Buscar

Imunoglobulinas: Estrutura, Função e Diagnóstico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROBLEMA 04 - O “Y” DA QUESTÃO 
Preocupado por ser o único membro da família que não teve COVID-19, Graham procurou um médico que solicitou alguns exames 
para confirmar se ele já havia tido contato com o vírus. Uma semana depois, com os resultados em mãos, o médico verificou que 
Graham tinha níveis de duas classes distintas de imunoglobulinas contra o vírus. Assustado, o paciente perguntou o que aquilo 
significava. O médico explicou que essas estruturas proteicas, em formato de “Y”, desempenham diferentes papeis na defesa 
imunológica do organismo. Curioso, Graham perguntou ao médico como uma “letrinha” seria capaz de protegê-lo de uma doença. 
O médico sorriu e respondeu que para produzir essas “letrinhas” algumas de células do organismo passam por um processo 
complexo de ativação e diferenciação. Quando estão prontas, essas células produzem essas imunoglobulinas que “grudam” no 
microrganismo e estimulam a sua destruição. Antes de dormir, ao abraçar seu ursinho, Graham se perguntou: “Ué, o Doutor me 
falou tanta coisa, mas ainda fiquei sem saber, tive COVID-19 ou não?” 
PERGUNTAS 
1. O que são as imunoglobulinas e como agem? (Citar exemplos e como algumas estimulam a destruição dos patógenos) 
2. Como diagnosticar a COVID por meio da análise das imunoglobulinas? 
3. Como ocorre a produção, o processo complexo de ativação e diferenciação das imunoglobulinas? 
HIPÓTESES 
1. Glicoproteínas produzidas pelos plasmócitos, agem se ligando aos microrganismos e promovendo a sua eliminação. São 
presentes na circulação sanguínea e linfática. Como exemplo, há IgG, IgA, IgE. As IgG são produzidas logo após a infecção e 
perduram por poucos dias, já as IgM são produzidas posteriormente e perduram por muitos dias na circulação. A IgE tem influência 
na produção de histamina (vasodilator) durante uma reação alérgica. 
2. IgG e IgM positivo é um indicador de que a doença está ativa no atual momento. IgG e IgM negativos evidenciam uma chance 
muito baixa de contato prévio ou manifestação atual. Vale destacar que a realização após 3 dias do sintoma é importante, pois 
reduz as chances de surgir um falso negativo, porque é necessário um tempo para que o organismo produza as imunoglobulinas. 
3. Ocorre a produção por meio da atuação de células tronco multipotentes da medula óssea, que saem maduras e vão circular na 
corrente linfática (órgãos linfáticos secundários) e serão ativadas por algum linfócito T, por meio da secreção de citocinas, como a 
IL-2, IL-4, IL-5, IL-6 e interferon Y. O linfócito B vai se diferenciar em plasmócito que irá produzir as imunoglobulinas. 
OBJETIVOS 
1. Entender o que são as imunoglobulinas (Estrutura química, classes, funções) 
2. Compreender o processo de ativação e diferenciação dos linfócitos B em imunoglobulinas 
3. Interpretar as correlações existentes entre as imunoglobulinas no contexto de diagnósticos de agentes infecciosos 
4. Entender a ligação antígeno-anticorpo (Como é determinada essa ligação) 
REFERÊNCIAS 
ABBAS, A.K. & LICHTMAN, A.H. Imunologia Básica: funções e distúrbios do sistema imunológico. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2014. Cap. 7, p. 229-259. 
ABBAS, A. K.: LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. Cap. 5, p. 232-263; 
Cap. 12, p. 627-690. 
JANEWAY, CA. et al. Imunobiologia: O sistema imune na saúde e na doença. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. Cap. 9, p. 378-415. 
BRITO, F. A. C. et al. Estratégias laboratoriais para identificação da infecção pelo novo coronavírus. Departamento da Propedêutica 
Complementar. Belo Horizonte, abr/2020. Disponível em: https://www.medicina.ufmg.br/coronavirus/wp-
content/uploads/sites/91/2020/04/Estratégias-laboratoriais-para-identificação-da-infecção-pelo-novo-coronav%C3%ADrus.pdf. 
Acesso em 20 jul 2021. 
 
