 PGE2, PGF2 PGI2 Fosfolipase A2 lipoxigenases cicloxigenases PGH2/PGG2 AINES AIES AIES Farmacocinética Absorção: rápida e completa por VO, exceto preparações entéricas e de liberação lenta Distribuição: ligam significativamente a albumina plasmática, as frações livres atuam principalmente nos tecidos inflamados e não atravessam imediatamente a barreira hematoencefálica (BHE). Os mais lipossolúveis: cetoprofeno, naproxeno e ibuprofeno, penetram mais facilmente no SNC e estão associados com leves alteções do humor e na função cognitive Biotransformação: são convertidos em metabólitos inativos no fígado Excreção: as formas inativas são excretadas pelos rins Farmacodinâmica • O principal mecanismo de ação é através da inibição específica da ciclooxigenase (COX1, COX 2 e COX 3? ) e redução da conversão do ácido aracdônico ou araquidônico (AA) em prostaglandinas (PG). COX 3? Atua no SNC?? Anti-inflamatórios NÃO ESTERÓIDES (AINES) n São grupo heterogênio de drogas (ácidos orgânicos) que apresentam atividade anti-inflamatória (controle da inflamação), analgésica (controle e prevenção da dor) e anti-pirética ou anti-térmica (controle da febre) n Usadas no alívio da dor relacionada à várias patologias n Diminuem o edema, a hiperemia, a febre, a dor e a rigidez; n Não produzem inconsciência como os anestésicos • Os fármacos anti-inflamatórios não-esteróides são classificados em grupos de acordo com a substancia que levou aos respectivos derivados: ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO- ESTERÓIDES (AINEs) DERIVADOS DO ÁCIDO SALICÍLICO – AAS DERIVADOS DA PIRAZOLONA - DIPIRONA DERIVADOS DO PARA-AMINOFENOL – PARACETAMOL DERIVADOS DO ÁCIDO CARBOXÍLICO- CETOROLACO DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO -DICLOFENACOS DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓLICO – OXICANS DERIVADOS DO ÁCIDO FENILANTRANÍLICO -PONSTAN DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO – NAPROXENO INIBIDORES SELETIVOS DA ENZIMA CICLOXIGENASE-2 -CELEBRA. • SALICILATO DE METILA (Calminex H) – uso externo • AAS – ASPIRINA ou AspirinaPrevent Usos clínicos: • Anti-inflamatório • Antipirético • Analgésico Anti-inflamatórios - Salicilatos •Nomes comerciais: Melhoral, Aspisin, Aspirina, Engov, Sonrisal, Coristina Anti-inflamatórios - Salicilatos •Diminui a agregação plaquetária •Previne a formação de trombos •Podem ser usados também na prevenção da angina de peito e do infarto do miocárdio (doenças causadas por trombos interrompendo a passagem de sangue no coração) •OBS: Aumentam o tempo de sangramento ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO Ácido acetil salicílico--AAS Anti inflamatórios - Salicilatos n Efeitos Indesejados: n ↑ tempo de coagulação: ação antiplaquetária n Úlceras e gastrites n Síndrome de Reye (rara): em crianças com quadro de virose deve-se evitar o uso de AAS devido ao surgimento da síndrome (edema cerebral, hipertensão craniana, insuficiência hepática, vômitos, coma,↑ mortalidade) n Evitar: AAS, Melhoral, Aspisin, Aspirina, Engov, Sonrisal, Coristina. Anti-inflamatórios Para-aminofenóis n Farmacocinética - oral, hepático, renal n Efeito terapêutico - inibe cicloxigenase principalmente (COX 3) (inibe síntese de prostaglandinas) n Atividade anti inflamatória + fraca, porém bom antipirético n ↓ efeito de irritação