ENTENDER O QUE SÃO AS IMUNOGLOBULINAS (ESTRUTURA QUÍMICA, CLASSES, FUNÇÕES) 
® Os anticorpos também podem ser chamados de imunoglobulinas ou gamaglobulinas, porque na eletroforese, que é muito 
utilizada na sorologia em vários exames, são colocados os anticorpos para migrar entre dois polos e a maior parte deles 
vão ser o terceiro grupo a migrar (gama = 3ª letra do alfabeto). 
® Os anticorpos são sintetizados pelas células da linhagem de linfócitos B e existem em duas formas: 
o Ligados à membrana na superfície dos linfócitos B, e nesse caso vai agir como propriamente um receptor pra 
antígenos e vai ativar os linfócitos B virgens (assim que reconhece o antígeno) para que seja desencadeada toda 
resposta humoral, porque a partir do momento em que as células B virgens se diferenciam em plasmócitos, vão 
ser secretados anticorpos específicos de acordo com o receptor do antígeno. E é por se ligar ao linfócito B que o 
anticorpo também pode ser chamado de BCR, que é receptor de célula B. 
o São secretados e ficam no plasma, principalmente, mas também podem ser encontrados nas secreções mucosas e 
nos tecidos do nosso corpo (fluido intersticial). Esses anticorpos secretados vão ter uma ação muito importante na 
fase efetora da imunidade humoral, porque eles têm vários mecanismos para defender o organismo (podem 
neutralizar toxinas de bactérias, prevenir que outros patógenos entrem na célula e se disseminem ali, por exemplo) 
® O anticorpo é uma molécula de ação muito específica. A única coisa que ele sabe fazer é se ligar ao antígeno, e em 
decorrência dessa ação é que vão ser desencadeadas todas as outras funções de combate ao antígeno. Então, podemos 
dizer que a primeira função de um anticorpo, quando ele está na membrana de um linfócito B, é a função de ativar aquele 
linfócito B. Então vamos ter vários tipos de linfócito B, cada um com um determinado tipo anticorpo ligado a sua membrana, 
servindo de receptor de membrana. Quando esse anticorpo que está na membrana do linfócito B encontrar o seu 
respectivo antígeno, eles vão se associar, e isso vai fazer com que esse linfócito B seja ativado. Essa ativação do linfócito B 
vai fazer com que ele produza e secrete anticorpos contra aquele antígeno que se ligou a sua membrana, que vão circular 
de forma livre no sangue e promover a defesa quando antígenos subsequentes (específicos) forem identificados. 
 
® Quando o antígeno é capaz de ativar resposta imune, é chamado de IMUNÓGENO. E essa capacidade do antígeno de ser 
reconhecido é denominada antigenicidade. 
® Caso não seja capaz de provocar resposta sozinho, o antígeno é denominado HAPTENO, que é quando necessita de proteína 
carreadora que estimule resposta imune, para que só assim, se forma um imunógeno (=conjugado hapteno-transportador) 
® EPÍTOPO: Também chamado de DETERMINANTE ANTIGÊNICO. É a parte do antígeno que pode ser reconhecida por um 
anticorpo, sendo capaz de gerar resposta imune. Cada anticorpo é complementar a um epítopo, e em um Ag podem conter 
vários epítopos (polivalentes). 
 
 
ESTRUTURA QUÍMICA 
Proteínas que podem estar no soro ou no plasma e podem ser separadas de outras proteínas por vários critérios, principalmente 
pela solubilidade ou pela diferença de carga, que é a técnica de eletroforese, muito utilizada na sorologia em vários exames. Nessa 
técnica, basicamente vão ser colocados os anticorpos pra migrar entre dois polos e a maior parte deles vão ser o terceiro grupo a 
migrar, por isso que a maioria é chamada de gamaglobulina, que vai englobar todas as classes de anticorpos que vamos estudar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
® O anticorpo é formado por 4 cadeias que estão ligadas entre si por ligações dissulfeto. Existem duas cadeias pesadas (são 
maiores), que são idênticas entre si, e 2 cadeias leves (menores), que também vão ser idênticas entre si. 
® O antígeno vai se ligar na ponta das cadeias pesada e leves. Como elas são idênticas, podemos deduzir que em cada 
anticorpo teremos 2 sítios de ligação que permitirão a ligação de 2 antígenos que também sejam iguais. 
® Os antígenos vão se ligar em uma região que contém uma parte da cadeia pesada e uma parte da cadeia leve. 
 
FAB: fração doanticorpo que vai se ligar ao antígeno. Nessa fração, existe uma região V de uma cadeia pesada e uma região V de 
cadeia leve, e essas duas regiões vão formar o sítio de ligação ao antígeno. Já a região C, contribuem para a associação entre essas 
cadeias leves e pesadas (lembrando que elas não participam da ligação direta com o antígeno). 
 
 
FC: fração do anticorpo que vai se ligar ao receptor, ou seja, a outras células do sistema imune. Pode se ligar à proteína C1 do 
complemento pra ativar a via clássica, por exemplo, ou então pode interagir com outras moléculas e células do sistema imune, 
mediando as reações humorais. É formada exclusivamente por cadeia pesada e é a região que vai dar a função para o Ac. 
Tanto as cadeias leves quanto as pesadas consistem em regiões aminoterminais variáveis (V), que participam do reconhecimento 
do antígeno, e regiões carboxiterminais constantes (C). Essa região C da cadeia pesada ajuda a mediar algumas das funções 
protetoras e efetoras dos anticorpos. 
 
CADEIA PESADA: composta por uma região constante e uma variável. A variável vai ser diferente para cada Ac, para reconhecer 
Ags específicos, e a constante vai ser uma região comum a cada uma das classes de anticorpos. Existem 5 tipos de cadeias pesadas, 
que são nomeadas por letras gregas (alfa, delta, épslon, gama e mi), e o nome da cadeia pesada dá nome aos tipos de 
imunoglobulinas. Respectivamente: IgA, IgD, IgE, IgG, IgM. Se é a porção Fc que dá a função do anticorpo, que é exclusivamente 
formada por cadeia pesada e é a cadeia pesada que determina a classe do anticorpo, deduz-se que a cada classe vai ter uma 
função. 
 
CADEIA LEVE: existem dois tipos: cadeia do tipo kappa e do tipo lambda. Cada molécula de anticorpo vai ter ou uma ou outra, 
porque as duas partes da cadeia leve são sempre idênticas. Em humanos, geralmente 60% dos nossos anticorpos têm essa 
conformação tipo kappa e 40% tipo lambda, mas essa proporção pode variar muito em pacientes que tem algum tumor de célula 
B, porque, na neoplasia, as células vão se dividindo descontroladamente, e, se todas derivam de uma mesma, todas vão ter a 
mesma cadeia leve. Por isso, inclusive, que quando o médico vai avaliar a possibilidade de um linfoma de célula B, ele vai pedir a 
dosagem da proporção das cadeias leves de anticorpos. 
 
ALÓTIPOS: Pequenas diferenças nas sequências dos aminoácidos dos anticorpos dos indivíduos de uma mesma espécie (prefixo 
alo) que acontecem por conta de polimorfismos herdados nos genes que vão codificar a região C (das cadeias pesadas e leves). 
Geralmente vários aminoácidos são substituídos, mas basta que 1 aminoácido seja alterado para que seja gerado um determinante 
alotípico. Esses alótipos têm algumas aplicabilidades importantes: 
o Monitoração de enxertos de medula óssea: os enxertos produzem um alótipo diferente do que foi recebido, então é 
possível monitorar se o enxerto, de fato, foi bem sucedido. 
o Medicina forense: alguns alótipos específicos são detectáveis em manchas de sangue e no sêmen, então a medicina forense 
utiliza esses alótipos para fazer investigações. 
o Teste de paternidade 
 
IDIÓTIPOS: São determinantes antigênicos únicos que estão em anticorpos individuais ou em moléculas de idêntica especificidade, 
ou seja, quando todas as moléculas do anticorpo têm exatamente as mesmas regiões hipervariáveis. Se um anticorpo consegue 
reconhecer algum aspecto dos CDRs de outro anticorpo, ele vai ser chamado de anticorpo anti-idiotípico. 
o Regulação das respostas imunes: Há evidências de que as respostas imunes sejam reguladas por anticorpos anti-idiotípicos, 
que acabam sendo dirigidos contra nossos próprios idiótipos. 
o Vacinas: Em alguns casos, anticorpos anti-idiotípicos estimulam células B a produzirem e secretarem anticorpos, então é 
como se esses anticorpos pudessem ser utilizados como uma “vacina”. Essa abordagem está sendo experimentada para imunização 
contra alguns patógenos que são tão perigosos que não podem ser utilizados com segurança como vacina. As vacinas, para serem 
efetivas, precisam induzir a maturação de afinidade e a formação de células B de memória, só que isso essas coisas só vão acontecer 
Na imagem, podemos observar que todo anticorpo é uma 
imunoglobulina, mas nem toda imunoglobulina é um anticorpo! 
As imunoglobulinas são uma superfamília de proteínas que possuem um 
domínio com uma estrutura de dobra da Ig, que são basicamente duas 
folhas β-pregueadas adjacentes mantidas unidas por uma ponte 
dissulfeto (formando essa curvinha). 
Regiões hipervariáveis: é a parte do Ac que tem os segmentos de maior diversidade. São três alças que 
funcionam como dedos, ou seja, são protuberâncias dos domínios variáveis (três dedos da cadeia leve e 
três da pesada) que ficam unidos para formar o sítio de ligação ao antígeno. Pelo fato dessas sequencias 
serem complementares ao antígeno que é ligado a elas, essas regiões hipervariáveis também são 
chamadas de regiões determinantes de complementariedade (CDRs) 
> Existem 3 tipos de CDRs: CDR1, CDR2 e CDR3. As CDR3 são as mais variáveis, que é a região que tem o 
contato mais extenso entre Ag e Ac. 
> Lembrando que não necessariamente todas as CDRs precisam participar da ligação com o antígeno. 
Algumas podem estar do lado de fora da região de contato. 
 