gástrica; ↑hepatotoxicidade n Nomes Comerciais: Paracetamol, Tylenol, Acetaminofen. n Dose máxima diária: 4g Hepatotoxicidade N-acetil-p-benzoquinonaimina (metabólito tóxico) Via oxidativa (CYP450) no fígado Metabolismo do paracetamol Cirrose e insuficiência hepática Anti inflamatórios Pirazolônicos (Dipirona) n Farmacocinética - oral, hepático (lento), renal n Efeito Terapêutico - inibe cicloxigenase inespecificamente (COX 1 e 2 febre COX 3 ?) n Poderoso Anti-inflamatório e Anti-pirético n Efeitos indesejados- gástricos, diminuição da pressão arterial, agranulocitose n Nomes comerciais - Dipirona, Novalgina e Baralgin • Dose média de 500 mg (até 4 X ao dia) Anti inflamatórios Derivados Ác. Fenilprôpionico n Efeito terapêutico - inibe cicloxigenase (COX1 e 2) n Efeitos colaterais - semelhante AAS n Nomes comerciais: n Ibuprofeno (Advil, Aflogen) n Cetoprofeno (Profenid) n Naproxeno (Flanax) Cápsula gelatinosa: início de ação rápido (6X6 horas) Anti inflamatórios Derivados Ác. Carboxílico n Efeito terapêutico - inibe cicloxigenase (mais seletivo para COX 1) n Efeitos colaterais - os mesmo efeitos adversos que os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) n Nomes comerciais: Anti inflamatórios Derivados Ác. Fenilacético n Diclofenacos n Farmacocinética, Efeito terapêutico e Efeitos colaterais, semelhantes à AAS n Sal Potássico - Cataflan, Deltaren n Sal Sódico - Biofenac, Voltaren Anti inflamatórios Oxicams n Piroxicam (Anartrit, Inflamene) n Meloxicam (Inicox) (Meloxil) n Tenoxicam (Tilatil) n Têm maior seletividade pela COX 2 n Menor efeito de irritação gástrica (indicados para pacientes com úlceras e gastrites) n Mais efeitos indesejados que o diclofenaco n Usados no tratamento das lesões musculoesqueléticas, na dismenorréia (cólica menstrual) e na dor do pós-operatório Inibidores Seletivos da COX-2 ou Coxibes • Propriedades antiiflamatórias e analgésicas e antipiréticas semelhantes aos AINES tradicionais e aspirina Vioxx® (Rofecoxibe): Retirado do Mercado em 2004; Bextra® (Valdecoxibe): Retirado em 2005; Prexige® (Lumiracoxibe): Retirado em 2008 • NIMESULIDA (Nisulid) transiçao COX2 E MUITO POUCO COX1 • CELECOXIB (Celebra) • ETORICOXIB (Arcoxia) • VALDECOXIB (Bextra) Estes fármacos têm a ação específica sobre a enzima cicloxigenase-2 (COX-2) sendo também conhecidos como coxibes. Usos: • Antiinflamatórios • Analgésicos • Antipiréticos Tratamento da atrite e dor musculo- esquelética INIBIDORES SELETIVOS DA ENZIMA CICLOXIGENASE-2 INIBIDORES SELETIVOS DA ENZIMA CICLOXIGENASE-2 • Ação seletiva sobre a cicloxigenase-2 à a incidência de efeitos de irritação gastrintestinal é muito baixa • Entretanto, os coxibes não são mais eficazes como antiinflamatório e analgésico do que os outros AINEs convencionais, não tem ação plaquetária, portanto, não podem substituir a aspirina na prevenção de doença coronariana. • COXIBES: Mais recentes, segurança ainda sendo investigada Quando usar AINES Aspectos Farmacodinâmicos e Farmacocinéticos dos Anti-Inflamatórios Esteroidais (AIES) Introdução • O córtex adrenal secreta um grupo inteiramente diferente de hormônios, chamados de corticosteróides. • Mais de 50 diferentes esteróides foram identificados na córtex adrenal; um número significativo de esteróides foram introduzidos como medicamentos pela indústria farmacêutica. AIES