se as vacinas conseguirem ativas as células T auxiliares. Por isso, as vacinas passaram a ser desenvolvidas de forma conjugada, que 
é quando ela tem polissacarídeos com proteínas. Essas vacinas vão induzir a formação de anticorpos de alta afinidade ainda mais 
rapidamente. Inclusive, em vacinas infantis essa técnica de conjugação é bastante empregada porque crianças tem mais dificuldade 
de produzir respostas T-independentes aos polissacarídeos, então são utilizadas essas proteínas para induzir uma resposta mais 
efetiva. 
o Tratamento de tumores de células B: anticorpos anti-idiotípicos podem ser usados contra células B malignas, porque 
quando eles entram em contato com elas, podem induzir o sistema complemento ou matar essas células de forma direta por meio 
de substâncias toxicas que estão acopladas aos anticorpos. 
 
ANTICORPOS MONOCLONAIS: É uma coleção de moléculas de anticorpos idênticos e que possuem a mesma especificidade. 
Geralmente, em tumores de qualquer origem celular, os anticorpos que são produzidos são monoclonais, então todos terão a 
mesma especificidade. 
o Identificação de marcadores fenotípicos únicos a tipos celulares particulares, porque hoje a classificação de linfócitos e 
outros leucócitos é baseada no reconhecimento dos anticorpos monoclonais de cada um desses tipos celulares 
o Imunodiagnóstico: para fazer o diagnóstico de várias doenças infecciosas e sistêmicas, se faz a procura de antígenos ou 
anticorpos que sejam particulares (para que o diagnostico seja diferencial). Então vão ser usados anticorpos monoclonais. 
o Terapia: são usados alguns anticorpos monoclonais para tratar algumas doenças por conta de sua grande especificidade. 
Em casos de artrite reumatoide e outras doenças inflamatórias, por exemplo, são usados anticorpos contra uma citocina específica, 
que é o fator de necrose tumoral. Também são utilizados esses anticorpos monoclonais para alguns tipos de neoplasias (nesse caso, 
o anticorpo vai ir contra os fatores de crescimento). 
o Análise funcional de moléculas de superfície celular e secretadas: esses anticorpos monoclonais conseguem purificar 
populações celulares, porque eles vão se ligar a moléculas específicas. 
 
 
 
 
MEIA VIDA DOS ANTICORPOS 
É uma forma de medir o tempo que os anticorpos permanecem no sangue depois de serem secretados pelas células B (ou, no caso 
de serem administrados, após a injeção), porque a meia vida vai avaliar o tempo que a quantidade de anticorpos circulantes decai 
pela metade. 
Cada isotipo tem uma meia vida, e essa meia vida vai depender inclusiva da forma como essa imunoglobulina se apresenta. Por 
exemplo: O IgE tem uma meia vida bastante curta (2 dias), mas essa meia vida sóé curta quando a IgE circula no sangue, porque 
se ela estiver ligada a célula a meia vida se torna longa). A IgA circulante tem meia vida de 3 dias, mesmo a maior parte da IgA seja 
produzida em sítios de mucosa e seja secretada diretamente no lúmen do intestino ou da VA. A IgM circulante tem meia vida de 
4 dias. A IgG circulante tem meia vida de 21 a 28 dias. Por isso é tão importante que o tempo desde o início dos sintomas seja 
analisado junto com o resultado do exame. 
 
 
 
CLASSES 
O tempo longo de meia vida do IgG é justificado por causa da capacidade que ele 
tem de se ligar a um receptor Fc específico, que é o chamado receptor Fc neonatal 
(FcRn), que recebe esse nome por também estar envolvido com o transporte de 
anticorpos pela barreira placentária. Esse receptor não tem como alvo a IgG que esta 
ligada em lisossomo, mas como esse é o destino mais comum das moléculas 
ingeridas, o FcRn vai sequestrar essa IgG e vai liberar ela só em um lugar que tem 
boas condições de sobrevivência, para que a IgG consiga retornar a circulação sem 
ser degradada. 
Nem sempre as imunoglobulinas serão encontradas sozinhas depois de secretados. Podem se agrupar e formar dímeros, trímeros 
e até pentâmeros. 
 
IgA: Garante a imunidade das mucosas, a partir da secreção de IgA para o lúmen dos tratos gastrointestinal e respiratório, que vai 
neutralizar microorganismos e toxinas que estão nessas regiões. 2/3 das imunoglobulinas circulantes são IgA, porque as mucosas 
do TGI e do TR são as regiões que estamos mais susceptíveis a ter uma infecção, é a região que mais temos contato com antígenos. 
Passado da mãe para o filho através da amamentação. 
Podem circular agrupadas em monômeros, dímeros ou trímeros, mas é mais comum de serem encontradas 2 a 2. Podem ser 
divididos em IgA1 e IgA2. 
 
IgG: Muito relacionado com o sangue e com os fluidos. 
Opsonização: Recobre microorganismos e os marca para fagocitose por neutrófilos e macrófagos, e isso só acontece porque a IgG 
consegue se ligar ao mesmo tempo no microorganismo, pela sua região Fab, e nos receptores para IgG que estão nos fagócitos pela 
sua região Fc. 
Ativa a via clássica do complemento. 
Atuam como citotóxicas por mediação de células NK. 
Imunidade neonatal: Consegue atravessar a placenta, garantindo os anticorpos fetais pela placenta e pelo intestino. (passiva) 
Inibição da ativação de célula B por feedback de anticorpo 
Neutralização de microorganismos e toxinas 
Circulam sempre isolados (monômeros). Podem ser divididos em IgG1, IgG2. IgG3, IgG4. 
 
IgE: Muito relacionado com processos alérgicos (hipersensibilidade imediata). Faz isso por meio da ativação de mastócitos, que 
acontece assim: Os mastócitos têm receptores de membrana que são específicos para a IgE, então a IgE se liga a esses mastócitos 
e dispara sua desgranulação. 
Também é associado à defesa contra helmintos mediada por eosinófilos. 
Circulam sempre isolados (monômeros). 
 
IgM: É um anticorpo que pode ser encontrado na membrana, como o IgD, mas a diferença é que ele também circula no sangue. 
É o primeiro anticorpo a ser secretado quando uma célula B. Então se a titulação de IgM está muito alta, quer dizer que a infecção 
do paciente é recente. 
Ativação da via clássica do complemento. (imunoglobulina mais eficiente na fixação do complemento). 
É mais comum de serem encontradas em pentâmeros. 
Só encontramos a IgM em sua forma monomérica quando está ligada na membrana dos linfócitos B maduros, nesse caso ela 
apresenta dois componentes adicionais, o domínio transmembrana, composto por aminoácidos hidrofóbicos que ancoram a 
molécula à membrana citoplasmática, e um domínio citoplasmático. 
 
IgD: Não é secretado, só pode ser encontrado na membrana, nunca vai ser achado livre circulando. 
 
 
FUNÇÕES 
 
 
 
 
 
 
4. HIPERSENSILIDADE IMEDIATA 
As alergias se dão pela ativação e degranulação de mastócitos, e essa ativação é desencadeada por anticorpos. 
COMPREENDER O PROCESSO DE ATIVAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO DOS LINFÓCITOS B EM IMUNOGLOBULINAS 
Os anticorpos são sintetizados pelas células da linhagem de linfócitos B e existem em duas formas: 
o Ligados à membrana na superfície dos linfócitos B, e nesse caso vai agir como propriamente um receptor pra 
antígenos e vai ativar os linfócitos B virgens (assim que reconhece o antígeno) para que seja desencadeada toda 
resposta humoral, porque a partir do momento em que as células B virgens se diferenciam em plasmócitos, vão 
ser secretados anticorpos específicos de acordo com o receptor do antígeno. E é por se ligar ao linfócito B que o 
anticorpo também pode ser chamado de BCR, que é receptor de célula B. 
o São secretados e ficam no plasma, principalmente, mas também podem ser encontrados nas secreções mucosas e 
nos tecidos do nosso corpo (fluido intersticial). Esses anticorpos secretados vão ter uma ação muito importante na 
fase efetora da imunidade humoral, porque eles têm vários mecanismos para defender o organismo (podem 
neutralizar toxinas de bactérias, prevenir que outros patógenos entrem na célula e se disseminem ali, por exemplo) 
Os linfócitos B virgens vão ter em suas membranas 2 classes de imunoglobulinas, que são o IgM e o IgD (únicos que ficam grudados 
na membrana do linfócito). Quando esses anticorpos de membrana reconhecem o antígeno, o linfócito B é ativado, sofrendo toda 
expansão clonal, se transformando em um plasmócito e sofre algumas modificações, como a maturação da afinidade (mudança 
conformacional do linfócito fazendo com que a ligação Ag-Ac fique mais encaixada e efetiva), a mudança de isotipo (influenciada 
pela secreção de citocinas dos linfócitos T), e mudança membranar para forma secretada, que vai ser inicialmente secretado é o 
IgM, e depois passam a ser secretadas outras formas pela influencia das citocinas. 
1. BARREIRA MECÂNICA 
Depois de secretado, os anticorpos vão ser responsáveis pelas funções propriamente 
efetoras da imunidade humoral, e a primeira coisa que o anticorpo pode fazer é uma 
ação puramente mecânica, que é a neutralização de um microorganismo ou de uma 
toxina. 
Na imagem, vemos inúmeros anticorpos (amarelo) se ligando a moléculas de membrana 
desse microorganismo (bolinhas vermelhas) que servem como antígeno para os 
anticorpos. E esses anticorpos vão se ligar a esse antígeno formando uma barreira 
mecânica, que vai impedir que esse microorganismo consiga se ligar a uma célula nossa, 
porque ele está cheio de anticorpos tampando os sítios de ligação desse microorganismo. 
E essa ação não ocorre só com microorganismos, mas também com toxinas. 
 