Fosfolipídios Ácido aracdônico Ácido 5-hidroxiperoxi eicosatetraenoico 5-HEPTE 5-HETE leucotrienos TxA2 PGE2, PGF2 PGI2 Fosfolipase A2 lipoxigenases cicloxigenases PGH2/PGG2 AINES AIES AIES Efeito Colateral Sindrome de Cushing Sinônimos: Hipercortisolismo; Hiperadrenocorticismo; Excesso de Glicocorticóides. O que é? • Conjunto de sinais e sintomas do excesso da cortisona (um dos hormônios produzidos pela glândula supra-renal). Esse excesso hormonal pode ser provocado por hormônios sintéticos (exógenos) ou por doenças envolvendo a glândula supra-renal e a hipófise Como se desenvolve? • O quadro pode ser ocasionado pelo uso continuado de cortisona ou seus derivados, conhecidos como antinflamatórios esteróides. Estas substâncias são empregadas para o tratamento de uma série de doenças, e provocam o síndrome de Cushing como efeito colateral. • Além do quadro associado ao uso de cortisona, o síndrome de Cushing pode ser provocado por doenças da glândula supra-renale da hipófise. Efeitos Indesejáveis do uso sistêmico Sindrome de Cushing – Alterações do Metabolismo • Glicídico: ↑ glicemia (↑ neoglicogênese; ↓ aproveitamento periférico); c/ hiperinsulinemia (resistência perifèrica à insulina) • Lipídico: ↑ ác. graxos livres (↑ lipólise); redistribuição da gordura corporal; > peso (hiperorexia) • Protéico: ↑ catabolismo e ↓ síntese (BN -); redução da massa muscular (miopatia) e da matriz óssea (osteoporose) – Equilíbrio hidroeletrolítico • Retenção de sódio e água • Depleção de potássio – Diminuição da resdposta imune EFEITOS COLATERAIS Considerações para usar AIES – Benefício sintomático – Risco de efeitos indesejáveis –Dose –Cronicidade – Indicar em doenças ou manifestações definidamente responsivas – Usar após tentativas com medicamentos de menor risco – Usar as menores dose eficazes, pelo menor tempo possível – Objetivar melhora sintomática e não remissão completa – Descontinuação lenta e gradual no uso prolongado AINES E AIES Exemplos de Antiinflamatórios FÁRMACOS ANTI-HISTAMÍNICOS • São Fármacos que diminuem ou acabam com as principais ações da histamina no corpo, pela competição com receptores H1, H2 e H3 da histamina. • Esses fármacos não inibem a produção de histamina. LOCALIZAÇÃO DOS RECEPTORES E EFEITOS DA HISTAMINA ANTI-HISTAMÍNICOS • H1- Úteis e eficazes no tratamento de respostas alérgicas e inflamatórias, mediadas pela histamina, como rinite, urticária e alergia a alimentos • H2- Reduzem secreção ácida gástrica no tratamento de pacientes com úlcera péptica e doenças relacionadas. • H3- Úteis na regulação cardiovascular, alergia e doenças mentais. SEGUNDA GERAÇÃO DE ANTI-HISTAMÍNICOS H1 � Efeitos antialérgicos � Sem sedação � Ação antagonista periférica e seletiva em H1 � Menor efeito anticolinérgico � Afinidade diminuída por receptores adrenérgicos e serotoninérgicos � Limitado efeito no SNC (não penetram significativamente pela barreira hematoencefálica devido à sua natureza anfotérica) � Muitos com atividade antialérgica separada da atividade anti-histamínica, o que não é bem entendido ANTI-HISTAMÍNICOS H1 TÓPICOS • Mastócitos (células produtoras de histamina) em concentração alta na conjuntiva • Histamina é importante na resposta alérgica ocular • Uso: coceira nos olhos,congestão da conjuntiva,eritema
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