2. OPSONIZAÇÃO 
Opsonizar é quando uma determinada molécula vai se ligar a um antígeno e marcar ele, 
para que esse antígeno seja fagocitado pelo sistema inato. O que acontece, 
basicamente, é que macrófagos, neutrófilos (fagócitos de modo geral) tem receptores 
para essas opsoninas. E a principal molécula que faz essa opsonização é justamente o 
anticorpo. 
Na imagem, vemos um fagócito, um antígeno (microorganismo) e vários anticorpos 
ligados a esse antígeno. Esse fagócito está fagocitando o antígeno, e isso acontece 
porque o fagócito tem receptores (verde) que reconhecem uma porção do anticorpo 
(chamada de região C ou região constante = não sofre hipervariabilidade) por isso ele é 
chamado de opsinina. 
3. ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO 
Uma das formas de ativar o complemento (via clássica) é a partir da ligação de um 
antígeno a um anticorpo. Então o complexo Ag-Ac tem o poder de ativar o sistema 
complemento, e, quando ativado, ele vai não só favorecer a opsonização (porque 
sabemos que existem moléculas do complemento que funcionam como opsoninas, 
como a C3b e a C5b), mas também vai facilitar a destruição do microorganismo pelo 
MAC (complexo ataque membrana), fazendo com que ele morra por um desequilíbrio 
osmótico. 
Na imagem, vemos as duas partes envolvidas com o complemento. Tanto na parte da 
opsonização (facilidade do antígeno ser fagocitada) quanto na questão do complexo de 
ataque a membrana, que é o objetivofinal de toda a cascata do complemento. 
 
 
 
ATIVAÇÃO 
Diferente do que ocorre com o linfócito T, existem 2 possibilidades de ativação de linfócito B, que vão variar de acordo com o 
antígeno que esse linfócito B está sendo exposto. 
Se o antígeno for proteico, a ativação e o reconhecimento desse antígeno pelo linfócito B depende obrigatoriamente da 
participação do linfócito T (por isso esse antígeno vai ser chamado de antígeno-timo-dependente, já que o linfócito T sofre 
maturação no timo). 
Se e o antígeno tiver qualquer outra composição química, como polissacarídeos, ácidos nucleicos, lipídeos, por exemplo, ele já 
pode ser reconhecido diretamente pelo linfócito B (por isso são timo-independentes). 
Ø Como isso acontece: para que o linfócito B seja ativado, é preciso de mais de um anticorpo de membrana reconhecendo o 
mesmo antígeno (ligação cruzada). Então, se eu tenho vários anticorpos reconhecendo o mesmo antígeno, significa que nesse 
antígeno existem vários epítopos iguais. Essa condição de um antígeno ter vários epítopos iguais não é encontrada em 
proteínas, por isso que é preciso dos linfócitos T também. E, além dessa ligação do antígeno com o anticorpo, o linfócito B 
precisa de um segundo sinal para que ele se ative, e esse sinal pode ser dado, por exemplo, por um receptor do tipo Toll, que 
tenha reconhecido um epítopo diferente daquele antígeno, ou um receptor do complemento, que tenha se ligado a um outro 
pedaço daquele antígeno... 
Ø Porém, se o antígeno for proteico, que não tem os epítopos idênticos, vamos precisar da ajuda de um linfócito T. O que vai 
acontecer é que o linfócito B vai reconhecer e fagocitar o antígeno, aí ele vai processar esse antígeno por uma via endocítica, 
e, através do MHC de classe II, vai apresentar esse antígeno para um linfócito T CD4. O segundo sinal vai ser a partir da ligação 
da CD40 com a CD40 ligante. Nesse contexto, vão sendo produzidas citocinas pelas células T, e essas citocinas vão funcionar 
para mudar a classe dos anticorpos que estão sendo secretados pelo linfócito B. 
Ø RESUMINDO... Em caso de antígeno T independente (açucares, lipídios, ácidos nucleicos: 1º sinal é a ligação cruzada e o 2º 
sinal é a ativação por receptores Toll ou do complemento. Em caso de antígeno T dependente, 1º sinal vai ser a união Ag-Ac e 
o 2º sinal é a CD40 (B)-CD40L (T). 
A ativação das células B é facilitada pelo correceptor CR2 que está presente nessas células e vai reconhecer fragmentos de 
complemento que estejam ligados com o antígeno ou que sejam de algum imunocomplexo que tenha o antígeno. 
 
 
 
 
 
PAPEL DA INTERAÇÃO CD40-CD40L NA ATIVAÇÃO T-DEPENDENTE DAS CÉLULAS B 
 
 
FEEDBACK DE ANTICORPOS 
O feedback de anticorpos é um mecanismo pelo qual as respostas imunes humorais são negativamente reguladas quando uma 
quantidade suficiente de anticorpo é produzida e há presença de complexos anticorpo-antígeno solúveis. A Ig de membrana da 
célula B e o receptor nas células B para as porções Fc da IgG, chamado FcγRIIB, são agrupados por complexos anticorpo- antígeno. 
Isso ativa uma cascata de sinalização inibitória ao longo da cauda citoplasmática de FcγRIIB, a qual termina a ativação da célula B. 
 
INTERPRETAR AS CORRELAÇÕES EXISTENTES ENTRE AS IMUNOGLOBULINAS NO CONTEXTO DE DIAGNÓSTICOS DE AGENTES 
INFECCIOSOS 
Soro: é aquele fluido residual, quando o individuo tira sangue e ficam todas as outras proteínas menos os fatores de coagulação, 
que vão ser consumidas para o sangue coagular. 
Antissoro: qualquer amostra de soro que contenha moléculas detectáveis de anticorpo que se ligam a um antígeno em particular. 
Sorologia: estudo dos anticorpos no soro a partir de sua reação com o antígeno. 
® Os exames que detectam os anticorpos para indicar uma possível infecção são chamados de testes de detecção sorológica e 
eles podem avaliar os anticorpos totais ou isolados, contidos no sangue, soro ou plasma (testes rápidos) ou soro (ELISA ou 
quimiluminescência). Esses testes para detecção de anticorpos vão variar muito de acordo com qual classe do anticorpo vai 
ser detectado, por exemplo: alguns detectam simultaneamente IgG e IgM, sem distinguir o isotipo, tem outros testes que já 
são capazes de analisar isoladamente cada um. 
® No caso da COVID, por exemplo, esses testes sorológicos podem variar na sensibilidade de 88,6 a 93,3% e na especificidade de 
90,6 a 100%. A especificidade e a sensibilidade são muito altas porque essas são características dos próprios anticorpos! Além 
de só conseguirem ser sensibilizados por antígenos muito específicos, que são os antígenos que tiveram o primeiro contato 
com o anticorpo de membrana do linfócito B (antes da diferenciação e secreção de clones), os anticorpos também são muito 
sensíveis, ou seja, é muito difícil que ele entre em contato com um antígeno e não se ligue a ele. 
® A especificidade dos testes sorológicos pode ser comprometida por conta da reatividade cruzada, porque pode ser que o 
paciente tenha tido uma outra infecção com um patógeno de mesma família. 
 
Os sinais de CD40 atuam em conjunto com as 
citocinas para induzir a troca de isotipo, por meio de 
uma enzima que o CD40 induz a expressão quando 
junta com seu receptor, que é a enzima AID. Essa 
enzima vai ter importância aqui na troca de isotipo 
(porque vai fazer a hipermutação somática) mas 
também vai ter função na maturação de afinidade, 
que vai ser uma mudança que aumenta a afinidade 
Ag-Ac. 
 
IMAGEM: Níveis altos de IgG podem corresponder à exposição anterior a um antígeno (clinicamente recuperado), vacinação 
recente ou fase de recuperação de um processo infeccioso (convalescença). Com certeza, a realização de exames de 
sorodiagnóstico pareados, com acompanhamento minucioso do quadro clínico, é a melhor opção para contextualizar o significado 
dos testes. 
 
 
ENTENDER A LIGAÇÃO ANTÍGENO-ANTICORPO (COMO É DETERMINADA ESSA LIGAÇÃO) 
Uma importante diferença dos anticorpos para as células T é que os anticorpos conseguem reconhecer quase todos os tipos de 
moléculas biológicas, desde as mais simples (açúcares, lipídeos, hormônios) até os mais complexos (fosfolipídios, ácidos nucleicos 
e proteínas), e as células T reconhecem praticamente peptídeos. Mas, mesmo reconhecendo uma gama grande de moléculas, o 
reconhecimento do anticorpo com um antígeno tem extrema especificidade, e isso é primordial para que os anticorpos que vão 
sendo gerados em resposta a um antígeno de um microorganismo não reajam com as moléculas do próprio organismo que sejam 
parecidas com o antígeno. Esse é o ideal, mas o que ocorre é que alguns anticorpos podem se ligar a um antígeno do que ele devia. 
Isso é chamado de reação cruzada, e é responsável por gerar algumas doenças imunológicas. 
® Quando o linfócito B que está com anticorpos em sua membrana encontra o antígeno que tem afinidade, ele sofre 3 
principais modificações: 
1. Maturação da afinidade: mudança conformacional que ocorre no linfócito B assim que se estabelece a conexão Ag-Ac, fazendo 
com que o Ac tenha maior afinidade pelo Ag (ficam muito mais encaixados). Isso vai ser importante para que os próximos 
anticorpos secretados pelo linfócito B tenham uma ligação mais efetiva e potente com os próximos antígenos encontrados. 
2. Mudança da forma membranar para a forma secretada do anticorpo. Antes, só havia aquele anticorpo na membrana do 
linfócito B. Assim que ocorre o reconhecimento e se forma o complexo Ag-Ac se forma, o linfócito B se ativa e passa a secretar 
anticorpos livres na circulação. 
3. Mudança de isotipo ou classe. A primeira imunoglobulina secretada é a IgM. Assim que acontece o reconhecimento do Ag e o 
linfócito B se ativa, são produzidos anticorpos de outras classes. E o que vai determinar qual é o isotipo que o linfócito B vai secretar 
é uma citocina secretada pelo linfócito T. Então quando um linfócito B reconhece um antígeno e é ativado por ele (principalmente 
em órgãos linfoides periféricos, como baço ou linfonodos), também vão ter linfócitosT sendo ativados por esse antígeno, e as 
citocinas que vão ser secretadas por esse linfócito T vão determinar qual isotipo de imunoglobulina o linfócito B vai produzir. Se, 
por acaso, não tiver ativação de linfócito T e essa secreção de citocinas, o linfócito B vai produzir só IgM mesmo. 
 
® Quando o anticorpo encontra e reconhece um antígeno, eles formam uma ligação que é não covalente e reversível. Ou 
seja, existem várias forças que podem contribuir para essa ligação, como as forças eletrostáticas, ligações de hidrogênio, 
FASE 1: SENSIBILIZAÇÃO – é quando o organismo tem o primeiro 
contato com o antígeno, os anticorpos vão produzir IgM porque 
ainda não teve a diferenciação dos linfócitos B, ou seja, é uma 
resposta primária. 
FASE 2: IMUNIZAÇÃO – ocorre na segunda exposição ao mesmo 
antígeno, e a classe predominante de anticorpos produzidos 
muda (passa a ser IgG, na maior parte das vezes, mas pode ser IgA 
ou IgE). 
FASE 3: ESTIMULAÇÃO – é basicamente a dose de reforço, que 
quando há um estímulo depois que a imunidade humoral já está 
pronta para produzir IgG muito rapidamente, que vão ter muito 
mais afinidade. Nessa resposta, a quantidade total de anticorpos 
produzidos vai ser muito maior (IgM+IgG). 
interações hidrofóbicas... E a importância de cada uma delas vai variar de acordo com o sítio de ligação do anticorpo e do 
determinante antigênico, que é o epítopo. 
® Por conta da flexibilidade que a dobradiça da ao anticorpo, ele consegue se ligar a um único antígeno que seja polivalente 
em vários sítios de ligação, então, por exemplo, para a IgG ou IgE, por conta de sua conformação química, a ligação pode 
envolver até 2 sítios de ligação, mas para a IgM por exemplo, que é pentamérica, só um anticorpo pode se ligar até a 10 
sítios diferentes (2 sítios para cada anticorpo, um para cada Fab).

Continue navegando

Outros materiais